Como vencer a crise e fazer amigos
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Como vencer a crise e fazer amigos
Como vencer a crise e fazer amigos
O ‘sound-bite’ é o resumo concentrado de um truísmo, não uma proposta a desenvolver. É preciso ter muito cuidado com o coração ao pé da boca. Sei do que falo.
António Correia de Campos - DE
Esta não é mais uma avaliação dos primeiros 45 dias, é um comentário construtivo e quase independente. Na verdade, o país está politicamente equilibrado. Sim, renasceu respeitabilidade no PSD, recentrou-se o combate, Rangel apareceu com pompa e substância, corrigiu excessos verbais da dr.ª Manuela, a qual aproveitou a sua nótula económica para lançar o receio, historicamente real, de que a partilha do risco nos grandes investimentos, se faça contra o pagador de impostos. Vai ter que se preparar para nos explicar a sua cedência de créditos que nos custa os olhos da cara.
Mas a líder do PSD tem um problema comunicacional: apesar de voluntariosas ajudas de Rangel, Pacheco Pereira e Capucho, não consegue convencer que não disse que o país não tem dinheiro para nada, que para si o casamento anda sempre associado a procriação, que a proposta de Constâncio sobre o nuclear deu jeito ao Governo por abafar as más notícias económicas, que o PSD deve apenas criticar sem ter que propor, pelo menos antes da campanha eleitoral. Tudo isto foi dito, com estas ou aproximadas expressões. Nada de grave, se cada asserção for bem explicada. Mas a media não o permite, o ‘sound-bite’ é o resumo concentrado de um truísmo, não uma proposta a desenvolver. É preciso ter muito cuidado com o coração ao pé da boca. Sei do que falo.
Borges apareceu a dizer coisas tão óbvias que pareciam sensatas, mas fugiu-lhe o pé para a chinela: que nestes três anos se haviam realizado investimentos públicos insensatos. Caro professor, quais? Se passar os olhos pelos três últimos PIDDAC verá que foi baixando a parte pública do investimento em estradas, portos, aeroportos e hospitais, onde pode ser substituída por investimento privado e subiu de forma espectacular em ciência e tecnologia, em educação e na protecção social, onde o privado ainda se não interessa. Se tiver a paciência de ler os maçadores relatórios que Bruxelas exige ao QREN, verá que se inverteu o foco do betão para a formação.
Os nossos amigos das duas esquerdas, passaram para a penumbra do debate. Louçã que pensava ter aprisionado Alegre num teatro romântico do fim de século, deixou-o escapar pelos fundos. Alguns dirão que foi o regresso daquele à adolescência política da luta sem tréguas contra o capital, que franqueou as portas a Alegre. Por mim entendo que o instinto iconoclasta deste pela liberdade terá partido, antes de usar, a prateleira dourada que Louçã lhe preparava.
Na outra esquerda, os tempos são de contenção. Depois das gloriosas jornadas de luta, os guerreiros preparam a sua festa dionisíaca. Baixaram o tom no debate genérico, concentram-se na “ofensiva legislativa contra o trabalho”, reforçarão a correia sindical e regressarão à rua em Outubro, com temperatura mais amena.
E o Governo? Que pode ele fazer, o Governo, se não governar? Resistir à crise, alinhar medidas, mobilizar recursos, tonificar energias e absorver más notícias. Sim, teremos ainda notícias más, até que Espanha e outros se reergam. Teremos que bater a todas as portas para fazer negócio, Venezuela, Brasil, Magreb, Angola, a todos os países que nos comprem aquilo que melhor sabemos produzir, obras públicas, telecomunicações, nichos de tecnologia, vinhos e outros regalos. Aproveitar a diplomacia cultural para exportar consultorias sobre o modelo das nossas reformas, na administração, na educação, na segurança social, na saúde. Fazer amigos, ganhar cumplicidades pessoais é um bom investimento para exportação.
O ‘sound-bite’ é o resumo concentrado de um truísmo, não uma proposta a desenvolver. É preciso ter muito cuidado com o coração ao pé da boca. Sei do que falo.
