Guerra fria?? O conflito nos Balcans esta semana,
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Guerra fria?? O conflito nos Balcans esta semana,
Guerra fria??
O conflito nos Balcans esta semana, sem dúvida resolveu uma situação que se arrastava por 18 anos entre a Geórgia e a Rússia. Mas despertou novamente a disputa militar entre americanos e russos
HERBERT MORAES é correpondente da TV Record em Israel.
A guerra de apenas cinco dias na Ossetia do Sul terminou, e os georgianos perderam. Ainda existe uma ou outra explosão, tiros, mas está mais do que claro que a Geórgia jamais conseguirá de volta o controle da região. A Rússia foi a grande vencedora e a esperança do presidente georgiano Mikhail Saakashvilli em colocar o país no grupo da OTAN (Organização do Tratado do Atlâtico Norte) com as bênçãos dos americanos, foi por água abaixo.
Com o fracasso, Saakashvili tenta ressuscitar os estereótipos da Guerra Fria, argumentando que a ação russa em território georgiano foi uma agressão ao mundo ocidental e que os tanques de Vladimir Putin podem chegar até outros países europeus caso nada seja feito para impedir a fúria do exército vermelho. Pura mentira!! Quem começou toda esta pendenga foi a Geórgia, basta apenas seguir os fatos cronológicos.
Combates entre as tropas da Geórgia e o rebeldes separatistas da Ossetia do Sul vem acontecendo há 18 anos. Nos últimos meses ficaram mais freqüentes, mas na tarde do dia 7 de agosto, Saakashivilli ofereceu aos separatistas uma proposta de paz. A Geórgia daria total autonomia a região e um cessar-fogo foi estabelecido por algumas horas. Por que o presidente da Geórgia estava blefando, e na mesma noite ordenou um ataque sem precedentes a pequena Tskhnvalli, a capital da Ossetia do Sul? Bombas começaram a chover sobre a cidade enquanto a infantaria e tanques cercavam toda a região. Jornalistas russos contam que 70 por cento de Tskhnvalli desapareceu. Virou escombros. No dia seguinte tudo e todos estavam nas mãos da Geórgia.
Ação completamente planejada. O plano: o mundo estava voltado para a abertura dos jogos olímpicos de Pequim. Esperava-se uma reação lenta da Rússia (que apóia os rebeldes separatistas) já que primeiro -ministro Vladimir Putin estava na China.
Se tivesse mais dois ou três dias para estabelecer um controle militar efetivo na região da Ossetia, Saakashvili teria tempo de colocar no governo alguém ligado ao seu gabinete e declararia o problema finalmente resolvido. Com o tempo ganharia apoio diplomático e militar de países como os EUA, e levaria os protestos russos em banho Maria. Mas não foi isso que aconteceu. O erro de cálculo foi tremendo, e a ação georgiana não passou de uma grande trapalhada.
A resposta russa veio quase que imediata. Tropas do exército de Putin seguiram para a Ossetia do Sul, enquanto jatos bombardeavam alvos na Geórgia. No sábado à noite um amedrontado o presidente pediu arrego, e determinou a retirada de suas tropas de todo o território para que não ocorresse “uma catástrofe humanitária”. Humilhado, ele conseguiu tirar da Geórgia qualquer direito em recuperar a província rebelde.
Tanques russos na Ossitéia do Sul: 300 mil habitantes ficaram sem as suas casas
E não foi só a Ossetia do Sul que saiu ganhando. Outra província, a de Abkhazia também pegou carona na onda separatista e na mesma noite, os rebeldes conseguiram expulsar da região o último grupamento georgiano que ainda estava por lá. Claro que com o apoio dos russos que mais uma vez não prenderam tempo.
Mas a quem importa tudo isso? Primeiramente ao próprio presidente da Geórgia que deve perder o poder em breve. Importa, e muito, aos 300.000 georgianos que abandonaram suas casas, suas vidas na Abkhazia e na Ossetia quando uma disputa étnica começou por ali. As duas províncias faziam parte da antiga república socialista da Geórgia e declaram a independência depois do colapso da união soviética em 1991. Desde então a Geórgia insiste em reconquistar a área. Depois dessa tentativa frustrada fica ainda mais difícil para os refugiados georgianos da região voltarem para casa. Uma razão a mais para os rebeldes se consolidarem.
Os moradores desta região tem em comum a devoção a igreja cristã ortodoxa, mas etnicamente são diferentes. Com línguas diferentes. A maioria ainda pensa como Stalin, que acreditava que a região não deveria passar ao controle da Geórgia. Talvez ainda leve tempo para que sejam absorvidos pela federação russa e conquistem uma independência formal. Mas o processo já começou.
Com a vitória russa os planos de George Bush em colocar a OTAN nas montanhas do Caucaso, estão mortos, o que deixam a frança, a Alemanha e outros membros da organização um pouco mais relaxados. Todos sempre acharam a idéia um tanto bizarra e provocativa.
Os russos, alvo principal de tal provocação, provaram que dominam a região e que a banda por ali toca diferente.
O que a Geórgia tentou fazer esta semana na Ossetia é exatamente o mesmo que a Rússia fez na Chechenya. Mas não sabiam eles que por trás dos rebeldes havia um demasiado protetor: um dos exércitos mais poderosos do mundo. Devido ao noticiário você, caro leitor deve ter descoberto um pouco dessa região da Terra de onde quase não se fala. Daqui há seis meses talvez pouca gente se lembre desse erro de cálculo monumental que pode ter acordado da hibernação a famigerada Guerra Fria.
