Hoje na História: 1882 - Formada a Tríplice Aliança na Europa
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Hoje na História: 1882 - Formada a Tríplice Aliança na Europa
Hoje na História: 1882 - Formada a Tríplice Aliança na Europa
Acordo entre Império Alemão, Austro-Húngaro e Reino da Itália e fatores de descontentamento catalisariam a I Guerra Mundial
Em 26 de maio de 1882 é firmada a Tríplice Aliança, acordo militar
entre o Império Alemão, o Império Austro-Húngaro e o Reino da Itália,
formando um grande bloco de países aliados no centro da Europa.
A Tríplice Aliança estabelecia que cada uma das nações garantia apoio
às demais no caso de algum ataque de duas ou mais potências sobre uma
das partes. O objetivo principal era construir uma barreira
político-militar que isolasse a França na Europa Ocidental.
O acordo entre a Alemanha e a Itália neste ponto era bem específico
afirmando que seu apoio não se estenderia a um ataque vindo do Reino
Unido.
A situação da Itália neste acordo era instável pois sua população era
desfavorável ao estabelecimento de um pacto com o Império
Austro-Húngaro, antigo inimigo do processo de unificação da Itália. Além
disso, os territórios da Ístria, do Trentino e da Dalmácia, sob
controle da Áustria, continham população italiana e não haviam sido
incorporados à Itália unificada.
O processo colonial da segunda metade do século 19 havia deixado
feridas abertas, nomeadamente na Itália e na Alemanha, descontentes com
as partilhas dos continentes africano e asiático.
Já a França, derrotada na Guerra Franco-Prussiana de 1871, foi obrigada
a ceder à Alemanha a região da Alsácia e Lorena, ricas em carvão e
minério de ferro, e a pagar uma pesada indenização aos alemães. O
revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperavam uma
oportunidade para retomar a rica região perdida.
Reprodução
Cartoon francês "Carte drôlatique d’Europe pour 1870" satirizava as disputas de poder na Europa naquele ano
O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciaram e aumentaram o
estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos
alemães em unificar, sob uma única bandeira, todos os países de origem
germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.
O chanceler Otto von Bismarck havia construído uma complexa rede de
tratados internacionais cujo elemento chave seria a Tríplice Aliança,
que ligava a Alemanha com seus vizinhos Áustria-Hungria e Itália. O
principal objetivo de Bismarck era a manutenção de um status quo, sob a
liderança de Berlim.
O delicado edifício diplomático de Bismarck veio abaixo com a nova
‘Weltpolitik’ impulsionada pelo kaiser Guilherme II. Essa nova postura
da Alemanha, ambiciosa e agressiva, desencadeou um processo de
competição antagônica e de desconfiança.
Reprodução
Kaiser Guilherme (ou Wilhelm, em alemão) II, que provoca efeitos na Europa diferentes do que Bismarck desejava
O primeiro resultado da política de Guilherme II era o que Bismarck
mais temia: o fim do isolamento da França. Em 1893 foi firmada a aliança
franco-russa, compromisso de ajuda militar em caso de guerra contra a
Alemanha.
Em 1905, a Rússia é surpreendentemente derrotada na guerra contra o
Japão. Esse fracasso fez com que a Rússia abandonasse suas pretensões no
Extremo Oriente e centrasse sua atenção nos Bálcãs, o que levou a um
inevitável choque com o Império Austro-húngaro.
Pressionadas pela crescente agressividade e ambição territorial da
Alemanha, a França e a Grã Bretanha puseram fim às suas diferenças
coloniais e assinaram a Entente Cordiale em 1904.
Por fim, depois de resolver seus problemas na Ásia Central – Pérsia e
Afeganistão – foi firmado em 1907 o acordo anglo-russo. Estavam fincadas
as bases da chamada Tríplice Entente entre França, Grã Bretanha e
Rússia.
Nos anos prévios à Primeira Guerra Mundial dois grandes blocos - que
acabaram se enfrentando - se haviam configurado: A Tríplice Entente e a
Tríplice Aliança.