António Correia de Campos - DE
Esta não é mais uma avaliação dos primeiros 45 dias, é um comentário construtivo e quase independente. Na verdade, o país está politicamente equilibrado. Sim, renasceu respeitabilidade no PSD, recentrou-se o combate, Rangel apareceu com pompa e substância, corrigiu excessos verbais da dr.ª Manuela, a qual aproveitou a sua nótula económica para lançar o receio, historicamente real, de que a partilha do risco nos grandes investimentos, se faça contra o pagador de impostos. Vai ter que se preparar para nos explicar a sua cedência de créditos que nos custa os olhos da cara.
Mas a líder do PSD tem um problema comunicacional: apesar de voluntariosas ajudas de Rangel, Pacheco Pereira e Capucho, não consegue convencer que não disse que o país não tem dinheiro para nada, que para si o casamento anda sempre associado a procriação, que a proposta de Constâncio sobre o nuclear deu jeito ao Governo por abafar as más notícias económicas, que o PSD deve apenas criticar sem ter que propor, pelo menos antes da campanha eleitoral. Tudo isto foi dito, com estas ou aproximadas expressões. Nada de grave, se cada asserção for bem explicada. Mas a media não o permite, o ‘sound-bite’ é o resumo concentrado de um truísmo, não uma proposta a desenvolver. É preciso ter muito cuidado com o coração ao pé da boca. Sei do que falo.
Borges apareceu a dizer coisas tão óbvias que pareciam sensatas, mas fugiu-lhe o pé para a chinela: que nestes três anos se haviam realizado investimentos públicos insensatos. Caro professor, quais? Se passar os olhos pelos três últimos PIDDAC verá que foi baixando a parte pública do investimento em estradas, portos, aeroportos e hospitais, onde pode ser substituída por investimento privado e subiu de forma espectacular em ciência e tecnologia, em educação e na protecção social, onde o privado ainda se não interessa. Se tiver a paciência de ler os maçadores relatórios que Bruxelas exige ao QREN, verá que se inverteu o foco do betão para a formação.
Os nossos amigos das duas esquerdas, passaram para a penumbra do debate. Louçã que pensava ter aprisionado Alegre num teatro romântico do fim de século, deixou-o escapar pelos fundos. Alguns dirão que foi o regresso daquele à adolescência política da luta sem tréguas contra o capital, que franqueou as portas a Alegre. Por mim entendo que o instinto iconoclasta deste pela liberdade terá partido, antes de usar, a prateleira dourada que Louçã lhe preparava.
Na outra esquerda, os tempos são de contenção. Depois das gloriosas jornadas de luta, os guerreiros preparam a sua festa dionisíaca. Baixaram o tom no debate genérico, concentram-se na “ofensiva legislativa contra o trabalho”, reforçarão a correia sindical e regressarão à rua em Outubro, com temperatura mais amena.
E o Governo? Que pode ele fazer, o Governo, se não governar? Resistir à crise, alinhar medidas, mobilizar recursos, tonificar energias e absorver más notícias. Sim, teremos ainda notícias más, até que Espanha e outros se reergam. Teremos que bater a todas as portas para fazer negócio, Venezuela, Brasil, Magreb, Angola, a todos os países que nos comprem aquilo que melhor sabemos produzir, obras públicas, telecomunicações, nichos de tecnologia, vinhos e outros regalos. Aproveitar a diplomacia cultural para exportar consultorias sobre o modelo das nossas reformas, na administração, na educação, na segurança social, na saúde. Fazer amigos, ganhar cumplicidades pessoais é um bom investimento para exportação.
Viriato- Pontos : 16657
Re: Como vencer a crise e fazer amigos
A INFLACAO vai ser muito superior aos aumentos salariais !!!! Vamos ver o resultado!!! Ainda nao viram AGITACAO SOCIAL!!! vAO PERDER 3-4 % DE PODER DE COMPRA!!! Aguarde-mos!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
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