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America vai invadir Brasil ?

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Mensagem por Vitor mango Sex Dez 25, 2009 3:43 am



America vai invadir Brasil ? Semfoto


America vai invadir Brasil ? Guerra

Preparados para a guerra:
Soldados
da 17ª Brigada de Infantaria de Selva desfilam no Dia da Independência
(7 de setembro) em Porto Velho. Eles treinam táticas de guerrilha para
enfrentar qualquer intruso.


Por Nelson Townes

No primeiro semestre de 2005, um major da 17ª Brigada de Infantaria de
Selva “Real Forte Príncipe da Bandeira”, em Porto Velho, apontava para
o mapa da Amazônia brasileira, na tela onde um áudio-visual do Exército
era exibido numa escola do bairro JK 1, nesta Capital, e avisava a
platéia: “Os Estados Unidos vão invadir militarmente a Amazônia, como
fizeram com o Iraque. Eles só precisam de um pretexto, da instabilidade
em países como a Colombia;”

Quatro anos depois, o cenário para a invasão está pronto. Uma Guerra
Fria irrompeu em agosto passado na América do Sul – após a Colômbia
firmar um acordo militar com os Estados Unidos e anunciar que sete
bases militares americanas vão funcionar nesse país, com 1.400 pessoas
entre militares e civis durante os próximos dez anos, com investimentos
de até US$ 5 bilhões.

Isso, juntamente com a reativação da 4ª Frota dos Estados Unidos no
Atlântico Sul, causou uma corrida armamentista sem precedentes no
continente, da qual participa o Brasil.

O Exército brasileiro prevê há anos uma invasão da Amazônia brasileira
pelos Estados Unidos e, segundo uma fonte da 17ª Brigada de Infantaria
de Selva, em Porto Velho, Capital do Estado de Rondônia, se prepara
para enfrentá-lo com uma “guerra de desgaste” e treina tropas com esse
objetivo nas selvas deste Estado.



CENTRO GEOGRÁFICO

Rondônia tem uma importância militar estratégica na eventualidade de um
conflito. Localizado no noroeste do Brasil, é o centro geográfico da
América Latina e um estratégico polo intermodal de transporte, aéreo,
terrestre e fluvial, para ligação do Norte ao Centro-Sul do país, ao
Noroeste da América do Sul e acesso ao oceano Pacífico.

Durante a 19ª Sessão Plenária do Parlamento do Mercosul de 22 de
setembro passado em Montevidéu, no Uruguai, o parlamentar paraguaio
Eric Salum disse que o Paraguai pretendia “firmar convênios com países
da região ou de fora dela" para a “profissionalização de suas Forças
Armadas”, com o objetivo de "tomar uma decisão soberana" para
“defender-se diante de uma suposta corrida armamentista na América do
Sul.”

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, nega, porém, que o Brasil esteja
participando de uma "corrida armamentista", mas fazendo uma
"capacitação nacional" para o desenvolvimento tecnológico, conforme
definiu numa entrevista à imprensa no dia 5 passado, segunda-feira, em
Buenos Aires (Argentina.)



ACORDOS MILITARES

A “capacitação nacional” a que se refere o ministro é o Plano Nacional
de Defesa do Brasil, que inclui acordos militares recentemente fechados
com a França, para a compra de quatro submarinos convencionais e um de
propulsão nuclear, além de 50 helicópteros e 36 caças Rafale, da
companhia francesa Dassault Aviation;

O ministro da Defesa do Brasil disse que se escolheu a França “por sua
incrível autonomia tecnológica e seu compromisso absoluto de
transferência de tecnologia” – algo que os americanos provavelmente não
fariam e faziam os especialistas apostar que eles, embora participantes
da licitação para compra das aeronaves, não a venceriam.

Jobim negou também que o Plano Nacional de Defesa do Brasil esteja
relacionado com o acordo de Bogotá com Washington, que permitirá a
utilização de até sete bases colombianas por militares americanos.

O ministro reconheceu, entretanto, que há tensão nessa região, mas
disse acreditar que ela “vai se solucionar (sem conflitos) e precisamos
ter paciência.”



