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Títulos académicos-Doutores e engenheiros voltam à AEP

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Mensagem por Socialista Trotskista Sex Out 31, 2008 6:02 am

Títulos académicos
Doutores e engenheiros voltam à AEP


Plano de rescisões avança. Mais de 20 convidados a sair do universo AEP. Barros muda imagem corporativa
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Em Setembro de 2004, uma directiva revolucionária da Associação Empresarial de Portugal (AEP) fazia furor no país. A direcção de Ludgero decretava, numa tentativa para mudar as mentalidades, a abolição dos títulos académicos no tratamento pessoal de todos os elementos do seu universo. Quatro anos depois, uma nota interna do seu sucessor repõe a legalidade. Os doutores e engenheiros estão de regresso.

Um engenheiro decretou, um outro engenheiro revogou. José António Barros já anulara a decisão de Ludgero de transferir a Exponor para o Europarque. No plano interno, avançara com um programa de rescisões voluntárias, produzira regulamentação sobre o uso de telemóveis e o registo de assiduidade e prepara a nova imagem corporativa, em que a expressão ‘universo AEP’ cederá lugar a outra menos pomposa. Mas a última comunicação tem uma carga simbólica especial. Reintroduz o uso de títulos académicos, com dois argumentos: a informalidade nunca fora praticada e “o normativo de 2004 não contribuíra para os objectivos que se propunha atingir”. Por isso, “o uso de títulos académicos deverá ter subjacente a aplicação casuística de regras de bom senso, salvaguardando-se sempre as formalidades instituídas no relacionamento com terceiros”.

Na altura, a medida igualitária suscitara uma vaga de elogios e até um jornal da Galiza se interessara pelo arejado acto do senhor Ludgero. Outras organizações prometeram imitar o gesto e abandonar as muletas académicas. Afinal, o importante é a função, não o grau académico. No caso da AEP, a informalidade era válida nos documentos escritos e nos contactos pessoais. Na oralidade a moda não terá pegado. Como advertia Einstein é mais fácil desintegrar o átomo do que um preconceito. Mas em todos os ofícios internos e documentos para o exterior a regra passou a ser respeitada. Os professores, doutores e engenheiros desapareceram de vez.

A ideia da abolição partira de um outro engenheiro, Couto dos Santos, braço-direito de Ludgero. Quando fora ministro, chegou a apresentar em Conselho de Ministros uma resolução para que as nomeações publicadas no ‘Diário da República’ perdessem os títulos académicos. O senhor Cavaco Silva avisou-o que a proposta lhe parecia demasiado arrojada, mas concordou que fosse apreciada. Seria rejeitada sem dó nem piedade. O episódio inspirou Ludgero, habituado ao pragmatismo americano, para quem o recurso aos graus académicos é uma perda de tempo. A abolição representava “um sinal de modernidade num país atávico”.

Mas, a mudança que mais preocupa o universo humano é a que se prende com a racionalização de recursos. A AEP avançou com um plano de rescisões voluntárias. Nuns casos, a proposta foi aceite, noutros os visados recusam indemnização de um ordenado por cada ano de casa. O recurso ao despedimento colectivo estará fora de questão. Desde o início do ano reduziu em 13 nomes (348 no fim de 2007) a sua folha salarial. A nora de Ludgero (Europarque) foi uma das que já saiu.

A.F.

http://aeiou.semanal.expresso.pt/2caderno/economia/artigo.asp?edition=1878&articleid=ES306649

Socialista Trotskista

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