Reprodução
(Cartaz russo de 1914 mostras as forças da Tríplice Entente: França, Rússia e Inglaterra, da esquerda para a direita)
A ascensão de potências extra-europeias, Estados Unidos e Japão,
significou a passagem de um concerto europeu a um concerto mundial de
potências. Duas guerras exemplificaram essa transformação: a guerra
hispano-americana de 1898 e a guerra russo-japonesa em 1905.
A revolução tecnológica propiciada pela Segunda Revolução Industrial
trouxe consigo uma mudança na correlação de forças entre as potências. A
cada vez mais poderosa Alemanha desafiava a longa hegemonia britânica.
Em 1896, é publicado em Londres o livro “Made in Germany” de Ernest
Williams que alertava quanto ao crescimento da economia germânica em
todos os campos.
A ‘Weltpolitik’ necessitava de uma armada poderosa. A crescente
indústria naval alemã significava um claro desafio à hegemonia naval
britânica. Londres respondeu em 1907 com a construção de um novo tipo de
encouraçado, o Dreadnought. A resposta germânica não se fez esperar. As
potências lançaram-se numa verdadeira corrida de armas navais.
O colonialismo exacerbou a disputa entre as potências industriais
europeias em busca de territórios e mercados. O imperialismo levou a que
os atritos entre as potências extrapolassem os marcos europeus e
tivessem lugar em qualquer rincão do mundo.
Reprodução
Cartoon de John MacCurtcheon, da Chicabo Tribune, intitulada "O Crime das Eras: quem fez?"
Estoura então a Grande Guerra travada entre as duas grandes alianças. A
Itália, tendo firmado a Tríplice Aliança, passa para o lado da Tríplice
Entente contra a Áustria-Hungria em maio de 1915 e contra a Alemanha em
agosto de 1916. A justificativa era de que a Tríplice Aliança era um
acordo de defesa e foi o Império Germânico o agressor.
Também nessa data:
1755 - Contrabandista que desafiou absolutismo francês é executado
1896 - Nicolau II da Rússia é coroado
1897 - É lançado "Drácula", de Bram Stoker
1908 - Congresso uruguaio suprime ensino religioso nas escolas
Acordo entre Império Alemão, Austro-Húngaro e Reino da Itália e fatores de descontentamento catalisariam a I Guerra Mundial
Em 26 de maio de 1882 é firmada a Tríplice Aliança, acordo militar
entre o Império Alemão, o Império Austro-Húngaro e o Reino da Itália,
formando um grande bloco de países aliados no centro da Europa.
A Tríplice Aliança estabelecia que cada uma das nações garantia apoio
às demais no caso de algum ataque de duas ou mais potências sobre uma
das partes. O objetivo principal era construir uma barreira
político-militar que isolasse a França na Europa Ocidental.
O acordo entre a Alemanha e a Itália neste ponto era bem específico
afirmando que seu apoio não se estenderia a um ataque vindo do Reino
Unido.
A situação da Itália neste acordo era instável pois sua população era
desfavorável ao estabelecimento de um pacto com o Império
Austro-Húngaro, antigo inimigo do processo de unificação da Itália. Além
disso, os territórios da Ístria, do Trentino e da Dalmácia, sob
controle da Áustria, continham população italiana e não haviam sido
incorporados à Itália unificada.
O processo colonial da segunda metade do século 19 havia deixado
feridas abertas, nomeadamente na Itália e na Alemanha, descontentes com
as partilhas dos continentes africano e asiático.
Já a França, derrotada na Guerra Franco-Prussiana de 1871, foi obrigada
a ceder à Alemanha a região da Alsácia e Lorena, ricas em carvão e
minério de ferro, e a pagar uma pesada indenização aos alemães. O
revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperavam uma
oportunidade para retomar a rica região perdida.
Reprodução
Cartoon francês "Carte drôlatique d’Europe pour 1870" satirizava as disputas de poder na Europa naquele ano
O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciaram e aumentaram o
estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos
alemães em unificar, sob uma única bandeira, todos os países de origem
germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.