FORÇA PARA DIZER NÃO

O ministro da Defesa do Brasil, advertiu porém, que os brasileiros
pretendem se “capacitar” para “dizer "não" quando tivermos a
necessidade de dizer "não"", pois o país tem uma “enorme riqueza em
alimentos, água potável, hidrocarbonetos e energias alternativas”

Jobim disse ainda que o Brasil considera prioridades estratégicas o
desenvolvimento de setores como o cibernéico, aeroespacial e nuclear,
mas negou que o país pretenda construir bombas atômicas – “isso é
proibido pela Constituição Brasileira e o Brasil é signatário do
tratado de não proliferação de armas nucleares.”

Outras fontes militares explicaram ao repórter que as armas que estão
sendo compradas da França servirão especificamente para reforçar a
vigilância nas fronteiras da Amazônia – o principal alvo dos
estrangeiros no Brasil – e as águas do Atlântico brasileiro, na região
petrolífera do pré-sal.



DOAÇÃO DE AVIÕES

Na mesma semana em que Jobim negava a existência de uma corrida
armamentista na América do Sul, o presidente brasileiro,.Luka da Silva,
encaminhava ao Congresso Nacional pedido de autorização de doação em
todo o seu mandato de pelo menos 27 aeronaves a países sul-americanos,
em especial a Bolívia, Equador e Paraguai.

Na quarta-feira (7 de outubro) ele enviou dois projetos de lei para
doar quatro helicópteros da Força Aérea Brasileira para a Bolívia e um
avião de transporte de tropas ao Equador.

Bolívia e Equador são países membros da Alba, a aliança regional de
esquerda liderada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que também
cedeu aviões ao governo do boliviano Evo Morales e assinou acordos de
cooperação com o Equador, de Rafael Correa.

Num projeto de lei enviado em maio, Lula da Silva reativava um Acordo
de Cooperação (Militar) Mútua assinado em fevereiro de 2000 entre
Brasil e o Paraguai pedindo autorização para a doação ao Paraguai de
três aviões da FAB, modelo Tucano T-27 de treinamento e ataque.



“BOM RELACIONAMENTO”

O ministro da Defesa, Nelson Jobim diz que com essas doações o Brasil
visa “reforçar o bom relacionamento” com esses países, "estreitando
ainda mais os laços de cooperação mútua.”

A Força Aérea Paraguaia já utiliza os versáteis Tucanos T-27 para fazer
policiamento do espaço aéreo de suas fronteiras. São aviões especiais
para operações na Amazônia, capazes de lançar mísseis ar-terra e têm
metralhadora a bordo.

A doação para o Paraguai já foi aprovada por unanimidade por três comissões do Congresso brasileiro.

O brigadeiro José Carlos Pereira, ex-presidente da Infraero, afirmou
que todas as doações autorizadas pelo Congresso foram efetivadas: "Eu
me lembro que um dos primeiros aviões que usei foi um F-80 doado pelos
EUA, vindo da Guerra da Coreia [1950-53], todo furado de bala. Mas os
que nós doamos não, foram todos revisados, estavam em perfeita
condição".

Brasil finaliza agora processo de aquisição de 36 caças. Na disputa, estão modelos da França, da Suécia e dos EUA.

A Venezuela, inimiga dos americanos e da Colômbia, anunciou que vai comprar mísseis russos de médio alcance (300 quilômetros).



HOSTILIDADE DA BOLÍVIA

A Bolívia, por sua vez, embora beneficiada pelo Brasil, desloca tropas
para a fronteira com Rondônia, na Ponta do Abunã para tomar os bens e
expulsar 1.300 famílias de seringueiros e coletores de castanhas e
anexar ao seu território uma faixa de terras que eles habitam há um
século.

O objetivo, oficialmente anunciado como “pacífico” pelo presidente
boliviano Evo Morales, é assentar colonos plantadores de coca, a planta
da qual se extrai a cocaína e “nacionalizar” os brasileiros
reassentando-os em outros pontos da Bolívia.

Como se pode ler em outra página deste site, milhares de brasieiros
expropriados estão fugindo da Bolívia e formando um campo de refugiados
na pequena cidade de Extema, a 300 quilometros a sudoeste de Porto
Velho, na divisa entre Rondônia, Acre e Rondônia e na fronteira com a
Bolívia.

Como o incidente ocorre numa região tão remota que nem aparece nos
mapas brasileiros, e envolve no máximo 3 mil pobres e abandonados
seringueiros e coletores de castanhas abandonados à própria sorte na
fronteira, o assunto ainda não atrai nem a atenção da mídia de Porto
Velho, nem do Itamarati e muito menos do Ministério da Defesa.



