Egípcios ignoram promessas do regime

por **Vitor mango** Qua Fev 09, 2011 1:59 am

Egípcios ignoram promessas do regime
Ontem

Apesar da promessa de transição de poder do Governo de Hosni Mubarak, a revolta contra o líder egípcio mantém-se. Dezenas de milhares de pessoas voltaram hoje, terça-feira, pela terceira semana, a invadir a Praça Tahrir, no Cairo, epicentro dos protestos contra o ditador.

foto AFP/Mohamed Abed
Egípcios ignoram promessas do regime
Milhares de manifestantes continuam a sua luta na praça Tharir

O vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, anunciou, hoje, ter plano e calendário para uma transição pacífica de poder. Afirmou que foi nomeada uma comissão para reformar a Constituição e prometeu que o Governo não irá perseguir nem prender os que, nas últimas duas semanas, pediram o fim do regime.

Este anúncio surge um dia depois de Wael Ghonim, chefe de marketing do Google no Médio Oriente e África, ter sido libertado. "Tive os olhos fechados durante 12 dias, não ouvia nem sabia de nada", afirmou em entrevista ao canal privado Dream 2.

A Amnistia Internacional já tinha pedido a sua libertação, temendo que fosse torturado, o que não aconteceu. "Não sou um herói. Heróis são os estão nas ruas, a participar nas manifestações", esclareceu.

As concessões anunciadas por Suleiman na televisão estatal, depois de ter estado reunido com Mubarak, não convenceram os manifestantes, que consideram que o líder egípcio só quer ganhar tempo. "O diálogo prolonga a vida de um regime. Não haverá diálogo até que Mubarak saia", afirmou Youssef Hussein, guia turístico, 52 anos.

Os manifestantes defendem também que estas promessas não têm nada a ver com o que exigem. "Nenhuma das nossas exigências foi escutada. Anunciaram o aumento de salários só para tentarem enganar-nos", explicava Mohammad Nizar, de 36 anos.

por **Vitor mango** Qua Fev 09, 2011 2:00 am

As concessões anunciadas por Suleiman na televisão estatal, depois de ter estado reunido com Mubarak, não convenceram os manifestantes, que consideram que o líder egípcio só quer ganhar tempo. "O diálogo prolonga a vida de um regime. Não haverá diálogo até que Mubarak saia", afirmou Youssef Hussein, guia turístico, 52 anos.

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