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A PROPÓSITO DO 11 DE SETEMBRO

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Mensagem por Vitor mango Qua Set 12, 2012 7:31 am

Terça-feira, 11 de Setembro de 2012









A PROPÓSITO DO 11 DE SETEMBRO










Assinala-se
hoje mais um aniversário, o décimo primeiro, sobre o atentado de Nova York que
os americanos prontamente atribuíram aos radicais islâmicos da Al-Qaeda e que
serviu para justificar as invasões do Afeganistão e do Iraque.





Como se tornou
hábito, não têm por estes dias faltado na imprensa nacional e estrangeira
reminiscências e evocações sobre os acontecimentos, embora continue por
explicar cabalmente o que de facto aconteceu e quem nele esteve (ou não)
envolvido.





A PROPÓSITO DO 11 DE SETEMBRO Cicatrices+de+septiembre_DARIO+CASTILLEJOS





Incrível ou
não, a principal democracia planetária continua sem produzir uma explicação que
não insulte a inteligência dos seus ouvintes; mas não é sobre isso que hoje me
proponho reflectir[1],
antes sobre dois artigos/notícias que duma forma ou doutra remetem para
consequências do 11 de Setembro. Um, assinado por Maria João Tomás, foi
publicado há dias no DN sob o sugestivo título
de «A
ASCENSÃO DOS SALAFITAS, 11 ANOS APÓS O 11 DE SETEMBRO» e levanta a
interessante questão do actual sucesso do movimento religioso (salafismo) que
esteve na origem da Al-Qaeda; o outro encontrei-o na página internet ALTER INFO, sob o título «AUX
USA ON A DÉJÀ PRÉVU UN MOYEN ORIENT SANS ISRAEL», cuja tradução aqui deixo
por constituir uma importante peça jornalística sobre as relações de Israel com
o Médio Oriente e o seu fundamental aliado, os EUA:


«Nos EUA já se previu um Médio Oriente sem
Israel





Enquanto
Paris, Londres e Berlim tomam estupidamente os seus desejos como realidade e
planificam uma Síria pós-Assad, em Washington já se começou a antever o depois
de Israel, num relatório intitulado "Preparing For A Post Israel Middle
East" (Preparando-se para um Oriente Médio Pós Israel). Esta análise em 82
páginas, foi realizada a pedido da comunidade de informações dos EUA que
consiste em nada menos que 16 agências cujo orçamento anual superior a 70 mil
milhões de dólares. O que demonstra que o desaparecimento do regime
judeu-sionista está a ser seriamente ponderado em Washington e não apenas em
Teerão.





Este
documento "Preparing For A Post Israel Middle East", concluiu que os interesses
nacionais dos EUA e de Israel diferem profundamente. Os autores do relatório
afirmam que Israel é actualmente a maior ameaça aos interesses nacionais dos
Estados Unidos porque a sua natureza e as suas acções impedem relações normais
entre os Estados Unidos e os países árabes e muçulmanos, e de forma crescente
com a comunidade internacional. Este estudo foi realizado a pedido da
comunidade de informações dos EUA que inclui 16 agências com um orçamento anual
de 70 mil milhões de dólares. A comunidade de informações inclui os
Departamentos da Marinha, do Exército, e da Força Aérea, o corpo de fuzileiros,
a Guarda Costeira, o Departamento de Defesa e as agências de informações, os departamentos
de Energia, Segurança Interna, do Tesouro, a agência anti-drogas, o FBI, a
Agência de Segurança Nacional, a agência de informações geo-especial, a agência
de reconhecimento nacional e a CIA.





Entre
as conclusões deste relatório contam-se:



· Israel,
dada a sua beligerância e a ocupação brutal, não pode ser salvo, como o não
pode o regime do apartheid na África do Sul, mesmo quando Israel foi o único
país "Ocidental " a manter relações diplomáticas com a África do Sul
e o último país a aderir ao boicote antes do regime entrar em colapso em 1987.




·
A
liderança israelita está cada vez mais afastada das realidades políticas, militares
e económicas do Médio Oriente ao aumentar o seu apoio aos 700.000 colonos
ilegais que vivem na Cisjordânia ocupada.




·
A
coligação de governo pós-trabalhista do Likud, cúmplice e fortemente influenciada
pelo poder político e financeiro dos colonos, irá enfrentar mais e mais manifestações
civis internas, situação com a qual o governo dos Estados Unidos não se deve
envolver.




