Dois em cada 15 bebés são filhos de estrangeiros
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Dois em cada 15 bebés são filhos de estrangeiros
Dois em cada 15 bebés são filhos de estrangeiros
por CÉU NEVESHoje
Os nascimentos registados o ano passado em Portugal inverteram a tendência de descida verificada nos últimos anos. Uma inversão con-tra o envelhecimento da população que se deve às comunidades imigrantes. Foram elas que tiveram mais filhos em 2008. O ano passado nasceram 13 802 bebés, 13% do total, em que pelo menos um dos pais era estrangeiro
Portugal deve aos imigrantes o aumento da taxa de natalidade entre 2007 e 2008. O ano passado, nasceram 13 808 bebés no País em que, pelo menos, um dos pais era estrangeiro - 13,2% do total. São mais os homens portugueses a escolher mães estrangeiras do que as mulheres portuguesas com um parceiro estrangeiro.
A diferença positiva de 2102 nascimentos em 2008 é inferior ao aumento de crianças com pais imigrantes, mais 3921 que em 2007, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a que o DN teve acesso. É que apenas 90 786 crianças nascidas o ano passado têm pai e mãe portugueses.
Os imigrantes são os responsáveis pela inversão na tendência de diminuição da natalidade no País, uma inversão que só as estatísticas dos próximos anos dirão se é para se manter. Mas um dado que tem sido estável é o que diz respeito ao aumento gradual de filhos entre os estrangeiros, não só porque há comunidades que tendem a ter mais crianças, como as africanas, como tem aumentado o número de imigrantes, com uma média etária em pleno período fértil.
O contributo dos imigrantes para a estabilização da população europeia, sobretudo a portuguesa, é um dos aspectos positivos que as comunidades radicadas no País gostam de sublinhar.
Ricardo Amaral Pessoa, presidente da Associação Brasileira de Portugal, lamenta que o contributo demográfico dos imigrantes não seja sublinhado nos discursos sobre a imigração. "Sabemos que o crescimento populacional dos portugueses é negativo e a descida seria bem maior se não fossem as comunidades imigrantes. Elas dão um contributo importante não só em termos de mão-de-obra como do ponto de vista demográfico, facto que tem sido esquecido por muita gente. Estão mais preocupados em salientar os aspectos negativos, nomeadamente a nível da segurança, em vez de reconhecerem o papel dos estrangeiros para retardar o envelhecimento da população."
Um estudo publicado pelo Observatório da Imigração em 2003, "Contributos dos Imigrantes na demografia Portuguesa", dava conta do efeito migratório para retardar o envelhecimento da população portuguesa. Maria João Rosa, Hugo de Seabra e Tiago Santos, os autores, apresentaram vários cenários da evolução demográfica no País, concluindo que se houvesse um fluxo migratório de 20 mil pessoas por ano (entre 2001 e 2021) a componente migratória poderia "contribuir para atenuar os sintomas do processo de envelhecimento demográfico em curso".
Outro dado a salientar das estatísticas do INE é a miscenização da população portuguesa com a comunidade imigrante. Há cada vez mais crianças com pais mistos, o que também é demonstrativo da integração dos cidadãos estrangeiros em Portugal.
São os homens portugueses que mais facilmente têm como parceira uma companheira estrangeira, escolhendo sobretudo brasileiras. Mas também é a maior comunidade.
Tags: Portugal
por CÉU NEVESHoje
Os nascimentos registados o ano passado em Portugal inverteram a tendência de descida verificada nos últimos anos. Uma inversão con-tra o envelhecimento da população que se deve às comunidades imigrantes. Foram elas que tiveram mais filhos em 2008. O ano passado nasceram 13 802 bebés, 13% do total, em que pelo menos um dos pais era estrangeiro
Portugal deve aos imigrantes o aumento da taxa de natalidade entre 2007 e 2008. O ano passado, nasceram 13 808 bebés no País em que, pelo menos, um dos pais era estrangeiro - 13,2% do total. São mais os homens portugueses a escolher mães estrangeiras do que as mulheres portuguesas com um parceiro estrangeiro.
A diferença positiva de 2102 nascimentos em 2008 é inferior ao aumento de crianças com pais imigrantes, mais 3921 que em 2007, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a que o DN teve acesso. É que apenas 90 786 crianças nascidas o ano passado têm pai e mãe portugueses.
Os imigrantes são os responsáveis pela inversão na tendência de diminuição da natalidade no País, uma inversão que só as estatísticas dos próximos anos dirão se é para se manter. Mas um dado que tem sido estável é o que diz respeito ao aumento gradual de filhos entre os estrangeiros, não só porque há comunidades que tendem a ter mais crianças, como as africanas, como tem aumentado o número de imigrantes, com uma média etária em pleno período fértil.
O contributo dos imigrantes para a estabilização da população europeia, sobretudo a portuguesa, é um dos aspectos positivos que as comunidades radicadas no País gostam de sublinhar.
Ricardo Amaral Pessoa, presidente da Associação Brasileira de Portugal, lamenta que o contributo demográfico dos imigrantes não seja sublinhado nos discursos sobre a imigração. "Sabemos que o crescimento populacional dos portugueses é negativo e a descida seria bem maior se não fossem as comunidades imigrantes. Elas dão um contributo importante não só em termos de mão-de-obra como do ponto de vista demográfico, facto que tem sido esquecido por muita gente. Estão mais preocupados em salientar os aspectos negativos, nomeadamente a nível da segurança, em vez de reconhecerem o papel dos estrangeiros para retardar o envelhecimento da população."
Um estudo publicado pelo Observatório da Imigração em 2003, "Contributos dos Imigrantes na demografia Portuguesa", dava conta do efeito migratório para retardar o envelhecimento da população portuguesa. Maria João Rosa, Hugo de Seabra e Tiago Santos, os autores, apresentaram vários cenários da evolução demográfica no País, concluindo que se houvesse um fluxo migratório de 20 mil pessoas por ano (entre 2001 e 2021) a componente migratória poderia "contribuir para atenuar os sintomas do processo de envelhecimento demográfico em curso".
Outro dado a salientar das estatísticas do INE é a miscenização da população portuguesa com a comunidade imigrante. Há cada vez mais crianças com pais mistos, o que também é demonstrativo da integração dos cidadãos estrangeiros em Portugal.
São os homens portugueses que mais facilmente têm como parceira uma companheira estrangeira, escolhendo sobretudo brasileiras. Mas também é a maior comunidade.
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