Médio Oriente: 'T-shirts' usadas por soldados israelitas fazem aumentar polémica sobre alegações de má conduta em Gaza Internacional

Médio Oriente: 'T-shirts' usadas por soldados israelitas fazem aumentar polémica sobre alegações de má conduta em Gaza

Internacional

* 2009-03-23
..
Lusa
contactar num. de artigos 2500

Soldados israelitas usaram 't-shirts' com uma mulher grávida num alvo e o 'slogan' 'um tiro duas mortes', fazendo aumentar a polémica sobre alegações de má conduta das tropas durante a recente ofensiva em Gaza.

'Quanto mais pequenos, mais difícil' é a frase numa outra 't-shirt', que mostra uma criança na mira de uma arma, e que os soldados usaram para assinalar o final do treino de base e outros cursos militares.

O caso foi inicialmente divulgado pelo diário israelita Haaretz, tendo as forças armadas criticado os soldados envolvidos.

Não foi determinado quantos soldados vestiram as camisolas, que não foram fabricadas ou aprovadas pelas forças armadas e não terão sido distribuídas em larga escala.

As camisolas 'não estão de acordo com os valores das IDF (forças de defesa de Israel) e são simplesmente de mau gosto', indicaram as forças armadas num comunicado.

'Este tipo de humor é impróprio e deve ser condenado', adiantam.

As forças armadas disseram que não permitirão aquele tipo de comportamento e que os soldados envolvidos terão sanções disciplinares.

O Haaretz mostrou imagens de cinco 't-shirts', referindo que foram pedidas a nível de unidade - indicando que terão sido feitas para um pequeno número de soldados.

Poucos nos territórios palestinianos s e terão apercebido do caso.

Em Gaza, Fawzi Barhum, porta-voz do movimento islamita palestiniano Hamas, disse que ele 'reflecte a mentalidade brutal entre os soldados sionistas e a sociedade sionista'.

Os meios de comunicação social controlados pelo Hamas glorificam os ataques a israelitas e a banda desenhada nos jornais palestinianos usa frequentemente imagens negativas dos judeus.

As forças armadas de Israel têm concentrado as atenções nos últimos dias, depois de soldados não identificados afirmarem que tropas abriram fogo precipitadamente e mataram civis palestinianos, incluindo crianças, durante a ofensiva na faixa de Gaza, no início do ano.

De acordo com os soldados, aquilo terá acontecido porque as tropas acreditavam que não seriam responsabilizadas devido a regras militares menos rígidas.

As forças armadas decidiram fazer um inquérito às declarações dos soldados divulgadas numa publicação de um instituto militar.

O comandante das Forças Armadas de Israel, tenente-general Gabi Ashkenazi, defendeu hoje as suas tropas e as suas regras morais, referindo que os casos excepcionais serão tratados.

A ofensiva de três semanas em Gaza causou, segundo os palestinianos, cerca de 1.400 mortos, a maioria civis.

Trinta israelitas morreram, três dos quais civis.