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Guiné-Bissau: Prioridade é combate ao narcotráfico e não envio de contingente militar

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Guiné-Bissau: Prioridade é combate ao narcotráfico e não envio de contingente militar Empty Guiné-Bissau: Prioridade é combate ao narcotráfico e não envio de contingente militar

Mensagem por Kllüx Ter Abr 21, 2009 8:40 am

Guiné-Bissau: Prioridade é combate ao narcotráfico e não envio de contingente militar - Cravinho



O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português defende que a prioridade na Guiné-Bissau é a repressão do narcotráfico e não o envio de um contingente militar porque “não se impõe a estabilidade à força”.

Em declarações à Agência Lusa, o governante português afirmou que a prioridade para garantir a estabilidade na Guiné-Bissau é criar, “a médio-prazo, durante os próximos doze meses, as condições para reforçar muito substancialmente a cooperação internacional para a repressão do narcotráfico”.

Questionado sobre o envio de um contingente militar, hipótese avançada pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no final de Março, com o apoio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), João Gomes Cravinho considerou agora que “não é necessário” neste momento.

“Aquilo que se disse na reunião da CPLP foi que (a organização) apoiaria caso houvesse um pedido das autoridades (guineenses). Esse pedido não existe actualmente. Pode haver um momento em que se chegue à conclusão na Guiné-Bissau e internacionalmente de que é preciso, mas não estou a ver que isso seja necessário neste momento”, referiu.

“Não se impõe a estabilidade à força em país nenhum”, disse o secretário de Estado.

Na semana passada, o primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, afirmou que o envio de tropas para o país “não é necessário” porque as autoridades preferem a via do diálogo e acrescentou que essa hipótese nunca foi discutida pelo Governo guineense “com ninguém”.

Segundo Gomes Cravinho, o apoio internacional deve ser centrado no combate ao tráfico e alargado à África Ocidental, dado que muitos outros países da região são afectados pelo mesmo problema.

Neste sentido, Cravinho defende a criação de um tribunal internacional para o narcotráfico da África Ocidental porque “não há na região nenhum país que tenha capacidade judicial para lidar com o problema”.

No entanto, ressalvou que isso “deve ser feito com as autoridades dos diversos países envolvidos” e “não contra eles”.

De acordo com Gomes Cravinho, o apoio da comunidade internacional à Guiné-Bissau deve ainda centrar-se na reforma do sector de Defesa e Segurança.

“A principal fonte de instabilidade na Guiné-Bissau nesta última década e meia foram as Forças Armadas (…) e isto significa que só com uma reforma do sector de segurança como um todo, incluindo também as forças da polícia e o sistema judicial, (…) se pode devolver à Guiné-Bissau a estabilidade de que o país precisa e que o povo reclama”, defendeu.

Segundo Gomes Cravinho, é preciso criar “condições para a passagem à reserva de militares que passaram muitos anos nas Forças Armadas e que devem ter condições de vida condignas na reforma” e pelo “recrutamento de jovens que tenham depois a formação necessária para que as Forças Armadas sejam a instituição republicana de que o país precisa”.

A reforma do sector de Segurança e Defesa foi discutida segunda-feira numa reunião técnica em que participaram vários parceiros da Guiné-Bissau, que se comprometeram a concentrar esforços para reunir os cerca de 180 milhões de dólares necessários, ficando agendada para Julho próximo, em Bissau, uma mesa redonda de doadores.

A instabilidade na Guiné-Bissau agravou-se no início de Março na sequência do assassínio do Presidente “Nino” Vieira, horas depois do atentado à bomba que matou o chefe das Forças Armadas guineenses, general Tagmé Na Waié.
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