Peres convida Netanyahu para formar governo de Israel
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Peres convida Netanyahu para formar governo de Israel
Peres convida Netanyahu para formar governo de Israel
Benjamin Netanyahu e Shimon Peres
Netanyahu terá seis semanas para tentar formar novo governo
O presidente de Israel, Shimon Peres, convidou nesta sexta-feira o líder do partido de centro-direita Likud, Binyamin Netanyahu, para formar o novo governo do país.
Netanyahu, que já ocupou o posto de premiê entre 1996 e 99, disse que tentará formar um governo de unidade nacional com seus rivais políticos.
Ao aceitar o convite, Netanyahu disse que Israel enfrenta dois grandes desafios, a crise econômica mundial e o que chamou de "desejo iraniano de adquirir armas nucleares".
O líder do Likud tem agora seis semanas para formar uma coalizão.
Coalizão
O parlamento israelense (Knesset) tem 120 cadeiras e para obter os 61 assentos necessários para governar o país, os partidos mais votados, o centrista Kadima (28 parlamentares) e o Likud (27) teriam que se unir a outros grupos em uma coalizão.
Peres vinha tentando persuadir o Likud e o Kadima a formar um governo de coalizão, mas a líder do partido, a ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, disse que preferiria atuar na oposição a se unir a uma coalizão governista de direita.
"Eu não serei um peão em um governo que seria contra os nossos ideais", disse Livni.
Segundo o jornal israelense Haaretz, Livni gostaria de formar uma coalizão governista com o Likud e o terceiro partido mais votado nas eleições do começo do mês, o Israel Beiteinu, mas não com tantos outros partidos menores religiosos e de extrema direita.
Palestinos
Um dos pontos de maior discórdia entre Livni e Netanyahu é como lidar com os territórios palestinos.
Livni favorece a continuidade das negociações para a formação de um Estado palestino.
Mas Netanyahu, que no passado se opunha à proposta de dois Estados, nesta campanha eleitoral repetiu várias vezes que não tem intenção de sair dos territórios ocupados na Cisjordânia.
"Onde Israel saiu, o Hamas ocupou", disse ele durante a campanha, se referindo à Faixa de Gaza. Além disso, os demais partidos que devem formar a coalizão são contra a continuidade das negociações de paz ou a ideia de um Estado palestino.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse nesta sexta-feira que não vai lidar com o novo governo israelense se este não estiver comprometido com "a proposta de dois Estados, aceite congelar a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia e respeite acordos passados".
Já o Hamas, grupo que controla Gaza e que Netanyahu prometeu derrubar durante a campanha eleitoral, disse que Israel escolheu "o político mais extremista e perigoso para governar o país".
O analista da BBC, Jonathan Marcus, afirma que um governo israelense de direita e extrema direita "pode facilmente se ver em uma rota de colisão com a administração (do presidente americano) Obama".
Obama já se pronunciou a favor da continuidade das negociações de paz e da proposta de dois Estados.
Benjamin Netanyahu e Shimon Peres
Netanyahu terá seis semanas para tentar formar novo governo
O presidente de Israel, Shimon Peres, convidou nesta sexta-feira o líder do partido de centro-direita Likud, Binyamin Netanyahu, para formar o novo governo do país.
Netanyahu, que já ocupou o posto de premiê entre 1996 e 99, disse que tentará formar um governo de unidade nacional com seus rivais políticos.
Ao aceitar o convite, Netanyahu disse que Israel enfrenta dois grandes desafios, a crise econômica mundial e o que chamou de "desejo iraniano de adquirir armas nucleares".
O líder do Likud tem agora seis semanas para formar uma coalizão.
Coalizão
O parlamento israelense (Knesset) tem 120 cadeiras e para obter os 61 assentos necessários para governar o país, os partidos mais votados, o centrista Kadima (28 parlamentares) e o Likud (27) teriam que se unir a outros grupos em uma coalizão.
Peres vinha tentando persuadir o Likud e o Kadima a formar um governo de coalizão, mas a líder do partido, a ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, disse que preferiria atuar na oposição a se unir a uma coalizão governista de direita.
"Eu não serei um peão em um governo que seria contra os nossos ideais", disse Livni.
Segundo o jornal israelense Haaretz, Livni gostaria de formar uma coalizão governista com o Likud e o terceiro partido mais votado nas eleições do começo do mês, o Israel Beiteinu, mas não com tantos outros partidos menores religiosos e de extrema direita.
Palestinos
Um dos pontos de maior discórdia entre Livni e Netanyahu é como lidar com os territórios palestinos.
Livni favorece a continuidade das negociações para a formação de um Estado palestino.
Mas Netanyahu, que no passado se opunha à proposta de dois Estados, nesta campanha eleitoral repetiu várias vezes que não tem intenção de sair dos territórios ocupados na Cisjordânia.
"Onde Israel saiu, o Hamas ocupou", disse ele durante a campanha, se referindo à Faixa de Gaza. Além disso, os demais partidos que devem formar a coalizão são contra a continuidade das negociações de paz ou a ideia de um Estado palestino.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse nesta sexta-feira que não vai lidar com o novo governo israelense se este não estiver comprometido com "a proposta de dois Estados, aceite congelar a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia e respeite acordos passados".
Já o Hamas, grupo que controla Gaza e que Netanyahu prometeu derrubar durante a campanha eleitoral, disse que Israel escolheu "o político mais extremista e perigoso para governar o país".
O analista da BBC, Jonathan Marcus, afirma que um governo israelense de direita e extrema direita "pode facilmente se ver em uma rota de colisão com a administração (do presidente americano) Obama".
Obama já se pronunciou a favor da continuidade das negociações de paz e da proposta de dois Estados.
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