OS RICOS estao mais pobres ..in Expresso
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OS RICOS estao mais pobres ..in Expresso
Os ricos estão definitivamente mais pobres, e Joe Berardo não é o único empresário a ser arrastado pela descida a pique dos mercados e da bolsa de Lisboa, que desvalorizou mais de 50% em 2008.
Todos os empresários com elevada exposição ao mercado de capitais viram encolher significativamente o valor dos seus investimentos e os que recorreram a empréstimos para comprar acções têm estado a renegociar os termos da dívida e a reforçar as garantias.
Além de Berardo, o Expresso sabe que foram renegociados também os empréstimos bancários de mais dois grupos que estiveram envolvidos na guerra de luta dentro do BCP, a Teixeira Duarte e Manuel Fino, ambos parceiros na Cimpor. A CGD foi um dos bancos que teve de renegociar.
Ao que o Expresso apurou as negociações com a Teixeira Duarte para o reforço das garantias já estão concluídas. Mas com Manuel Fino está a ser mais difícil encontrar um entendimento.
Américo Amorim perde 2,1 mil milhões
Foi a entrada no capital da Galp que projectou Américo Amorim para o título do homem mais rico de Portugal, segundo a revista "Forbes". Mas é também a Galp - cuja cotação é agora de €8,19, depois de já ter tocado os €19 - que o torna o investidor português com maiores menos-valias potenciais. Em relação ao final de Dezembro de 2007, momento a partir do qual os mercados começaram a acentuar as perdas, Américo Amorim viu a sua participação na Galp desvalorizar €1,4 mil milhões. No Banco Popular as perdas ascendem a €650 milhões. Globalmente, este dois activos perderam no espaço de pouco mais de um ano €2,1 mil milhões, um montante significativo tendo em conta que a capitalização bolsista da Galp ronda os €6 mil milhões.
Outro dos grandes empresários que viu a fortuna encolher foi Belmiro de Azevedo. Relativamente a 31 de Dezembro de 2007, o empresário tem uma menos-valia potencial de €1,8 mil milhões só com o investimento nos principais activos da holding da Maia: Sonae, Sonaecom e Sonae Indústria.
Horácio Roque, líder do Banif e conterrâneo de Berardo, com quem já partilhou negócios, também perdeu neste dramático último ano €488 milhões.
Globalmente, as 20 principais empresas cotadas na bolsa de Lisboa perderam, em valor de mercado, quase €40 mil milhões em 2008. E prevê-se que este ano, com o agravar da crise, os mercados se mantenham no vermelho, o que só poderá acentuar ainda mais as perdas.
Texto publicado na edição do Expresso de 24 de Janeiro de 2009
Todos os empresários com elevada exposição ao mercado de capitais viram encolher significativamente o valor dos seus investimentos e os que recorreram a empréstimos para comprar acções têm estado a renegociar os termos da dívida e a reforçar as garantias.
Além de Berardo, o Expresso sabe que foram renegociados também os empréstimos bancários de mais dois grupos que estiveram envolvidos na guerra de luta dentro do BCP, a Teixeira Duarte e Manuel Fino, ambos parceiros na Cimpor. A CGD foi um dos bancos que teve de renegociar.
Ao que o Expresso apurou as negociações com a Teixeira Duarte para o reforço das garantias já estão concluídas. Mas com Manuel Fino está a ser mais difícil encontrar um entendimento.
Américo Amorim perde 2,1 mil milhões
Foi a entrada no capital da Galp que projectou Américo Amorim para o título do homem mais rico de Portugal, segundo a revista "Forbes". Mas é também a Galp - cuja cotação é agora de €8,19, depois de já ter tocado os €19 - que o torna o investidor português com maiores menos-valias potenciais. Em relação ao final de Dezembro de 2007, momento a partir do qual os mercados começaram a acentuar as perdas, Américo Amorim viu a sua participação na Galp desvalorizar €1,4 mil milhões. No Banco Popular as perdas ascendem a €650 milhões. Globalmente, este dois activos perderam no espaço de pouco mais de um ano €2,1 mil milhões, um montante significativo tendo em conta que a capitalização bolsista da Galp ronda os €6 mil milhões.
Outro dos grandes empresários que viu a fortuna encolher foi Belmiro de Azevedo. Relativamente a 31 de Dezembro de 2007, o empresário tem uma menos-valia potencial de €1,8 mil milhões só com o investimento nos principais activos da holding da Maia: Sonae, Sonaecom e Sonae Indústria.
Horácio Roque, líder do Banif e conterrâneo de Berardo, com quem já partilhou negócios, também perdeu neste dramático último ano €488 milhões.
Globalmente, as 20 principais empresas cotadas na bolsa de Lisboa perderam, em valor de mercado, quase €40 mil milhões em 2008. E prevê-se que este ano, com o agravar da crise, os mercados se mantenham no vermelho, o que só poderá acentuar ainda mais as perdas.
Texto publicado na edição do Expresso de 24 de Janeiro de 2009
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