O conflito nos Balcans esta semana, sem dúvida resolveu uma situação que se arrastava por 18 anos entre a Geórgia e a Rússia. Mas despertou novamente a disputa militar entre americanos e russos
HERBERT MORAES é correpondente da TV Record em Israel.
A guerra de apenas cinco dias na Ossetia do Sul terminou, e os georgianos perderam. Ainda existe uma ou outra explosão, tiros, mas está mais do que claro que a Geórgia jamais conseguirá de volta o controle da região. A Rússia foi a grande vencedora e a esperança do presidente georgiano Mikhail Saakashvilli em colocar o país no grupo da OTAN (Organização do Tratado do Atlâtico Norte) com as bênçãos dos americanos, foi por água abaixo.
Com o fracasso, Saakashvili tenta ressuscitar os estereótipos da Guerra Fria, argumentando que a ação russa em território georgiano foi uma agressão ao mundo ocidental e que os tanques de Vladimir Putin podem chegar até outros países europeus caso nada seja feito para impedir a fúria do exército vermelho. Pura mentira!! Quem começou toda esta pendenga foi a Geórgia, basta apenas seguir os fatos cronológicos.
Combates entre as tropas da Geórgia e o rebeldes separatistas da Ossetia do Sul vem acontecendo há 18 anos. Nos últimos meses ficaram mais freqüentes, mas na tarde do dia 7 de agosto, Saakashivilli ofereceu aos separatistas uma proposta de paz. A Geórgia daria total autonomia a região e um cessar-fogo foi estabelecido por algumas horas. Por que o presidente da Geórgia estava blefando, e na mesma noite ordenou um ataque sem precedentes a pequena Tskhnvalli, a capital da Ossetia do Sul? Bombas começaram a chover sobre a cidade enquanto a infantaria e tanques cercavam toda a região. Jornalistas russos contam que 70 por cento de Tskhnvalli desapareceu. Virou escombros. No dia seguinte tudo e todos estavam nas mãos da Geórgia.
Ação completamente planejada. O plano: o mundo estava voltado para a abertura dos jogos olímpicos de Pequim. Esperava-se uma reação lenta da Rússia (que apóia os rebeldes separatistas) já que primeiro -ministro Vladimir Putin estava na China.
Se tivesse mais dois ou três dias para estabelecer um controle militar efetivo na região da Ossetia, Saakashvili teria tempo de colocar no governo alguém ligado ao seu gabinete e declararia o problema finalmente resolvido. Com o tempo ganharia apoio diplomático e militar de países como os EUA, e levaria os protestos russos em banho Maria. Mas não foi isso que aconteceu. O erro de cálculo foi tremendo, e a ação georgiana não passou de uma grande trapalhada.
A resposta russa veio quase que imediata. Tropas do exército de Putin seguiram para a Ossetia do Sul, enquanto jatos bombardeavam alvos na Geórgia. No sábado à noite um amedrontado o presidente pediu arrego, e determinou a retirada de suas tropas de todo o território para que não ocorresse “uma catástrofe humanitária”. Humilhado, ele conseguiu tirar da Geórgia qualquer direito em recuperar a província rebelde.
Tanques russos na Ossitéia do Sul: 300 mil habitantes ficaram sem as suas casas
E não foi só a Ossetia do Sul que saiu ganhando. Outra província, a de Abkhazia também pegou carona na onda separatista e na mesma noite, os rebeldes conseguiram expulsar da região o último grupamento georgiano que ainda estava por lá. Claro que com o apoio dos russos que mais uma vez não prenderam tempo.
Mas a quem importa tudo isso? Primeiramente ao próprio presidente da Geórgia que deve perder o poder em breve. Importa, e muito, aos 300.000 georgianos que abandonaram suas casas, suas vidas na Abkhazia e na Ossetia quando uma disputa étnica começou por ali. As duas províncias faziam parte da antiga república socialista da Geórgia e declaram a independência depois do colapso da união soviética em 1991. Desde então a Geórgia insiste em reconquistar a área. Depois dessa tentativa frustrada fica ainda mais difícil para os refugiados georgianos da região voltarem para casa. Uma razão a mais para os rebeldes se consolidarem.
Os moradores desta região tem em comum a devoção a igreja cristã ortodoxa, mas etnicamente são diferentes. Com línguas diferentes. A maioria ainda pensa como Stalin, que acreditava que a região não deveria passar ao controle da Geórgia. Talvez ainda leve tempo para que sejam absorvidos pela federação russa e conquistem uma independência formal. Mas o processo já começou.
Com a vitória russa os planos de George Bush em colocar a OTAN nas montanhas do Caucaso, estão mortos, o que deixam a frança, a Alemanha e outros membros da organização um pouco mais relaxados. Todos sempre acharam a idéia um tanto bizarra e provocativa.
Os russos, alvo principal de tal provocação, provaram que dominam a região e que a banda por ali toca diferente.
O que a Geórgia tentou fazer esta semana na Ossetia é exatamente o mesmo que a Rússia fez na Chechenya. Mas não sabiam eles que por trás dos rebeldes havia um demasiado protetor: um dos exércitos mais poderosos do mundo. Devido ao noticiário você, caro leitor deve ter descoberto um pouco dessa região da Terra de onde quase não se fala. Daqui há seis meses talvez pouca gente se lembre desse erro de cálculo monumental que pode ter acordado da hibernação a famigerada Guerra Fria.
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