Alegre evoca portugueses que “defendiam a bandeira"
2 participantes
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Noticias observadas DAS GALAXIAS SOBRE O PLANETA TERRA
Página 1 de 1
Alegre evoca portugueses que “defendiam a bandeira"
Alegre evoca portugueses que “defendiam a bandeira"
publicado
12:34
09 Março '10
Manuel Alegre em romagem a Nambuangongo Ricardo Bordalo, LUSA
O
candidato presidencial Manuel Alegre voltou 48 anos depois a
Nambuangongo, seu local de operações quando militar colonial, e evocou
os antigos combatentes que “defendiam a bandeira e cumpriam o seu
papel".
Alegre evoca portugueses que “defendiam a bandeira"
3 twitter
Share
Alegre cumprira uma comissão em Angola
entre 1962 e 1963, tendo participado nas operações em Nambuangongo,
província angolana do Bengo. Nesse tempo, deslocava-se com frequência a
Nambuangongo, integrado em escoltas. Agora regressou a esse local rico
em memórias, na sequência da visita que fizera a Moçambique integrado
na comitiva de José Sócrates.
Segundo a Agência Lusa, o poeta e candidato presidencial emocionou-se
em Nambuangongo ao deparar com um conjunto de sepulturas entre as quais
se contava a do soldado José António Teixeira Pinto, caído em 1962, e
portanto seu contemporâneo no local.
Um poema escrito na altura por Manuel Alegre "Canção com Lágrimas",
inspirava-se na infelicidade do alferes miliciano Manuel Ortigão, morto
por uma mina. Também esse contemporâneo foi emocionadamente evocado
pelo actual candidato à presidência.
Não é a primeira vez que o curriculum colonial dos candidatos surge
no contexto das eleições presidenciais. Na corrida entre Cavaco Silva e
Jorge Sampaio, o primeiro destacara o facto de ter cumprido as suas
obrigações no tempo da guerra, ao passo que o segundo justificara a
ausência de curriculum equivalente invocando uma isenção por motivos de
saúde. Com Manuel Alegre, a história das eleições volta a ter um
presidenciável que fez a guerra.
Em declarações prestadas por ocasião da visita, o poeta e candidato
referiu-se a Nambuangongo como "um lugar mítico", e acrescentou:
"Escrevi os primeiros poemas depois de passar por aqui (...). Eu voltei
aqui hoje, tinha que voltar aqui... é a minha peregrinação à terra que
era a fronteira entre a vida e a morte... quem aqui estava podia morrer
em qualquer momento com um tiro de flagelação, com uma emboscada, e por
isso o tempo cabe todo num minuto".
Embora recordasse principalmente os militares seus companheiros, o
visitante teve ainda uma palavra para os anfitriões: "Aqui se combateu,
sofreu, morreu, se derramou sangue de um lado e do outro". E
acrescentou: "É também com emoção que vejo que toda aquela
agressividade está hoje a ter outra agressividade, mas para a
construção, como é disso exemplo uma nova escola, um novo hospital... é
a vida a florir num local que foi de morte".
Algumas, poucas, "coisas boas" ficam, segundo Alegre, dos tempos
difíceis da guerra. Entre elas, recordou "a camaradagem, a fraternidade
das armas, fica a amizade, para mim também ficaram os poemas que
escrevi por causa de Nambuangongo".
E concluiu que "fica sobretudo essa memória da fraternidade que
nasce da guerra, que nunca mais se esquece... e os militares de um lado
e do outro são hoje irmãos. Para muitos de nós era uma guerra sem
sentido, fora do tempo, muitos portugueses defendiam a independência de
Angola e a democracia em Portugal, mas estavam aqui, defendiam a
bandeira e cumpriam o seu papel"
publicado
12:34
09 Março '10
- Texto
Manuel Alegre em romagem a Nambuangongo Ricardo Bordalo, LUSA
O
candidato presidencial Manuel Alegre voltou 48 anos depois a
Nambuangongo, seu local de operações quando militar colonial, e evocou
os antigos combatentes que “defendiam a bandeira e cumpriam o seu
papel".
