Milhares fazem greve de fome no Dia do Prisioneiro Palestino
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Milhares fazem greve de fome no Dia do Prisioneiro Palestino
Milhares fazem greve de fome no Dia do Prisioneiro Palestino
Manifestações pela libertação de presos palestinos rejeitam detenções administrativas e acusam Israel de negligência médica
Agência Efe
Cartazes com fotos de presos palestinos são expostos em manifestação no leste de Jerusalém
Cerca de 3 mil palestinos que estão em prisões israelenses rejeitaram
nesta quarta-feira (17/04) comer e beber por conta do Dia do Prisioneiro
Palestino e em solidariedade a Samer Issawi, em greve de fome desde agosto.
Ziad Abu Ein, do Ministério de Assuntos dos Presos da ANP (Autoridade
Nacional Palestina), elevou o número de grevistas para cerca de 4.900,
ou seja, praticamente todos os palestinos repartidos em mais de 27
prisões e centros de detenção israelenses.
Abu Ein explicou que o objetivo da greve de um dia é pressionar as
autoridades israelenses para que reconsiderem a detenção administrativa,
que permite aos tribunais militares israelenses nos territórios
ocupados prender pessoas sem apresentar acusações e com base em provas
secretas que nem o preso e nem seu advogado conhecem.
Leia mais
Dos cerca de 5 mil reclusos - considerados presos políticos pelos
manifestantes -, 110 estão presos desde antes da assinatura dos Acordos
de Oslo em 1993, cuja libertação é exigida pela ANP, e 50 estão detidos
há mais de 25 anos, segundo dados divulgados pela APP (Associação de
Presos Palestinos). Além disso, 235 seriam crianças e 14, mulheres.
Na prisão de Hadarim, ao norte de Tel Aviv, e com cerca de 150 reclusos
palestinos, a greve não é somente de um dia, mas permanente até
conseguir a libertação de Issawi, que foi detido novamente pouco após
ser liberado em outubro de 2011 na troca de mil presos palestinos pelo
soldado israelense Gilad Shalit, mantido refém pelo Hamas na Faixa de
Gaza.
Issawi pediu hoje, em carta aberta, a transformação do dia de apoio aos
presos em um "dia de fúria e solidariedade". "Peço para nossa nação
árabe e muçulmana, assim como aos povos livres do mundo, que transformem
17 de abril de 2013 em um dia de fúria e solidariedade com os presos
palestinos no mundo todo", diz a carta, divulgada através de seu
advogado, segundo a agência palestina Ma'an.
Segundo a correspondente da Al Jazeera em Ramallah, Nisreen el
Shamayleh, desde o início da ocupação israelense em 1967, cerca de 800
mil palestinos foram presos em algum momento. “É uma questão crucial
para a maior parte de famílias palestinas, uma vez que já tiveram alguma
vez membros da família em prisões israelenses”, disse.
Negligência médica
Neste ano, o Dia do Prisioneiro Palestino acontece em meio a um clima
de grande tensão pela recente morte de dois palestinos sob custódia
israelense e as prolongadas greves de fome realizadas por vários presos
em protesto pela situação em que se encontram.
A ANP acusou Israel de negligência médica no caso de Maysara Abu
Hamdiyeh, oficialmente morto em decorrência de um câncer, em março,
embora grupos palestinosacreditem que a causa real tenha sido tortura. O
número de palestinos mortos em prisões israelenses é de 207 desde 1948,
segundo o Jerusalem Post. Israel rejeita essas alegações e que o caso está sob investigação.
O ministro de Assuntos dos Presos da ANP, Issa Qaraqe, denunciou neste
sábado (13/04) que os centros médicos nas prisões israelenses não
cumprem os parâmetros internacionais e que cerca de 1.400 reclusos
palestinos sofrem com a falta de assistência.
Samer Issawi
Em um desses centros médicos está Issawi, que desde agosto ingere de
forma intermitente líquidos, vitaminas e outros nutrientes, embora não
coma alimentos sólidos, o que motivou sua internação no hospital da
prisão de Ramle, perto de Tel Aviv.
Efe
Foto de Samer Issawi (alaranjada) é carregada ao lado das imagens de
outros palestino presos em Israel durante manifestação em Hebron
Issawi havia sido preso por atirar contra um ônibus israelense em 2002.
Foi libertado em 2011 com a troca de Gilad Shalit, e preso novamente em
julho de 2012 por ter violado os termos de sua libertação ao ter saído
de Jerusalém para a Cisjordânia. Sua sentença original, até 2029, foi
retomada.
