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Mensagem por O dedo na ferida Qui Jan 15, 2009 4:47 pm

Socrates vs. Obama: Diferentes, mas iguais!


Apesar da Consituição dos Estados Unidos prever uma transição de poderes suave...

Apesar da Consituição dos Estados Unidos prever uma transição de poderes suave, com a vigésima alteração constitucional a ditar que o termo do Presidente deverá iniciar-se ao meio dia do dia 20 de Janeiro, a tomada de posse do quadragésimo quarto Presidente dos Estados Unidos irá acontecer em circunstancias bastante turbulentas.

Ninguém dúvida que a eleição do Senador Barack Obama como próximo Presidente dos Estados Unidos é histórica pelas suas características bastante próprias que não vale a pena enumerar, sendo o factor mais determinante o facto de estarmos no meio de uma depressão económica, ou seja, um período prolongado de abrandamento económico caracterizado por um aumento acentuado do desemprego.

Com os mercados accionistas a sofrerem o seu pior ano de sempre em 2008 desde a Grande Depressão de 1929, com os consumidores/investidores a demonstrarem um nível de aversão ao risco nunca visto em quase um século, o mundo está a depositar a sua esperança nas capacidades de liderança do Presidente eleito Barack Obama. A primeiro fase de transiçao da Administração Bush para a Administração Obama, parece já ter sido concluida, tendo ficado a cargo do Presidente francês, Nicolas Sarkozy, que de facto não só teve um papel fulcral a liderar a Europa durante um período bastante incerto, mas a nível mundial, na clarificação da crise económica a ser vivida. Porém, restam poucas dúvidas que o estímulo à confiança que todos nós esperamos de modo a inverter este ciclo de contracção deverá vir do Presidente eletio Obama. Que ele tem consciencia deste facto, não há dúvida, basta analisar a campanha internacional realizada por Obama no último ano; quem se lembra de algum candidato à Presidencia dos Estados Unidos ter feito campanha na Europa? Foi de facto um acontecimento inédito e de louvar. Contudo, será que o Senador Barack Obama, tendo pouca maturidade política com somente três anos no Senado dos Estados Unidos no seu curriculo, tem a capacidade de liderar o Mundo neste momento de crise?

A minha resposta é que o Presidente eleito Obama tem todas as capacidades para o fazer, e aqui penso que convém fazer um paralelo à forma como o nosso próprio Primeiro Ministro José Socrates conseguiu inverter a confiança dos Portugueses durante um período particularmente difícil para o país. Sem poder contar com uma política monetária favorável e tendo necessidade de uma política fiscal restritiva de modo a controlar o défice orçamental, o Primeiro Ministro foi capaz de usar o poder do discurso e das poucas armas que ainda lhe restavam, para reunir a confiança dos portugueses e aumentar a sua produtividade. Azar foi a crise financeira internacional não nos deixar obviamente imunes, e nos ter apanhado a meio da nossa recuperação.

Contudo, do mesmo modo que o Engº José Socrates foi capaz de iniciar uma recuperação económica com um discurso de esperança e confiança nas nossa capacidades, muito em linha com o Presidente John F. Kennedy, também o Presidente eleito Obama, pela forma como dirigiu a sua campanha eleitoral, irá conseguir fazer com que a confiança volte aos consumidores americanos. Com todo o estímulo monetário por parte do FED já incorporado, com as taxas de referência dos Estados Unidos a serem colocados no 0%-0,25%, com um pacote fiscal inicial da Administração Bush a atingir valores acima dos $1 triliões, resta agora devolver a confiança aos investidores/consumidores para que todo este estímulo externo tenha impacto na economia real. De facto, o Presidente eleito Obama, com o seu próprio programa de criação de três milhões de postos de trabalho com um pacote de estímulo fiscal que também deve rodar os $1 triliões, tem todas as capacidades para liderar a recuperação económica mundial.

John dos Santos no DE
Economista
Lisbon Brokers
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