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A apanha do bivalve está proibida na ria Formosa

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A apanha do bivalve está proibida na ria Formosa Empty A apanha do bivalve está proibida na ria Formosa

Mensagem por Admin Qui Abr 16, 2009 1:56 pm

A
apanha do bivalve foi proibida na ria Formosa, por se terem encontrado
nívis muito elevados de uma toxina produzida por algas. O presidente do
IPIMAR, Costa Monteiro, diz que vai aumentar a frequências das análises
na ria para se ver o evoluir da situação.

A
apanha do bivalve está proibida na ria Formosa, no Algarve, uma
interdição que foi notificada a produtores e pescadores na quarta-feira
pelo Instituto de Investigação e Pescas do Mar (IPIMAR), que detectou a
presença de uma toxina produzida por algas. O presidente do
IPIMAR adiantou que foram encontrados «níveis superiores ao que é
recomendado pela legislação nacional e comunitária» da toxina ASP para
o consume de bivalves como a ameijoa, o berbigão, o mexilhão e ostras.«Nesta
circunstância o que fazemos é aumentar a frequência das amostras. Hoje
vamos repetir as análises e esperamos que dentro de dois, três dias
tenhamos resultados para ver como a situação está a evoluir – se se
mantém ou se os níveis já desceram», explicou Costa Monteiro.O
aumento destas toxinas que provocou esta proibição que envolve também a
comercialização e consumo dos bivalves poderá ter tido origem no
aumento da temperatura das águas da ria Formosa.A ASP é uma
toxina que pode ficar nos bivalves por algumas semanas e que tem
efeitos graves na saúde humana pois, como explica Costa Monteiro, pode
afectar o sistema nervoso, provocando um sentimento de «falsa
segurança», bem como o sistema gástrico.
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Mensagem por Admin Qui Abr 16, 2009 1:58 pm

A ASP é uma
toxina que pode ficar nos bivalves por algumas semanas e que tem
efeitos graves na saúde humana pois, como explica Costa Monteiro, pode
afectar o sistema nervoso, provocando um sentimento de «falsa
segurança», bem como o sistema gástrico.
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Mensagem por Admin Qui Abr 16, 2009 2:02 pm




MANUAL DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS











TOXINAS DE FRUTOS DO MAR E PESCADOS


________________________________________________________________________________________





1. Descrição da doença
-
enfermidades
produzidas por vários tipos de toxinas produzidas por frutos do mar - Toxina
Paralítica de Frutos do Mar (PSP - Paralytic Shellfish Poisoning); Toxina
Diarréica de Frutos do Mar (DSP - Diarrheic Shellfish Poisoning); Toxina
Neurotóxica de Frutos do Mar (NSP - Neurotoxic Shellfish Poisoning) e Toxina
Amnésica de Frutos do Mar (ASP - Amnesic Shellfish Poisoning). A ingestão de
frutos do mar pode causar uma variedade grande de sintomas, dependendo do tipo
de toxina presente, de sua concentração e quantidade de produto consumido. No
caso da PSP, os efeitos predominantes são neurológicos e consistem de
formigamento/dormência de face, braços e pernas, queimação, torpor, sonolência,
fala incoerente, ausência de coordenação muscular, sensação de flutuação e
paralisia respiratória. A morte pode ocorrer em 2 a 25 horas. Não tão bem
caracterizáveis são os sintomas associados com a DSP, NSP e ASP. A DSP causa
principalmente uma desordem gastrointestinal com náuseas, vômitos, diarréia e
dor abdominal acompanhada de calafrios, dor de cabeça e febre. Sintomas
gastrointestinais e neurológicos caracterizam a NSP, incluindo-se formigamento
e paralisação dos lábios, língua e garganta, dores musculares, vertigem, reversão
da sensação de calor e frio, diarréia e vômitos. A morte é rara e a recuperação
ocorre em 2 a 3 dias. A ASP é caracterizada por uma desordem gastrointestinal
com vômitos, diarréia, dor abdominal, e por problemas neurológicos com
confusão, perda de memória, desorientação, apreensão e coma. A recuperação na
ASP é lenta.





2. Agente etiológico - várias toxinas de frutos do
mar elaboradas por algas de plânctons - dinoflagelados, na maioria dos casos,
que serviram de alimento para os frutos do mar. As toxinas são acumuladas e
metabolizadas pelo mexilhão e outras espécies. Cerca de 20 toxinas responsáveis
pela intoxicação por toxina paralítica (PSP) são derivadas da saxitoxina
(neurotoxina alcalóide ou compostos relacionados). Presume-se que a DSP seja causada
por um grupo de poliéteres de elevado peso molecular, incluídos o ácido
okadaico, a toxina dinophysis, a pectenotoxina e a yessotoxina. A NSP é o
resultado da exposição a um grupo de poliéteres denominados brevetoxinas. A ASP
é causada por um aminoácido raro - o ácido domóico, que é um contaminante
químico dos frutos do mar.