· A
Primavera Árabe e o despertar islâmico lançou em grande medida muitos dos 1,2
mil milhões de muçulmanos e árabes a lutar contra o que uma larga maioria
considera uma ilegal imoral e insustentável ocupação europeia da Palestina e da
população indígena.




· O
poder árabe e muçulmano que se expande rapidamente na região, como é evidenciado
pela Primavera Árabe, o despertar islâmico e a ascensão do Irão, ocorre simultaneamente
– ainda que pré-existente – com o declínio do poder e da influência
norte-americana e apoio dos Estados Unidos a um Israel belicoso e opressivo
torna-se impossível de defender ou implementar, face aos interesses nacionais
dos Estados Unidos, incluindo a normalização das relações com 57 países
islâmicos.




· A
massiva interferência israelita nos assuntos internos dos Estados Unidos por meios
de espionagem e de transferências ilegais de armas e que inclui o apoio a mais
de 60 organizações "maiores" e a cerca de 7.500 funcionários
americanos que obedecem às ordens de Israel e tentam intimidar a impresna e
organizações do governo dos EUA, e não deve ser tolerada.




· O
Governo dos Estados Unidos já não têm os recursos financeiros nem apoio popular
para continuar a financiar Israel. Já não é possível aumentar os mais de 3 biliões
de dólares de dinheiro dos contribuintes, directa e indirectamente pagos a
Israel desde 1967, quando aqueles já não apoiam o envolvimento militar dos EUA
no Médio Oriente. O público americano já não apoia o financiamento e as guerras
dos EUA amplamente entendidas como ilegais e em nome de Israel. Esta visão é
cada vez mais comum na Europa, na Ásia e na generalidade da opinião pública
internacional.




· As
infra-estruturas de ocupação segregacionista de Israel são a prova de
discriminação legalizada e de sistemas de justiça cada vez mais distintos e
desiguais, que não devem ser directa ou indirectamente financiados pelos
contribuintes norte-americanos ou ignorados pelos governos dos Estados Unidos
Estados.




· Israel
falhou como o Estado democrático proclamado e o apoio financeiro e político dos
EUA não vai mudar a sua deriva como um estado pária internacional.




· Apoiados
pelo governo de Israel, que se tornou seu protector e parceiro, os colonos
judeus manifestam um racismo cada vez mais violento desenfreado na Cisjordânia.




· É
cada vez maior o número de judeus americanos que são contra o sionismo e as
práticas israelitas, incluindo assassinatos e brutalidade contra os palestinos
que vivem sob ocupação, vendo-os como uma violação flagrante do direito americano
e internacional e levantando questões no seio da comunidade judaica americana
tendo em conta a responsabilidade de proteger os civis inocentes que vivem sob
ocupação.




· Oposição
internacional a um regime cada vez mais separatista sustenta-se na defesa dos
valores humanitários americanos ou no âmbito das relações bilaterais dos
Estados Unidos com 193 países membros da ONU.








O
relatório conclui com a recomendação de evitar alianças estreitas a que se opõe
a maioria do mundo e que condenam os cidadãos americanos a arcar com as consequências.





Obviamente
Israel apressar-se-á a denunciar o relatório cuja publicação está para breve e colocar
pressão sobre os dois candidatos na eleição presidencial americana, Obama e
Romney, para ver qual dos dois minimizará mais aquelas conclusões, ou prometerá
o arquivá-lo e aumentar a ajuda financeira e militar à entidade colonial
judaico-sionista que será o coveiro do Império Americano.


Mireille Delamarre»




e por
proporcionar uma outra visão do pós 11 de Setembro de 2001, num mundo onde as
cicatrizes continuam abertas e quando poderemos vir a assistir a uma completa
invesão duma realidade que se insiste em dar por garantida.













[1] Quem ainda o não
tenha feito, ou se sinta com disposição ou curiosidade, pode, a título de
exemplo, recordar alguns dos “posts
antigos que dediquei ao assunto e dos quais destaco: «NINE
ELEVEN – PARTE I», «NINE
ELEVEN – PARTE II», «NINE
ELEVEN – PARTE III», publicados em Setembro de 2006 e «11
DE SETEMBRO DE 2001» publicado um ano depois.







Publicada por


A Xarim




em
7:25 p.m.