O chanceler Otto von Bismarck havia construído uma complexa rede de
tratados internacionais cujo elemento chave seria a Tríplice Aliança,
que ligava a Alemanha com seus vizinhos Áustria-Hungria e Itália. O
principal objetivo de Bismarck era a manutenção de um status quo, sob a
liderança de Berlim.
O delicado edifício diplomático de Bismarck veio abaixo com a nova
‘Weltpolitik’ impulsionada pelo kaiser Guilherme II. Essa nova postura
da Alemanha, ambiciosa e agressiva, desencadeou um processo de
competição antagônica e de desconfiança.
Reprodução
Kaiser Guilherme (ou Wilhelm, em alemão) II, que provoca efeitos na Europa diferentes do que Bismarck desejava
O primeiro resultado da política de Guilherme II era o que Bismarck
mais temia: o fim do isolamento da França. Em 1893 foi firmada a aliança
franco-russa, compromisso de ajuda militar em caso de guerra contra a
Alemanha.
Em 1905, a Rússia é surpreendentemente derrotada na guerra contra o
Japão. Esse fracasso fez com que a Rússia abandonasse suas pretensões no
Extremo Oriente e centrasse sua atenção nos Bálcãs, o que levou a um
inevitável choque com o Império Austro-húngaro.
Pressionadas pela crescente agressividade e ambição territorial da
Alemanha, a França e a Grã Bretanha puseram fim às suas diferenças
coloniais e assinaram a Entente Cordiale em 1904.
Por fim, depois de resolver seus problemas na Ásia Central – Pérsia e
Afeganistão – foi firmado em 1907 o acordo anglo-russo. Estavam fincadas
as bases da chamada Tríplice Entente entre França, Grã Bretanha e
Rússia.
Nos anos prévios à Primeira Guerra Mundial dois grandes blocos - que
acabaram se enfrentando - se haviam configurado: A Tríplice Entente e a
Tríplice Aliança.
Reprodução
(Cartaz russo de 1914 mostras as forças da Tríplice Entente: França, Rússia e Inglaterra, da esquerda para a direita)
A ascensão de potências extra-europeias, Estados Unidos e Japão,
significou a passagem de um concerto europeu a um concerto mundial de
potências. Duas guerras exemplificaram essa transformação: a guerra
hispano-americana de 1898 e a guerra russo-japonesa em 1905.
A revolução tecnológica propiciada pela Segunda Revolução Industrial
trouxe consigo uma mudança na correlação de forças entre as potências. A
cada vez mais poderosa Alemanha desafiava a longa hegemonia britânica.
Em 1896, é publicado em Londres o livro “Made in Germany” de Ernest
Williams que alertava quanto ao crescimento da economia germânica em
todos os campos.
A ‘Weltpolitik’ necessitava de uma armada poderosa. A crescente
indústria naval alemã significava um claro desafio à hegemonia naval
britânica. Londres respondeu em 1907 com a construção de um novo tipo de
encouraçado, o Dreadnought. A resposta germânica não se fez esperar. As
potências lançaram-se numa verdadeira corrida de armas navais.
O colonialismo exacerbou a disputa entre as potências industriais
europeias em busca de territórios e mercados. O imperialismo levou a que
os atritos entre as potências extrapolassem os marcos europeus e
tivessem lugar em qualquer rincão do mundo.
Reprodução
Cartoon de John MacCurtcheon, da Chicabo Tribune, intitulada "O Crime das Eras: quem fez?"
Estoura então a Grande Guerra travada entre as duas grandes alianças. A
Itália, tendo firmado a Tríplice Aliança, passa para o lado da Tríplice
Entente contra a Áustria-Hungria em maio de 1915 e contra a Alemanha em
agosto de 1916. A justificativa era de que a Tríplice Aliança era um
acordo de defesa e foi o Império Germânico o agressor.
Também nessa data:
1755 - Contrabandista que desafiou absolutismo francês é executado
1896 - Nicolau II da Rússia é coroado
1897 - É lançado "Drácula", de Bram Stoker
1908 - Congresso uruguaio suprime ensino religioso nas escolas
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 117530
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