Cadilhe critica falhas de Constâncio e decisões do Governo
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Cadilhe critica falhas de Constâncio e decisões do Governo
Cadilhe critica falhas de Constâncio e decisões do Governo
O presidente do grupo SLN, Miguel Cadilhe, afirmou esta quinta-feira no Parlamento que se o Banco de Portugal (BdP) tivesse feito o que devia, os actuais problemas do BPN não teriam acontecido
Em resposta a uma pergunta do deputado Nuno Melo, do CDS-PP, no decorrer de uma audição da comissão de inquérito ao BPN, Miguel Cadilhe acrescentou que se o governador do BdP o tivesse alertado para a situação do banco, não teria aceite o convite para dirigir o grupo.
«Se o Governador do BdP tivesse tido o gesto - a titulo muito confidencial - de me chamar e me dar uma palavra, se me dissesse o que ia encontrar, que o BdP ia intervir e que a eleição de uma nova administração não deveria acontecer então...», declarou Miguel Cadilhe, deixando no ar que não aceitaria o convite para dirigir a SLN.
«Por que razão o Banco de Portugal deixou entrar a administração de Abdool Vakil [imediatamente a seguir a Oliveira e Costa] e em Junho deixou entrar a minha administração? Não encontro explicação para isto. Isto é verdadeiramente inadmissível», criticou.
Cadilhe especificou que teve dois contactos com o Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, mas apenas depois de tomar posse.
«[Foram] Dois telefonemas sem qualquer consequência do ponto de vista substantivo. A informação do BdP foi zero antes da nossa posse. Depois [da posse] o Governador chamou-me e fez-nos um retrato muito preocupante e preocupado» do que se passava no banco, recordou Cadilhe.
Ainda em resposta a perguntas de Nuno Melo, Cadilhe considerou que «foi preciso esperar pela entrada [da sua administração], em fins de Junho, para que o Banco de Portugal se apercebesse do que se passava no Banco Insular».
Nacionalização teve critérios 'políticos'
Cadilhe criticou ainda o Governo pela decisão de nacionalizar o banco, considerando que a mesma se deveu a critérios «políticos» e não financeiros.
«A meu ver, foi uma decisão de contornos políticos. Não vejo razões económicas ou financeiras para a nacionalização do BPN», afirmou Miguel Cadilhe, ouvido pela Comissão Parlamentar.
O antigo presidente do BPN e ex-ministro das Finanças lançou várias críticas ao Governo, nomeadamente ao ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, por ter rejeitado a proposta alternativa à nacionalização que foi apresentada pela sua equipa de administração.
«Contrariamente ao que foi afirmado pelo Governo, a nossa proposta não ia pendurar-se no dinheiro dos contribuintes... a menos que não se acredite na recuperação do banco, mas então nesse caso também não se deveria nacionalizar», disse Cadilhe, quando questionado pelo deputado social-democrata Miguel Macedo.
«Há aqui uma contradição fundamental: o Governo e o Governador do Banco de Portugal [Vítor Constâncio] afirmaram que a nossa equipa merecia total confiança, mas ainda assim a nossa proposta foi rejeitada e assumiu-se a medida radical da nacionalização. Perguntar-se-á porquê», acrescentou.
«Quando pela primeira vez em anos, um conselho de administração faz a contra-maré, identifica imparidades, trava pela primeira vez práticas ilícitas e negócios ruinosos, começa a identificar responsáveis e a entregá-los à justiça... Quando tudo isto está a acontecer, vem o Governo e usa a bomba atómica, que é a nacionalização», disse ainda o banqueiro.
«A minha equipa e eu próprio não vimos na altura, nem vemos agora, fundamento económico para a nossa proposta ter sido rejeitada pelo Governo. Era uma proposta fácil? Não, não era. Mas era uma proposta que merecia a confiança do Ministro e do Banco de Portugal. Porque então a nacionalização?», interrogou-se ainda.
Cadilhe acusou também Teixeira dos Santos de cair num «erro intencional», ao afirmar que a sua proposta seria má para os contribuintes.
«A nossa proposta, que remunerava os capitais públicos, não era uma solução à custa dos contribuintes, contrariamente ao que em erro intencional o senhor ministro das Finanças afirmou diversas vezes», salientou.
«O senhor ministro das Finanças disse várias vezes que se sentiu surpreendido por a minha proposta ser subscrita por um ex-ministro das Finanças, por se pendurar no dinheiro dos contribuintes... a nacionalização é que se pendura no dinheiro dos contribuintes», defendeu.
Cadilhe revelou ainda que o Governo lhe apresentou duas alternativas à nacionalização, as quais, em seu entender, constituíam formas «encapotadas» de o Estado assumir o controlo.
«O senhor Ministro das Finanças falou-me vagamente de duas propostas alternativas: a Caixa Geral de Depósitos comprar o BPN, no que era uma nacionalização por interposta pessoa; a segunda era uma operação harmónio, em que se reduz o capital e depois uma entidade pública entra no capital, o que era também, na prática, uma nacionalização», concluiu.