Alegre evoca portugueses que “defendiam a bandeira"
3 twitter
Share
Alegre cumprira uma comissão em Angola
entre 1962 e 1963, tendo participado nas operações em Nambuangongo,
província angolana do Bengo. Nesse tempo, deslocava-se com frequência a
Nambuangongo, integrado em escoltas. Agora regressou a esse local rico
em memórias, na sequência da visita que fizera a Moçambique integrado
na comitiva de José Sócrates.
Segundo a Agência Lusa, o poeta e candidato presidencial emocionou-se
em Nambuangongo ao deparar com um conjunto de sepulturas entre as quais
se contava a do soldado José António Teixeira Pinto, caído em 1962, e
portanto seu contemporâneo no local.
Um poema escrito na altura por Manuel Alegre "Canção com Lágrimas",
inspirava-se na infelicidade do alferes miliciano Manuel Ortigão, morto
por uma mina. Também esse contemporâneo foi emocionadamente evocado
pelo actual candidato à presidência.
Não é a primeira vez que o curriculum colonial dos candidatos surge
no contexto das eleições presidenciais. Na corrida entre Cavaco Silva e
Jorge Sampaio, o primeiro destacara o facto de ter cumprido as suas
obrigações no tempo da guerra, ao passo que o segundo justificara a
ausência de curriculum equivalente invocando uma isenção por motivos de
saúde. Com Manuel Alegre, a história das eleições volta a ter um
presidenciável que fez a guerra.
Em declarações prestadas por ocasião da visita, o poeta e candidato
referiu-se a Nambuangongo como "um lugar mítico", e acrescentou:
"Escrevi os primeiros poemas depois de passar por aqui (...). Eu voltei
aqui hoje, tinha que voltar aqui... é a minha peregrinação à terra que
era a fronteira entre a vida e a morte... quem aqui estava podia morrer
em qualquer momento com um tiro de flagelação, com uma emboscada, e por
isso o tempo cabe todo num minuto".
Embora recordasse principalmente os militares seus companheiros, o
visitante teve ainda uma palavra para os anfitriões: "Aqui se combateu,
sofreu, morreu, se derramou sangue de um lado e do outro". E
acrescentou: "É também com emoção que vejo que toda aquela
agressividade está hoje a ter outra agressividade, mas para a
construção, como é disso exemplo uma nova escola, um novo hospital... é
a vida a florir num local que foi de morte".
Algumas, poucas, "coisas boas" ficam, segundo Alegre, dos tempos
difíceis da guerra. Entre elas, recordou "a camaradagem, a fraternidade
das armas, fica a amizade, para mim também ficaram os poemas que
escrevi por causa de Nambuangongo".
E concluiu que "fica sobretudo essa memória da fraternidade que
nasce da guerra, que nunca mais se esquece... e os militares de um lado
e do outro são hoje irmãos. Para muitos de nós era uma guerra sem
sentido, fora do tempo, muitos portugueses defendiam a independência de
Angola e a democracia em Portugal, mas estavam aqui, defendiam a
bandeira e cumpriam o seu papel"
Vitor mango- Pontos : 117576
Re: Alegre evoca portugueses que “defendiam a bandeira"
E depois , para ARGEL atacar a BANDEIRA!!! POIS......................
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Tópicos semelhantes
» Manuel Alegre critica trasladação "quase clandestina" de Jorge de Sena
» Medvedev acusa EUA de continuar a armar a Geórgia "sob a bandeira da ajuda humanitária"
» Presidenciais: Sócrates diz que "é cedo" para falar da candidatura de Alegre
» Assis diz que Alegre será "candidatura poderosa"
» Justiça: "É preciso repor a decência", adverte Alegre...
» Medvedev acusa EUA de continuar a armar a Geórgia "sob a bandeira da ajuda humanitária"
» Presidenciais: Sócrates diz que "é cedo" para falar da candidatura de Alegre
» Assis diz que Alegre será "candidatura poderosa"
» Justiça: "É preciso repor a decência", adverte Alegre...
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Noticias observadas DAS GALAXIAS SOBRE O PLANETA TERRA
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos