Cessar-fogo humanitário começa em Gaza em meio à escalada de violência na Cisjordânia
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Cessar-fogo humanitário começa em Gaza em meio à escalada de violência na Cisjordânia
Cessar-fogo humanitário começa em Gaza em meio à escalada de violência na Cisjordânia
Redação | São Paulo - 26/07/2014 - 10h45
Pelo menos 12 palestinos foram mortos na Cisjordânia, segundo AFP; em Gaza, número de baixas passa de 1.030, diz Ministério da Saúde local
Atualizada às 13h25
Poucos minutos antes de Israel e Hamas darem início às 8h locais (2h de Brasília) de um cessar-fogo humanitário de 12 horas, pelo menos 12 civis morreram e outros 50 ficaram feridos durante um bombardeio israelense contra um edifício residencial ao sul da Faixa de Gaza.
Ainda nesta madrugada, a escalada de violência na Cisjordânia – território palestino situado à leste de Israel – resultou na morte de pelo menos 5 palestinos que protestavam contra o Exército de Tel Aviv e contra a atual operação “Margem Protetora”, em funcionamento desde 8 de julho.
Efe
Manifestantes da cidade de Nablus, na Cisjordânia, se revoltam com morte de dois adolescentes
Durante a trégua humanitária, serviços de emergência encontraram na manhã deste sábado (26/07) ao menos 130 corpos de homens, mulheres e crianças em escombros. Tais buscas elevaram o número de mortos para 1.030, aponta o Ministério da Saúde de Gaza, citada pela Efe.
Paralelamente, a Cisjordânia foi palco de diversas manifestações de repúdio às medidas tomadas pelo governo e pelo Exército israelense em Gaza. Segundo a Al Jazeera, milhares tomaram as ruas em cidades como Hebron e Belém. Em resposta, as Forças Armadas de Tel Aviv usaram gás lacrimogêneo e outros mecanismos para dispersar a multidão.
Efe
Habitantes de Gaza saem às ruas e se cumprimentam durante trégua humanitária: prédios destruídos e saldo de mortos se elevam
Declaração do Partido Comunista de Israel sobre os ataques contra Gaza
Federação israelita de SP publica animação para justificar ataque de Israel a Gaza
Com a escalada de violência nos protestos da Cisjordânia, dois jovens palestinos, de 16 e 18 anos, foram mortos em confrontos com o Exército israelense e com colonos judeus na madrugada deste sábado. À AFP, uma porta-voz militar israelense limitou-se a dizer que "alguns colonos se envolveram" em episódios de violência. Nos últimos dias, pelo menos 12 palestinos foram mortos na região, segundo uma contagem feita pela agência de notícias francesa.
Leia também: Artigo de Marco Aurélio Garcia: O que está em jogo na Faixa de Gaza
Após a aceitação de ambas as partes de um cessar-fogo de 12 horas em Gaza, a comunidade internacional busca agora convencer Hamas e Tel Aviv a aceitarem uma trégua humanitária de uma semana. "Todos nós pedimos que os envolvidos estendam o cessar-fogo militar que está atualmente em andamento", disse o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, à Reuters, após reunião que incluiu os ministros e secretários da Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Catar e Turquia.
Cessar-fogo humanitário
Apesar do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, ter aceitado a breve trégua, horas antes, o Conselho de Segurança israelense havia rejeitado a iniciativa de um cessar-fogo mais duradouro apresentado no Cairo pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, enviado ao Oriente Médio a pedido expresso do presidente Barack Obama.
Efe
Protestantes em Hebron, na Cisjordânia, colocam fogo em barricada perto da torre de segurança de guardas de Exército israelense
Há dois dias, o Hamas deu mostras de que aceitaria um cessar-fogo por razões humanitárias, apenas se suas duas principais reivindicações fossem atendidas: o fim do bloqueio econômico e do cerco militar que Israel impõe a Gaza e a reabertura da passagem de Rafah. Por sua vez, Netanyahu exige o desarmamento do Hamas – o que o líder do grupo, Khaled Meshaal, já refutou, enquanto o Estado de Israel também continuar armado.
Esta é a segunda trégua humanitária proposta pela ONU. Durante a primeira, que durou apenas seis horas, houve notícias de rompimento do cessar-fogo dos dois lados. Também é a segunda tentativa fracassada de um cessar-fogo duradouro. O primeiro, costurado pelo presidente egípcio, juntamente a Tel Aviv e a Mohammed Abbas, presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), que controla a Cisjordânia, foi aceito por Israel, mas rejeitado pelo Hamas, que se sentiu excluído do processo de negociação — motivo pelo qual apresentou, dias depois, uma proposta para uma trégua de dez anos.
