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SOS Racismo denuncia discriminação de cidadãos romenos pela CP em Marco de Canavezes

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Mensagem por Admin Qui Abr 23, 2009 1:09 pm

SOS Racismo denuncia discriminação de cidadãos romenos pela CP em Marco de Canavezes
23.04.2009 - 18h55 Helena Geraldes
O núcleo do Porto da associação SOS Racismo diz ter recebido ontem a denúncia de que cinco a seis indivíduos romenos, supostamente de etnia cigana, terão sido impedidos de viajar num comboio da CP-Comboios de Portugal que fazia o percurso Pocinho-Porto.

Segundo um comunicado da associação, o grupo entrou no comboio na estação de Marco de Canavezes por volta das 19h40, “transportando vários volumes”. Assim que entraram na carruagem o revisor “quis impedir a sua permanência no comboio”.

Como àquela hora as bilheteiras já estavam encerradas, o grupo ter-se-á disponibilizado para pagar o bilhete na carruagem. “O revisor nunca apresentou estas questões como impeditivas da sua presença no comboio mas sim a alegada falta de higiene do grupo de pessoas cujo cheiro incomodaria os restantes passageiros”, segundo o comunicado.

Na estação seguinte, Caldas Livração, o comboio ficou imobilizado, com o revisor a insistir na sua posição e alguns passageiros a manifestaram o seu descontentamento, considerando que a atitude do revisor teria um “teor claramente racista e xenófobo”. Outros passageiros apoiaram a posição do revisor, sentindo-se lesadas pela paragem do comboio.

Quando a GNR foi chamada ao local, os cidadãos estrangeiros voluntariamente abandonaram a composição e ficaram em terra.

A situação foi denunciada ontem à noite por duas das passageiras que seguiam na carruagem e que, "sem se conhecerem, decidiram unir esforços e vieram, ainda de bagagem na mão, à sede da SOS Racismo", contou Joana Alves dos Santos, do núcleo do Porto da SOS Racismo, ao PÚBLICO.

"Infelizmente ainda há muitas pessoas que presenciam situações semelhantes e encolhem os ombros. Mas também há muitas que não ficam indiferentes", comentou.

A SOS Racismo - Porto, que se prepara para comemorar um ano de actividade, diz-se “indignada” porque o revisor não quis resolver a situação com o grupo e critica a decisão do envolvimento da GNR, dado que “não se tratava de um caso de não cumprimento da lei”.

"Não há nada que justifique que coloquem pessoas na rua porque não cheiram bem", comentou hoje Joana Alves dos Santos. No entanto, disse, estas situações são "relativamente comuns". "Muitas das vezes está em causa a expulsão de pessoas que andam a pedir nos comboios mas este não foi o caso".

A associação enviou ontem à noite uma versão mais alargada à CP para pedir explicações. “Caso de confirme a situação (...), procederá a uma queixa junto das entidades competentes nomeadamente a Comissão para a igualdade e Contra a Discriminação Racial”.

Segundo Joana Alves dos Santos, "à medida que a associação está mais contactável as denúncias têm registado um crescimento exponencial", mais frequentemente a partir dos próprios visados ou de familiares que tentam ajudar. São casos de discriminação no acesso ao emprego, na subida de carreira, e ainda pedidos de ajuda para, por exemplo, a legalização dos cidadãos.

O PÚBLICO contactou a CP esta manhã, mas até agora a empresa não deu nenhuma resposta.
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