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Ministro deu o OK para GOE atirar a matar

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Mensagem por Vitor mango Sáb Ago 09, 2008 10:57 am

Ministro deu o OK para GOE atirar a matar
Contactos entre Rui Pereira e o director nacional da PSPao longo de toda a crise chegaram ser a cada 15 minutos
00h59m
CARLOS VARELA, NUNO MIGUEL MAIA, E SUSANA OTÃO

O ministro da Administração Interna deu autorizaçãoà PSP para disparar a matar no caso do assalto ao BES, em Lisboa, que acabou com a morte de um assaltante. Rui Pereira manteve sempre contacto com o director nacional.

A ordem directa ao atirador especial ("sniper") afecto ao Grupo de Operações Especiais da Unidade Especial de Polícia foi dada pelo coordenador operacional das forças da PSP. Mas Jorge Barreira, comandante do Comando Metropolitano de Lisboa, teve sempre na retaguarda Oliveira Pereira, responsável máximo da PSP, ligado em permanência a Rui Pereira, e elementos da Direcção Central de Combater ao Banditismo, da PJ, que ajudaram a tomar decisões.

Durante todo o tempo em que decorreu o sequestro, Oliveira Pereira esteve em contacto com o ministro Rui Pereira, que na altura se encontrava em Évora, dando-lhe conta dos avanços e recuos nas negociações, "e houve vários", segundo apontou uma JN uma fonte policial.

Segundo soube o nosso jornal, o ministro e o director da PSP chegaram a estar em contacto de quinze em quinze minutos, se bem que logo de início o director nacional da PSP tenha colocado Rui Pereira perante a hipótese de que poderia ter que ser necessário usar a força.

Quando Oliveira Pereira recebeu a informação de que a situação era crítica e que era necessário usar os "snipers" e abater os assaltantes, Rui Pereira deu autorização ao director da PSP para usar os meios necessários para preservar a vida dos reféns, incluindo o uso da força contra os sequestradores, logo que houvesse uma janela de oportunidade.

Além disso, face ao falhanço das negociações e às várias ameaças destes aos reféns, aos responsáveis policiais a decisão de atirar para matar pareceu a única viável e necessária para proteger as vítimas. No caso concreto, sabe o JN, o ministro da Administração Interna não terá dado ordem, mas deu o seu acordo, o que equivale a uma cobertura política da decisão. O momento crítico surgiu quando os assaltantes exigiram uma viatura para fugir e pretenderam levar o carro de um funcionário do BES, usando os reféns como escudos para se deslocarem para o exterior. O contacto telefónico de um dos assaltantes com um familiar deu mostras às autoridades de que os criminosos tinham entrado num ponto de desespero. "Se os tivéssemos deixado entrar no veículo a situação poderia ter ficado incontrolável, uma vez que seria mais difícil anulá-los na viatura sem pôr em causa os reféns", apontou fonte policial.

Foi dada ordem e os atiradores do Grupo de Operações Especiais da PSP (GOE), colocados estrategicamente (ver infografia), dispararam. Um dos tiros matou um dos assaltantes, o outro acabou por neutralizar o segundo. Uma equipa táctica entrou na agência, efectuando pelo menos mais um disparo contra um dos assaltantes que ainda teria tentado reagir - eventualmente com um disparo, que Oliveira Pereira não confirmou nem desmentiu, remetendo para a as investigações, a cargo da PJ.

"O momento foi aquele em que sentimos que a vida dos reféns estava em perigo iminente. Os assaltantes tinham armas apontadas à cabeça e pescoço de reféns e ameaçavam executá-los". A justificação foi dado ontem por Oliveira Pereira que revelou que as tentativas de negociação com os dois assaltantes foram "muito delicadas" e acabaram por se revelar infrutíferas.
Vitor mango
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