EUA: Tratado START é única opção para verificar armamento nuclear russo, diz secretária de Estado

por Kllüx Qui Jun 17, 2010 3:00 pm

EUA: Tratado START é única opção para verificar armamento nuclear russo, diz secretária de Estado

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, apelou hoje ao Senado para que ratifique o novo tratado START de redução de armas nucleares, que afirmou ser a única forma de reduzir e verificar os arsenais russos.

Acompanhada de outros dois membros chave no dossier nuclear para a administração Obama, os secretários da Defesa e da Energia, Hillary Clinton defendeu o tratado assinado em abril entre os Estados Unidos e a Rússia, perante o comité de Relações Externas do Senado, que deverá votar o documento até à paragem mensal dos trabalhos em agosto.

“A escolha é entre este tratado e nenhumas obrigações para a Rússia manter as suas forças estratégicas nucleares abaixo dos níveis acordados, e entre este tratado e nenhuma verificação no terreno das forças estratégicas russas”, disse Clinton.

O primeiro-ministro russo deu recentemente o seu acordo à ratificação do tratado, assinado entre os presidentes Barack Obama e Dmitri Medvedev, a 08 de abril, em Praga.

Os dois presidentes voltam a encontrar-se na próxima semana, a 24 de junho, antes da cimeira do G8 no Canadá.

Moscovo e Washington preveem reduzir em 74 por cento o número de ogivas nucleares.

A ser ratificado pelos Parlamentos norte-americano e russo, o novo START substituirá o tratado de desarmamento assinado em 1991 e que vigorou até 2009.

No Senado, o tratado conta com o apoio do presidente do comité, o democrata John Kerry, mas também com reticências de alguns membros do partido republicano.

Para Hillary Clinton, o tratado é “parte de um esforço mais vasto para reduzir a ameaça” das armas nucleares, que incluiu também a revisão da postura nuclear norte-americana e do tratado de Não Proliferação Nuclear, ao nível das Nações Unidas.

“O novo tratado START, ratificado, tem o seu próprio valor, mas quando olhamos para os seus muito reais benefícios para a nossa segurança nacional, é um elemento de uma estratégia mais vasta”, disse a secretária de Estado.

“Esperamos que no final das vossas deliberações cheguem às mesmas conclusões que nós e muitos outros chegaram (…) que este tratado torna o nosso país mais seguro e merece a ratificação do Senado”, afirmou.