Etiquetas:
Internacional; EUA; Médio Oriente




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Mensagem por Vitor mango Qua Set 12, 2012 7:33 am

nquanto
Paris, Londres e Berlim tomam estupidamente os seus desejos como realidade e
planificam uma Síria pós-Assad, em Washington já se começou a antever o depois
de Israel, num relatório intitulado "Preparing For A Post Israel Middle
East" (Preparando-se para um Oriente Médio Pós Israel). Esta análise em 82
páginas, foi realizada a pedido da comunidade de informações dos EUA que
consiste em nada menos que 16 agências cujo orçamento anual superior a 70 mil
milhões de dólares. O que demonstra que o desaparecimento do regime
judeu-sionista está a ser seriamente ponderado em Washington e não apenas em
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Mensagem por Vitor mango Qua Set 12, 2012 7:33 am

Este
documento "Preparing For A Post Israel Middle East", concluiu que os interesses
nacionais dos EUA e de Israel diferem profundamente. Os autores do relatório
afirmam que Israel é actualmente a maior ameaça aos interesses nacionais dos
Estados Unidos porque a sua natureza e as suas acções impedem relações normais
entre os Estados Unidos e os países árabes e muçulmanos, e de forma crescente
com a comunidade internacional

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Mensagem por Vitor mango Qua Set 12, 2012 7:34 am

Israel,
dada a sua beligerância e a ocupação brutal, não pode ser salvo, como o não
pode o regime do apartheid na África do Sul, mesmo quando Israel foi o único
país "Ocidental " a manter relações diplomáticas com a África do Sul
e o último país a aderir ao boicote antes do regime entrar em colapso em 1987.

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Mensagem por Vitor mango Qua Set 12, 2012 7:35 am

O
Governo dos Estados Unidos já não têm os recursos financeiros nem apoio popular
para continuar a financiar Israel. Já não é possível aumentar os mais de 3 biliões
de dólares de dinheiro dos contribuintes, directa e indirectamente pagos a
Israel desde 1967, quando aqueles já não apoiam o envolvimento militar dos EUA
no Médio Oriente. O público americano já não apoia o financiamento e as guerras
dos EUA amplamente entendidas como ilegais e em nome de Israel. Esta visão é
cada vez mais comum na Europa, na Ásia e na generalidade da opinião pública
internacional.

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Mensagem por Vitor mango Qua Set 12, 2012 7:36 am


· É
cada vez maior o número de judeus americanos que são contra o sionismo e as
práticas israelitas, incluindo assassinatos e brutalidade contra os palestinos
que vivem sob ocupação, vendo-os como uma violação flagrante do direito americano
e internacional e levantando questões no seio da comunidade judaica americana
tendo em conta a responsabilidade de proteger os civis inocentes que vivem sob
ocupação.

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Mensagem por Vagueante Qua Set 12, 2012 12:06 pm

Há critérios e critérios.

Aquilo que se diz neste poste e que serviu para o Mango salientar algumas coisas que mais lhe agradaram, não condiz com o que a seguir copio, sem qualquer alteração, e que teve origem num e-mail que me foi enviado.

Abstenho-me, por agora, a fazer qualquer comentário quer sobre um escrito quer sobre o outro.
Gostaria no entanto de conhecer algumas opiniões sobre o assunto.



Sem comentários…



Assunto: Entrevista de Michel Chossudovsky ao jornal i





REENCAMINHO COMO RECEBI
Para conhecimento e reflexão





Presidente e director do Centre for Research on Globalization, Michel
Chossudovsky conversou com o i sobre essa possível terceira guerra mundial,
de que fala no seu livro "Towards a World War III Scenario:
The Dangers of Nuclear War". Crítico da fortificação militar que os Estados
Unidos estão a construir em torno da China, o professor canadiano da
Universidade de Otava defende que a opinião pública é fundamental para
evitar uma guerra nuclear.

Diz no seu livro que a guerra com o Irão já começou e que os Estados Unidos
estão apenas à espera de um rosto humano para lhe dar. Acredita que os
objectivos políticos e geoestratégicos de Washington podem levar-nos a uma
guerra nuclear com consequências para toda a humanidade?