TREINAMENTO DE TROPAS

Enquanto isso em Rondônia, a 17ª Brigada de Infantaria de Selva “Real
Forte Príncipe da Beira” está treinando tropas para lutar contra os
soldados do Exército norte-americano ou militares terceirizados a
serviço do Departamento de Estado – como os que este repórter descobriu
agindo militarmente na Bolívia em 1990 – embora o govermo boliviano o
negasse e os citasse como “assessores técnicos.”

Eles agiam como agentes da DEA (a agência americana anti-drogas) e
poderão invadir o Brasil a pretexto de reprimir o narcotráfico ou
perseguir traficantes fugitivos que cruzaram a fronteira com o Brasil.



A IMPORTÃNCIA DE PORTO VELHO

A Base Aérea de Porto Velho, uma das mais importantes da Amazônia, será
reforçada com caças e helicópteros franceses, informou uma fonte
militar.

Essa base tem hoje o maior centro de treinamento da Amazõnia para
pilotos dos caças turbo-hélice “A 29 Supertucano”, a versão high-tech
de última geração dos Tucano T-27 doados ao Paraguai, e que constituem
a principal arma da Força Aérea Brasileira para operações especiais
sobre a selva e combate aos aviões do narcotráfico internacional e
outros intrusos.

Os A-29 Super Tucano são aviões de combate elogiados pelos próprios
“mariners” – os fuzileiros navais americanos, que dizem que seu único
defeito e não poder operar em porta-aviões. São tão ágeis que até
enfrentam caças supersônicos.

Por terem um motor turbo-hílice são menos vulneráveis aos mísseis dos
jatos por irradiarem menos calor, enquanto podem derrubar jatos porque
também disparam mísseis ar-ar atraídos pelo calor dos jatos.



PREVISÃO ANTIGA

A ocupação militar da Amazônia pelos Estados Unidos é prevista há anos
pelas Forças Armadas do Brasil e os preparativos para a guerra contra
os invasores americanos certamente estão ocorrendo em outras unidades
militares brasileiras na região.

Quatro anos antes, no primeiro semestre de 2005, um major da 17ª
Brigada de Infantaria de Selva “Real Forte Príncipe da Bandeira”, em
Porto Velho, apontava para o mapa da Amazônia brasileira, na tela onde
um áudio-visual do Exército era exibido numa escola do bairro JK 1,
nesta Capital, e avisava a platéia: “Os Estados Unidos vão invadir
militarmente a Amazônia, como fizeram com o Iraque.”



ELES QUEREM UM PRETEXTO

O major explicava: “Eles querem tomar a Amazônia do Brasil, que é uma
das regiões mais estratégicas do mundo” – e acrescentava: “Os
americanos só precisam de um pretexto para nos invadir.”

“E o pretexto para invadir o Brasil será a instabilidade dos governos
de países como o Equador, Colômbia e a Venezuela” - prosseguia o major
– “os soldados americanos entrarão no território brasileiro alegando
que estarão garantindo a paz, ou combatendo narcotráfico, e ocuparão a
região alegando que estão ajudando o Brasil a ‘proteger’ a Amazônia,
até mesmo da destruição ambiental (de que ele nos acusam.”)

“A Amazônia brasileira é tão estratégica para os americanos quanto o
Iraque e o Oriente Médio”, continuava o major, com a diferença de que
as reservas de petróleo iraquiana e de outros países da região
(controlar essas reservas foi o motivo verdadeiro da derrubada de
Saddan Hussein) e as que existem nos países andinos (incluindo a
Venezuela) e no resto do planeta, acabarão em 50 anos – segundo
prognósticos dos próprios americanos que estão procurando combustíveis
alternativos e temem a concorrência comercial do álcool e do biodiesel
brasileiros. As reservas do pré-sal no Atlântico brasileiro tornam-se
especialmente valiosas e estratégicas.



AMAZÕNIA, RIQUEZAS E VIDA

E a Amazônia, com sua biodiversidade e geodiversidade de trilhões de
dólares, conforme o que se avalia do pouquíssimo que até agora a
ciência investigou, provavelmente vale mais do que todos os campos
petrolíferos do mundo.

Sem contar com a importância vital da Amazônia para a vida no planeta
Terra, como reguladora da temperatura no astro. Além disso, a Amazônia
tem o produto mais valioso para o futuro da humanidade: as maiores
reservas de água doce do mundo.

