Não sejamos cépticos
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Não sejamos cépticos
Não sejamos cépticos
06/05/09 00:03 | Vítor da Conceição Gonçalves no DE
A revista “Forbes” publicou recentemente, notícias que podem deixar-nos menos insatisfeitos.
Na lista das "2000 maiores empresas globais" aparecem nove empresas portuguesas: EDP, Galp, PT, BCP, BPI, Sonae, Brisa, Cimpor e JM. O estudo identifica também as "130 Global High Performers".Entre as melhores do mundo encontramos duas empresas portuguesas: a EDP e a JM. O relatório identifica também os ‘best countries for business'. Portugal aparece posicionado no 19º lugar entre as 127 economias estudadas. Colocados em posições relativamente piores, estão países como a França (20º), o Luxemburgo (21º), a Áustria (27º), a Espanha (28º) e a Itália (31º). No conjunto, estes resultados não são maus para o nosso país. Referem-se ao ano de 2008, e muitos aspectos relativos à crise já foram considerados. O estudo tem limitações? Tem. Pode ser sujeito a críticas de natureza metodológica? Pode. Seria preferível que Portugal estivesse melhor posicionado? Claro que sim. E de preferência em primeiro lugar.
No entanto, temos melhorado em muitas áreas. Mas necessitamos continuar a fazer mais e melhor. Destaco quatro áreas que me parecem muito importantes: pôr o sistema de justiça a funcionar; investir mais em pesquisa e desenvolvimento; melhorar a escolarização da população activa e melhorar as competências em gestão nas organizações. Hoje, apenas comento a última. No ensino superior, temos muitas dezenas de licenciaturas na área da gestão. Algumas têm designações que são hilariantes. Há designações absolutamente desadequadas ao conteúdo. E uma parte significativa das licenciaturas não tem a qualidade mínima necessária. No início desta década houve comissões nacionais de avaliação que nos seus relatórios evidenciaram muitos problemas. Vários ministros da tutela passaram e nada decidiram ... Bem, o actual definiu um novo esquema para avaliação do ensino superior. Eu preferia que primeiro se resolvesse os "pequenos" problemas há muito identificados, e depois se passasse para as "grandes" soluções. Apesar dos problemas que temos em Portugal, a gestão entendida como uma prática de cariz técnico, tem suporte científico e há evidência que compensa as organizações que a utilizam adequadamente. No entanto, sucessivos relatórios nacionais e internacionais, têm concluído que, as competências em gestão nas organizações portuguesas deverão aumentar, para conseguirmos ter maior crescimento da economia, mais produtividade nas empresas e melhor qualidade nos serviços. A crise que estamos a viver, aguça ainda mais esta necessidade. Necessitamos que nas empresas e noutras organizações exista uma cultura que favoreça a utilização sistemática de técnicas e processos de gestão. Isto será possível, se, em primeiro lugar, a sua gestão de topo, for favorável. De acordo com um escritor famoso " um céptico é um homem que sabe o preço de tudo e o valor de nada".
E temos tantos cépticos em Portugal!
Não sejamos cépticos. O investimento na melhoria das competências de gestão das organizações proporciona-lhes maior valor acrescentado.
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Vítor da Conceição Gonçalves, Professor catedrático do ISEG Vice-reitor da UTL
06/05/09 00:03 | Vítor da Conceição Gonçalves no DE
A revista “Forbes” publicou recentemente, notícias que podem deixar-nos menos insatisfeitos.
Na lista das "2000 maiores empresas globais" aparecem nove empresas portuguesas: EDP, Galp, PT, BCP, BPI, Sonae, Brisa, Cimpor e JM. O estudo identifica também as "130 Global High Performers".Entre as melhores do mundo encontramos duas empresas portuguesas: a EDP e a JM. O relatório identifica também os ‘best countries for business'. Portugal aparece posicionado no 19º lugar entre as 127 economias estudadas. Colocados em posições relativamente piores, estão países como a França (20º), o Luxemburgo (21º), a Áustria (27º), a Espanha (28º) e a Itália (31º). No conjunto, estes resultados não são maus para o nosso país. Referem-se ao ano de 2008, e muitos aspectos relativos à crise já foram considerados. O estudo tem limitações? Tem. Pode ser sujeito a críticas de natureza metodológica? Pode. Seria preferível que Portugal estivesse melhor posicionado? Claro que sim. E de preferência em primeiro lugar.
No entanto, temos melhorado em muitas áreas. Mas necessitamos continuar a fazer mais e melhor. Destaco quatro áreas que me parecem muito importantes: pôr o sistema de justiça a funcionar; investir mais em pesquisa e desenvolvimento; melhorar a escolarização da população activa e melhorar as competências em gestão nas organizações. Hoje, apenas comento a última. No ensino superior, temos muitas dezenas de licenciaturas na área da gestão. Algumas têm designações que são hilariantes. Há designações absolutamente desadequadas ao conteúdo. E uma parte significativa das licenciaturas não tem a qualidade mínima necessária. No início desta década houve comissões nacionais de avaliação que nos seus relatórios evidenciaram muitos problemas. Vários ministros da tutela passaram e nada decidiram ... Bem, o actual definiu um novo esquema para avaliação do ensino superior. Eu preferia que primeiro se resolvesse os "pequenos" problemas há muito identificados, e depois se passasse para as "grandes" soluções. Apesar dos problemas que temos em Portugal, a gestão entendida como uma prática de cariz técnico, tem suporte científico e há evidência que compensa as organizações que a utilizam adequadamente. No entanto, sucessivos relatórios nacionais e internacionais, têm concluído que, as competências em gestão nas organizações portuguesas deverão aumentar, para conseguirmos ter maior crescimento da economia, mais produtividade nas empresas e melhor qualidade nos serviços. A crise que estamos a viver, aguça ainda mais esta necessidade. Necessitamos que nas empresas e noutras organizações exista uma cultura que favoreça a utilização sistemática de técnicas e processos de gestão. Isto será possível, se, em primeiro lugar, a sua gestão de topo, for favorável. De acordo com um escritor famoso " um céptico é um homem que sabe o preço de tudo e o valor de nada".
E temos tantos cépticos em Portugal!
Não sejamos cépticos. O investimento na melhoria das competências de gestão das organizações proporciona-lhes maior valor acrescentado.
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Vítor da Conceição Gonçalves, Professor catedrático do ISEG Vice-reitor da UTL
Viriato- Pontos : 16657
Re: Não sejamos cépticos
RONALDO ALMEIDA escreveu:PORTUGAL E UM PARAISO XUXA!!!!!!!!!!
Continuamos a não aprender nada.
Vagueante- Pontos : 1698
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