Terrorismo

Relembrando a primeira mensagem :

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Segundo atentado em 24 horas



Dois agentes da Guarda Civil espanhola morreram nesta quinta-feira em Palmanova, na ilha turística de Maiorca.

De acordo com o jornal El País, a explosão ocorreu pouco antes das 14h nas proximidades de um quartel da Guarda Civil no município de Calvía, e causou ferimentos a várias pessoas.

A origem da explosão pode ser uma bomba colocada num carro de patrulha ou numa mochila que explodiu no momento em que o veículo passava.

A região foi fechada para evitar uma segunda explosão.

O local onde ocorreu a explosão fica apenas a 500 metros de uma praia numa região turística e a poucos quilómetros do Palácio de Marivent, onde a família real espanhola costuma passar o Verão.

A explosão em Maiorca é o segundo atentado em Espanha em 24 horas. Nesta quarta-feira, 60 pessoas ficaram feridas na explosão de um carro-bomba na cidade de Burgos.

Msn Notícias

[quote="BUFFA"]

RONALDO ALMEIDA escreveu:
OBAMA vai mandar 40 000!!! problema dele!

e problema seu ... se um dia, um dos 40 000 fôr o John Roberts.


Mas nessa altura o Senhor Ronaldo terá o máximo orgulho nesse facto.

Don't you ?[/quote

[quote="RONALDO ALMEIDA"]

BUFFA escreveu:

RONALDO ALMEIDA escreveu:
OBAMA vai mandar 40 000!!! problema dele!

e problema seu ... se um dia, um dos 40 000 fôr o John Roberts.


Mas nessa altura o Senhor Ronaldo terá o máximo orgulho nesse facto.

Don't you ?[/quote

MEU CARO, quer saber? POR MIM, tirava aquelas zonas do MAPA , como diz o seu ADMIRADO ALMIJADO!!! Porque NAO PODEMOS DOMESTICAR AQUELES ANIMAIS!

[quote="RONALDO ALMEIDA"]

BUFFA escreveu:

RONALDO ALMEIDA escreveu:
OBAMA vai mandar 40 000!!! problema dele!

e problema seu ... se um dia, um dos 40 000 fôr o John Roberts.


Mas nessa altura o Senhor Ronaldo terá o máximo orgulho nesse facto.

Don't you ?[/quote

Não percebi nada da resposta. Mas o Ron já deve ter negociado uma viagenzita algures por aí para o seu rebento, quando tal acontecer...

[quote="Viriato"]

RONALDO ALMEIDA escreveu:

BUFFA escreveu:

RONALDO ALMEIDA escreveu:
OBAMA vai mandar 40 000!!! problema dele!

e problema seu ... se um dia, um dos 40 000 fôr o John Roberts.


Mas nessa altura o Senhor Ronaldo terá o máximo orgulho nesse facto.

Don't you ?[/quote

Não percebi nada da resposta. Mas o Ron já deve ter negociado uma viagenzita algures por aí para o seu rebento, quando tal acontecer...

NO COMMENT. Nao vale a pena!!! A BOLA esta do lado do IMPREPARADO OBAMA. Nao culpem BUSH!!

16 mortos e 30 feridos num atentado perto de Fallujah

por lusa



Dezasseis pessoas morreram e 30 ficaram feridas hoje num atentado com um carro armadilhado perto da cidade de Fallujah, oeste do Iraque, indicou fonte do hospital local.

O veículo, estacionado perto de um restaurante e de uma mesquita na localidade de Amiriyah, 45 quilómetros a oeste de Bagdad, explodiu quando os fiéis abandonavam o local após a oração da tarde, afirmou um responsável do hospital que recebeu as vítimas.

Um balanço divulgado anteriormente pela polícia indicava apenas 10 feridos.

A localidade de Amiriyah situa-se na província de maioria sunita de Al-Anbar, onde se registam frequentemente atentados contra forças de segurança e civis.

In DN

Opinião minha, a utilização de um , numa noticia destas: "16 mortos e 30 feridos num atentado perto de Fallujah", não faz sentido nenhum, e dá a entender um certo prazer pela morte dos ditos

Mais, é a imagem de marca do nick Maria de Portugal

Mas qual imagem de marca, qual carapuça?

Os smilies são imagens para quem as quiser utilizar, da maneira que melhor lhe aprouver!

E assim como sou livre de utilizar os smilies, A MEU BEL-PRAZER, você é livre de fazer a interpretação que quiser, igualmente à sua maneira, o que não quer dizer que esteja correcta.

Preso no dia de aniversário cérebro do genocídio de 1994

por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje



O tribunal que julga os massacres neste país centro-africano já tem sob sua tutela Ildephonse Nizeyimana, um radical hutu envolvido nos acontecimentos dos anos 90 que estiveram na origem de 800 mil a um milhão de mortos. Nizeyimana enfrenta a prisão perpétua.

Um dos principais responsáveis do genocídio de 1994 no Ruanda, o capitão Ildephonse Nizeyimana (ver Perfil), conhecido como o "carniceiro de Butare", foi capturado pela Interpol numa pensão de Campala, a capital do Uganda, no dia em que completou 46 anos. Nizeyimana constava da lista dos 12 mais procurados do Tribunal Penal Internacional para o Ruanda (TPIR).

A prisão de Nizeyimana foi efectuada segunda-feira à noite numa pensão da cidade, onde se encontrara com outras pessoas, mas a notícia da captura daquele que é um dos principais cérebros dos massacres da maioria tutsi e dos hutus moderados só foi divulgada ontem.

Nizeyimana - que entrara clandestinamente no Uganda vindo da República Democrática do Congo, onde se abriga boa parte dos dirigentes hutus ligados aos massacres de 1994, muitos deles hoje integrados nas fileiras das Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR) - foi um dos dois organizadores da violência sobre os tutsis em Butare, daí o cognome.

Enquanto segundo comandante de uma unidade militar da cidade e quadro superior dos serviços de informações ruandeses, coube-lhe a organização de esquadrões da morte no exército, que vão actuar a partir de Abril na chacina da população tutsi.

Um dos principais crimes de que Nizeyimana é o assassínio da rainha tutsi Rosalie Gicanda (ver texto nesta pág.), de 80 anos, uma das personalidades mais reverenciadas entre a sua etnia.

Considerado um "intransigente" entre os hutus, Nizeyimana é um dos dirigentes da FDLR, que combate o Governo do Presidente Paul Kagame, da Frente Patriótica do Ruanda, que conquistou Kigali em Julho de 1994, pondo fim ao genocídio, que causou 800 mil a um milhão de mortos em cem dias entre hutus e tutsis moderados e cerca de dois milhões de refugiados.

Um comunicado do TPIR, divulgado ontem, explicava que o antigo capitão das forças armadas ruandesas é um "dos quatro principais acusados pelo tribunal". Nizeyimana é acusado "de genocídio, de cumplicidade em genocídio, de incitação directa e indirecta ao genocídio e de crimes contra a Humanidade". Se for condenado, a sua pena será a prisão perpétua.

Segundo o TPIR, Nizeyimana foi "transferido para a custódia do tribunal 28 horas após a captura". A nota refere que se "encontram a monte 11 acusados" de responsabilidade no genocídio de 1994.