Como o Brasil não tem armas de destruição em massa que justifique uma
invasão como a do Iraque – o pretexto previsto pelo major da 17ª para a
invasão da Amazônia é mesmo o da “instabilidade” dos países
fronteiriços, como a Colômbia, com sua indústria de cocaína e as quase
destruídas FARCs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.)



LULA DESMENTE URIBE

O presidente Lula de imediato desmentiu o presidente da Colômbia,
Álvaro Uribe, quanto a alegação de que o aumento da presença militar na
Colômbia é para combater o narcotráfico. Lula lembrou que "as bases
americanas estão na Colômbia desde 1952 e ainda não há soluções ao
problema.”

Confirmando o alerta do Exército brasileiro apresentado quatro anos
antes em Porto Velho, Lula disse na conferência de cúpula da União das
Nações sul-americanas (Unasul), realizada em fim de agosto passado em
Bariloche (Argentina), que não há garantias jurídicas de que as
operações americanas “não violarão os territórios dos outros países ou
poderão cometer alguns abusos.”



SOPA DE CAUTELA

Lula disse: "Não está [no texto do acordo], mas também não é proibido,
o que não é proibido é permitido, temos que ter cuidado com isso. Ter
cuidado e tomar sopa não fazem mal a ninguém.”

O presidente da Venezuela, Hugo Chavez, foi mais claro do que Lula num
pronunciamento durante o programa de rádio e TV “Alô Presidente”, de
Caracas: “Os americanos querem tomar a Amazônia brasileira, o petróleo
venezuelano e o Aquífero Guarani, considerado a maior reserva de água
doce do mundo.”
Para Chavez,. as bases militares na Colômbia “asseguram o raio de ação ianque sobre toda a América do Sul”.

Chavez disse que a "corrida bélica" os Estados Unidos estão promovendo
na região “tem o objetivo de frear a integração regional impulsionada
pela Unasul (União das Nações Sul-Americanas) e pela Alba (Alternativa
Bolivariana para as Américas.”)



EXPANSIONISMO IMPERIAL

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, retrucou que o acordo militar
com os Estados Unidos é irreversível e visam derrotar o terrorismo (a
ação militar das FARCs e qualquer enfrentamento aos americanos) e não
significam intenção expansionista sobre outros países.

Por coincidência ou não, o presidente da Colômbia saiu da conferência
acometido pela Gripe Suína – após tentar fazer seus colegas acreditarem
que quem comandará as bases ianques serão os colombianos. O vírus da
gripe parecia ser a única coisa verdadeira que o presidente Uribe
apresentava.

Chávez aproveitou a entrevista para falar do expansionismo “imperial”
norte-americano sobre a América Latina e criticar a atuação dos Estados
Unidos em relação ao golpe fascista hondurenho e afirmou que na
madrugada em que o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, sofreu o
golpe de Estado, ele teria sido levado à base militar americana de
Palmerola (Honduras), antes de ser levado à Costa Rica.
O presidente venezuelano disse que foi o próprio Zelaya quem deu
detalhes da operação que teria sido coordenada por funcionários
americanos.



NÓS SOMOS O ALVO

A Venezuela, ao firmar novos acordos de cooperação militar com a Rússia
para aumentar a capacidade de defesa de seu país, acredita ser o alvo
principal dos americanos.

Como ainda não há uma plena integração política continental, os países
andinos ainda não percebem que sua beligerância é o pretexto para a
invasão da Amazônia brasileira – e em seguida o domínio da Amazônia
internacional. Depois, o expansionismo norte-americano sobre o
continente sul-americano.

O golpe de Estado em Honduras, supostamente gerenciado pela CIA, seria
uma “plataforma” para a instabilidade política na América do Sul e o
pretexto para as ações militares americanas.

O palco está montado, como previa o major da 17ª Brigada de Infantaria
de Selva em Porto Velhp: a Venezuela recusa-se a reatar relações
diplomáticas com a Colombia e o Equador com a Colômbia.



CONFIANÇA ABALADA

A reunião de cúpula da Unasul convocada às pressas em agosto sobre a
aliança militar Washington-Bogotá, terminou com a certeza de que o
império governado por Barack Obama conseguiu abalou a confiança mútua
entre as nações do continente.

Um diplomata brasileiro ouvido por telefone por este repórter reiterou
o entendimento de que troca de insultos e acusações que ocorreram na
reunião da Unasul evidenciou que ainda é insuficiente a integração
entre as nações amazônicas, e isso aparentemente impediu os chefes de
Estado de entender que uma crise militar na região interessa aos países
do G-7.

