O pai das três crianças portuguesas repatriadas do Brasil nega que estas tenham sido abandonadas, diz-se "desesperado" para as ter de volta e queixa-se de as autoridades não lhe darem quaisquer informações sobre o seu paradeiro.
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O pai das três crianças portuguesas repatriadas do Brasil nega que estas tenham sido abandonadas, diz-se "desesperado" para as ter de volta e queixa-se de as autoridades não lhe darem quaisquer informações sobre o seu paradeiro.
O pai das três crianças portuguesas repatriadas do Brasil nega que estas tenham sido abandonadas, diz-se "desesperado" para as ter de volta e queixa-se de as autoridades não lhe darem quaisquer informações sobre o seu paradeiro.
"Os miúdos nunca estiveram abandonados. Estavam com a empregada e a mãe no Brasil, embora a mãe ande à procura de trabalho e eles estivessem com a empregada. O Brasil é muito grande e há dificuldades de comunicações", afirmou à Lusa o pai dos três rapazes que chegaram na madrugada de quinta-feira a Portugal para serem entregues aos cuidados de uma instituição de acolhimentos.
O pai destes três irmãos de 10, 12 e 13 anos, que pediu o anonimato, disse que estava convencido de que os miúdos vinham agora para a sua casa, em Coimbra, e que até já tinha tomado as medidas necessárias para as receber.
"Segunda-feira fui ao centro de desemprego pedir uma empregada interna, para ajudar com os miúdos. Há lá registos, é só consultar quem quiser", afirmou, explicando que nos últimos contactos que teve com a mulher esta lhe disse que o consulado ía contactá-lo para acolher os miúdos em Portugal.
"É inacreditável! Só neste país! Já contactei todos os sítios possíveis, desde tribunal, protecção de menores, consulado, ministério e nada. Ou ninguém atende ou dizem que não têm informação para me dar", disse, num dos vários telefonemas que fez durante a tarde para a Lusa, sendo os primeiros para tentar saber qual a instituição que recebeu as crianças.
Pais acusam SEF de mentir
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em resposta enviada à Lusa ao final do dia de quinta-feira, diz ter acompanhado o caso desde o início e ter "desenvolvido as diligências adequadas no sentido de serem procurados e contactados os pais".
"Quais diligências, é mentira! Só há uma semana fui contactado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e pediram que expussese a situação por email e foi o que fiz, dando também o meu telemóvel. Mas até hoje ninguém me disse nada. Nada!", afirmou irritado.
Fonte da Secretaria de Estado das Comunidades, contactada pela Lusa, disse apenas que o Ministério dos Negócios Estrangeiros "agiu de acordo com as decisões judiciais brasileiras e que as crianças, já em Portugal, foram encaminhadas para a Segurança Social".
O pai dos miúdos condena a forma como a comunicação social tem afirmado ter existido abandono dos miúdos e lembra não ser o único prejudicado por estas notícias: "Estamos todos aqui em casa, os primos, os meus sogros, os tios. O telefone sempre a tocar. É uma situação que não se pode sequer imaginar, só quando acontece", reafirmou.
"Uma prova de que não estavam abandonados é que andavam lá na escola, estavam inscritos. Quando a empregada mudou de sítio [para Mato Grosso] é que acho que não trataram das papeladas e até eu estive alguns tempos sem contacto com a empregada e os miúdos, pois naquela zona é difícil, e cheguei a ameaçar não dar o dinheiro que dou para ajudar, mas acabaram por me contactar", explicou.
O pai diz ainda ter chegado nas últimas semanas a acordo com a mulher, de quem se está a divorciar, para que os filhos regressassem a casa, em Coimbra, razão porque terá feito o pedido para uma empregada interna.
"Eu nunca fui ouvido sobre isto. A minha mulher foi, no Brasil, mas eu não. E agora nem me dizem onde estão os meus filhos, é inadmissível", comentou.
Crianças estão numa instituição de acolhimento
O presidente do Instituto de Segurança Social (ISS), em declarações à Lusa na quinta-feira, disse que as três crianças estão numa instituição de acolhimento temporário em Coimbra, onde se vão manter ao abrigo de uma medida de promoção e protecção decretada pelo tribunal até uma decisão final sobre o seu futuro.
Segundo o presidente do ISS, Edmundo Martinho, as crianças encontravam-se no Brasil desde Dezembro de 2008, mas a 25 de Março uma denúncia anónima levou a que as autoridades brasileiras desencadeassem um processo de protecção que culminou com a vinda das crianças para Portugal na madrugada de hoje.