Efe
Palestino recupera alguns de seus partences após visitar sua casa destruída em Gaza durante cessar-fogo de 12 horas
Redação | São Paulo - 26/07/2014 - 10h45
Pelo menos 12 palestinos foram mortos na Cisjordânia, segundo AFP; em Gaza, número de baixas passa de 1.030, diz Ministério da Saúde local
Atualizada às 13h25
Poucos minutos antes de Israel e Hamas darem início às 8h locais (2h de Brasília) de um cessar-fogo humanitário de 12 horas, pelo menos 12 civis morreram e outros 50 ficaram feridos durante um bombardeio israelense contra um edifício residencial ao sul da Faixa de Gaza.
Ainda nesta madrugada, a escalada de violência na Cisjordânia – território palestino situado à leste de Israel – resultou na morte de pelo menos 5 palestinos que protestavam contra o Exército de Tel Aviv e contra a atual operação “Margem Protetora”, em funcionamento desde 8 de julho.
Efe
Manifestantes da cidade de Nablus, na Cisjordânia, se revoltam com morte de dois adolescentes
Durante a trégua humanitária, serviços de emergência encontraram na manhã deste sábado (26/07) ao menos 130 corpos de homens, mulheres e crianças em escombros. Tais buscas elevaram o número de mortos para 1.030, aponta o Ministério da Saúde de Gaza, citada pela Efe.
Paralelamente, a Cisjordânia foi palco de diversas manifestações de repúdio às medidas tomadas pelo governo e pelo Exército israelense em Gaza. Segundo a Al Jazeera, milhares tomaram as ruas em cidades como Hebron e Belém. Em resposta, as Forças Armadas de Tel Aviv usaram gás lacrimogêneo e outros mecanismos para dispersar a multidão.
Efe
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Com a escalada de violência nos protestos da Cisjordânia, dois jovens palestinos, de 16 e 18 anos, foram mortos em confrontos com o Exército israelense e com colonos judeus na madrugada deste sábado. À AFP, uma porta-voz militar israelense limitou-se a dizer que "alguns colonos se envolveram" em episódios de violência. Nos últimos dias, pelo menos 12 palestinos foram mortos na região, segundo uma contagem feita pela agência de notícias francesa.
Leia também: Artigo de Marco Aurélio Garcia: O que está em jogo na Faixa de Gaza
Após a aceitação de ambas as partes de um cessar-fogo de 12 horas em Gaza, a comunidade internacional busca agora convencer Hamas e Tel Aviv a aceitarem uma trégua humanitária de uma semana. "Todos nós pedimos que os envolvidos estendam o cessar-fogo militar que está atualmente em andamento", disse o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, à Reuters, após reunião que incluiu os ministros e secretários da Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Catar e Turquia.
Cessar-fogo humanitário
Apesar do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, ter aceitado a breve trégua, horas antes, o Conselho de Segurança israelense havia rejeitado a iniciativa de um cessar-fogo mais duradouro apresentado no Cairo pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, enviado ao Oriente Médio a pedido expresso do presidente Barack Obama.
Efe
Protestantes em Hebron, na Cisjordânia, colocam fogo em barricada perto da torre de segurança de guardas de Exército israelense
Há dois dias, o Hamas deu mostras de que aceitaria um cessar-fogo por razões humanitárias, apenas se suas duas principais reivindicações fossem atendidas: o fim do bloqueio econômico e do cerco militar que Israel impõe a Gaza e a reabertura da passagem de Rafah. Por sua vez, Netanyahu exige o desarmamento do Hamas – o que o líder do grupo, Khaled Meshaal, já refutou, enquanto o Estado de Israel também continuar armado.
Esta é a segunda trégua humanitária proposta pela ONU. Durante a primeira, que durou apenas seis horas, houve notícias de rompimento do cessar-fogo dos dois lados. Também é a segunda tentativa fracassada de um cessar-fogo duradouro. O primeiro, costurado pelo presidente egípcio, juntamente a Tel Aviv e a Mohammed Abbas, presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), que controla a Cisjordânia, foi aceito por Israel, mas rejeitado pelo Hamas, que se sentiu excluído do processo de negociação — motivo pelo qual apresentou, dias depois, uma proposta para uma trégua de dez anos.
Efe
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