Este iniciou-se a 6 de Abril (ver cronologia), quando foi abatido por um míssil à chegada ao aeroporto de Kigali o avião em que viajavam os Presidentes Juvénal Habyarimana, do Ruanda, e Cyprien Ntaryamira, do Burundi. Segundo vários testemunhos, o massacre de tutsis fora programado por Habyarimana e pelo seu círculo próximo de colaboradores, de que Nizeyimana seria membro, segundo a nota do TPIR, e teria sucedido de qualquer forma.

Butare foi, precisamente, uma das cidades onde primeiro foram accionados os planos para o genocídio.

DN

Prosseguem combates entre exército e rebeldes

por lusa
Hoje



Os combates entre o exército iemenita e os rebeldes zaiditas xiitas prosseguem na zona norte, anunciaram hoje os militares, avançando um balanço de 29 mortos entre os rebeldes nas últimas 24 horas.

Doze rebeldes morreram terça-feira em confrontos a cerca de 70 quilómetros a norte da capital, Sana, e os restantes morreram em diversas operações levadas a cabo na província de Saada, mais a norte.

O exército anunciou também a destruição de cinco camiões carregados de explosivos destinados aos rebeldes na província de Saada, bastião da rebelião situado a 240 quilómetros a norte de Sana.

As operações militares estão a ser realizadas após uma visita a Sana, terça-feira, do dirigente da Liga Árabe, Amr Moussa, portador de "ideias" sobre formas para resolver o conflito entre o governo e os rebeldes xiitas, que combatem há cerca de oito semanas após o lançamento de uma nova ofensiva do exército.

Moussa defendeu a unidade do Iémen e afirmou, depois de se ter reunido com o presidente Ali Abdallah Saleh, que o chefe de Estado está aberto ao diálogo com todos os iemenitas.

O governo de Sana não está muito entusiasta quanto a uma mediação exterior ao conflito, e considera que os rebeldes não aceitaram as condições de cessar-fogo, principalmente no que diz respeito ao desarmamento.

Os combates entre o exército iemenita e os rebeldes zaiditas xiitas começaram no dia 11 de Agosto de 2009. O governo do Iémen acusa os insurgentes de contarem com o apoio de grupos no Irão, o que eles desmentem.

DN

Raptar seguindo o livro de instruções da Al-Qaeda

por HUGO COELHO
Hoje



Quando chegou à estrada no deserto, a polícia mauritana avistou o jipe parado, as portas abertas e os faróis ligados. Ninguém viu o que aconteceu ao todo-o-terreno que fechava o comboio humanitário a caminho do Senegal. Mas não foi difícil adivinhar o que aconteceu: islamitas chegaram armados e levaram três reféns espanhóis para o santuário da Al-Qaeda no Norte de África, o inóspito Sahel.

O ataque teve lugar a 29 de Novembro. Passaram duas semanas e Madrid continua à espera e a fazer figas por Albert Vilalta, Roque Pascual e Alicia Gámez. Os reféns que caem nas mãos da Al-Qaeda no Magrebe têm três destinos possíveis: se forem militares são mortos, se forem civis são entregues em troca de resgate ou presos, se forem mulheres podem ser forçadas a casar.

As instruções estão na Lei dos Prisioneiros Estrangeiros, uma espécie de manual clandestino sobre o rapto, seguido à risca pelos guerrilheiros. O livro, um monte de folhas escritas em árabe, foi encontrado em 2008 pela polícia num apartamento do bairro de Takrkzaina, em Nouakchott, a capital da Mauritânia.

A casa servia de refúgio a Jahen Olsaman, muçulmano que assassinou uma família francesa em férias de Natal na Mauritânia. Hoje, Olsaman está preso com outros 24 membros do movimento de Ussama ben Laden, mas a Al-Qaeda do Magrebe continua activa e é uma dor de cabeça para os serviços secretos ocidentais.

Tal como Madrid, também o Governo de Paris desespera por ouvir os termos para a libertação de um cidadão francês raptado. Pierre Camatte, trabalhador humanitário de 61 anos, foi levado do seu hotel na cidade de Ménaka, a 1500 quilómetros da capital do Mali, na noite de 25 de Novembro. E Londres suspeita que a Al-Qaeda no Magrebe matou o britânico Edwin Dyer, em Junho. Na mesma altura, foi assassinada uma americana que espalhava a religião cristão na Mauritânia.

O Le Monde escrevia esta semana que o Sahel é a "nova região perigosa do planeta". "Islamitas e traficantes prosperam e protegem-se uns aos outros".

Os raptos de estrangeiros, que ajudam a financiar a jihad, são, por enquanto, o símbolo dessa "ameaça global", como a descreveu um responsável do Governo de Bamako. Mas isso pode ser apenas o início. Um chefe da Guardia Civil contou ao El Pais: "Dos atentados e sequestros no Sahel podem passar a enviar células para a Europa para semear o terror. Isso é que nos preocupa". Em 2008, a ameaça da Al-Qaeda na Mauritânia já levara ao cancelamento do rali Lisboa-Dacar.

E a preocupação não vem a despropósito. A Al-Qaeda do Magrebe formou-se pela união de vários pequenos grupos terroristas do Norte de África entre os quais se contam os salafitas argelinos e o Grupo Islâmico de Combatentes Marroquinos, envolvido nos atentados de 11 de Março de 2004 em Madrid.

A maioria dos guerrilheiros vem do Magrebe. Mas Espanha e França estão a tornar-se viveiros de recrutamento e a luta antiterrorista nestes países passa por encontrar "olheiros" da Al-Qaeda. Em 2007, perto de Barcelona, a polícia prendeu Mbar el Jaafar, um professor de taekwondo marroquino que enviou mais de uma centena de espanhóis para se treinarem com armas pesadas, morteiros e explosivos no Sahel.

Um analista da secreta espanhola explicou ao El País que os recrutas "são imigrantes marroquinos e argelinos de primeira e segunda geração que deixaram tudo, família e trabalho em Espanha para unir-se à jihad em África". "Desaparecem subitamente e mais tarde descobrimos que viajaram para o Sahel".

In DN

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Buscas em Londres após tentativa de atentado num avião

por DN.pt, com AFP
Hoje



Um homem tentou ontem detonar um engenho explosivo a bordo de um voo da Delta Airlines, que fazia a ligação entre Amesterdão, na Holanda, e Detroit, nos EUA.

A Presidência dos EUA considerou o acidente como "uma tentativa de atentado". O jovem nigeriano disse pertencer à Al-Qaeda e já estava referido nas listas de suspeitos de ligações ao terrorismo internacional. Estudava numa universidade de Londres, cidade onde desde esta manhã se realizam buscas relacionadas com a investigação.

O avião Northwest Airlines 253 transportava 278 passageiros entre a Europa e os EUA. O incidente ocorreu na altura da aterragem, às 12:00 horas locais, 17:00 em Lisboa. Um passageiro “causou problemas” tentando acender o que parecia ser petardos disse um porta-voz da Delta Airlines, proprietária da Northwest Airlines. “O passageiro foi imobilizado imediatamente. A Delta colabora com o inquérito das autoridades”, disse Susan Elliott.

O congressista Peter King, membro do Comité de Segurança Interna, revelou à Fox News que se tratou de um "dispositivo sofisticado". Abdul Farouk Abdulmutallab terá tentado detonar um produto explosivo que transportava sob a forma de pó, mas falhou e outros passageiros impediram de voltar a tentar ou que o incêndio que o nigeriano provocou acabasse por provocar uma explosão.

