Junho ainda não é mês da paz de Obama
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Junho ainda não é mês da paz de Obama
Junho ainda não é mês da paz de Obama
23/05/2009 - 19:46 - Nahum Sirotsky, correspondente iG em Israel
TEL AVIV - Não sei se aí no Brasil disseram o motivo que levou o presidente Mubarak, do Egito, a desistir de ir à Casa Branca para conversar com Obama... Nos dias correntes existe a mania do secreto. A intriga é sempre mais interessante. Morreu no dia um netinho que o líder egípcio adorava. Ele ficou muito abalado. Mas Obama vai ao Cairo nos primeiros dias de junho como previsto há meses.
Mubarak é o maior e mais respeitado líder político do mundo árabe. Foi eleito presidente em 1981, depois do assassinato do então presidente Sadat durante desfile militar comemorando o grande feito militar egípcio da chamada guerra do Iom Kipur. A tropa egípcia atravessara o Canal de Suez, surpreendera os israelenses rezando e invadira o deserto do Sinai donde haviam sido expulsas em 1967. A iniciativa de Sadat criou as condições para a paz entre Israel e Egito. Mubarak, que foi piloto de guerra, desde sua primeira eleição tem sido o dirigente mais preocupado com a solução do conflito entre judeus e árabes.
Obama tem o plano de oração aos muçulmanos desde seus primeiros dias de presidente para marcar novas relações entre os Estados Unidos e o mundo islâmico. O presidente Bush respondeu ao maior ato terrorista da história, a destruição das Torres Gêmeas de Nova York com a morte de milhares indivíduos, meio esquecida, que pôs fim à sensação americana de imunidade a agressões estrangeiras, declarando guerra ao terrorismo. Ao Afeganistão, onde vivia protegido Bin Laden e Al-Qaeda, responsáveis pelo atentado e em seguida a Saddam Hussein, do Iraque, suposto financiador do terrorismo. E anunciou um programa de democratizar os sistemas políticos do Oriente Médio. As guerras já custaram centenas de bilhões sem solução até agora. Nem Bin Laden foi jamais encontrado. Obama, que transpirou de suas muitas manifestações desde então, vai mudar o rumo. Sua nova política é a de dialogo com respeito às tradições do Islã. Nada de imposições. É o que deve esclarecer no seu discurso de 4 de junho no Cairo.
Robert Gibbs, o secretario de imprensa da Casa Branca, previne que será um discurso "sobre nossas relações com o Islã". O conflito israelense-palestino não será o tema central. Ainda não existe um plano americano. Obama pretende antes encontrar e conversar com o maior número de líderes do mundo árabe. O Plano Obama virá de suas conclusões. Será para compelir. O presidente americano não incluirá a hipótese do fracasso.
Há muito a ser considerado além do conflito propriamente dito. Ainda agora se reúne em Damasco a Organização da Conferencia Islâmica, 57 países da qual se espera uma declaração sobre as questões econômicas, políticas, sociais que importam a todas. A OCI tem delegação permanente nas Nações Unidas. Sergey Lavrov, ministro do Exterior da Rússia, que tem considerável população muçulmana, está em Damasco. Veio falar da disposição russa de promover Conferência de Paz do Oriente Médio em Moscou, antes do fim do ano. A Rússia pretende maior influência no Oriente Médio cuja estabilidade é de seu interesse estratégico. Olhem um mapa e compreenderão.
Os muçulmanos já somam muito acima de bilhão e meio de indivíduos no mundo. São a população que mais cresce devido ao seu coeficiente de filhos como pelo trabalho missionários. E em muito superam os católicos. A maioria dos países islâmicos era colônias ou mandatos holandeses, ingleses, franceses desde o fim da guerra 1914/18 à Guerra Mundial que terminou em 1945. O Paquistão no ventre da Índia ainda não se entende com ela.