Lusa / SOL
O presidente do grupo SLN, Miguel Cadilhe, afirmou esta quinta-feira no Parlamento que se o Banco de Portugal (BdP) tivesse feito o que devia, os actuais problemas do BPN não teriam acontecido
Em resposta a uma pergunta do deputado Nuno Melo, do CDS-PP, no decorrer de uma audição da comissão de inquérito ao BPN, Miguel Cadilhe acrescentou que se o governador do BdP o tivesse alertado para a situação do banco, não teria aceite o convite para dirigir o grupo.
«Se o Governador do BdP tivesse tido o gesto - a titulo muito confidencial - de me chamar e me dar uma palavra, se me dissesse o que ia encontrar, que o BdP ia intervir e que a eleição de uma nova administração não deveria acontecer então...», declarou Miguel Cadilhe, deixando no ar que não aceitaria o convite para dirigir a SLN.
«Por que razão o Banco de Portugal deixou entrar a administração de Abdool Vakil [imediatamente a seguir a Oliveira e Costa] e em Junho deixou entrar a minha administração? Não encontro explicação para isto. Isto é verdadeiramente inadmissível», criticou.
Cadilhe especificou que teve dois contactos com o Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, mas apenas depois de tomar posse.
«[Foram] Dois telefonemas sem qualquer consequência do ponto de vista substantivo. A informação do BdP foi zero antes da nossa posse. Depois [da posse] o Governador chamou-me e fez-nos um retrato muito preocupante e preocupado» do que se passava no banco, recordou Cadilhe.
Ainda em resposta a perguntas de Nuno Melo, Cadilhe considerou que «foi preciso esperar pela entrada [da sua administração], em fins de Junho, para que o Banco de Portugal se apercebesse do que se passava no Banco Insular».
Nacionalização teve critérios 'políticos'
Cadilhe criticou ainda o Governo pela decisão de nacionalizar o banco, considerando que a mesma se deveu a critérios «políticos» e não financeiros.
«A meu ver, foi uma decisão de contornos políticos. Não vejo razões económicas ou financeiras para a nacionalização do BPN», afirmou Miguel Cadilhe, ouvido pela Comissão Parlamentar.
O antigo presidente do BPN e ex-ministro das Finanças lançou várias críticas ao Governo, nomeadamente ao ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, por ter rejeitado a proposta alternativa à nacionalização que foi apresentada pela sua equipa de administração.
«Contrariamente ao que foi afirmado pelo Governo, a nossa proposta não ia pendurar-se no dinheiro dos contribuintes... a menos que não se acredite na recuperação do banco, mas então nesse caso também não se deveria nacionalizar», disse Cadilhe, quando questionado pelo deputado social-democrata Miguel Macedo.
«Há aqui uma contradição fundamental: o Governo e o Governador do Banco de Portugal [Vítor Constâncio] afirmaram que a nossa equipa merecia total confiança, mas ainda assim a nossa proposta foi rejeitada e assumiu-se a medida radical da nacionalização. Perguntar-se-á porquê», acrescentou.
«Quando pela primeira vez em anos, um conselho de administração faz a contra-maré, identifica imparidades, trava pela primeira vez práticas ilícitas e negócios ruinosos, começa a identificar responsáveis e a entregá-los à justiça... Quando tudo isto está a acontecer, vem o Governo e usa a bomba atómica, que é a nacionalização», disse ainda o banqueiro.
«A minha equipa e eu próprio não vimos na altura, nem vemos agora, fundamento económico para a nossa proposta ter sido rejeitada pelo Governo. Era uma proposta fácil? Não, não era. Mas era uma proposta que merecia a confiança do Ministro e do Banco de Portugal. Porque então a nacionalização?», interrogou-se ainda.
Cadilhe acusou também Teixeira dos Santos de cair num «erro intencional», ao afirmar que a sua proposta seria má para os contribuintes.
«A nossa proposta, que remunerava os capitais públicos, não era uma solução à custa dos contribuintes, contrariamente ao que em erro intencional o senhor ministro das Finanças afirmou diversas vezes», salientou.
«O senhor ministro das Finanças disse várias vezes que se sentiu surpreendido por a minha proposta ser subscrita por um ex-ministro das Finanças, por se pendurar no dinheiro dos contribuintes... a nacionalização é que se pendura no dinheiro dos contribuintes», defendeu.
Cadilhe revelou ainda que o Governo lhe apresentou duas alternativas à nacionalização, as quais, em seu entender, constituíam formas «encapotadas» de o Estado assumir o controlo.
«O senhor Ministro das Finanças falou-me vagamente de duas propostas alternativas: a Caixa Geral de Depósitos comprar o BPN, no que era uma nacionalização por interposta pessoa; a segunda era uma operação harmónio, em que se reduz o capital e depois uma entidade pública entra no capital, o que era também, na prática, uma nacionalização», concluiu.
Lusa / SOL
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Cadilhe em directo
ena pá ...parece FOGOOOOOOOOOOOOOOOOOO
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