A prova de Ahmadinejad
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A prova de Ahmadinejad
A prova de Ahmadinejad
Eleições iranianas determinantes para a estabilidade de uma das regiões mais críticas do Mundo
PEDRO OLAVO SIMÕES
Que significam as eleições presidenciais do Irão, marcadas para amanhã? O ataque ao poder de Mahmud Ahmadinejad, condicionado pela elite eclesiástica, e um factor essencial para o equilíbrio do desequilibrado Médio Oriente.
Desde a surpreendente eleição, em 2005, do extremista Mahmud Ahmadinejad, o Ocidente - com ou sem o "eixo do mal" de Bush - olha apreensivamente para Teerão. No centro desse sentimento está o presidente e a sua atitude desafiadora, que serão amanhã postos à prova. O fim da campanha tem sido escaldante e já há quem diga que, se a afluência às urnas for maciça, poderá ser a primeira vez que um presidente da República Islâmica falha a reeleição. Porém, as demonstrações de popularidade de Ahmadinejad são avassaladoras.
Ontem, numa carta publicada em vários jornais, o antigo presidente Akbar Hashemi Rafsanjani pediu ao líder supremo, o ayatollah Ali Khamenei, para pôr freio a Ahmadinejad, que usou artifícios retóricos que não surpreendem para dizer que os adversários mentem quanto ao estado da economia: "Tais insultos e acusações ao Governo são um regresso aos métodos de Hitler: repetir exaustivamente mentiras e acusações, até que toda a gente acredite nelas".
Além do actual presidente, vão a votos três outros candidatos, criteriosamente seleccionados, de entre centenas, pelo Conselho dos Guardiães, grupo de clérigos encarregado de avaliar os méritos islâmicos e revolucionários dos detentores de cargos públicos. Desses três, dois são moderadores reformados, e um destes, Mir Hossein Mussavi, primeiro-ministro durante a guerra Irão-Iraque, tem conseguido uma boa base de apoio, apelando a mais liberdades, a pragmatismo económico e a um relacionamento mais amigável com o resto do Mundo. Arquitecto e pintor consagrado, surge nos comícios acompanhado pela esposa, Zahra Rahnavard, e promete impulsionar os direitos das mulheres. Daí que os seus comícios atraiam especialmente o eleitorado feminino.
O segredo da eleição iraniana está na forma como o eleitorado será, ou não, capaz de suplantar a indiferença. Há 46,2 milhões de eleitores registados, sendo que 10 a 12 milhões, por comodismo ou convicção, deverão manter a confiança em Ahmadinejad. Sobra muita gente, e parte da aposta do actual presidente tem sido centrada, justamente, no crescente alheamento entre a classe média urbana e a política. Se os adversários conseguirem contrariar isso, a mudança poderá ocorre
Eleições iranianas determinantes para a estabilidade de uma das regiões mais críticas do Mundo
PEDRO OLAVO SIMÕES
Que significam as eleições presidenciais do Irão, marcadas para amanhã? O ataque ao poder de Mahmud Ahmadinejad, condicionado pela elite eclesiástica, e um factor essencial para o equilíbrio do desequilibrado Médio Oriente.
Desde a surpreendente eleição, em 2005, do extremista Mahmud Ahmadinejad, o Ocidente - com ou sem o "eixo do mal" de Bush - olha apreensivamente para Teerão. No centro desse sentimento está o presidente e a sua atitude desafiadora, que serão amanhã postos à prova. O fim da campanha tem sido escaldante e já há quem diga que, se a afluência às urnas for maciça, poderá ser a primeira vez que um presidente da República Islâmica falha a reeleição. Porém, as demonstrações de popularidade de Ahmadinejad são avassaladoras.
Ontem, numa carta publicada em vários jornais, o antigo presidente Akbar Hashemi Rafsanjani pediu ao líder supremo, o ayatollah Ali Khamenei, para pôr freio a Ahmadinejad, que usou artifícios retóricos que não surpreendem para dizer que os adversários mentem quanto ao estado da economia: "Tais insultos e acusações ao Governo são um regresso aos métodos de Hitler: repetir exaustivamente mentiras e acusações, até que toda a gente acredite nelas".
Além do actual presidente, vão a votos três outros candidatos, criteriosamente seleccionados, de entre centenas, pelo Conselho dos Guardiães, grupo de clérigos encarregado de avaliar os méritos islâmicos e revolucionários dos detentores de cargos públicos. Desses três, dois são moderadores reformados, e um destes, Mir Hossein Mussavi, primeiro-ministro durante a guerra Irão-Iraque, tem conseguido uma boa base de apoio, apelando a mais liberdades, a pragmatismo económico e a um relacionamento mais amigável com o resto do Mundo. Arquitecto e pintor consagrado, surge nos comícios acompanhado pela esposa, Zahra Rahnavard, e promete impulsionar os direitos das mulheres. Daí que os seus comícios atraiam especialmente o eleitorado feminino.
O segredo da eleição iraniana está na forma como o eleitorado será, ou não, capaz de suplantar a indiferença. Há 46,2 milhões de eleitores registados, sendo que 10 a 12 milhões, por comodismo ou convicção, deverão manter a confiança em Ahmadinejad. Sobra muita gente, e parte da aposta do actual presidente tem sido centrada, justamente, no crescente alheamento entre a classe média urbana e a política. Se os adversários conseguirem contrariar isso, a mudança poderá ocorre
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