Pináculos da estupidez
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Pináculos da estupidez
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Ser oposição é lutar pelo Poder, e lutar pelo Poder é denegrir o Governo e os adversários. É assim em todo o lado, desde sempre. Como a política ainda é um espaço regido exclusivamente pelos códigos masculinos, esta agonia satisfaz os fluxos de testosterona e seus modos bélicos. À esquerda e à direita, não faltam aqueles que reduzem a actividade política ao conflito – uns, sonhando com revoluções em 10 dias; outros, preparados para defender os bens acumulados do ataque dos vândalos. Tem de continuar a ser assim?
Uma das leituras da sondagem que dá 44% ao PSD é a de que o eleitorado valoriza positivamente políticos que ajudem o Governo. A ser correcta esta interpretação, explicá-la é a coisa mais fácil do mundo: o eleitorado não é estúpido. Só um estúpido prefere um Governo fraco a um Governo forte. Ora, como aqueles que boicotam e difamam o Governo não apresentam alternativas credíveis, ou nem sequer estão dispostos a governar, o resultado da sua acção é um enfraquecimento inútil, ou perverso, das equipas ministeriais. Para o eleitorado, isso equivale a um prejuízo para todos, lixando-se o mexilhão.
A estratégia da calúnia e da conspiração, seguida pelo PSD entregue à Manela e ao Pacheco em aliança com Belém, foi castigada nas urnas. Os próprios não aprenderam nada com esses resultados, como burros velhos que são, mas podemos imaginar o cenário em que a saída de Menezes conduzisse a um caminho de recuperação do mito cavaquista. Para tal, Ferreira Leite teria mesmo de recuar a 1985 e reinventar-se como figura tecnocrática exclusivamente dedicada ao culto da governação para a recuperação económica. Claro que essa operação seria impossível, tratando-se da Senhora Calinadas – chegou a dizer que não apresentava ideias para que o Governo não as copiasse! – mas uma estratégia inteligente teria ido por aí. Todas as temáticas e críticas feitas seriam acolhidas como sinais de honesta preocupação e legítima diferença ideológica. A tal seriedade auto-proclamada, e absolutamente hipócrita, teria sido demonstrada por actos. O resultado eleitoral só poderia ser melhor, diz-nos o bom senso.
O mesmo para o PCP e BE, onde a cristalização ideológica mantém o PCP confinado a uma geografia, e onde a mistela ideológica obriga o BE a depender do marketing corporativo para crescer. Estas estratégias não os podem levar ao Governo, contudo estes partidos prejudicam qualquer Executivo que lhes apareça pela frente. Os votos que recolhem, por adesão aos programas ou de protesto, são parte do problema porque os políticos que deles vivem não querem ser parte da solução se esta implicar compromissos da sua parte. A radicalidade é uma imposição de organizações que subsistem através de sectarismos para-religiosos e onde o culto de personalidade vai a par com fundamentalismos diabolizantes e paranóicos promovidos para impedir a fuga dos crentes. Por isso os discursos de Jerónimo e Louçã são invariavelmente sermões de fundo moral, construções simplistas, e maniqueístas, da realidade.
Temos um Governo minoritário no meio de uma crise económica que, num ano, reduziu a cacos os ganhos obtidos desde 2005. Para agravar, estamos no meio de uma tempestade financeira que é caracterizada pela irracionalidade e por um ataque maciço contra a Zona Euro. Nesta situação, ocupar o tempo a prejudicar quem tem a responsabilidade de nos governar, em vez de se contribuir criticamente com lealdade, é mais um pináculo da estupidez.
Aspirina B
Ser oposição é lutar pelo Poder, e lutar pelo Poder é denegrir o Governo e os adversários. É assim em todo o lado, desde sempre. Como a política ainda é um espaço regido exclusivamente pelos códigos masculinos, esta agonia satisfaz os fluxos de testosterona e seus modos bélicos. À esquerda e à direita, não faltam aqueles que reduzem a actividade política ao conflito – uns, sonhando com revoluções em 10 dias; outros, preparados para defender os bens acumulados do ataque dos vândalos. Tem de continuar a ser assim?
Uma das leituras da sondagem que dá 44% ao PSD é a de que o eleitorado valoriza positivamente políticos que ajudem o Governo. A ser correcta esta interpretação, explicá-la é a coisa mais fácil do mundo: o eleitorado não é estúpido. Só um estúpido prefere um Governo fraco a um Governo forte. Ora, como aqueles que boicotam e difamam o Governo não apresentam alternativas credíveis, ou nem sequer estão dispostos a governar, o resultado da sua acção é um enfraquecimento inútil, ou perverso, das equipas ministeriais. Para o eleitorado, isso equivale a um prejuízo para todos, lixando-se o mexilhão.
A estratégia da calúnia e da conspiração, seguida pelo PSD entregue à Manela e ao Pacheco em aliança com Belém, foi castigada nas urnas. Os próprios não aprenderam nada com esses resultados, como burros velhos que são, mas podemos imaginar o cenário em que a saída de Menezes conduzisse a um caminho de recuperação do mito cavaquista. Para tal, Ferreira Leite teria mesmo de recuar a 1985 e reinventar-se como figura tecnocrática exclusivamente dedicada ao culto da governação para a recuperação económica. Claro que essa operação seria impossível, tratando-se da Senhora Calinadas – chegou a dizer que não apresentava ideias para que o Governo não as copiasse! – mas uma estratégia inteligente teria ido por aí. Todas as temáticas e críticas feitas seriam acolhidas como sinais de honesta preocupação e legítima diferença ideológica. A tal seriedade auto-proclamada, e absolutamente hipócrita, teria sido demonstrada por actos. O resultado eleitoral só poderia ser melhor, diz-nos o bom senso.
O mesmo para o PCP e BE, onde a cristalização ideológica mantém o PCP confinado a uma geografia, e onde a mistela ideológica obriga o BE a depender do marketing corporativo para crescer. Estas estratégias não os podem levar ao Governo, contudo estes partidos prejudicam qualquer Executivo que lhes apareça pela frente. Os votos que recolhem, por adesão aos programas ou de protesto, são parte do problema porque os políticos que deles vivem não querem ser parte da solução se esta implicar compromissos da sua parte. A radicalidade é uma imposição de organizações que subsistem através de sectarismos para-religiosos e onde o culto de personalidade vai a par com fundamentalismos diabolizantes e paranóicos promovidos para impedir a fuga dos crentes. Por isso os discursos de Jerónimo e Louçã são invariavelmente sermões de fundo moral, construções simplistas, e maniqueístas, da realidade.
Temos um Governo minoritário no meio de uma crise económica que, num ano, reduziu a cacos os ganhos obtidos desde 2005. Para agravar, estamos no meio de uma tempestade financeira que é caracterizada pela irracionalidade e por um ataque maciço contra a Zona Euro. Nesta situação, ocupar o tempo a prejudicar quem tem a responsabilidade de nos governar, em vez de se contribuir criticamente com lealdade, é mais um pináculo da estupidez.
Aspirina B
Viriato- Pontos : 16657
Re: Pináculos da estupidez
Temos um Governo minoritário no meio de uma crise económica que, num ano, reduziu a cacos os ganhos obtidos desde 2005. Para agravar, estamos no meio de uma tempestade financeira que é caracterizada pela irracionalidade e por um ataque maciço contra a Zona Euro. Nesta situação, ocupar o tempo a prejudicar quem tem a responsabilidade de nos governar, em vez de se contribuir criticamente com lealdade, é mais um pináculo da estupidez.
Nem mais!
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