Um dos passageiros disse à WDIV, afiliada da cadeia televisiva CNN, que a explosão foi pequena e soou como o rebentamento de um balão, mas isso foi suficiente para instalar o pânico a bordo, no momento da aterragem. O suspeito ficou ferido e teve de ser assistido devido às queimaduras que sofreu, que não foram mais graves porque os outros passageiros se apressou a abafar as chamas.

“O Presidente foi informado acerca do incidente desta manhã, entre as 9:00 e as 9:30, hora do Havai [local onde Barack Obama se encontra de férias]”, adiantou Bill Burton, porta-voz adjunto da Casa Branca. “O Presidente convocou de imediato uma conferência telefónica segura com John Brenan, o seu conselheiro para a segurança interna e o contra-terrorismo, e com Denis McDonough, o secretário-geral do NSS”, o serviço nacional de segurança dependente da polícia federal, explicou Burton.

Obama “ordenou que sejam tomadas todas as medidas necessárias para reforçar a segurança das viagens aéreas. O Presidente acompanha de perto a situação e é regularmente informado”.

Explosivo e instruções adquiridos no Iémen

Um porta-voz do FBI (Federal Boreau of Investigation, polícia federal) de Detroit disse à AFP que foi aberto um inquérito. Citando um memorando federal, a CNN adiantou que o suspeito disse aos investigadores que foi no Iemén que adquiriu o explosivo e recebeu as indicações sobre como o usar.

Abdul Farouk Abdulmutallab, nigeriano de 23 anos, admitiu ter ligações à rede terrorista Al-Qaeda. O congressista Peter King, membro do Comité de Segurança Interna, disse à Fox News e à CNN que “o suspeito tem ligações ao terrorismo”, segundo os dados dos serviços de informação.

Judith Sluiter, porta-voz do coordenador anti-terrorismo da Holanda, disse que o nigeriano fez escala no aeroporto de Amesterdão-Schiphol, mas não especificou vindo de onde. King adiantou que o suspeito “entrou num avião na Nigéria e fez escala em Amesterdão, com destino a Detroit”.

Buscas em Londres

O inquérito desencadeado pelo FBI tem a colaboração de polícias de outros países. No Reino Unido, a Scotland Yard anunciou que está efectuar buscas em Londres. “Estamos em contacto com as autoridades americanas e estão em cursos rusgas em Londres”, disse à AFP um porta-voz do organismo policial.

A comunicação social britânica adiantou que Abdul Farouk Abdulmutallab estuda engenharia na University College London (UCL). Um porta-voz da universidade não quis confirmar ou desmentir esta informação à AFP, nem a polícia britânica revelou se o nigeriano já constava dos seus ficheiros como suspeito de ligações a grupos terroristas.

Mesmo sem confirmação oficial, continuam a surgir ligações deste caso a estudantes da UCL. A BBC revelou que agentes equipados com protecção usada pela polícia forense estão a revistar um apartamento situado perto da universidade. Esta é última morada conhecida de um jovem britânico que estuda engenharia mecânica há dois anos, na UCL.

In DN

Homem comprou bilhete de avião no Gana

por Lusa
Hoje



Um responsável da Aviação Civil nigeriana afirmou hoje que o homem que sexta-feira tentou fazer explodir um avião norte-americano da Northwest Airlines comprou a passagem aérea no Gana, oito dias antes de o avião partir da Nigéria.

Harold Demuren, chefe da Autoridade da Aviação Civil nigeriana, adiantou que o bilhete de Umar Farouk Abdulmutallab, de 23 anos, foi adquirido num balcão da companhia KLM, em Accra, Gana.

Demuren adiantou que Abdulmutallab comprou o bilhete de ida e volta entre Lagos, Nigéria e Detroit, Estados Unidos, com escala em Amesterdão, a 16 de Dezembro.

Demuren escusou-se a comentar as viagens efectuadas por Abdulmutallab nos dias que antecederam a viagem de 24 de Dezembro de Lagos para Detroit, alegando que o FBI e as autoridades nigerianas consideram a informação "melindrosa".

O Departamento de Justiça norte-americano anunciou sábado que as autoridades federais tinham nesse mesmo dia acusado formalmente Abdul Farouk Abdulmutallab de tentativa de destruição de um avião comercial.

As autoridades federais acusam o cidadão nigeriano de "tentar destruir o avião da Northwest Airlines durante a aterragem no aeroporto de Detroit no dia de Natal e de transportar explosivos a bordo do aparelho".

O voo da Northwest Airlines fazia a ligação Amesterdão-Detroit, com 278 passageiros a bordo.

De acordo com a cadeia de televisão norte-americana CNN, o piloto do aparelho pediu autorização à torre de controle para efectuar uma aterragem de urgência devido ao comportamento estranho de um dos passageiros.

"Um passageiro levantou a voz e como medida de precaução a tripulação pediu às forças de segurança para irem ao encontro do avião" no solo, afirmou Susan Elliott, porta-voz da Delta Airlines.

O aparelho acabou por aterrar numa zona remota do aeroporto de Detroit, onde foram accionadas todas as medidas de segurança, sem que qualquer dos passageiros tenham sofrido ferimentos.

Segundo a CNN, a situação começou quando o passageiro em questão foi chamado à atenção por um elemento da tripulação por ter passado muito tempo dentro da casa de banho, o que provocou uma reacção exagerada da pessoa em causa.

Abdulmutallab transportava explosivos colados ao corpo, entre os quais pentrita, um explosivo muito potente que pode ser activado com um detonador e fonte de calor, segundo um especialista consultado pela Agência France Presse (AFP).

Sob anonimato, este especialista em artefactos explosivos destacou que a pentrita, "muito instável e muito sensível ao calor", possui um "poder detonador muito forte".

A pentrita, associada a uma fonte de calor, explode a 175 graus, explicou, acrescentando que ainda falta determinar que tipo de líquido químico havia na seringa utilizada por Abdulmutallab.

Segundo uma testemunha das investigações, citado pela rede de televisão norte-americana ABC, o suspeito carregava consigo 80 gramas de pentrita cosida no interior de sua roupa.

A pentrita também foi a substância descoberta nos sapatos do britânico Richard Reid, acusado de tentar explodir um avião que ia de Paris para Miami em Dezembro de 200

In DN

EUA admitem grave falha de segurança no voo 253

por PATRÍCIA VIEGAS
Hoje



Voos para território americano com segurança reforçada após tentativa de atentado. Al-Qaeda na Península Arábica reivindica acção. Obama promete continuar luta ao terrorismo, rever listas de suspeitos e sistema de vigilância.

A secretária de Segurança Nacional americana admitiu ontem que houve uma grave falha nos procedimentos de segurança do voo 253 da Northwest Airlines, que foi alvo de uma tentativa de atentado terrorista no dia de Natal, quando ligava Amesterdão a Detroit.

Janet Napolitano fez estas declarações, à NBC, momentos antes de Barack Obama fazer uma declaração, a partir do Havai, onde está a passar férias em família, prometendo prosseguir luta ao terrorismo, rever listas de suspeitos, sistemas de detecção de explosivos.

O Chefe do Estado norte-americano, democrata, tinha sido criticado pelos republicanos, por manter o silêncio sobre a tentativa de atentado cometida pelo jovem nigeriano Umar Faruk Abdulmutallab .

