Loureiro dos Santos defende envio de mais tropas portuguesas para Afeganistão
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Loureiro dos Santos defende envio de mais tropas portuguesas para Afeganistão
Loureiro dos Santos defende envio de mais tropas portuguesas para Afeganistão
O antigo chefe de Estado-Maior do Exército general Loureiro dos Santos defendeu hoje que Portugal deve contrariar a actual posição de «ambiguidade» da NATO e reforçar a presença no Afeganistão, seguindo a estratégia dos Estados Unidos da América
«Eu não sei o que vai ser feito, mas espero que Portugal olhe também no ângulo das relações bilaterais e reforce a contribuição no Afeganistão, julgo que nós temos condições para o fazer e estes não são investimentos sem resposta» , afirmou o também antigo ministro da Defesa, numa conferência no Instituto de Defesa Nacional, em Lisboa.
Para Loureiro dos Santos, a Aliança Atlântica já perdeu «a sua natureza geográfica [visto que os combates actuais se fazem também e principalmente longe das suas fronteiras] e agora perdeu a sua natureza de aliança civilizacional e cultural, está numa situação complicada onde nunca se sabe se os aliados se juntam numa determinada estratégia ou se cada um puxa para seu lado».
«Basta ver agora o Afeganistão, neste momento com os norte-americanos a fazerem a política e a seguirem a estratégia que os europeus sempre disseram que devia ser feita e que os europeus sempre invocaram e agora não apoiam, não sei que argumento vão arranjar» , disse o general, que criticou o apoio à invasão do Iraque pelo presidente Bush face à «indefinição» que se vive hoje sobre a estratégia seguida pelo presidente Barack Obama.
Loureiro dos Santos salientou ainda que Portugal pode beneficiar com a «ambiguidade» da NATO se tomar uma «atitude à revelia das atitudes normais», podendo ver «rentabilizada» a sua posição no seio da organização.
O ainda antigo vice-chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas lembrou ainda a importância dos países do «Atlântico médio sul» no actual «ambiente estratégico» e sugeriu a constituição de uma estrutura económica e de Defesa e Segurança que integre a América a ‘Euro-África’.
Para Loureiro dos Santos, Portugal pode, devido ao seu posicionamento e aos países lusófonos, ter um papel importante neste novo bloco, referindo também os «interesses económicos e de segurança complementares a norte, a sul, a este e a oeste».
«Portugal precisa de se situar no três círculos, no do Atlântico Norte, no da União Europeia e no do Atlântico Médio Sul, essa é a minha proposta, a estruturação de um círculo com Portugal, Angola, Brasil e toda a bacia do Atlântico Sul» , defendeu.
«Este novo conceito estratégico aconselharia ao regresso a uma visão do ocidente geográfico, igual aquela que iniciou a NATO mas agora alargada ao sul, que abranja ambas as margens do Oceano Atlântico, o continente americano e a Euro-África, em vez do Ocidente como Estados Unidos e Europa Ocidental, que gerou a Aliança Atlântica em 1949» , acrescentou.
Ao longo da sua intervenção, o general do Exército falou ainda do papel dos países da União Europeia no seio da NATO, que poderá ter um novo ímpeto com o regresso da França à estrutura militar da organização.
«Os países da União Europeia pertencentes à NATO continuaram a constituir o 'eurogrupo', o grupo de países da NATO que pertenciam ao continente europeu e que se reuniam na véspera dos vários órgãos da Aliança. Esta relação do 'eurogrupo' como órgão interno da NATO muito mais operacional voltará a ter na prática a articulação adoptada quando a França regressar à estrutura militar» , declarou.
Lusa / SOL
O antigo chefe de Estado-Maior do Exército general Loureiro dos Santos defendeu hoje que Portugal deve contrariar a actual posição de «ambiguidade» da NATO e reforçar a presença no Afeganistão, seguindo a estratégia dos Estados Unidos da América
«Eu não sei o que vai ser feito, mas espero que Portugal olhe também no ângulo das relações bilaterais e reforce a contribuição no Afeganistão, julgo que nós temos condições para o fazer e estes não são investimentos sem resposta» , afirmou o também antigo ministro da Defesa, numa conferência no Instituto de Defesa Nacional, em Lisboa.
