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Mensagem por Viriato Seg Nov 30, 2009 4:25 am


Oposição brincalhona


Alguns destes senhores pode aspirar a ser primeiro-ministro quando ousa gastar o que o País não tem?

A Assembleia da República, em grande estilo, resolveu ontem aprovar na generalidade um pacote anticrise, mandando às urtigas o Orçamento do Estado que está para ser apresentado para discussão. Dito de outra forma, os partidos da oposição, irresponsavelmente, capricharam em adoptar medidas que se traduzem em despesas na ordem dos dois mil e trezentos milhões de euros, sem indicarem, como é óbvio, onde se vai buscar esse dinheiro para fazer face a novos compromissos de gastos. Claro que os partidos da oposição não tiveram a coragem de assumir os seus actos até às últimas consequências.

Quem an-da a brincar com os interesses dos portugueses devia ter ido mais longe. O mínimo que se esperaria é que, depois de um golpe destes, PSD, CDS-PP, PCP e BE não se ficassem nas covas e tivessem avançado para a escolha de um ‘primeiro-ministro’ assumindo às claras as tarefas de governação e resolução dos problemas do País. Quem seria o condutor da governação? Portas ou um dos seus meninos imberbes? Bernardino Soares ou Jerónimo de Sousa? Aguiar Branco ou Manuela Ferreira Leite? Francisco Louçã ou outro ‘trotskista’ democrata? Poderia ser qualquer um dos que protagonizaram ontem na AR o ‘Carnaval do reviralho’. Mas como ficaria o País entregue a esta coligação populista e negativa? Muito mal. Como pode um País ‘encaixar’ mais dois mil milhões de euros de despesa depois de se ter endividado seriamente para fazer face às urgências sociais, em 2009, registando-se agora um défice de 8% do PIB (longe dos 3% alcançados em 2007) que tem de ser diminuído? Aumentar a dívida sem ter dinheiro para pagar, nem hoje nem nunca, e caminhar definitivamente para a falência do Estado? Todos sabemos que as receitas do Estado diminuíram por muitas razões, mas sobretudo porque a economia ‘parou’ com a crise mundial.

Algum destes senhores pode aspirar ser primeiro-ministro de Portugal quando ousa gastar o que o País não tem? As medidas, em si mesmo, são todas boas, simpáticas, eleitoralistas. Como fazer depois? Eu espero que na próxima semana PSD, CDS--PP, PCP e BE nos surpreendam de novo com outro pacote anticrise para, por exemplo, aumentar o subsídio de desemprego (1500 ou mesmo 2000 euros por mês), dar à Função Pública 10% de acréscimo salarial, baixar os impostos e outras coisas fantásticas de que se lembrem nesta altura de Natal. Depois mandem a conta a Sócrates, como está bem de ver!


Emídio Rangel, Jornalista no Correio da Manhã
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