Por sua vez, o professor de Economia Marcos Coimbra, da Universidade
Cândido Mendes e conselheiro da Escola Superior de Guerra. escreveu que
os membros do G 7 “não escondem sua intenção de eliminar ou diminuir a
soberania dos países amazônicos sobre suas incomensuráveis riquezas.”



“ELES VIRÃO”

“E quando os militares americanos invadirão a Amazônia?” – perguntou
alguém da platéia na conferência de 2005 em Porto Velho, no bairro JK
1. O major da 17ª Brigada respondeu: “Mais cedo, ou mais tarde, mas vai
acontecer e estamos nos preparando (em Rondônia e nos outros Estados da
Amazônia) para a guerra.”

“Como?” – perguntou outro ouvinte, incrédulo. “Como enfrentar a mais
poderosa potência militar do mundo”? A pergunta partia de um garoto de
15 anos da idade, da mesma idade dos demais integrantes da platéia que
assistia a essa conferência, realizada não para militares, políticos ou
jornalistas, mas para adolescentes numa humilde sala de aula de uma
Escola de 1º e 2ª Graus do bairro JK 1, um dos mais pobres da Zona
Leste de Porto Velho.

A 17ª Brigada havia sido convidada a fazer uma palestra sobre suas
atividades numa programação de “Ação para a Cidadania”, da Escola do
Legislativo da Assembléia Legislativa de Rondônia para estudantes
secundaristas.

Ao lado dos estupefatos adolescentes, subitamente despertados para a
grave realidade da Amazônia brasileira, geralmente ignorada pela
maioria da população, deveriam estar representantes da mídia
internacional. Este repórter era o único jornalista presente.



OS INIMIGOS DA AMAZÔNIA

O major, auxiliado por um tenente, ao relatar as atividades da 17ª
Brigada, falavam sobre a importância da preservação e da defesa da
Amazônia, da cobiça que ela desperta nas potências do mundo há 500 anos
e dos inimigos da floresta e dos seus povos.

Falaram que os americanos e outros estrangeiros já estão aqui, como
narcotraficantes, contrabandistas de minérios e de madeira,
devastadores da região em busca de lucro imediato, todos com a
cumplicidade de brasileiros sem escrúpulos e a complacência do Poder
Público minado pela corrupção no Legislativo, no Executivo e no
Judiciário – mais a indiferença do resto do país que abandona a
Amazônia à própria sorte.

A conferência foi realizada alguns meses antes de a Polícia Federal
executar a “Operação Dominó” e prender autoridades dos Três Poderes de
Rondônia a maioria acusada de formar quadrilha para roubar dinheiro
público, confirmando o diagnóstico da corrupção generalizada feito
pelos militares



DESGASTANDO O INVASOR

O garoto da humilde escola secundária do bairro JK insistiu numa
pergunta que qualquer veterano general brasileiro também faria:“Como
poderemos enfrentar os americanos”? O major respondeu: “Não temos
condições de enfrentar os americanos no braço, teremos que fazer uma
guerra de desgaste, igual a que eles estão sofrendo no Iraque e os
estão forçando a desocupar esse país. Demora, mas é a única forma de
expulsá-los daqui, quando nos invadirem.”

“É claro que não usaremos homens-bombas nem terrorismo suicida, como
fazem os iraquianos, explicou o militar; Faremos guerra de desgaste
através de guerrilhas, treinamos nossos soldados para fazer guerrilha”
– continuou o militar. “É assim que expulsaremos os invasores.”

A selva brasileira é a grande arma contra os invasores e os soldados
brasileiros não estarão lutando sozinhos. Os jovens dos povos da
floresta estão entrando no exército, principalmente os índios
aculturados.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) torce o nariz para esse
engajamento militar e o major diz que não há motivos para queixas.
“Enquanto ensinamos os índios a usar o fuzil, estimulamos a preservação
de suas tradições e cultura; e não somos nós que prouramos os índios,
eles é que nos procuram.”



TODOS MOBILIZADOS

Os preparativos para essa possibilidade de guerra na Amazônia são
silenciosos, imperceptíveis para o grande público e contam com a
participação da Marinha, no reforço do patrulhamento fluvial, da Força
Aérea Brasileira (FAB) e de organizações oficiais estratégicas como o
Sivam (Sistema de Vigilância Aérea da Amazônia) e Sipam (Sistema de
Proteção da Amazônia) que utilizam alta tecnologia – a maior parte
desenvolvida no Brasil – monitorando dia e noite os céus e mapeando
cada pedaço do chão – e reprimindo o principal pretexto para a invasão
estrangeira, a devastação ambiental.