Segundo o que um oficial palestino disse ao Jerusalem Post,
Israel teria oferecido reduzir a pena a apenas um ano de cadeia. No
entanto, Issawi somente aceitaria se a pena iniciasse em julho, segundo
Qadura Fares, chefe da APP.
"Nós não queremos ver esse homem cometendo suicídio”, disse um oficial israelense à Reuters. “Há elementos do lado palestino que estão ansiosos para explorar a tragédia”.
O responsável do Departamento de Negociações da OLP (Organização para a
Libertação da Palestina), Saeb Erekat, remeteu uma carta à alta
representante de Política Externa e Segurança da União Europeia,
Catherine Ashton, na qual diz que "sua saúde física se debilitou
significativamente e sua vida está por um fio (...) Caso o Sr. Issawi
morra, a comunidade internacional será responsável por sua tolerância
com as ações horrendas que levaram a esta terrível situação", assinala a
carta.
Além disso, os termos de sua pena “lhe negavam o direito de se mover
alguns quilômetros de uma parte do país para outra. Chega até esse ponto
o absurdo e injustiça da obsessão de Israel em controlar vidas
palestinas”.
Em artigo publicado mês passado no Guardian,
Issawi escreveu que sua greve de fome foi “minha última pedra a atirar
contra os tiranos e cerceio frente à ocupação racista que humilha nosso
povo. (...) Se eu morrer, será uma vitória; se formos libertados, é uma
vitória, porque de qualquer modo eu recusei a me render à ocupação
israelense, sua tirania e arrogância”.
* Com informações de Efe, Jerusalem Post e the Guardian
Manifestações pela libertação de presos palestinos rejeitam detenções administrativas e acusam Israel de negligência médica
Agência Efe
Cartazes com fotos de presos palestinos são expostos em manifestação no leste de Jerusalém
Cerca de 3 mil palestinos que estão em prisões israelenses rejeitaram
nesta quarta-feira (17/04) comer e beber por conta do Dia do Prisioneiro
Palestino e em solidariedade a Samer Issawi, em greve de fome desde agosto.
Ziad Abu Ein, do Ministério de Assuntos dos Presos da ANP (Autoridade
Nacional Palestina), elevou o número de grevistas para cerca de 4.900,
ou seja, praticamente todos os palestinos repartidos em mais de 27
prisões e centros de detenção israelenses.
Abu Ein explicou que o objetivo da greve de um dia é pressionar as
autoridades israelenses para que reconsiderem a detenção administrativa,
que permite aos tribunais militares israelenses nos territórios
ocupados prender pessoas sem apresentar acusações e com base em provas
secretas que nem o preso e nem seu advogado conhecem.
Leia mais
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Dos cerca de 5 mil reclusos - considerados presos políticos pelos
manifestantes -, 110 estão presos desde antes da assinatura dos Acordos
de Oslo em 1993, cuja libertação é exigida pela ANP, e 50 estão detidos
há mais de 25 anos, segundo dados divulgados pela APP (Associação de
Presos Palestinos). Além disso, 235 seriam crianças e 14, mulheres.
Na prisão de Hadarim, ao norte de Tel Aviv, e com cerca de 150 reclusos
palestinos, a greve não é somente de um dia, mas permanente até
conseguir a libertação de Issawi, que foi detido novamente pouco após
ser liberado em outubro de 2011 na troca de mil presos palestinos pelo
soldado israelense Gilad Shalit, mantido refém pelo Hamas na Faixa de
Gaza.
Issawi pediu hoje, em carta aberta, a transformação do dia de apoio aos
presos em um "dia de fúria e solidariedade". "Peço para nossa nação
árabe e muçulmana, assim como aos povos livres do mundo, que transformem
17 de abril de 2013 em um dia de fúria e solidariedade com os presos
palestinos no mundo todo", diz a carta, divulgada através de seu
advogado, segundo a agência palestina Ma'an.
Segundo a correspondente da Al Jazeera em Ramallah, Nisreen el
Shamayleh, desde o início da ocupação israelense em 1967, cerca de 800
mil palestinos foram presos em algum momento. “É uma questão crucial
para a maior parte de famílias palestinas, uma vez que já tiveram alguma
vez membros da família em prisões israelenses”, disse.
Negligência médica
Neste ano, o Dia do Prisioneiro Palestino acontece em meio a um clima
de grande tensão pela recente morte de dois palestinos sob custódia
israelense e as prolongadas greves de fome realizadas por vários presos
em protesto pela situação em que se encontram.