3. Ocorrência - não há dados disponíveis
sobre a ocorrência e gravidade dessas intoxicações o que deve estar refletindo
a dificuldade de identificação dessas enfermidades e de sua associação com a
ingestão de frutos do mar. Nos EEUU são registrados cerca de 30 casos por ano
devido às toxinas marinhas, sendo que são mais comuns nos meses de verão, onde
há maior crescimento dos dinoflagelados. Dentre todas, a PSP é a mais grave que
pode levar o paciente a óbito. Estima-se, a partir dos dados disponíveis, 1
óbito a cada 4 anos dentre todos os casos. No Brasil não há dados.





4. Reservatório - moluscos bivalves, ostras,
lagostas e outras espécies que se alimentam de algas.





5. Período de
incubação -
a PSP desencadeia o quadro cerca de 30 minutos a 2
horas após a ingestão do alimento; a NSP, de 2 a 5 minutos, podendo o período
de incubação variar de 3 a 4 horas; a DSP, 30 minutos, podendo variar de 2 a 3
horas e a ASP - o quadro intestinal aparece cerca de 24 horas após a ingestão
do produto e o neurológico, 48 horas após.





6. Modo de transmissão
-
ingestão
de frutos do mar.





7. Susceptibilidade e
resistência -
todos os seres humanos são suscetíveis às toxinas
dos frutos do mar. Pessoas idosas são aparentemente mais suscetíveis aos
efeitos neurológicos da ASP e a letalidade é maior em pessoas idosas. Nas áreas
onde há relatos de casos, há uma maior proporção de casos entre turistas do que
em pessoas nativas o que pode indicar que a população local conheça as
precauções para o consumo seguro.





8. Conduta médica e
diagnóstico -
o
diagnóstico se baseia no quadro clínico e na história de ingestão recente de
frutos do mar. Testes de laboratório em pacientes geralmente não são realizados
porque requerem técnicas especializadas e equipamentos específicos que são
encontrados apenas em alguns laboratórios. Em casos suspeitos deve-se proceder
à análise das sobras do alimento. Testes em camundongos são os mais aplicáveis
para a detecção das toxinas nos alimentos, especialmente da PSP. Para a DSP, o
tempo de dose-sobrevivência flutua consideravelmente e ácidos gordurosos
interferem no ensaio dando resultados falso-positivos; vários ensaios ou
procedimentos químicos têm sido desenvolvidos para melhorar a performance das
análises laboratoriais em alimentos. Cromatografia líquida de alta performance
foi desenvolvida para identificar a PSP (limite de detecção para saxitoxina =
20fg/100 g de alimento; 0,2 ppm; limite de detecção para o ácido okadaico =
400ng/g; 0,4 ppm). Há ainda um teste de imunoensaio disponível comercialmente
para a DSP (limite de detecção para o ácido okadaico = 1fg/100 g de alimento;
0,01 ppm) e para a ASP, por
cromatografia (limite de detecção do ácido domóico = 750ng/g; 0,75 ppm).






9. Tratamento - não há tratamento específico
para os quadros causados por toxinas marinhas. Dessa forma, o tratamento de
suporte é fundamental ao paciente para manter suas funções vitais e para
controle das complicações do quadro.





10. Alimentos
associados -
todos os
frutos do mar, tipo bivalve, ostras, lagosta e outras espécies que se alimentam
de algas. A PSP e DSP têm sido associadas à ingestão de mexilhões, moluscos,
ostras, vieiras; a NSP está relacionada à época da pesca/safra dessas espécies
na costa da Flórida e Golfo do México e a ASP com mexilhões.





11. Medidas de
controle -
1)
notificação de surtos - a ocorrência
de surtos (2 ou mais casos) requer a notificação imediata às autoridades de
vigilância epidemiológica municipal, regional ou central, para que se
desencadeie a investigação das fontes comuns e o controle da transmissão
através de medidas preventivas. Um caso, pela sua gravidade e associação a
alimentos de risco deve ser notificado e investigado. Orientações poderão ser
obtidas junto à Central de Vigilância Epidemiológica - Disque CVE, no telefone
é 0800-55-5466. 2) medidas preventivas –
evitar o consumo de frutos do mar de locais onde há concentração ou
crescimento excessivo de algas ou da chamada "maré vermelha"; não
comer barbatanas ou frutos do mar utilizados como iscas; pessoas
imunodeprimidas, em geral, devem evitar o consumo de frutos do mar; lembrar que
as toxinas marinhas não são destruídas pelo calor; as autoridades locais devem
monitorar o crescimento de dinoflagelados e evitar ou proibir a pesca nos
períodos de risco; a vigilância sanitária deve monitorar as áreas de risco e a
vigilância epidemiológica fornece suporte para a investigação de casos e
identificação das causas. 3) medidas em
epidemias –
investigação e identificação dos produto; alertas à população;
controle/proibição da pesca em áreas de risco.



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Mensagem por Admin Qui Abr 16, 2009 2:04 pm

A ASP é caracterizada por uma desordem gastrointestinal
com vômitos, diarréia, dor abdominal, e por problemas neurológicos com
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