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Múmia de dinossauro revela que pele do réptil era igual à das aves e dos crocodilos

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Múmia de dinossauro revela que pele do réptil era igual à das aves e dos crocodilos Empty Múmia de dinossauro revela que pele do réptil era igual à das aves e dos crocodilos

Mensagem por Vitor mango Qui Jul 02, 2009 1:14 am

Múmia de dinossauro revela que pele do réptil era igual à das aves e dos crocodilos
01.07.2009 - 19h21 PÚBLICO
Até agora, o que se conhecia da pele dos dinossauros começava nas pequenas escamas descobertas perto de ossos fossilizados e terminava em teorias. Mas a descoberta de uma múmia de um hadrossauro com pouco mais de 65 milhões de anos permitiu aproximar os cientistas aos factos: a pele dos répteis é parecida com a dos crocodilos e a das aves.

“Isto é a experiência mais próxima que se pode ter de tocar num dinossauro extinto”, disse em comunicado o paleontólogo Phillip Manning, da Universidade de Manchester, em Inglaterra, um dos autores do artigo publicado hoje na revista “Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences”.

A múmia pertence a uma das espécies de hadrossauros, os famosos dinossauros com a boca em forma de bico de pato. O fóssil foi descoberto nos Estados Unidos, na formação rochosa sedimentar de Hell Creek, uma cadeia montanhosa rica em fósseis que atravessa os estados de Dacota – que deu o nome ao exemplar – e Montana.

As razões que levaram dakota a cair num leito de um rio, há mais de 65 milhões de anos – pouco antes da extinção em massa dos maiores répteis que caminharam na Terra – são desconhecidas. Mas as circunstâncias permitiram que os sedimentos envolvessem rapidamente o animal criando uma espécie de cimento. O corpo acabou por estar muito pouco tempo em contacto com o oxigénio, impedindo a degradação.

A estrutura celular que ficou está impecavelmente conservada. “Estamos a olhar para produtos alterados que eram originalmente proteínas do animal que ficaram aprisionados na pele mineralizada”, explicou o investigador à BBC News.

A pele de dakota é igual às aves e aos crocodilos, os descendentes actuais dos dinossauros, e está dividida em duas camadas: a epiderme, mais à superfície, e a derme. Apesar de a estrutura ser o que se esperava, Manning apelidou o achado de “ciência limpa”. “Se se tem uma hipótese e não se pode testar, continuará a ser uma hipótese. Agora temos um dinossauro excepcionalmente conservado que permite pela primeira vez pôr a hipótese e respondê-la”, disse.

Pele às riscas

O dinossauro tinha cerca de 7,5 metros. Através dos ossos da pélvis e do peito, os investigadores presumem que a múmia pertença a uma das espécies do género Edmontosaurus, um dos maiores tipos de hadrossauros. O tamanho da secção de pele encontrada foi considerável, abrangendo a região da cauda, membros inferiores e parte dos membros posteriores.

A investigação permitiu concluir que apesar de não se ter descoberto a cor da pele, confirma-se que o hadrossauro apresentava riscas, como estudos anteriores previam. A análise complexa, baseada em microscopia, espectroscopia por infravermelhos, utilização de raio-x, garantiu a autenticidade da pele e permitiu tirar ilações que vão desde a forma como as proteínas se degradam com o passar do tempo até à ecologia da espécie.

Os investigadores notaram que a pele que se situa nos flancos – entre a cauda e as ancas – é mais fina do que no resto do corpo, e que poderia ser, segundo Manning, o “calcanhar de Aquiles” do hadrossauro. Aliás, fósseis que se encontraram deste tipo de réptil mostravam marcas de dentadas nesta região. “Ao conhecer-se a distribuição das estruturas da pele de uma presa, pode-se compreender algo sobre a interacção entre o predador e a presa, o que ajuda a explicar alguns dos fósseis de hadrossauros que apresentam estas marcas de dentadas”, disse Phillip Manning.

A pele também ajudou aos investigadores medirem com mais segurança a massa muscular do réptil, “o que pode ajudar a calcular a energia muscular e a sua velocidade e força”, explicou Manning. De acordo com as estimativas deste estudo o hadrossauro batia os 45 quilómetros por hora.

A análise de dakota ainda não está terminada, garante o investigador, que não omite o prazer que a investigação lhe tem dado. “Enquanto a maioria de nós tem que trabalhar com frases dissonantes e ocasionalmente com palavras partidas ao meio para reconstruir um registo fóssil, aqui temos todo um capítulo onde é possível percorrer as páginas ao nosso ritmo”, concluiu.

comentários
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Comentário 02.07.2009 - 07h47 - José do Telhado, Azambuja
É FANTÁSTICO ! Há BURROS que pensam que o artigo é "inventado" pelo jornalista do Público ! Não vêem que foi traduzido do artigo do « paleontólogo Phillip Manning, da Universidade de Manchester, em Inglaterra, um dos autores do artigo publicado hoje na revista “Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences”. » Depois ainda são mais BURROS, porque pensam saber mais, do que aqueles que REALMENTE SABEM !
Comentário 02.07.2009 - 05h29 - Anónimo, portugal
Na verdade os dinossauros e os crocodilos descendem de um reptil comum: o Tacodonte. Os crocodilos são então parentes dos dinossauros e não os seus descendentes.
Comentário 02.07.2009 - 04h29 - elacumtoume, Porto
65.000.000 de anos! Estes cientistas parecem os nosso políticos a falar das derrapagens nas obras públicas! Só milhões! Não se referem ao valor das obras... referem-se somente ao valor das derrapagens!
Comentário 02.07.2009 - 02h36 - Rui, Aveiro
Há muitas pessoas que não sabem como é que aconteceu a evolução na Terra. Ao darem-se noticias fica sempre bem haver um contexto. Não se trata de uma descoberta o que o senhor mencionou. Se não compra o jornal Público está no seu direito enquanto consumidor. É para isso que existe concorrência. No entanto, fico algo reticente quanto à sua coerência: não compra o jornal mas vê o formato digital na Internet. Ainda por cima comenta as notícias, e não menos importante, ofende quem contribui para a informação da população!! Bravo!! Enquanto pessoa parece-me que é o ser humano ideal (a não seguir o exemplo, claro está)!
Comentário 02.07.2009 - 01h15 - Almadis, Almada
Não se pode clonar a múmia Dakota?
Vitor mango
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