Não quero fazer previsões e ir além do que aconteceu. Tudo o que posso
dizer, e tenho vindo a dizê-lo de forma repetida, é que a preparação para a
guerra está a um nível muito elevado. Se será levada a cabo ou não é outro
patamar, e ainda não o podemos afirmar. Esperemos que não.
Mas temos de considerar seriamente o facto de que este destacamento de
tropas é o maior da história mundial. Estamos a assistir ao envio de forças
navais, homens, sistemas de armamento de ponta, controlados através do
comando estratégico norte-americano em Omaha, Nebrasca, e que envolve uma
coordenação entre EUA, NATO e forças israelitas, além de outros aliados no
golfo Pérsico (Arábia Saudita e estados do Golfo). Estas forças estão a
postos. Isto não significa necessariamente que vamos entrar num cenário de
terceira guerra mundial, mas os planos militares no Pentágono, nas bases da
NATO, em Bruxelas e em Israel, estão a ser feitos. E temos de os levar muito
a sério. Tudo pode acontecer, estamos numa encruzilhada muito perigosa e
infelizmente a opinião pública está mal informada. Dão espaço a Hollywood,
aos crimes e a todo o tipo de acontecimentos banais, mas, no que toca a este
destacamento militar que poderá levar-nos a uma terceira guerra mundial,
ninguém diz nada. Isso é um dos problemas, porque a opinião pública é muito
importante para evitar esta guerra. E isso não está a acontecer, as pessoas
não se estão a organizar para se oporem à guerra. Isto não é uma questão
política, é um problema muito mais vasto, e tenho de dizer que os meios de
comunicação ocidentais estão envolvidos em actos de camuflagem absolutamente
criminosos. Só o facto de alinharem com a agenda militar, como estão a fazer
na Síria, onde sabemos que os rebeldes são apoiados pela NATO, na Arábia
Saudita e em Israel, e como fizeram na Líbia, é chocante do meu ponto de
vista, porque as mentiras que se criam servem para justificar uma
intervenção humanitária.

Em vez de uma guerra nuclear, não podemos assistir a um cenário semelhante à
Guerra Fria, com os EUA, a União Europeia e Israel de um lado e a China, a
Rússia e o Irão do outro?

Esse cenário já é visível. A NATO e os EUA militarizaram a sua fronteira com
a Rússia e a Europa de Leste, com os chamados escudos de defesa antimíssil -
todos esses mísseis estão apontados a cidades russas. Obama sublinhou em
declarações recentes que a China é uma ameaça no Pacífico - uma ameaça a
quê? A China é um país que nunca saiu das suas fronteiras em 2 mil anos. E
eu sei, porque ando a investigar este tema há muito tempo, que está a ser
construída toda uma fortaleza militar à volta da China, no mar, na península
da Coreia, e o país está cercado, pelo menos na sua fronteira a sul. Por
isso a China não é a ameaça. Os EUA são a ameaça à segurança da China.
E estamos numa situação de Guerra Fria. Devo mencionar, porque é importante
para a UE, que, no limite, os EUA, no que toca à sua postura financeira,
bancária, militar e petrolífera, também estão a ameaçar a UE. Estão por trás
da destabilização do sistema bancário europeu.

E a colocação de mais tropas em torno da China vai trazer mais tensão à
região.

Quanto a isso não tenho dúvidas, porque os EUA estão a aumentar a sua
presença militar no Pacífico, no oceano Índico e estão a tentar ter o apoio
das Filipinas e de outros países no Sudeste Asiático, como o Japão, a
Coreia, Singapura, a Malásia (que durante muitos anos esteve reticente a
juntar-se a esta aliança). Portanto, Washington está a formar uma extensão
da NATO na região da Ásia-Pacífico, direccionada contra a China. Não há
dúvidas quanto a isto. E não se vence uma guerra contra a China. É um país
com uma população de 1,4 mil milhões de pessoas, com um número significativo
de forças, tanto convencionais como estratégicas. Por isso, com este
confronto entre a NATO e os EUA, de um lado, e a China, do outro, estamos
num cenário de terceira guerra mundial. E toda a gente vai perder esta
guerra. Qualquer pessoa com um entendimento mínimo de planeamento militar
sabe que este tipo de confronto entre superpotências - incluindo o Irão, que
é uma potência regional no Médio Oriente, com uma população de 80 milhões de
pessoas - poderá levar-nos a uma guerra nuclear. E digo isto porque os EUA e
os seus aliados implementaram as chamadas armas nucleares tácticas - mudaram
o nome das bombas e dizem que são inofensivas para os civis, o que é uma
grande mentira.

Mentira porquê?

