Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Apesar de críticas, Tarso Genro assina convênio com empresa militar israelense

Ir para baixo

Apesar de críticas, Tarso Genro assina convênio com empresa militar israelense Empty Apesar de críticas, Tarso Genro assina convênio com empresa militar israelense

Mensagem por Vitor mango Ter Abr 30, 2013 1:55 am

Apesar de críticas, Tarso Genro assina convênio com empresa militar israelense



Implantação de polo aeroespacial no Rio Grande do Sul é justificativa para acordo polêmico






















À frente de uma delegação de autoridades regionais e empresários, o
governador gaúcho chegou ao Oriente Médio para uma inédita rodada de
negócios junto à Autoridade Palestina e a Israel. Trouxe na sua pasta,
ao desembarcar na capital israelense dia 26 de abril, alguns projetos de
impacto.

Mikhail Frunze/Opera Mundi
Apesar de críticas, Tarso Genro assina convênio com empresa militar israelense TarsoemisraelA
primeira etapa do périplo de Tarso Genro e convidados foi em Ramalah.
Assinou convênios para importar tecnologia palestina em cultivo de
oliveiras e agricultura familiar. Ofereceu, em contrapartida,
assistência para microcrédito, saúde da família e desenvolvimento de
projetos agroindustriais.

A atividade mais esperada de sua primeira agenda, contudo, foi a doação
de 11,5 mil toneladas de arroz para a Agência das Nações Unidas de
Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), compradas pelo governo
federal junto aos estoques reguladores pertencente ao Rio Grande do Sul e
que serão entregues ao longo dos próximos doze meses.

Mas foi o programa do outro lado da chamada Linha Verde que provocou
rebuliço entre palestinos e israelenses críticos ao governo de Tel Aviv.
Na tarde desta segunda-feira, dia 29 de abril, o chefe do Palácio
Piratini assinou protocolo com a Elbit, companhia militar de Israel,
para parceria no polo aeroespacial gaúcho. O empreendimento deverá ser a
segunda base nacional para lançamento de satélites.

Várias entidades (entre as quais, Stop the wall e Coalition of Women
for Peace) entregaram uma carta ao governador reclamando da iniciativa,
que também constrangeu lideranças da AP. A Elbit, afinal, é denunciada
por sua colaboração na construção do muro que segrega os territórios
palestinos, além de fornecer equipamentos de segurança para colônias
judaicas consideradas ilegais pelas Nações Unidas. Principal corporação
bélica israelense, há estimativas de que fature dois milhões de dólares
ao dia com os contratos que detêm nessas atividades.

A gravidade das denúncias contra essa companhia já provocou reação de
países europeus, incomodados com o desrespeito às resoluções
internacionais. O governo norueguês, por exemplo, obrigou seus fundos
públicos a venderem todas as ações da Elbit que tinham em carteira.
Processos semelhantes estão em curso na Alemanha e na Holanda. A
propósito, os três exemplos são de administrações controladas por
partidos de direita.

O governador Tarso Genro, em entrevista exclusiva a Opera Mundi,
momentos depois de colocar sua assinatura no criticado compromisso com a
empresa, refutou as restrições apresentadas. “Se isso é um problema,
não é do Rio Grande, mas do governo brasileiro”, afirmou. “A colaboração
na área de defesa é uma pauta nacional.”

A Elbit, segundo informou, já é sócia da Embraer em uma empresa de
capital misto, que está renovando tecnologia dos aviões Bandeirantes,
utilizados pela Força Aérea Brasileira. “Nosso estado tem o dever de
estabelecer relações com quaisquer empresas em função de seu projeto
regional de desenvolvimento”, justifica.

Tampouco hesita quando confrontado pelo registro de que a Elbit está
envolvida com iniciativas consideradas ilegais pela comunidade
internacional. “Os Estados Unidos também violaram resoluções da ONU, na
guerra do Iraque. Nem por isso as empresas norte-americanas envolvidas
nessa ação deixaram de ser parceiras”, defende-se. “Não é possível fazer
opções tecnológicas, nacionais ou regionais, com base nesse critério.”







Leia mais


  • Nova York vai recomeçar buscas por vítimas dos atentados de 2001
  • Novas descobertas no canal do Panamá mudam História da América
  • Ministro da Comunicação reclama de "vazio informativo" promovido por mídia privada na Venezuela
  • Offshore Leaks: Banco de Horacio Cartes é ligado a paraíso fiscal




Mas não haveria uma questão ética envolvida nessa polêmica? Não seria
uma contradição condenar a política expansionista de Israel e abrir
espaço para a maior corporação privada envolvida na ocupação ilegal dos
territórios palestinos? “A ética nas relações comerciais mundiais é
definida a partir do interesse nacional”, refuta Genro. “Se esse
raciocínio valesse, o Brasil não deveria se relacionar com qualquer
empresa ou banco do mundo capitalista, pois todas essas companhias estão
alinhadas aos interesses tanto econômicos quanto militares de seus
países.”

As reclamações talvez subam de tom nos próximos dias, inclusive dentro
do Brasil, onde a repercussão é polêmica. A combinação entre arroz e
Elbit parece ser indigesta entre os que discordam do estrangulamento da
autonomia palestina. Ainda mais por estar envolvido o patrono do Fórum
Social Mundial, considerado por muitos um tradicional defensor da causa
do povo de Arafat.

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Apesar de críticas, Tarso Genro assina convênio com empresa militar israelense Batmoon_e0
Vitor mango
Vitor mango

Pontos : 117523

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos