Passos Coelho quer pôr a trabalhar quem receber subsídios

Passos Coelho quer pôr a trabalhar quem receber subsídios

20h43m

Adelino Cunha

foto TIAGO PETINGA/LUSA

Pedro
Passos Coelho foi o último candidato à liderança do PSD a falar ao
congresso, em Mafra. Dirigiu-se directamente aos interlocutores. A
primeira palavra foi para Manuela Ferreira Leite. Depois, para Santana
Lopes.“Respeito o caminho que cada um quer seguir e a
senhora soube servir as suas convicções e por isso serviu o PSD e
serviu Portugal”, disse Passos Coelho, dirigindo-se a Manuela Ferreira
Leite. “Não chegamos onde queríamos”, acrescentou, recordando à líder a
batalha que travaram em 2008. “Não me candidatei contra ninguém há dois
anos”, vincou.Aparentemente fiado nas sondagens para o JN,
Passos Coelho identificou apenas um outro contendor na luta pelo poder.
“Conheço Rangel desde há dois anos a esta parte”, especificou, deixando
para segundo plano os outros candidatos, José Pedro Aguiar Branco e
Castanheira Barros.Depois de falar para dentro do PSD, Passos
Coelho salientou o imperativo de “lançar alerta cívico ao pais”, a bem
de mais igualdade. “Quem receber subsídios deve retribuir com
solidariedade para aqueles que mais precisam”, disse. O candidato a
líder do PSD defendeu, ainda, “trabalho ocupacional nas Juntas e
Câmaras, em Organizações Não Governamentais (ONG's) e Instituições de
Solidariedade Social (IPSS's) para os beneficiários de subsídios dos
estado.Num discurso abrangente, Paulo Rangel abordou a crise
económica e financeira que grassa no país e recordou a “falha na
supervisão” a cargo do Banco de Portugal, com críticas para o papel de
Vítor Constâncio, que foi promovido“, a vice-governador do Banco
Central Europeu.Sobre a justiça e as relações com o poder, Pedro
Passos Coelho criticou o trabalho de Pinto Monteiro. “Se a justiça não
funcionou de quem é a responsabilidade senão do PGR?”. À pergunta,
respondeu com um pedido de demissão do Procurador Geral da República.