Segundo esta fonte será agora o Tribunal de Família e Menores de Coimbra a decidir se a medida de protecção de acolhimento se mantém ou se, porventura, regressam ao cuidado do pai.
À Segurança Social, adiantou, cabe "dar cumprimento à decisão judicial decretada agora, que neste caso é de acolhimento numa instituição de crianças em risco
"Os miúdos nunca estiveram abandonados. Estavam com a empregada e a mãe no Brasil, embora a mãe ande à procura de trabalho e eles estivessem com a empregada. O Brasil é muito grande e há dificuldades de comunicações", afirmou à Lusa o pai dos três rapazes que chegaram na madrugada de quinta-feira a Portugal para serem entregues aos cuidados de uma instituição de acolhimentos.
O pai destes três irmãos de 10, 12 e 13 anos, que pediu o anonimato, disse que estava convencido de que os miúdos vinham agora para a sua casa, em Coimbra, e que até já tinha tomado as medidas necessárias para as receber.
"Segunda-feira fui ao centro de desemprego pedir uma empregada interna, para ajudar com os miúdos. Há lá registos, é só consultar quem quiser", afirmou, explicando que nos últimos contactos que teve com a mulher esta lhe disse que o consulado ía contactá-lo para acolher os miúdos em Portugal.
"É inacreditável! Só neste país! Já contactei todos os sítios possíveis, desde tribunal, protecção de menores, consulado, ministério e nada. Ou ninguém atende ou dizem que não têm informação para me dar", disse, num dos vários telefonemas que fez durante a tarde para a Lusa, sendo os primeiros para tentar saber qual a instituição que recebeu as crianças.
Pais acusam SEF de mentir
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em resposta enviada à Lusa ao final do dia de quinta-feira, diz ter acompanhado o caso desde o início e ter "desenvolvido as diligências adequadas no sentido de serem procurados e contactados os pais".
"Quais diligências, é mentira! Só há uma semana fui contactado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e pediram que expussese a situação por email e foi o que fiz, dando também o meu telemóvel. Mas até hoje ninguém me disse nada. Nada!", afirmou irritado.
Fonte da Secretaria de Estado das Comunidades, contactada pela Lusa, disse apenas que o Ministério dos Negócios Estrangeiros "agiu de acordo com as decisões judiciais brasileiras e que as crianças, já em Portugal, foram encaminhadas para a Segurança Social".
O pai dos miúdos condena a forma como a comunicação social tem afirmado ter existido abandono dos miúdos e lembra não ser o único prejudicado por estas notícias: "Estamos todos aqui em casa, os primos, os meus sogros, os tios. O telefone sempre a tocar. É uma situação que não se pode sequer imaginar, só quando acontece", reafirmou.
"Uma prova de que não estavam abandonados é que andavam lá na escola, estavam inscritos. Quando a empregada mudou de sítio [para Mato Grosso] é que acho que não trataram das papeladas e até eu estive alguns tempos sem contacto com a empregada e os miúdos, pois naquela zona é difícil, e cheguei a ameaçar não dar o dinheiro que dou para ajudar, mas acabaram por me contactar", explicou.
O pai diz ainda ter chegado nas últimas semanas a acordo com a mulher, de quem se está a divorciar, para que os filhos regressassem a casa, em Coimbra, razão porque terá feito o pedido para uma empregada interna.
"Eu nunca fui ouvido sobre isto. A minha mulher foi, no Brasil, mas eu não. E agora nem me dizem onde estão os meus filhos, é inadmissível", comentou.
Crianças estão numa instituição de acolhimento
O presidente do Instituto de Segurança Social (ISS), em declarações à Lusa na quinta-feira, disse que as três crianças estão numa instituição de acolhimento temporário em Coimbra, onde se vão manter ao abrigo de uma medida de promoção e protecção decretada pelo tribunal até uma decisão final sobre o seu futuro.
Segundo o presidente do ISS, Edmundo Martinho, as crianças encontravam-se no Brasil desde Dezembro de 2008, mas a 25 de Março uma denúncia anónima levou a que as autoridades brasileiras desencadeassem um processo de protecção que culminou com a vinda das crianças para Portugal na madrugada de hoje.
Segundo esta fonte será agora o Tribunal de Família e Menores de Coimbra a decidir se a medida de protecção de acolhimento se mantém ou se, porventura, regressam ao cuidado do pai.
À Segurança Social, adiantou, cabe "dar cumprimento à decisão judicial decretada agora, que neste caso é de acolhimento numa instituição de crianças em risco
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