Lusa Medio Oriente: Ministro israelita acusa Egito de violar acordo ao reabrir passagem de Rafah

por **Vitor mango** Dom maio 29, 2011 11:16 pm

29.05.2011 10:32
Lusa
Medio Oriente: Ministro israelita acusa Egito de violar acordo ao reabrir passagem de Rafah

Jerusalém, 29 mai (Lusa) - O ministro das Infraestruturas de Israel, Ouzi Landau, acusou hoje o Egito de ter violado um acordo internacional ao decidir reabrir permanentemente a passagem de Rafah na fronteira com a Faixa de Gaza.

Jerusalém, 29 mai (Lusa) - O ministro das Infraestruturas de Israel, Ouzi Landau, acusou hoje o Egito de ter violado um acordo internacional ao decidir reabrir permanentemente a passagem de Rafah na fronteira com a Faixa de Gaza.

"É um desenvolvimento lamentável porque os acordos assinados devem ser respeitados, e espero que a comunidade internacional diga unânime e muito claramente que a revogação do acordo pelo Egito é inaceitável", afirmou o ministro.

Landau acrescentou que a "livre circulação de pessoas e mercadorias que se produzirá (via terminal de Rafah) permitirá simplesmente a passagem de munições, material militar e terroristas".

O Egito reabriu sábado permanentemente a sua fronteira com a Faixa de Gaza, a primeira vez desde junho de 2007, com o objetivo de consolidar a reconciliação entre palestinianos, segundo as autoridades.

Nos termos de um acordo concluído em 2005 sob o patrocínio dos Estados Unidos, que não foi assinado pelo Egito, a passagem de Rafah não pode funcionar permanentemente sem o aval de Israel.

Também questionado sobre a reabertura da fronteira, o ministro das Finanças, Youval Steinitz, considerou que "isto prova a que ponto é importante que Israel assegure sozinho a vigilância das suas fronteiras afim de impedir a entrada de terroristas e de armas".

O principal jornal diário israelita, Yédiot Aharonot, considera por ser lado que o encerramento da passagem de Rafah "era uma ficção" e que a sua reabertura vem regularizar uma situação "que permitiu a 130 mil palestinianos de Gaza ir para o Egito através do Sinai em 2010, e a 30 mil outros depois das manifestações que puseram fim ao regime do presidente Hosni Moubarak, a 11 de fevereiro.

Para o Yédiot, a reabertura do terminal de Rafah "mostra que o Egito assume de facto a responsabilidade da população da Faixa de Gaza, um sonho há muito acalentado por Israel".

CFF

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