A responsável pela segurança interna dos EUA garantira que os procedimentos de segurança iriam ser revistos e considerara inaceitável que o nigeriano tenha podido embarcar com tais substâncias a bordo, uma vez que estava na lista de suspeitos de radicalismo islâmico dos Estados Unidos. Napolitano disse, porém, que as informações existentes sobre ele não eram suficientes para impedi-lo de subir a bordo de um avião comercial.

Essas informações terão sido dadas pelo próprio pai do jovem, um banqueiro nigeriano, que há dois meses alertou a embaixada americana em Abuja, na Nigéria, para a radicalização do filho - que entretanto cortara contacto com a família, desistira do curso no Dubai, partira rumo ao Iémen. Aí recebeu, segundo ele, treino da Al-Qaeda. A tentativa de atentado foi agora reivindicada precisamente pela célula da Al-Qaeda na Península Arábica.

Umar Faruk entrou no avião com pentrite colada às pernas. Trata-se de um potente explosivo, o mesmo usado pelo bombista dos sapatos, Richard Reid, que tentou fazer explodir um voo Paris-Miami em Dezembro de 2001. Na sequência deste e de outras tentativas de atentado posteriores ao 11 de Setembro, várias medidas de segurança foram tomadas nos aeroportos. Mas pelos vistos ainda não são suficientes.

Os Estados Unidos e países europeus como o Reino Unido ponderam agora a hipótese de estender a utilização dos chamados scanners corporais a todos os seus aeroportos. Enquanto isso as medidas de segurança nos voos para território americano foram reforçadas. A britânica British Airways proibiu os passageiros de levar mais do que uma mala na bagagem de mão. A canadiana Air Canada informou que vai proibir os passageiros de se levantarem do lugar e de acederem às bagageiras uma hora antes da aterragem da aeronave. Media especializados em electrónica indicaram que nos voos internacionais com destino aos EUA está proibido o uso de aparelhos como computadores portáteis ou i-Pods. Os passageiros são aconselhados a ir mais cedo para o aeroporto, caso precisem de ser revistados

In DN

Embaixadas encerradas devido a ameaças da Al-Qaeda

por Lusa
Hoje



A embaixada da Grã-Bretanha em Sanaa encerrou hoje, depois de a missão norte-americana ter feito o mesmo, devido a ameaças da Al-Qaida na Península Arábica, indicou à agência France Presse um responsável iemenita.

"A embaixada fechou hoje como medida de precaução, receando eventuais reacções da Al-Qaida", disse o responsável que pediu anonimato.

A mesma fonte indicou que não havia ameaças directas da Al-Qaida contra a embaixada.

Em Londres, um porta-voz do Foreign Office confirmou que a embaixada foi encerrada por "motivos de segurança" e que uma decisão sobre a sua possível reabertura na segunda-feira só será tomada depois.

Hoje, a missão diplomática dos Estados Unidos na capital iemenita também anunciou o seu encerramento, depois de a Al-Qaida na Península Arábica ter reivindicado a tentativa de atentado contra um avião de passageiros que fazia a ligação Amesterdão-Detroit no dia de Natal.

"A embaixada dos Estados Unidos em Sanaa encerrou hoje, 03 de Janeiro de 2010, devido a ameaças da Al-Qaida na Península Arábica contra interesses norte-americanos no Iémen", refere um comunicado da embaixada divulgado na Internet.

O 'site' do jornal El Mundo também indicou que a Espanha decidiu encerrar segunda e terça-feira a sua embaixada no Iémen devido às ameaças da Al-Qaida, mas fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse à Efe que esta se vai manter aberta, embora com acesso restrito ao edifício por razões de segurança

In DN

França segue EUA e Reino Unido no encerramento de embaixada no Iémen


A embaixada de França no Iémen está, até nova ordem, fechada ao público, devido às ameaças de ataques de grupos que afirmam pertencer à rede da Al-Qaeda, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês. O governo de Paris segue, assim, o exemplo dos EUA e Reino Unido, que tomaram a mesma decisão no fim-de-semana.

"A 3 de Janeiro, o nosso embaixador decidiu não autorizar, até nova ordem, o acesso do público aos locais da missão diplomática", declarou num encontro com a imprensa o porta-voz do Quai d'Orsay, Bernard Valero.

"Grupos que afirmam pertencer à Al-Qaeda na península arábica ameaçaram as representações estrangeiras no Iémen. O nível de vigilância na nossa embaixada em Sanaa e dos nossos cidadãos já era elevado", lembrou Valero.

"O embaixador no local enviou uma mensagem aos compatriotas que residem no Iémen para lhes pedir prudência e vigilância na actual situação. Também pediu que apenas fizessem as deslocações indispensáveis", precisou.

Questionado sobre a escola francesa de Sanaa, o porta-voz indicou que o estabelecimento estava actualmente fechado devido às férias escolares.

Os Estados Unidos e o Reino Unido mantinham hoje, pelo segundo dia consecutivo, as embaixadas fechadas em Sanaa, devido às ameaças da Al-Qaeda.

Lusa/Sicnoticias

OSCOT com assembleia geral eleitoral dia 20 de Janeiro

Hoje



O general Loureiro dos Santos e Bacelar Gouveia chegaram a acordo e foi marcada assembleia geral eleitoral do OSCOT (Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo) para o dia 20 de Janeiro às 18:30, na Universidade Nova de Lisboa.
Bacelar Gouveia tinha havia renunciado à presidência do Conselho Directivo do OSCOT no passado dia 13 de Dezembro.

O presidente demissionário, eleito deputado do PSD nas eleições legislativas de 27 de Setembro, justificou a decisão com a intensa actividade partidária, numa carta de demissão entregue ao presidente da Assembleia Geral do OSCOT, general Loureiro dos Santos.

Bacelar Gouveia, que sucedeu ao general Garcia Leandro na presidência do conselho directivo da entidade, tinha sido eleito em Maio de 2009 para um mandato de três anos.

In DN

Espanha vai criar unidade europeia contra o terrorismo

por DN.pt
Hoje



Governo socialista liderado por José Luis Rodríguez Zapatero quer aproveitar o potencial criado para os serviços de informações com entrada em vigor do Tratado de Lisboa.

A presidência espanhola da União Europeia planeia estabelecer uma unidade especial destinada à partilha de informações sobre terrorismo entre os Estados membros, noticiaram os media espanhóis.

Portugal, Reino Unido, Alemanha, Dinamarca, Itália e Holanda estão entre os países que apoiam esta iniciativa, para a qual veio abrir espaço o novo Tratado de Lisboa.

Este veio reforçar também os poderes da Europol, agência europeia de polícia que já troca informações. As suas actividades cobrem áreas como o terrorismo, dados sobre armas químicas, biológicas, nucleares, cibercrime e extremismo islâmico.

Após o atentado falhado num avião que ligava Amesterdão a Detroit, em pleno dia de Natal, o primeiro-ministro britânico pediu uma reunião internacional para discutir o combate ao extremismo islâmico e às células terroristas no Iémen.

Noutro plano um somali tentou matar o cartunista dinamarquês que desenhou os controversos cartunes de Maomé. O jovem já tinha sido detido, no Quénia, por estar implicado num plano para atacar a secretária de Estado americana Hillary Clinton.

A nova unidade especial de contraterrorismo vai permitir a troca directa de informações entre dois ou mais países em estreita cooperação com o coordenador antiterrorista Gilles de Kerchove.

Espanha é um dos países europeus que mais sofre com o terrorismo, tanto o nacionalista, da ETA, como o islâmico, que a 11 de Março de 2004 matou 191 pessoas em Madrid.

