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Direita israelense e Hamas são cúmplices na destruição da paz

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Direita israelense e Hamas são cúmplices na destruição da paz Empty Direita israelense e Hamas são cúmplices na destruição da paz

Mensagem por Vitor mango Sáb Ago 02, 2014 1:37 am

Direita israelense e Hamas são cúmplices na destruição da paz
Guila Flint (*) | São Paulo - 01/08/2014 - 12h50
Conflito no Oriente Médio beneficia politicamente exatamente os responsáveis por sua continuidade



O que seria de Benjamin Netanyahu se não existisse o Hamas? Provavelmente nunca teria chegado ao cargo de primeiro ministro de Israel.

O que seria do Hamas sem Netanyahu e Ariel Sharon? Provavelmente seria um partido minoritário no Parlamento palestino e nunca teria conseguido tomar o controle da Faixa de Gaza.

O atual premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, foi eleito em 1996 para seu primeiro mandato, logo após uma série de atentados suicidas cometidos pelo Hamas em cidades israelenses.

Agência Efe
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Hoje líder isralense, Netanyahu teve sua trajetória facilitada pela sequência de conflitos na região


Antes dos atentados, era Shimon Peres, ex-líder trabalhista e ganhador do Prêmio Nobel da Paz (junto com Yasser Arafat e Itzhak Rabin), quem estava liderando todas as pesquisas.

O choque com os atentados, que mataram dezenas de civis israelenses, levou à perda de esperança de muitos eleitores no processo de paz que estava em andamento naquela época e à vitória de Netanyahu.

Sharon entregou Gaza ao Hamas

O Hamas, por sua vez, ganhou as eleições para o Parlamento palestino em 2006, depois que recebeu a Faixa de Gaza de presente do ex-premiê de Israel Ariel Sharon.

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Sharon decidiu realizar a retirada unilateral da Faixa de Gaza em 2005, deixando um vácuo de poder naquela região, que rapidamente foi ocupado pelo Hamas.

A retirada unilateral das forças israelenses ocorreu apesar das advertências do presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, do partido laico Fatah, que alertou sobre a possibilidade de fortalecimento do Hamas se Sharon não entregasse a Faixa de Gaza à AP.


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No momento de crise que estamos vivendo, em meio à ofensiva israelense que já deixou mais de 1.400 mortos e 7.000 feridos, além de 440 mil pessoas que foram obrigadas a abandonar suas casas na Faixa de Gaza, vale lembrar esses fatos, que muitos leitores, principalmente no exterior, desconhecem.

Pânico produz ódio

Em Israel a nova crise já deixou 59 mortos, entre eles 56 soldados e 3 civis.

Mais de mil foguetes, lançados a partir da Faixa de Gaza contra as cidades israelenses, vêm causando um clima de pânico no país, que por sua vez eleva o ódio da população contra os palestinos.

Agência Efe
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Apesar das mortes de palestinos, Hamas pode se beneficiar politicamente da ofensiva de Israel


É incalculável o dano que a ofensiva chamada “Margem Protetora” irá causar à perspectiva de paz entre israelenses e palestinos. Com o acréscimo de mais esse capítulo sangrento, em que traumas do presente se somam a inúmeros traumas do passado, as chances de algum tipo de reconciliação ficam cada vez mais distantes e os dois povos saem perdendo muito.

Frutos políticos

Quem sai ganhando? A direita israelense e o Hamas. Quando a linguagem da força prevalece, aqueles que apoiam mais violência saem fortalecidos.

Vale mencionar o debate dentro da própria sociedade palestina sobre a possibilidade de um cessar-fogo.

“A coisa mais importante agora é obter um cessar-fogo para parar o massacre”, afirmou Nabil Shaat, um dos líderes do Fatah e ex-ministro das Relações Exteriores da AP à TV Al Jazeera.

Em seguida o canal entrevistou o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum, que declarou que “a coisa mais importante agora é uma retaliação dolorosa por parte da resistência contra a ocupação sionista”.

O Hamas já se prepara para colher os frutos políticos do derramamento de sangue na Faixa de Gaza.

Do lado israelense, o atual chanceler, Avigdor Lieberman e o atual ministro da Indústria e Comercio, Naftali Bennet, ambos da extrema-direita, também se preparam para colher os frutos que certamente virão.

Quem sai perdendo? As forças moderadas dos dois lados que ainda desejam a paz e acreditam que, apesar de tudo, ela ainda é possível.

(*) Guila Flint cobre o Oriente Medio para a imprensa brasileira há 20 anos e é autora do livro 'Miragem de Paz', da editora Civilização Brasileira.

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