EUA ignoram ameaças da China
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EUA ignoram ameaças da China
EUA ignoram ameaças da China
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Presidente Obama vai encontrar-se com o Dalai Lama, na Casa Branca, apesar das exigências de Pequim
O líder espiritual dos tibetanos, Dalai Lama, vai ser recebido na próxima quinta-feira pelo Presidente norte-americano, Barack Obama, na Casa Branca. Não será na Sala Oval, destinada aos líderes internacionais, mas na Sala dos Mapas. Esta é talvez a única concessão de Washington a Pequim, que exortou ontem os EUA a anular o encontro de forma a evitar a deterioração das relações (já tensas) entre os dois países. Os norte--americanos ignoram as ameaças.
"Instamos os EUA a compreenderem plenamente a alta sensibilidade dos assuntos relacionados com o Tibete, a honrarem os seus compromissos de reconhecer o Tibete como parte da China e a se oporem à 'independência' do Tibete", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Ma Zhaoxu, segundo a agência oficial Nova China.
"O Dalai Lama é um líder religioso respeitado internacionalmente e um defensor dos direitos tibetanos, e o Presidente espera participar num diálogo construtivo", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibs. "Pensamos ter uma relação suficientemente madura com os chineses para perceber que os dois países nem sempre vão estar de acordo em tudo."
Um cenário muito diferente do de Outubro, quando o líder tibetano não foi recebido por Obama. Na véspera da visita do Presidente norte-americano a Pequim, o objectivo era não deteriorar as relações com a China - a terceira maior economia do mundo, que tem nas suas mãos mais de 20% da dívida pública dos EUA. Segundo a agência Reuters, os chineses estariam a pensar vender algumas obrigações norte-americanas para punir Washington.
Outra forma da China mostrar o seu desagrado pode passar por retaliar diplomaticamente, impedindo, por exemplo, o aumento das sanções contra o Irão (por causa do seu programa nuclear). Esta medida é defendida por Washington e contará já com o apoio de Moscovo, mas Pequim também tem uma palavra a dizer.
Esta não é a primeira vez que o Dalai Lama se vai encontrar com um Presidente norte-americano: no passado reuniu-se com George W. Bush e com Bill Clinton. Nessa altura, a China também protestou (como faz sempre que o líder espiritual dos tibetanos se encontra com um Chefe do Estado), mas desta vez a situação está mais tensa. Em causa está também o facto de os norte-americanos terem anunciado um plano, no valor de 6,4 mil milhões de dólares, para vender armas a Taiwan (que a China considera ser o seu território).
Do lado tibetano, os responsáveis no exílio aplaudem o facto de os EUA não recuarem no encontro. "Independentemente do resultado, o facto desta reunião acontecer, apesar dos violentos protestos da China é bom para nós", disse o porta-voz do Governo tibetano no exílio, Thubten Samphel. "É encorajador para os tibetanos no Tibete e para nós. É uma indicação de que os EUA levam a sério o caso."
Apesar das declarações dos responsáveis chineses, os analistas acreditam que Pequim não passará das palavras. "Ambos os lados percebem a posição do outro e vão trabalhar para evitar uma deterioração preocupante nas relações bilaterais", disse Joseph Cheng, da Universidade de Hong Kong, à AP.
In DN
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Presidente Obama vai encontrar-se com o Dalai Lama, na Casa Branca, apesar das exigências de Pequim
O líder espiritual dos tibetanos, Dalai Lama, vai ser recebido na próxima quinta-feira pelo Presidente norte-americano, Barack Obama, na Casa Branca. Não será na Sala Oval, destinada aos líderes internacionais, mas na Sala dos Mapas. Esta é talvez a única concessão de Washington a Pequim, que exortou ontem os EUA a anular o encontro de forma a evitar a deterioração das relações (já tensas) entre os dois países. Os norte--americanos ignoram as ameaças.
"Instamos os EUA a compreenderem plenamente a alta sensibilidade dos assuntos relacionados com o Tibete, a honrarem os seus compromissos de reconhecer o Tibete como parte da China e a se oporem à 'independência' do Tibete", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Ma Zhaoxu, segundo a agência oficial Nova China.
"O Dalai Lama é um líder religioso respeitado internacionalmente e um defensor dos direitos tibetanos, e o Presidente espera participar num diálogo construtivo", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibs. "Pensamos ter uma relação suficientemente madura com os chineses para perceber que os dois países nem sempre vão estar de acordo em tudo."
Um cenário muito diferente do de Outubro, quando o líder tibetano não foi recebido por Obama. Na véspera da visita do Presidente norte-americano a Pequim, o objectivo era não deteriorar as relações com a China - a terceira maior economia do mundo, que tem nas suas mãos mais de 20% da dívida pública dos EUA. Segundo a agência Reuters, os chineses estariam a pensar vender algumas obrigações norte-americanas para punir Washington.
Outra forma da China mostrar o seu desagrado pode passar por retaliar diplomaticamente, impedindo, por exemplo, o aumento das sanções contra o Irão (por causa do seu programa nuclear). Esta medida é defendida por Washington e contará já com o apoio de Moscovo, mas Pequim também tem uma palavra a dizer.
Esta não é a primeira vez que o Dalai Lama se vai encontrar com um Presidente norte-americano: no passado reuniu-se com George W. Bush e com Bill Clinton. Nessa altura, a China também protestou (como faz sempre que o líder espiritual dos tibetanos se encontra com um Chefe do Estado), mas desta vez a situação está mais tensa. Em causa está também o facto de os norte-americanos terem anunciado um plano, no valor de 6,4 mil milhões de dólares, para vender armas a Taiwan (que a China considera ser o seu território).
Do lado tibetano, os responsáveis no exílio aplaudem o facto de os EUA não recuarem no encontro. "Independentemente do resultado, o facto desta reunião acontecer, apesar dos violentos protestos da China é bom para nós", disse o porta-voz do Governo tibetano no exílio, Thubten Samphel. "É encorajador para os tibetanos no Tibete e para nós. É uma indicação de que os EUA levam a sério o caso."
Apesar das declarações dos responsáveis chineses, os analistas acreditam que Pequim não passará das palavras. "Ambos os lados percebem a posição do outro e vão trabalhar para evitar uma deterioração preocupante nas relações bilaterais", disse Joseph Cheng, da Universidade de Hong Kong, à AP.
In DN
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