Primárias
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Primárias
Filipe Nunes
Nos últimos anos, com o fim dos alinhamentos de classe, a crescente personalização das campanhas e o consequente declínio da militância, vários partidos têm encontrado no método das eleições primárias (abertas a simpatizantes) uma forma eficaz para recuperarem a sua relação com a sociedade e melhor mobilizarem os seus eleitores. Ao contrário do que se tem dito, as primárias abertas a simpatizantes já não são um exclusivo dos Estados Unidos: existem em Itália, em Espanha e em França (pelo menos). Não há, pois, razão nenhuma para que os partidos portugueses, e nomeadamente o PS, passem ao lado do debate das primárias. Pelo contrário: se há país europeu onde se coloca o problema da falta de ancoragem social dos partidos, é Portugal. É por isso positivo que Francisco Assis tenha lançado o tema nestas directas do PS. Claro que a solução não está isenta de riscos e que a forma de participação dos simpatizantes deve ser bem ponderada. Mas de António José Seguro, alguém que tem estudado estes assuntos e que tem defendido reformas no sistema político, exigia-se um pouco mais do que responder à proposta de Assis com um simples: «Gosto muito dos militantes do meu partido».
Filipe Nunes
Nos últimos anos, com o fim dos alinhamentos de classe, a crescente personalização das campanhas e o consequente declínio da militância, vários partidos têm encontrado no método das eleições primárias (abertas a simpatizantes) uma forma eficaz para recuperarem a sua relação com a sociedade e melhor mobilizarem os seus eleitores. Ao contrário do que se tem dito, as primárias abertas a simpatizantes já não são um exclusivo dos Estados Unidos: existem em Itália, em Espanha e em França (pelo menos). Não há, pois, razão nenhuma para que os partidos portugueses, e nomeadamente o PS, passem ao lado do debate das primárias. Pelo contrário: se há país europeu onde se coloca o problema da falta de ancoragem social dos partidos, é Portugal. É por isso positivo que Francisco Assis tenha lançado o tema nestas directas do PS. Claro que a solução não está isenta de riscos e que a forma de participação dos simpatizantes deve ser bem ponderada. Mas de António José Seguro, alguém que tem estudado estes assuntos e que tem defendido reformas no sistema político, exigia-se um pouco mais do que responder à proposta de Assis com um simples: «Gosto muito dos militantes do meu partido».
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