Investidores britânicos e americanos dominaram compras de dívida portuguesa em dólares
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Investidores britânicos e americanos dominaram compras de dívida portuguesa em dólares
Portugal reforçou a sua presença junto da comunidade global de investidores em dólares, no decurso da emissão de hoje de dívida soberana em moeda norte-americana. Só o Reino Unido e os EUA compraram quase metade das obrigações.
Carla Pedro
cpedro@negocios.pt
Portugal reforçou a sua presença junto da comunidade global de investidores em dólares, no decurso da emissão de hoje de dívida soberana em moeda norte-americana. Só o Reino Unido e os EUA compraram quase metade das obrigações.
De acordo com os dados do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), os investidores britânicos compraram 33% desta emissão e os norte-americanos arrecadaram 15,5%. A Ásia foi a região que logo a seguir esteve mais activa, com uma aquisição de 19,5%.
"A diversificação da base de investidores foi um dos principais objectivos desta transacção e os investidores sediados nos Estados Unidos responderam positivamente à escassez do emitente Portugal em dólares e à dinâmica da procura nos outros mercados", comentou o IGCP na análise a esta emissão.
Os investidores portugueses compraram 9%, os franceses 8%, os italianos 4,5%, os escandinavos 5% e o resto da Europa 2,5%. Nas restantes regiões do mundo, o interesse ascendeu a 3%.
Além disso, esta emissão alcançou "uma poupança significativa por comparação com as emissões em euros, ao emitir este novo benchmark na maturidade dos cinco anos", salienta o IGCP.
Recorde-se que Portugal estava ausente, desde 1999, do mercado de emissões benchmark em dólares americanos. “A transacção foi muito bem sucedida, executada num único dia, com um montante final superior ao inicialmente anunciado e preço no limite inferior da ‘price guidance’ inicial”, refere o IGCP.
O programa de financiamento de Portugal para 2010 ascende a 22,5 mil milhões de euros (emissão bruta de Obrigações do Tesouro e líquida dos restantes instrumentos) – apenas ligeiramente acima do montante do ano anterior, do qual cerca de 30% tinha sido já executado antes desta transacção.
“A conjugação de estabilidade na curva ‘benchmark’ de Portugal em euros, um ambiente favorável no mercado de dólares americanos e a quase total ausência de oferta concorrente no mercado criou uma janela de oportunidade para a emissão”, diz o Instituto.
O montante das ofertas excedeu mil milhões de dólares nos primeiros 30 minutos, evidenciando o apoio à transacção por parte dos investidores asiáticos e europeus, sublinhou a mesma fonte. “Pelas 9:00 horas de Nova Iorque, os livros excediam 1,5 mil milhões de dólares”, refere ainda o IGCP, que decidiu colocar 1,25 mil milhões de dólares, com um "spread" de 97 pontos base.
Carla Pedro
cpedro@negocios.pt
Portugal reforçou a sua presença junto da comunidade global de investidores em dólares, no decurso da emissão de hoje de dívida soberana em moeda norte-americana. Só o Reino Unido e os EUA compraram quase metade das obrigações.
De acordo com os dados do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), os investidores britânicos compraram 33% desta emissão e os norte-americanos arrecadaram 15,5%. A Ásia foi a região que logo a seguir esteve mais activa, com uma aquisição de 19,5%.
"A diversificação da base de investidores foi um dos principais objectivos desta transacção e os investidores sediados nos Estados Unidos responderam positivamente à escassez do emitente Portugal em dólares e à dinâmica da procura nos outros mercados", comentou o IGCP na análise a esta emissão.
Os investidores portugueses compraram 9%, os franceses 8%, os italianos 4,5%, os escandinavos 5% e o resto da Europa 2,5%. Nas restantes regiões do mundo, o interesse ascendeu a 3%.
Além disso, esta emissão alcançou "uma poupança significativa por comparação com as emissões em euros, ao emitir este novo benchmark na maturidade dos cinco anos", salienta o IGCP.
Recorde-se que Portugal estava ausente, desde 1999, do mercado de emissões benchmark em dólares americanos. “A transacção foi muito bem sucedida, executada num único dia, com um montante final superior ao inicialmente anunciado e preço no limite inferior da ‘price guidance’ inicial”, refere o IGCP.
O programa de financiamento de Portugal para 2010 ascende a 22,5 mil milhões de euros (emissão bruta de Obrigações do Tesouro e líquida dos restantes instrumentos) – apenas ligeiramente acima do montante do ano anterior, do qual cerca de 30% tinha sido já executado antes desta transacção.
“A conjugação de estabilidade na curva ‘benchmark’ de Portugal em euros, um ambiente favorável no mercado de dólares americanos e a quase total ausência de oferta concorrente no mercado criou uma janela de oportunidade para a emissão”, diz o Instituto.
O montante das ofertas excedeu mil milhões de dólares nos primeiros 30 minutos, evidenciando o apoio à transacção por parte dos investidores asiáticos e europeus, sublinhou a mesma fonte. “Pelas 9:00 horas de Nova Iorque, os livros excediam 1,5 mil milhões de dólares”, refere ainda o IGCP, que decidiu colocar 1,25 mil milhões de dólares, com um "spread" de 97 pontos base.
ricardonunes- Pontos : 3302
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