O mais próximo que o povo pode estar vendo de ação militar ainda não
oficial na Amazônia são misteriosas bolas de fogo nos céus nas regiões
fronteiriças de Rondônia e Acre com a Bolívia, jamais explicadas pelas
autoridades e muito menos pela Força Aérea Brasileira.

Um jornalista chegou a escrever num site de Porto Velho que uma delas,
que caiu em junho perto do distrito de Surpresa, na beira do rio
Guaporé, na fronteira de Rondônia com a Bolívia, a cerca de 600
quilometros ao sul de Porto Velho, seria um satélite americano, com uma
bandeira dos Estados Unidos pintada num dos destroços.



AUTORIDADES EM SILÊNCIO

Se for verdadeira a informação quanto à bandeira americana, poderia ser
até também um avião intruso americano abatido e por razões até
diplomáticas o caso teria sido abafado. Satélites a deriva não
despencariam sem alerta prévio internacional da NASA.

Recentemente, em Boca do Acre, município amazonense, na fronteira com a
Bolícia, a história de uma bola de fogo vista por toda a cidade virou
dois vídeos no You Tube. E recentemente, em Jaru, Rondônia, foi
fotografado um objeto voador com uma cauda flamejante e comprida como
um cometa.

Essas bolas de fogo são incêndio ou explosões de aviões intrusos
alvejados pela FAB, ou de bombas destruindo campos de pouso
clandestinos de narcotraficantes. As negativas e, ou, o silêncio (e
algumas mentiras) das autoridades irritam os repórteres mais
insistentes, mas deixam felizes os ufólogos que não perdem a esperança
de alguém achar um OVNi – ainda que despedaçado, na floresta.



RASTRO DE MÍSSIL

A FAB nega. Mas, a foto feita em Jaru parece ser a de um míssil disparado por um A 29. Esses aviões também operam à noite.

Embora a FAB diga que nunca atirou num avião intruso, boliviano ou não
– exceto os disparos de advertência que resultaram na captura em junho
passado de um monomotor, forçado a pousar numa estrada de terra do
distrito de Izidrolândia (município de Alta Floresta) com uma carga de
cerca de 200 quilos de cocaína, e negue ter alguma vez abatido alguma
aeronave intrusa, fontes extra-oficiais dizem que são frequentes os
combates aéreos na região.

Um site boliviano relatou há alguns meses que um “A 29 Supertucano” foi
derrubado em território boliviano após ser cercado por vários aviões. A
notícia não poderia ser levada a sério pois tinha muita patriotice e
parecia propaganda militar para consumo interno. O site não tinha
assinatura.

O normal parece ser manter em segredo os combates aéreos na fronteira
com a Bolivia aparentemente para atender interesses diplomáticos do
Brasil e da Bolívia.

O orgulho boliviano não é ferido por ter seus aviões derrubados, nem é
envergonhado por seu continuado envolvimento com o narcotráfico, nem o
Brasil aparece como destruidor de aeronaves desarmadas de um país amigo.



PONTO DE IGNIÇÃO

Mas, a Guerra Fria na Amazônia está já está num ponto próximo da
ignição em Rondônia. A crescente tensão na Ponta do Abunã, com a
expulsão de brasileiros do rio Mamu pelos soldados bolivianos, e a luta
contra os invasores do espaço aéreo pode fazer Rondônia lutar em duas
frentes de batalha caso o estado de guerra que o major da 17ª Brigada
antecipava há quatro anos se agrave.

As outras armas que o Brasil tem para lutar contra os invasores da
Amazônia são a utilização de dados geográficos digitais. Oito
funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) e dois estudantes da
Universidade Federal de Rondônia (Unir) participaram de uma semana de
treinamento no Centro Regional do Sistema de Proteção da Amazônia
(Sipam) em Porto Velho.

Eles aprenderam a lidar com os programas (softwares) Terraview e
TerraSig que, segundo o analista do Sipam responsável pelo treinamento,
Ernesto da Silva Filho, podem ser utilizados desde o planejamento até à
impressão de mapas para uso em missões.
Vitor mango
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