Está escrito em todos os documentos que a B61-11 [arma nuclear convencional]
não faz mal às pessoas e planeiam usá-la. Tenho estado a examinar estes
planos de guerra nos últimos oito anos, e posso garantir que estão prontos a
ser usados e podem ser accionados sem uma ordem do presidente dos EUA. Olhe
para o que eles designam "Nuclear Posture Review" de 2001, um relatório
fulcral que integra as armas nucleares no arsenal convencional, sublinhando
a distinção entre os diferentes tipos de armas e apresentando a noção
daquilo que chamam "caixa de ferramentas". E a caixa de ferramentas é uma
colecção de armas variadas, que o comandante na região ou no terreno pode
escolher, onde estão estas B61-11, que são consideradas armas convencionais.
Se quiser posso fazer uma analogia, é a mesma coisa que dizer que fumar é
bom para a saúde. As armas nucleares não são boas para a saúde, mudaram o
rótulo e chamaram--lhes bombas humanitárias, mas têm uma capacidade
destruidora seis vezes superior à de Hiroxima.

Mas a maior parte das pessoas não parece consciente da gravidade do
cenário...

A ironia é que a terceira guerra mundial pode começar e ninguém estará
sequer a par, porque não vai estar nas primeiras páginas. Na verdade, a
guerra já começou no Irão. Têm forças especiais no terreno, instigaram todo
este tipo de mecanismos para desestabilizar a economia iraniana através do
congelamento de bens. Há uma guerra da moeda em curso - isto faz parte da
agenda militar. Desestabilizando-se a moeda de um país desestabiliza-se a
sua economia, bloqueiam-se as exportações de petróleo, e isto antecede a
implementação de uma agenda militar. Se eles puderem evitar uma aventura
militar contra o Irão e ocupar o país através de outros meios, fá-lo-ão. É
isso que estão a tentar neste momento. Querem a mudança de regime, o colapso
das petrolíferas, apropriar-se dos recursos do país, e têm capacidade para
fazer isto tudo sem uma intervenção militar, embora alguma possa vir a ser
necessária. Mas o Irão é considerado uma das maiores potências militares da
região e basta olharmos para as análises da sua força aérea, a sua
capacidade em mísseis, as suas forças convencionais que ultrapassam um
milhão de homens (entre activo e reserva), o que permite que de um dia para
o outro consiga mobilizar cerca de metade, ou até mais. Tendo em conta estes
números, os EUA e os seus aliados não conseguem vencer uma guerra
convencional contra o Irão, daí a razão pela qual estão a tentar fazer a
guerra com outros meios, e um desses meios é o pretexto das armas nucleares.

Acha que o Ocidente pode lançar um ataque preventivo contra o Irão mesmo sem
provas?

Claro que sim! Olhe para a história dos pretextos para lançar guerras.
Olhe para trás, para todas as guerras que os EUA começaram, a partir do
século xix. O que fazem sistematicamente é criar aquilo que chamamos
incidente provocado para começar a guerra. Um incidente que lhes permite
justificar o início de um conflito por motivos humanitários. Isto é muito
óbvio. Em Pearl Harbor, por exemplo, sabe-se que foi uma provocação, porque
os EUA sabiam que iam ser atacados e deixaram que tal acontecesse. O mesmo
se passou com o incidente no golfo de Tonkin, que levou à guerra do
Vietname. E agora são vários os pretextos que emergem contra o Irão: as
alegadas armas nucleares são um, outro é o alegado papel nos atentados 11 de
Setembro, pois desde o primeiro dia que acusam o país de apoiar os ataques,
a afirmação mais absurda que podem fazer, pois não existem quaisquer provas.
Mas os media agarram nestas coisas e dizem "sim, claro".

Pode explicar às pessoas de uma forma simples a relação entre guerra contra
o terrorismo e batalha pelo petróleo?

A guerra contra o terrorismo é uma farsa, é uma forma de demonizar os
muçulmanos e é também a criação, através de operações em segredo dos
serviços secretos, de brigadas islâmicas, controladas pelos EUA.
Sabemos disso! Estas forças, ligadas à Al-Qaeda, são uma criação da CIA de
1979. Por isso a guerra contra o terrorismo é apenas um pretexto e uma
justificação para lançar uma guerra de conquista. É uma tentativa de
convencer as pessoas de que os muçulmanos são uma ameaça e de que estão a
protegê-las e para isso têm de invadir países perigosos, como o Irão, o
Iraque, a Síria e a Coreia do Norte, que perdeu 25% da sua população durante
a Guerra da Coreia, mas, no entanto, continua a ser tida como uma ameaça
para Washington. É absurdo! Os americanos são um pouco como a inquisição
espanhola.
Aliás, piores! O que mais me choca é que os EUA conseguem virar a realidade
ao contrário, sabendo que são mentiras e mesmo assim acreditando nelas. A
guerra contra o terrorismo é uma mentira enorme, mas todas as pessoas
acreditam e o mesmo se passava com a inquisição espanhola - ninguém a
questionava.



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