Pouco dias depois da visita de Obama ao Cairo realizam-se as eleições gerais no Líbano. O Hezbolah xiita, o Partido de Deus, tem uma das melhores, mais bem treinadas e forças armadas militares da região. Seu programa prevê e obriga a destruição do Estado de Israel cujo direito a existir não reconhece. E tem boas possibilidades de ganhar as eleições libanesas. Seus vínculos com o Irã são dos mais fortes. Um governo do Hezbolah não terá nem simpatias nem apoio algum americano.
A Autoridade Palestina presidida por Abu Mazen, administrando a parte maior da Cisjordânia (Braço Ocidental do Jordão), herdeira das tradições de Arafat e do Fatah, Movimento de Libertação da Palestina. Mas está rompida com a Frente Palestina de Resistência Islâmica, o Hamas, que domina a Faixa de Gaza com seu mais de milhão e meio de palestinos, e não reconhece a existência de Israel tendo no seu programa o objetivo de destruir o Estado judeu. Tem forte arsenal de mísseis, forças armada disciplinada que inclui grupos de homens-bomba.
Um Plano Obama de paz terá de implicar no fim do conflito com os palestinos que não se entendem entre eles. E existe a questão do Irã, país onde se realizarão eleições gerais no dia 12 próximo, cuja atual liderança prega a extinção de Israel.
As guerras e conflitos resultam de incompatibilidades insuperáveis pela diplomacia. O documento, chamado acordo de paz, é apenas o começo da tentativa de povos aceitarem a coexistência. É um longo processo de libertação de preconceitos. A paz de Israel com Jordânia e Egito ainda é mais entre Estados do que povos.
O plano americano em elaboração pode vir a ser solução lógica para os conflitos. Existe algo mais lógico do que os Mandamentos como orientação para a convivência entre os indivíduos? E já comemoraram cerca de 3.500 anos... Talvez Obama com o seu carisma consiga fazer do lógico. Como dizemos em casa, o futuro a Deus pertence. Do lógico, o certo
23/05/2009 - 19:46 - Nahum Sirotsky, correspondente iG em Israel
TEL AVIV - Não sei se aí no Brasil disseram o motivo que levou o presidente Mubarak, do Egito, a desistir de ir à Casa Branca para conversar com Obama... Nos dias correntes existe a mania do secreto. A intriga é sempre mais interessante. Morreu no dia um netinho que o líder egípcio adorava. Ele ficou muito abalado. Mas Obama vai ao Cairo nos primeiros dias de junho como previsto há meses.
Mubarak é o maior e mais respeitado líder político do mundo árabe. Foi eleito presidente em 1981, depois do assassinato do então presidente Sadat durante desfile militar comemorando o grande feito militar egípcio da chamada guerra do Iom Kipur. A tropa egípcia atravessara o Canal de Suez, surpreendera os israelenses rezando e invadira o deserto do Sinai donde haviam sido expulsas em 1967. A iniciativa de Sadat criou as condições para a paz entre Israel e Egito. Mubarak, que foi piloto de guerra, desde sua primeira eleição tem sido o dirigente mais preocupado com a solução do conflito entre judeus e árabes.
Obama tem o plano de oração aos muçulmanos desde seus primeiros dias de presidente para marcar novas relações entre os Estados Unidos e o mundo islâmico. O presidente Bush respondeu ao maior ato terrorista da história, a destruição das Torres Gêmeas de Nova York com a morte de milhares indivíduos, meio esquecida, que pôs fim à sensação americana de imunidade a agressões estrangeiras, declarando guerra ao terrorismo. Ao Afeganistão, onde vivia protegido Bin Laden e Al-Qaeda, responsáveis pelo atentado e em seguida a Saddam Hussein, do Iraque, suposto financiador do terrorismo. E anunciou um programa de democratizar os sistemas políticos do Oriente Médio. As guerras já custaram centenas de bilhões sem solução até agora. Nem Bin Laden foi jamais encontrado. Obama, que transpirou de suas muitas manifestações desde então, vai mudar o rumo. Sua nova política é a de dialogo com respeito às tradições do Islã. Nada de imposições. É o que deve esclarecer no seu discurso de 4 de junho no Cairo.