In DN

José Manuel Anes sucede a Bacelar Gouveia

por M.C.F.
Hoje



José Manuel Anes vai ser o próximo presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), sucedendo a Jorge Bacelar Gouveia (deputado do PSD).

As eleições vão realizar-se no próximo dia 20 e José Manuel Anes deverá ser o único candidato à liderança do OSCOT, face aos nomes que constam da sua lista.

O próprio José Manuel Anes disse ao DN que vai propor a recondução do general Loureiro dos Santos à frente da Assembleia Geral. Para presidir ao Conselho Consultivo, o nome escolhido é o do general Garcia Leandro (antecessor de Bacelar Gouveia).

Paulo Pereira de Almeida e António Rebelo de Sousa, actual presidente do Conselho Consultivo, vão ser os vice-presidentes de José Manuel Anes, adiantou o candidato.

Também conhecido por ser maçon (foi grão mestre da Grande Loja Legal de Portugal) e adepto histórico do Belenenses, cuja assembleia geral chegou a presidir, José Manuel Anes é fundador do OSCOT juntamente com Rui Pereira, actual ministro da Administração Interna. É especialista em assuntos de terrorismo.

In DN

Obama fica com a culpa do atentado de Natal

Hoje


Presidente reconhece que serviços secretos falharam. Mas não demitirá ninguém.

"Eis os resultados: eu sou o Presidente, logo sou o responsável pelo que acontece neste país." Foi assim que Barack Obama assumiu, ao fim do dia de ontem em washington, e perante as câmaras de televisão a responsabilidade pelo atentado falhado do dia de Natal. O Presidente americano recusou demitir qualquer responsável dos serviços secretos pelas falhas que quase se concretizaram em mais uma tragédia nos céus de Detroit, sublinhando que não se trata de encontrar bodes expiatórios. Até porque, como sublinhou, "não se tratou de uma falha de pessoas mas do sistema". Mas isso não impede que Obama deixe tudo como está.

Mais agentes de segurança a bordo dos aviões, mais analistas nos serviços secretos para tratar a informação, melhor comunicação entre estes, mais cuidado na revista dos passageiros e atenção aturada à lista onde figuram os nomes de eventuais terroristas. Estas são algumas das reformas que Obama quer ver concretizadas de imediato para prevenir ataques contra cidadãos e interesses americanos.

Duas semanas após o atentado falhado contra o avião americano que ligava Amesterdão a Detroit, o Presidente dos EUA voltou assim a pronunciar-se sobre o ocorrido no dia de Natal. Fê-lo pela sexta vez e olhando o país nos olhos. O atentado falhado foi perpetrado por Umar Farouk Abdulmutallab, um nigeriano, de 23 anos. Este apanhou o voo para os EUA em Lagos, fez toda a viagem com explosivos presos às cuecas, que procurou accionar a 20 minutos de aterrar em Detroit. A actuação rápida de um passageiro impediu uma nova tragédia nos céus americanos.

Obama perdeu a sua característica fleuma ao ter conhecimento do ocorrido. E, como tal, não escamoteou as críticas aos serviços secretos americanos. Essencialmente por não terem sido capazes de cruzar as informações que tinham e tirar as adequadas conclusões. Foi, como sublinhou a revista Time, o primeiro Presidente americano a criticar publicamente, e duas vezes na mesma semana, os serviços secretos.

"O Governo dos Estados Unidos tinha informação suficiente para impedir esta conspiração mas a nossa comunidade de serviços secretos falhou em conseguir relacionar as coisas", afirmou Obama.

De facto, o pai do suspeito, um rico banqueiro nigeriano, tinha alertado o Departamento de Estado para a radicalização do filho. Mas essa informação não foi devidamente tratada, de tal modo que o nome de Abdulmutallab não constava das listas dos banidos de viajarem para os EUA. Mais: os serviços secretos tencionavam interrogá-lo à chegada a Detroit, revelam algumas fontes, enquanto outras negam esta hipótese afirmando não terem recebido informação que o justificasse.

Horas antes de o relatório ser tornado público, James Jones, conselheiro para a Segurança Nacional do Presidente Obama, afirmou ao jornal USA Today que os americanos iriam certamente "apanhar um choque" ao conhecerem o documento. Essencialmente pelos indícios que foram desperdiçados e que poderiam impedir a tragédia.

"Sabemos o que aconteceu, sabemos o que não aconteceu, e sabemos como solucionar a questão", disse Jones e adiantou: "Isso deveria ser encorajador. Não temos de reinventar nada para ter a certeza de que algo idêntico não voltará a acontecer."

A encerrar a sua comunicação ao país, Obama sublinhou que, a partir de agora cada chefe de dos serviços secretos será responsabilisado pelas acções do mesmo.

Tb DN

Seguia em direcção a Portugal

Carro com explosivos não era para ser carro-bomba

A viatura com explosivos interceptada sábado num controlo em Espanha, próximo da fronteira com Portugal, não estava preparada para ser usada de forma imediata, como carro-bomba, disse o delegado do governo em Castela e Leão.

Miguel Alejo explicou aos jornalistas que a carrinha, conduzida por um alegado membro da organização separatista basca ETA, foi já transportada para Madrid, para ser analisada.

O veículo seguia em direcção a Portugal, quando foi interceptado pela Guarda Civil, numa localidade a cerca de 20 quilómetros da fronteira. Alejo descartou que a carrinha com explosivos viesse a ter como alvo qualquer destino nesta região espanhola, saudando o facto dos controlos da Guarda Civil na zona terem conseguido detectar a viatura.

Até ao momento, desconhece-se a identidade dos detidos ou qualquer informação sobre a quantidade e o tipo de explosivos que a carrinha transportava. O condutor e uma mulher que conduzia um segundo veículo, escaparam para Portugal, mas acabaram por ser detidos pela GNR, depois de uma perseguição policial em que as autoridades tiveram que fazer disparos para intimidar os fugitivos, disse este domingo fonte daquela força militarizada.

De acordo com a fonte, os dois elementos, interceptados, sábado, em Espanha junto à fronteira numa carrinha carregada de explosivos, vão ser entregues à Polícia Judiciária, que tomará conta deles até estar concluído o processo judicial que se segue.

Os suspeitos, um homem e uma mulher, entraram em Portugal na fronteira de Bemposta, e a fuga prolongou-se por várias dezenas de quilómetros até Torre de Moncorvo, no sul do distrito de Bragança. O homem conseguiu fugir do controlo policial em Espanha, roubando o carro patrulha dos agentes da Guarda Civil.

«Logicamente (os agentes), devem ter deixado as chaves na ignição» do carro, explicou Alejo, o que permitiu que o homem fugisse. Os agentes, que inicialmente pararam a carrinha, comprovaram que esta tinha explosivos, pelo que deram depois ordens para a evacuação de vários edifícios próximos, por se temer que pudesse ser um carro-bomba.

Uma equipa de desactivação de explosivos (TEDAX) foi enviada para o local onde descartou a possibilidade de que se tratava de uma carrinha armadilhada. Os explosivos e outro material encontrado na carrinha foram recolhidos, mas a polícia até agora preferiu não revelar mais pormenores para não afectar a investigação.

Um dos dados que se está a comprovar é se esta carrinha teria ou não qualquer vínculo com os dois elementos da ETA detidos no sábado em França. Alejo destacou o sucesso das operações de controlo de rotina que estão a levar-se a cabo em toda a comunidade de Castela e Leão.