A ANP acusou Israel de negligência médica no caso de Maysara Abu
Hamdiyeh, oficialmente morto em decorrência de um câncer, em março,
embora grupos palestinosacreditem que a causa real tenha sido tortura. O
número de palestinos mortos em prisões israelenses é de 207 desde 1948,
segundo o Jerusalem Post. Israel rejeita essas alegações e que o caso está sob investigação.
O ministro de Assuntos dos Presos da ANP, Issa Qaraqe, denunciou neste
sábado (13/04) que os centros médicos nas prisões israelenses não
cumprem os parâmetros internacionais e que cerca de 1.400 reclusos
palestinos sofrem com a falta de assistência.
Samer Issawi
Em um desses centros médicos está Issawi, que desde agosto ingere de
forma intermitente líquidos, vitaminas e outros nutrientes, embora não
coma alimentos sólidos, o que motivou sua internação no hospital da
prisão de Ramle, perto de Tel Aviv.
Efe
Foto de Samer Issawi (alaranjada) é carregada ao lado das imagens de
outros palestino presos em Israel durante manifestação em Hebron
Issawi havia sido preso por atirar contra um ônibus israelense em 2002.
Foi libertado em 2011 com a troca de Gilad Shalit, e preso novamente em
julho de 2012 por ter violado os termos de sua libertação ao ter saído
de Jerusalém para a Cisjordânia. Sua sentença original, até 2029, foi
retomada.
Segundo o que um oficial palestino disse ao Jerusalem Post,
Israel teria oferecido reduzir a pena a apenas um ano de cadeia. No
entanto, Issawi somente aceitaria se a pena iniciasse em julho, segundo
Qadura Fares, chefe da APP.
"Nós não queremos ver esse homem cometendo suicídio”, disse um oficial israelense à Reuters. “Há elementos do lado palestino que estão ansiosos para explorar a tragédia”.
O responsável do Departamento de Negociações da OLP (Organização para a
Libertação da Palestina), Saeb Erekat, remeteu uma carta à alta
representante de Política Externa e Segurança da União Europeia,
Catherine Ashton, na qual diz que "sua saúde física se debilitou
significativamente e sua vida está por um fio (...) Caso o Sr. Issawi
morra, a comunidade internacional será responsável por sua tolerância
com as ações horrendas que levaram a esta terrível situação", assinala a
carta.
Além disso, os termos de sua pena “lhe negavam o direito de se mover
alguns quilômetros de uma parte do país para outra. Chega até esse ponto
o absurdo e injustiça da obsessão de Israel em controlar vidas
palestinas”.
Em artigo publicado mês passado no Guardian,
Issawi escreveu que sua greve de fome foi “minha última pedra a atirar
contra os tiranos e cerceio frente à ocupação racista que humilha nosso
povo. (...) Se eu morrer, será uma vitória; se formos libertados, é uma
vitória, porque de qualquer modo eu recusei a me render à ocupação
israelense, sua tirania e arrogância”.
* Com informações de Efe, Jerusalem Post e the Guardian
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117576
Re: Milhares fazem greve de fome no Dia do Prisioneiro Palestino
Abu Ein explicou que o objetivo da greve de um dia é pressionar as
autoridades israelenses para que reconsiderem a detenção administrativa,
que permite aos tribunais militares israelenses nos territórios
ocupados prender pessoas sem apresentar acusações e com base em provas
secretas que nem o preso e nem seu advogado conhecem.
conduido o mundo deu aos judeus uma terra ja habitada e...eles conseguiram demonstrar que sao tao assassinos e barbaros como aS ss MATA MATA
aDOLFO hITLER DEVE REBOLAR-SE DE RISO NA CAMPA
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117576
Re: Milhares fazem greve de fome no Dia do Prisioneiro Palestino
.
Greve de fome'!
Pois! Quem corre por gosto... não cansa...
Greve de fome'!
Pois! Quem corre por gosto... não cansa...
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Milhares fazem greve de fome no Dia do Prisioneiro Palestino
o meu avozinho que ja la ta mais a vovo dizia-me
_ manguito nunca tenhas medo de um Ateu ou agnóstico
e eu ....???????
é que eles não teem nenhuma ligação ao Céu nem sequer sabem o e mail
_ manguito nunca tenhas medo de um Ateu ou agnóstico
e eu ....???????
é que eles não teem nenhuma ligação ao Céu nem sequer sabem o e mail
_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117576
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