Robert Gibbs, o secretario de imprensa da Casa Branca, previne que será um discurso "sobre nossas relações com o Islã". O conflito israelense-palestino não será o tema central. Ainda não existe um plano americano. Obama pretende antes encontrar e conversar com o maior número de líderes do mundo árabe. O Plano Obama virá de suas conclusões. Será para compelir. O presidente americano não incluirá a hipótese do fracasso.
Há muito a ser considerado além do conflito propriamente dito. Ainda agora se reúne em Damasco a Organização da Conferencia Islâmica, 57 países da qual se espera uma declaração sobre as questões econômicas, políticas, sociais que importam a todas. A OCI tem delegação permanente nas Nações Unidas. Sergey Lavrov, ministro do Exterior da Rússia, que tem considerável população muçulmana, está em Damasco. Veio falar da disposição russa de promover Conferência de Paz do Oriente Médio em Moscou, antes do fim do ano. A Rússia pretende maior influência no Oriente Médio cuja estabilidade é de seu interesse estratégico. Olhem um mapa e compreenderão.
Os muçulmanos já somam muito acima de bilhão e meio de indivíduos no mundo. São a população que mais cresce devido ao seu coeficiente de filhos como pelo trabalho missionários. E em muito superam os católicos. A maioria dos países islâmicos era colônias ou mandatos holandeses, ingleses, franceses desde o fim da guerra 1914/18 à Guerra Mundial que terminou em 1945. O Paquistão no ventre da Índia ainda não se entende com ela.
Pouco dias depois da visita de Obama ao Cairo realizam-se as eleições gerais no Líbano. O Hezbolah xiita, o Partido de Deus, tem uma das melhores, mais bem treinadas e forças armadas militares da região. Seu programa prevê e obriga a destruição do Estado de Israel cujo direito a existir não reconhece. E tem boas possibilidades de ganhar as eleições libanesas. Seus vínculos com o Irã são dos mais fortes. Um governo do Hezbolah não terá nem simpatias nem apoio algum americano.
A Autoridade Palestina presidida por Abu Mazen, administrando a parte maior da Cisjordânia (Braço Ocidental do Jordão), herdeira das tradições de Arafat e do Fatah, Movimento de Libertação da Palestina. Mas está rompida com a Frente Palestina de Resistência Islâmica, o Hamas, que domina a Faixa de Gaza com seu mais de milhão e meio de palestinos, e não reconhece a existência de Israel tendo no seu programa o objetivo de destruir o Estado judeu. Tem forte arsenal de mísseis, forças armada disciplinada que inclui grupos de homens-bomba.
Um Plano Obama de paz terá de implicar no fim do conflito com os palestinos que não se entendem entre eles. E existe a questão do Irã, país onde se realizarão eleições gerais no dia 12 próximo, cuja atual liderança prega a extinção de Israel.
As guerras e conflitos resultam de incompatibilidades insuperáveis pela diplomacia. O documento, chamado acordo de paz, é apenas o começo da tentativa de povos aceitarem a coexistência. É um longo processo de libertação de preconceitos. A paz de Israel com Jordânia e Egito ainda é mais entre Estados do que povos.
O plano americano em elaboração pode vir a ser solução lógica para os conflitos. Existe algo mais lógico do que os Mandamentos como orientação para a convivência entre os indivíduos? E já comemoraram cerca de 3.500 anos... Talvez Obama com o seu carisma consiga fazer do lógico. Como dizemos em casa, o futuro a Deus pertence. Do lógico, o certo
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Mubarak é o maior e mais respeitado líder político do mundo árabe. Foi eleito presidente em 1981, depois do assassinato do então presidente Sadat durante desfile militar comemorando o grande feito militar egípcio da chamada guerra do Iom Kipur. A tropa egípcia atravessara o Canal de Suez, surpreendera os israelenses rezando e invadira o deserto do Sinai donde haviam sido expulsas em 1967. A iniciativa de Sadat criou as condições para a paz entre Israel e Egito. Mubarak, que foi piloto de guerra, desde sua primeira eleição tem sido o dirigente mais preocupado com a solução do conflito entre judeus e árabes.
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