Destacou ainda o que disse ser a extensa colaboração e «permanente contacto» que as autoridades policiais espanholas e portugueses mantém tanto no combate ao terrorismo como a outras formas de criminalidade.

Lusa, 2010-01-10

Seguia em direcção a Portugal

Carro com explosivos não era para ser carro-bomba

A viatura com explosivos interceptada sábado num controlo em Espanha, próximo da fronteira com Portugal, não estava preparada para ser usada de forma imediata, como carro-bomba, disse o delegado do governo em Castela e Leão.

Miguel Alejo explicou aos jornalistas que a carrinha, conduzida por um alegado membro da organização separatista basca ETA, foi já transportada para Madrid, para ser analisada.

O veículo seguia em direcção a Portugal, quando foi interceptado pela Guarda Civil, numa localidade a cerca de 20 quilómetros da fronteira. Alejo descartou que a carrinha com explosivos viesse a ter como alvo qualquer destino nesta região espanhola, saudando o facto dos controlos da Guarda Civil na zona terem conseguido detectar a viatura.

Até ao momento, desconhece-se a identidade dos detidos ou qualquer informação sobre a quantidade e o tipo de explosivos que a carrinha transportava. O condutor e uma mulher que conduzia um segundo veículo, escaparam para Portugal, mas acabaram por ser detidos pela GNR, depois de uma perseguição policial em que as autoridades tiveram que fazer disparos para intimidar os fugitivos, disse este domingo fonte daquela força militarizada.

De acordo com a fonte, os dois elementos, interceptados, sábado, em Espanha junto à fronteira numa carrinha carregada de explosivos, vão ser entregues à Polícia Judiciária, que tomará conta deles até estar concluído o processo judicial que se segue.

Os suspeitos, um homem e uma mulher, entraram em Portugal na fronteira de Bemposta, e a fuga prolongou-se por várias dezenas de quilómetros até Torre de Moncorvo, no sul do distrito de Bragança. O homem conseguiu fugir do controlo policial em Espanha, roubando o carro patrulha dos agentes da Guarda Civil.

«Logicamente (os agentes), devem ter deixado as chaves na ignição» do carro, explicou Alejo, o que permitiu que o homem fugisse. Os agentes, que inicialmente pararam a carrinha, comprovaram que esta tinha explosivos, pelo que deram depois ordens para a evacuação de vários edifícios próximos, por se temer que pudesse ser um carro-bomba.

Uma equipa de desactivação de explosivos (TEDAX) foi enviada para o local onde descartou a possibilidade de que se tratava de uma carrinha armadilhada. Os explosivos e outro material encontrado na carrinha foram recolhidos, mas a polícia até agora preferiu não revelar mais pormenores para não afectar a investigação.

Um dos dados que se está a comprovar é se esta carrinha teria ou não qualquer vínculo com os dois elementos da ETA detidos no sábado em França. Alejo destacou o sucesso das operações de controlo de rotina que estão a levar-se a cabo em toda a comunidade de Castela e Leão.

Destacou ainda o que disse ser a extensa colaboração e «permanente contacto» que as autoridades policiais espanholas e portugueses mantém tanto no combate ao terrorismo como a outras formas de criminalidade.

Lusa, 2010-01-10

Espanhóis admitem nova base etarra em Portugal

por Patrícia Viegas
Hoje



Autoridades acreditam que os explosivos apreendidos se destinavam a cometer um atentado numa cidade da Andaluzia, durante os encontros de alto nível que vão ter lugar nesta comunidade no âmbito da presidência espanhola da UE.

A Guardia Civil está convencida de que os etarras detidos no sábado à noite em território português tinham ordens para criar ou abastecer esconderijos destinados a apoiar a realização de atentados em solo espanhol durante a presidência da União Europeia, noticiam esta segunda-feira vários media espanhóis, entre os quais o Diario Vasco on-line.

O jornal, que cita fontes espanholas e portuguesas, refere que as autoridades ibéricas estão convencidas de que o objectivo seria cometer um atentado com um carro armadilhado numa cidade da Andaluzia, como Sevilha, Granada ou Córdoba, onde vão decorrer reuniões importantes durante o semestre espanhol.

Sevilha, por exemplo, recebe a 14 e 16 deste mês a cimeira de ministros da Energia dos 27. Granada, de 7 e 8 de Março, vai ser o cenário da primeira cimeira entre a União Europeia e Marrocos. A organização terrorista basca faria assim uma nova demonstração de força na zona do Sul de Espanha.

A ideia de usar Portugal, especialmente o Algarve, como base para atentados foi promovida pelo ex-líder do aparelho militar da ETA, Garikoitz Aspiazu, "Txeroki", detido em 2009. Jurdan Martitegi, também agora detido, esteve no País em 2007, a estudar a criação de uma base de retaguarda em solo nacional.

Os etarras terão chegado mesmo a ter um esconderijo na cidade de Quarteira, no sotavento algarvio, mas não conseguiram levar a cabo o atentado que teriam planeado com os 115 quilos de explosivos que foram descobertos num automóvel Ford Focus em Ayamonte, junto à fronteira, em Junho de 2007.

No fim ou adiamento da estratégia pesaram também os documentos encontrados no âmbito da detenção de Javier López Peña, "Thierry", os quais desvendaram os planos de uma fuga prisional que tinha como destino Portugal e eram para pôr em prática no Verão de 2008.

O El País, por seu lado, cita fontes do Ministério do Interior espanhol que também admitem que os etarras estejam a tentar fixar em Portugal uma nova rampa de lançamento para atacar Espanha. Não mencionam, porém, objectivos, locais ou datas.

In DN

Alegados etarras ficam em prisão preventiva

por DN.pt
Hoje



O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) decidiu que os alegados membros da ETA detidos pela GNR ficarão em prisão preventiva, o que só foi possível porque o Ministério Público, além dos crimes de furto, falsificação de documentos e desobediência, imputou-lhes o crime de ligação a organização terrorista, previsto na Lei 53/2003.

À saída do TCIC, o advogado dos alegados membros da organização terrorista basca, Garikoitz García Arrieta e Iratxe Yáñez Ortiz de Barron, disse que discorda da medica de coação imposta aos seus clientes.

José Galamba explicou que uma eventual extradição para Espanha é um outro processo e esse, caso haja um pedido por parte das autoridades espanhola, será analisado pelo Tribunal da Relação de Lisboa.

O advogado disse não poder confirmar se o processo de extradição já foi iniciado, pois ainda não recebeu qualquer notificação.

Garikoitz García Arrieta e Iratxe Yáñez Ortiz de Barron foram detidos no sábado à noite, pela GNR, depois de terem escapado a uma operação da Guardia Civil, em Zamora. Arrieta foi apanhado em Torre de Moncorvo após uma perseguição que envolveu tiros de aviso por parte dos militares da Guarda Nacional Republicana. Ortiz foi detida em Ponte do Pocinho, Vila Nova de Foz Côa.

Os alegados membros da ETA foram depois transportados pela Polícia Judiciária para a Unidade Nacional Contra-Terrorismo, em Lisboa.

In DN

Garzón não deu resposta à criação de equipas mistas

por Carlos Rodrigues Lima
Hoje



Procuradoria-geral da República declara ao DN que existem pontos de contacto entre Portugal e Espanha para os casos de terrorismo e que o juiz Baltazar Garzón não deu seguimento à proposta de criação de equipas mistas.

