O português que espiou para as forças de Hitler dn
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O português que espiou para as forças de Hitler dn
O português que espiou para as forças de Hitler
LUMENA RAPOSO
Rede. Britânicos desconfiaram da frota bacalhoeira a operar no Atlântico Norte
A captura de Ferraz viabilizou a vitória das tropas aliadas
Por 15 mil escudos por mês, Gastão de Freitas Ferraz informava os alemães de Hitler sobre o movimento dos navios no Atlântico Norte. Ficheiros secretos britânicos, agora revelados, dão conta de como o operador de rádio do navio-hospital Gil Eannes, de apoio à pesca do bacalhau, foi apanhado em alto mar antes de conseguir avisar a Alemanha de que uma frota aliada se preparava para invadir o Norte de África, o que aconteceu a 8 de Novembro de 1942.
De acordo com os documentos, a captura de Gastão Ferraz ocorreu uma semana antes da invasão de Marrocos e da Argélia, ocupados por tropas da Alemanha e do regime francês de Vichy (pró-nazi) - a "Operação Torch" - , por tropas norte-americanas e britânicas sob o comando do general George S. Patton.
As forças alemãs - ao contrário das francesas que foram rapidamente dominadas - , sob o comando do general Erwin Rommel (também conhecido como a Raposa do Deserto), resistiram aos aliados. Só em 1943 e após violentas batalhas no deserto, os alemães foram derrotados. Tratou-se de um momento de viragem na guerra que ajudou nos planos para a invasão do Dia D, em 1944.
Tudo isto, porém, podia ter fracassado se Gastão Ferraz não tivesse sido capturado pelos serviços secretos britânicos. O facto de Portugal ser neutral no conflito possibilitava a navegação da frota pesqueira nacional, o que facilitava a vida aos que se dedicavam à espionagem. De acordo com os documentos agora revelados, os serviços secretos britânicos começaram a suspeitar, em 1942, do "comportamento anormal" de navios de pesca portugueses, incluindo alguns com equipamento de comunicações elaborados. Ferraz foi detido em pleno Atlântico, a 1 de Novembro de 1942, e levado para Gibraltar e depois para o Reino Unido, onde foi interrogado e onde confessou. Três anos depois, era deportado para Portugal e, em 1953, Londres retirou-o da lista que o impedia de entrar no país.
Christopher Andrew, historiador da Universidade de Cambridge, considera que o ficheiro de Ferraz "muda o entendimento da história britânica" e fornece informação nova dos serviços secretos do país na luta contra os nazis.
José António Barreiros, estudioso em assuntos de espionagem da II Guerra Mundial, disse à Lusa que a autoridade de Andrew "é suficiente para eu ter plena convicção de que o dossier em causa tem o maior interesse para a avaliação do relacionamento das informações alemães através da frota pesqueira portuguesa". Na opinião deste advogado, fica agora demonstrada a importância do Gil Eannes na rede de informações alemães.O português que espiou para as forças de Hitler
LUMENA RAPOSO
Rede. Britânicos desconfiaram da frota bacalhoeira a operar no Atlântico Norte
A captura de Ferraz viabilizou a vitória das tropas aliadas
Por 15 mil escudos por mês, Gastão de Freitas Ferraz informava os alemães de Hitler sobre o movimento dos navios no Atlântico Norte. Ficheiros secretos britânicos, agora revelados, dão conta de como o operador de rádio do navio-hospital Gil Eannes, de apoio à pesca do bacalhau, foi apanhado em alto mar antes de conseguir avisar a Alemanha de que uma frota aliada se preparava para invadir o Norte de África, o que aconteceu a 8 de Novembro de 1942.
De acordo com os documentos, a captura de Gastão Ferraz ocorreu uma semana antes da invasão de Marrocos e da Argélia, ocupados por tropas da Alemanha e do regime francês de Vichy (pró-nazi) - a "Operação Torch" - , por tropas norte-americanas e britânicas sob o comando do general George S. Patton.
As forças alemãs - ao contrário das francesas que foram rapidamente dominadas - , sob o comando do general Erwin Rommel (também conhecido como a Raposa do Deserto), resistiram aos aliados. Só em 1943 e após violentas batalhas no deserto, os alemães foram derrotados. Tratou-se de um momento de viragem na guerra que ajudou nos planos para a invasão do Dia D, em 1944.
Tudo isto, porém, podia ter fracassado se Gastão Ferraz não tivesse sido capturado pelos serviços secretos britânicos. O facto de Portugal ser neutral no conflito possibilitava a navegação da frota pesqueira nacional, o que facilitava a vida aos que se dedicavam à espionagem. De acordo com os documentos agora revelados, os serviços secretos britânicos começaram a suspeitar, em 1942, do "comportamento anormal" de navios de pesca portugueses, incluindo alguns com equipamento de comunicações elaborados. Ferraz foi detido em pleno Atlântico, a 1 de Novembro de 1942, e levado para Gibraltar e depois para o Reino Unido, onde foi interrogado e onde confessou. Três anos depois, era deportado para Portugal e, em 1953, Londres retirou-o da lista que o impedia de entrar no país.
Christopher Andrew, historiador da Universidade de Cambridge, considera que o ficheiro de Ferraz "muda o entendimento da história britânica" e fornece informação nova dos serviços secretos do país na luta contra os nazis.