Para Loureiro dos Santos, a Aliança Atlântica já perdeu «a sua natureza geográfica [visto que os combates actuais se fazem também e principalmente longe das suas fronteiras] e agora perdeu a sua natureza de aliança civilizacional e cultural, está numa situação complicada onde nunca se sabe se os aliados se juntam numa determinada estratégia ou se cada um puxa para seu lado».
«Basta ver agora o Afeganistão, neste momento com os norte-americanos a fazerem a política e a seguirem a estratégia que os europeus sempre disseram que devia ser feita e que os europeus sempre invocaram e agora não apoiam, não sei que argumento vão arranjar» , disse o general, que criticou o apoio à invasão do Iraque pelo presidente Bush face à «indefinição» que se vive hoje sobre a estratégia seguida pelo presidente Barack Obama.
Loureiro dos Santos salientou ainda que Portugal pode beneficiar com a «ambiguidade» da NATO se tomar uma «atitude à revelia das atitudes normais», podendo ver «rentabilizada» a sua posição no seio da organização.
O ainda antigo vice-chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas lembrou ainda a importância dos países do «Atlântico médio sul» no actual «ambiente estratégico» e sugeriu a constituição de uma estrutura económica e de Defesa e Segurança que integre a América a ‘Euro-África’.
Para Loureiro dos Santos, Portugal pode, devido ao seu posicionamento e aos países lusófonos, ter um papel importante neste novo bloco, referindo também os «interesses económicos e de segurança complementares a norte, a sul, a este e a oeste».
«Portugal precisa de se situar no três círculos, no do Atlântico Norte, no da União Europeia e no do Atlântico Médio Sul, essa é a minha proposta, a estruturação de um círculo com Portugal, Angola, Brasil e toda a bacia do Atlântico Sul» , defendeu.
«Este novo conceito estratégico aconselharia ao regresso a uma visão do ocidente geográfico, igual aquela que iniciou a NATO mas agora alargada ao sul, que abranja ambas as margens do Oceano Atlântico, o continente americano e a Euro-África, em vez do Ocidente como Estados Unidos e Europa Ocidental, que gerou a Aliança Atlântica em 1949» , acrescentou.
Ao longo da sua intervenção, o general do Exército falou ainda do papel dos países da União Europeia no seio da NATO, que poderá ter um novo ímpeto com o regresso da França à estrutura militar da organização.
«Os países da União Europeia pertencentes à NATO continuaram a constituir o 'eurogrupo', o grupo de países da NATO que pertenciam ao continente europeu e que se reuniam na véspera dos vários órgãos da Aliança. Esta relação do 'eurogrupo' como órgão interno da NATO muito mais operacional voltará a ter na prática a articulação adoptada quando a França regressar à estrutura militar» , declarou.
Lusa / SOL
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Loureiro dos Santos defende envio de mais tropas portuguesas para Afeganistão
A posição de Loureiro dos Santos só faz sentido numa perspectiva de participação de todos os países da Nato obedecendo a um comando único.
Não faz sentido reforçar o contingente português se os restantes países não o fizerem também.
Repare-se contudo, que estou a falar em termos de estratégia para se atingir a victória. Não estou a falar daquilo que penso que deveria ser feito, tanto mais que não vejo porque motivo os nossos soldados deverão estar a combater longe do país numa luta que nada lhes diz, matando e deixando-se matar.
Não faz sentido reforçar o contingente português se os restantes países não o fizerem também.
Repare-se contudo, que estou a falar em termos de estratégia para se atingir a victória. Não estou a falar daquilo que penso que deveria ser feito, tanto mais que não vejo porque motivo os nossos soldados deverão estar a combater longe do país numa luta que nada lhes diz, matando e deixando-se matar.
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