A Procuradoria-geral da República (PGR) declarou, hoje ao DN, que entre Portugal e Espanha existem pontos de contacto para os casos de terrorismo. A PGR explicou ainda que as equipas mistas de investigação entre ambos os países só não foram criadas porque o juiz espanhol Baltazar Garzón deixou cair a iniciativa.

Na sequência de contactos havidos entre o Procurador-Geral da República Português e o Procurador-Geral Espanhol e os anteriores Ministros da Justiça de Espanha e de Portugal, ficou acordada a existência de pontos de contacto entre as duas Procuradorias, exactamente para casos de terrorismo, diz uma nota da PGR, acrescentando que Portugal indicou duas Magistradas do Departamento Central de Investigação e Acção Penal e Espanha indicou igualmente dois Magistrados, tendo na altura sido entendido por ambas as partes que isso seria o bastante

Numa segunda fase, continua a nota da PGR, o juiz Garzón propôs a criação de equipas mistas, não tendo dado seguimento à resposta que lhe foi enviada

Entre a Procuradoria-Geral Portuguesa e a Procuradoria-Geral Espanhola foram ainda estabelecidos pontos de contacto para os casos de incêndios que, começando num dos lados da fronteira se propaguem para o outro. Os Procuradores-Gerais indicaram Magistrados como pontos de contacto em vários locais do país, de acordo com informação da Procuradoria.

Hoje, na edição em papel, o DN noticiou que dois anos depois da assinatura de um memorando de entendimento, Portugal e Espanha ainda não criaram qualquer tipo de equipa mista para a investigação do terrorismo, sobretudo para casos ligados às actividades da ETA. O documento previa a constituição de uma equipa liderada por magistrados, auxiliados por elementos das forças policiais

In DN

ETA preparava atentado de grande envergadura

por MARIA DE LURDES VALE
Hoje


Peritos sustentam que material apreendido denuncia que grupo preparava novas acções, a partir de Portugal ou de Espanha.

O material encontrado na carrinha de marca Iveco, conduzida pelo alegado membro da ETA, Garikoitz García, indica, segundo os peritos da luta antiterrorista, que o "comando" detido em Portugal no fim-de-semana pelos agentes da GNR se preparava para cometer um atentado de "grande envergadura", através de uma nova base que poderia ser instalada de um ou de outro lado da fronteira.

A pista é sustentada pela existência de três botijas de gás propano e butano, vazias, e com uma capacidade de 84 litros, sendo que uma delas está cortada na parte de cima, pronta a ser usada como "canhão". Conforme explicam os peritos, a ETA costuma utilizar este tipo de material para os atentados com carros-bombas. As botijas são cheias com explosivos (que também foram encontrados na carrinha), colocadas na mala de um carro e detonadas à distância.

Numa nota emitida pelo Ministério do Interior espanhol lê-se que foi identificado material que o grupo terrorista costuma usar para montar esconderijos ou "zulos", como três bidões metálicos, dois maiores e um mais pequeno, que funcionam como protecção ao equipamento que tem de ser enterrado. Destaca-se ainda a existência de dois recipientes de plástico com líquido, que está a ser analisado, e todo o material necessário para a elaboração de bombas-lapa, sistema que a ETA tem usado nos últimos atentados. Neste momento, a GNR e a Guardia Civil continuam a investigar a possibilidade deste grupo ter uma infra-estrutura em Portugal ou se a estariam a organizar na altura em que foram detidos. Mas tais acções têm decorrido discretamente, já que as forças de segurança acreditam poder haver do lado de Portugal ou de Espanha um novo espaço alugado por alguém da ETA que se tenha deslocado previamente àquela zona ou que por ali resida há algum tempo. Uma coisa é certa: a quantidade de material encontrado na carrinha demonstra que a ETA planeava uma campanha de atentados a partir desta nova base, quer fosse em Portugal quer em Espanha.

Zapatero enalteceu ontem a "eficácia" dos Corpos e Forças de Segurança do Estado contra a ameaça terrorista, que permitiu a detenção de quatro membros da ETA em Espanha e Portugal. As mais altas instituições do Estado homenagearam nove agentes da Polícia Nacional e da Guardia Civil que morreram em 2009.

In DN

Chefe das secretas: "não há bases da ETA em Portugal"

por CARLOS RODRIGUES LIMA
Hoje


Secretário-geral dos serviços secretos declarou ao DN que há "forte cooperação" entre as forças de segurança no caso e garantiu que "não há bases da ETA em Portugal".

Júlio Pereira, secretário-geral dos Serviços de Informação da República, o órgão que coordena a actividade dos serviços secretos portugueses, declarou ao DN que "há uma forte cooperação entre as forças policiais e os serviços de informação" para acompanhar a hipótese de uma eventual existência de uma base da ETA em Portugal". O "chefe" dos serviços secretos portugueses garantiu, porém, ser "especulativa" a ideia de que, de facto, existe ou uma base ou uma plataforma de apoio aos etarras.

"Sabemos que nos últimos anos houve uma série de episódios relacionados com elementos da ETA em Portugal. E estamos a acompanhar de perto todas as situações", acrescentou o secretário-geral, dizendo ao DN que a análise do SIS (Serviço de Informações e Segurança) no último Relatório de Segurança Interna mantém-se inalterada. No documento, o SIS garantia não ter sido detectada "qualquer actividade da ETA, nem qualquer estrutura permanente de apoio logístico em território nacional".

Tal não quer dizer que a organização separatista basca pretenda instalar em Portugal uma espécie de base, seja ela permanente ou apenas de recuo. Ainda ontem, o jornal El País afirmava que os etarras detidos em Torre de Moncorvo teriam uma casa alugada em Portugal. Fonte da Unidade Nacional Contra-Terrorismo da PJ não confirmou ao DN esta informação.

Seja como for, inspectores da PJ ligados à investigação do terrorismo e fontes dos serviços secretos admitem, como hipótese, que, face à repressão de que a ETA tem sido alvo em França, a organização procure deslocalizar algumas bases para Portugal. Mas, operacionalmente, segundo as mesmas fontes tal poderia ser um erro: "As zonas de fronteira são localidades pequenas, onde toda a gente se conhece. Qualquer movimento fora do normal poderia levantar suspeitas e isso é um risco para os etarras", explicou uma das fontes contactadas. O "desvio" para as grandes cidades - onde os operacionais poderiam passar despercebidos - é outra das hipóteses em cima da mesa. Mas, também, era uma situação que comportava alguns riscos, sobretudo com o transporte de explosivos. "Nos últimos casos que tiveram uma ligação a Portugal, há um elemento em comum: os operacionais foram detectados em trânsito. Ou seja, quanto mais andarem, mais riscos há de serem, acidentalmente, apanhados", precisou outra fonte contactada pelo DN. O mesmo interlocutor recordou que recentemente foi descoberto uma célula do IRA (Exército Republicano Irlandês) no Algarve, cuja actividade era o financiamento deste grupo através do contrabando.

In DN

Espanha afirma: Operação travou base da ETA em Portugal

por Lusa
Hoje


A operação que permitiu deter dois alegados membros da ETA e confiscar uma carrinha com explosivos permitiu travar a tentativa da ETA de se instalar em Portugal, afirmou hoje o secretário de Estado espanhol da Segurança.

Em declarações a jornalistas portugueses, Antonio Camacho insistiu que a eventual instalação da ETA e a zona onde essa base poderia ser montada "ainda está a ser investigada".