José António Barreiros, estudioso em assuntos de espionagem da II Guerra Mundial, disse à Lusa que a autoridade de Andrew "é suficiente para eu ter plena convicção de que o dossier em causa tem o maior interesse para a avaliação do relacionamento das informações alemães através da frota pesqueira portuguesa". Na opinião deste advogado, fica agora demonstrada a importância do Gil Eannes na rede de informações alemães.
LUMENA RAPOSO
Rede. Britânicos desconfiaram da frota bacalhoeira a operar no Atlântico Norte
A captura de Ferraz viabilizou a vitória das tropas aliadas
Por 15 mil escudos por mês, Gastão de Freitas Ferraz informava os alemães de Hitler sobre o movimento dos navios no Atlântico Norte. Ficheiros secretos britânicos, agora revelados, dão conta de como o operador de rádio do navio-hospital Gil Eannes, de apoio à pesca do bacalhau, foi apanhado em alto mar antes de conseguir avisar a Alemanha de que uma frota aliada se preparava para invadir o Norte de África, o que aconteceu a 8 de Novembro de 1942.
De acordo com os documentos, a captura de Gastão Ferraz ocorreu uma semana antes da invasão de Marrocos e da Argélia, ocupados por tropas da Alemanha e do regime francês de Vichy (pró-nazi) - a "Operação Torch" - , por tropas norte-americanas e britânicas sob o comando do general George S. Patton.
As forças alemãs - ao contrário das francesas que foram rapidamente dominadas - , sob o comando do general Erwin Rommel (também conhecido como a Raposa do Deserto), resistiram aos aliados. Só em 1943 e após violentas batalhas no deserto, os alemães foram derrotados. Tratou-se de um momento de viragem na guerra que ajudou nos planos para a invasão do Dia D, em 1944.
Tudo isto, porém, podia ter fracassado se Gastão Ferraz não tivesse sido capturado pelos serviços secretos britânicos. O facto de Portugal ser neutral no conflito possibilitava a navegação da frota pesqueira nacional, o que facilitava a vida aos que se dedicavam à espionagem. De acordo com os documentos agora revelados, os serviços secretos britânicos começaram a suspeitar, em 1942, do "comportamento anormal" de navios de pesca portugueses, incluindo alguns com equipamento de comunicações elaborados. Ferraz foi detido em pleno Atlântico, a 1 de Novembro de 1942, e levado para Gibraltar e depois para o Reino Unido, onde foi interrogado e onde confessou. Três anos depois, era deportado para Portugal e, em 1953, Londres retirou-o da lista que o impedia de entrar no país.
Christopher Andrew, historiador da Universidade de Cambridge, considera que o ficheiro de Ferraz "muda o entendimento da história britânica" e fornece informação nova dos serviços secretos do país na luta contra os nazis.
José António Barreiros, estudioso em assuntos de espionagem da II Guerra Mundial, disse à Lusa que a autoridade de Andrew "é suficiente para eu ter plena convicção de que o dossier em causa tem o maior interesse para a avaliação do relacionamento das informações alemães através da frota pesqueira portuguesa". Na opinião deste advogado, fica agora demonstrada a importância do Gil Eannes na rede de informações alemães.O português que espiou para as forças de Hitler
LUMENA RAPOSO
Rede. Britânicos desconfiaram da frota bacalhoeira a operar no Atlântico Norte
A captura de Ferraz viabilizou a vitória das tropas aliadas
Por 15 mil escudos por mês, Gastão de Freitas Ferraz informava os alemães de Hitler sobre o movimento dos navios no Atlântico Norte. Ficheiros secretos britânicos, agora revelados, dão conta de como o operador de rádio do navio-hospital Gil Eannes, de apoio à pesca do bacalhau, foi apanhado em alto mar antes de conseguir avisar a Alemanha de que uma frota aliada se preparava para invadir o Norte de África, o que aconteceu a 8 de Novembro de 1942.
De acordo com os documentos, a captura de Gastão Ferraz ocorreu uma semana antes da invasão de Marrocos e da Argélia, ocupados por tropas da Alemanha e do regime francês de Vichy (pró-nazi) - a "Operação Torch" - , por tropas norte-americanas e britânicas sob o comando do general George S. Patton.
As forças alemãs - ao contrário das francesas que foram rapidamente dominadas - , sob o comando do general Erwin Rommel (também conhecido como a Raposa do Deserto), resistiram aos aliados. Só em 1943 e após violentas batalhas no deserto, os alemães foram derrotados. Tratou-se de um momento de viragem na guerra que ajudou nos planos para a invasão do Dia D, em 1944.
Tudo isto, porém, podia ter fracassado se Gastão Ferraz não tivesse sido capturado pelos serviços secretos britânicos. O facto de Portugal ser neutral no conflito possibilitava a navegação da frota pesqueira nacional, o que facilitava a vida aos que se dedicavam à espionagem. De acordo com os documentos agora revelados, os serviços secretos britânicos começaram a suspeitar, em 1942, do "comportamento anormal" de navios de pesca portugueses, incluindo alguns com equipamento de comunicações elaborados. Ferraz foi detido em pleno Atlântico, a 1 de Novembro de 1942, e levado para Gibraltar e depois para o Reino Unido, onde foi interrogado e onde confessou. Três anos depois, era deportado para Portugal e, em 1953, Londres retirou-o da lista que o impedia de entrar no país.
Christopher Andrew, historiador da Universidade de Cambridge, considera que o ficheiro de Ferraz "muda o entendimento da história britânica" e fornece informação nova dos serviços secretos do país na luta contra os nazis.
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