Questionado pela Lusa sobre se a operação permitiu travar a instalação dessa base, no início, ou apenas a interrompeu (havendo já uma primeira base), Camacho afirmou que as informações apontam ao primeiro cenário.

"O que as autoridades de segurança nos transmitem é que foi uma tentativa e que essa tentativa foi travada pelas detenções", afirmou.

Questionado sobre se essa base poderia estar a ser procurada algures nos arredores de Coimbra, Camacho afirmou que "ainda não se avançou nesse ponto da investigação".

"Mas fruto do bom trabalho das autoridades portugueses e espanholas ocorreram essas duas detenções e isso impediu que se estabelecesse uma operação na zona", afirmou.

"Temos de felicitar a operação e a acção das autoridades portuguesas por esse êxito", disse.

Questionado sobre acções futuras, Camacho insistiu que a colaboração vai continuar.

"Estamos a trabalhar com Portugal há muitos anos, vamos continuar a trabalhar. Sempre se pode tomar mais medidas que garantam mais a segurança dos cidadãos portugueses e espanhóis", disse.

In DN

OSCOT: José Manuel Anes deverá ser hoje eleito presidente

por DN.pt com Lusa
Hoje


José Manuel Anes deverá ser eleito hoje presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT). No programa eleitoral da lista única que apresenta, Anes anuncia que pretende candidatar o OSCOT “ao seu reconhecimento como Instituição de Utilidade Pública”.

José Manuel Anes lidera a única lista candidata às eleições para os corpos sociais do OSCOT, depois de o social-democrata Jorge Bacelar Gouveia ter pedido demissão do cargo alegando trabalho partidário e de deputado na Assembleia da República.

O primeiro objectivo do programa eleitoral apresentado por José Manuel Anes é preparar “a candidatura do OSCOT tendente ao seu reconhecimento como Instituição de Utilidade Pública”. O candidato anuncia também a intenção de remodelar o site da instituição e criar outras ferramentas electrónicas para aumentar a “notoriedade” do OSCOT e promover “uma intensa e oportuna participação pública”.

Outras das medidas apresentadas no programa são o “aprofundamento das relações com as Universidades Portuguesas” e a organização de vários debates e seminários com temas como o crime organizado, o acesso às armas, o terrorismo e a protecção civil.

"Somos uma organização da sociedade civil, estamos aqui para ajudar. Também queremos ajudar nessas áreas que não estávamos muito habituados a explorar", afirmou Anes em entrevista recente à Lusa, sublinhando que o OSCOT quer dar um "contributo" não só na área da criminalidade, mas também na protecção civil, que é igualmente um "problema de segurança".

Anes anunciou ainda que o OSCOT vai organizar, em Março, um primeiro colóquio sobre criminalidade organizada na CPLP e, em Setembro, uma outra iniciativa sobre protecção civil e que pretende lançar um “prémio monetário anual para trabalhos sobre as matérias em observação do OSCOT”.

O tratamento estatístico de dados sobre criminalidade é também outra das actividades que a lista liderada por José Manuel Anes quer apostar nos próximos três anos. "Vamos pedir dados à PSP, GNR, Polícia Judiciária e Ministério da Administração Interna para fornecer estatísticas para que o OSCOT possa fazer uma avaliação", afirmou o candidato.

A nível financeiro, o objectivo desta lista é reorganizar a contabilidade e a cobrança de quotas e obter “novas receitas”. O programa eleitoral de José Manuel Anes também pretende reformar os estatutos do Observatório e criar a figura de um presidente honorário, bem como quatro categorias diferentes de sócios: fundadores, efectivos, institucionais e correspondentes, cujas quotas terão montantes fixados distintos.

José Manuel Anes é fundador do OSCOT juntamente com Rui Pereira, actual ministro da Administração Interna e é especialista em assuntos de segurança e terrorismo.

In DN

5 décadas da acção armada em Portugal

por JOÃO CÉU E SILVAHoje


O terrorismo é a ameaça global deste início de milénio e o nosso país já foi fértil em explosões que mataram pessoas, destruíram instalações, navios e aviões e mudaram o curso da história. Após os últimos fenómenos deste género, com o fim das FP-25, a ETA mostra que a 'exportação' de actos terroristas pode ter como base o território do seu vizinho ibérico.

Na madrugada do dia de hoje, em 1961, Salazar recebia a primeira notícia terrível desse ano que iria desestabilizar o regime férreo sob o qual mantinha a governação de Portugal. A notícia era inesperada e inaugurava uma nova fase na história do protesto político: um navio tinha sido desviado por um "pirata" de nome Henrique Galvão. Foi um acontecimento mundial!

Dessa madrugada até 2010, Portugal foi cenário de uma intensa actividade de acções armadas e terroristas como em poucos países no mundo. Um rol de actividades explosivas que a história oficial tem branqueado e esquecido, apesar da dimensão e do papel nas mudanças políticas que provocou nas últimas cinco décadas. O papel dos "revolucionários" foi grande até ao 25 de Abril, enquanto o dos "contra-revolucionários" e extremistas de esquerda, mortífero após a queda do regime. Uns e outros agitaram Portugal com explosões e actos subversivos, em muito devido à segunda notícia que abalou a ditadura nesse mesmo ano: o início da Guerra do Ultramar a 4 de Fevereiro. E, antes que 1961 acabasse, os protestos espectaculares contra Salazar tiveram outro episódio também muito pouco habitual: o desvio do Super Constellation da TAP, a 11 de Novembro, que sobrevoou Lisboa e deixou um rasto de milhares de panfletos.

Quando no 11.º dia deste ano foram presos dois membros da ETA em território nacional, os portugueses voltaram a ouvir falar de acções armadas e de terrorismo - uma palavra que ganhou outro entendimento nos últimos anos - devido ao conteúdo explosivo da carrinha do comando dos nacionalistas bascos. Uma presença estranha para um país que desde o fim dos anos 80 quase deixara de ter notícias sobre atentados em Portugal e não crê que as ameaças públicas de Ben Laden de querer recuperar para o islão a parte portuguesa do Al-Andalus sejam mais que uma loucura.

Onze dias após a detenção de Garikoitz Garcia Arrieta e Iratxe Yánez Ortiz no Norte de Portugal, o silêncio sobre o tema é como nos tempos do antigamente: total. José Sócrates já assumiu que o terrorismo é um "fenómeno dos nossos dias", a que se deve dar "especial atenção", mas não acredita que Portugal esteja sob uma ameaça "especial". Para o ministro do Interior espanhol, Pérez Rubalcaba, há hipótese de a ETA estar a instalar uma base no nosso país e o material apreendido dava para vários atentados. Os serviços secretos portugueses acompanham a situação enquanto a Unidade Nacional contra o Terrorismo não revela o que já apurou.

Esta nova detenção de elementos da ETA vem mostrar que as acções armadas made in Portugal podem ressurgir, até porque, como disse ao DN um dos mais altos responsáveis da repressão a este fenómeno, "a ETA só não instala uma base na Lua". Os meios para acompanhamento deste caso "são suficientes", assegura, mas estamos perante fenómenos extremistas globais e de cariz político ou religioso impossíveis de prever.

Antes que a ETA e a Al-Qaeda voltem a surpreender Portugal, vale a pena recordar os principais actos que alteraram a nossa história nas páginas que se seguem.

In DN