Socialistas próximos de José Sócrates lançam forte ataque a Cavaco Silva
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Socialistas próximos de José Sócrates lançam forte ataque a Cavaco Silva
Socialistas próximos de José Sócrates lançam forte ataque a Cavaco Silva
15.08.2009 - 09h07 Filomena Fontes
As notícias sobre uma eventual participação de assessores do Presidente da República na elaboração do programa do PSD ameaçam reacender o rastilho de discórdia entre o PS e Belém. "Se isso se confirmar, se Cavaco Silva autorizar, há uma clara interferência na campanha eleitoral", declarou ao PÚBLICO o deputado José Junqueiro, próximo de José Sócrates.
Na opinião de Junquireo, que ontem já Junqueiro tinha atacado, em declarações ao semanário Sol, uma alegada estratégia de Belém em concertação com a agenda do PSD de Manuela Ferreira Leite, "a Casa Civil do Presidente da República não pode ser parte" naquilo que é a estratégia dos sociais-democratas. Ao Sol o deputado insinuara mesmo que algumas notícias recentes, atribuídas a fontes da Presidência, mas não visaram do que "abafar a polémica das listas de deputados do PSD".
Também Vitalino Canas, membro da Comissão Política Nacional do PS e do núcleo duro do líder do PS, verbera as fugas de informação com origem na presidência e sobre as quais Cavaco Silva nada tem dito. "Poderia ter havido da parte do Presidente da República alguma referência que pusesse termo à especulação", disse Canas ao PÚBLICO.
Manifestando "desagrado", o ex-porta-voz socialista diz também que "este tipo de notícias não é habitual". "Não digo que fosse o Presidente da República, mas é de Belém que vêm as fugas de informação", continua, referindo-se ao caso da não-recondução de João Lobo Antunes no Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.
Para Junqueiro, tudo indica mesmo que terá havido uma vontade declarada "de criar um manto de nevoeiro" na sequência do mal-estar criado no PSD com a aprovação das listas de candidatos a deputados. "Há uma obrigação estrita do Presidente da República de vir dizer que nada tem a ver com isso", desafia o deputado socialista.
Sem pôr abertamente em causa a equidistância do PR em relação ao jogo partidário, também o deputado Vítor Baptista disse ontem que, ao ponto a que as coisas chegaram, se exigia uma tomada de posição por parte de Cavaco Silva. "Em política, as coisas são o que parecem", atira, censurando o recente desabafo do Presidente sobre os muitos diplomas que teve que teve de levar para análise em período de férias.
"A declaração do jipe não caiu bem. Encerra em si uma crítica política a um dos órgãos de soberania, já para não dizer ao Governo", disse Vítor Baptista ao PÚBLICO. O deputado considera que nem são precisos mais exemplos para se concluir que "há uma excessiva intervenção, que não é desejável nem saudável" em véspera de actos eleitorais e pede que Cavaco "se redobre em cuidados" para que a isenção não possa merecer qualquer tipo de dúvidas.
Vitalino Canas, contudo, acredita que, como instituição, a Presidência da República "tem já um lastro consolidado de equidistância e neutralidade em relação a campanhas e ao jogo político-partidário". "Seria negativo que fosse alterado com o actual Presidente", adverte, embora considere que Cavaco "está numa situação difícil" até pela circunstância de ser Manuela Ferreira Leite a presidir ao PSD. "Toda a gente compreende que, nesta fase eleitoral, a sua simpatia vai para outro lado", nota.
Também Vítor Ramalho, um soarista que apoia Sócrates, é de opinião que as notícias sobre o caso Lobo Antunes acabam por comprometer o Presidente, uma vez que, "como não desmentiu", deixou que terceiros se pronunciassem, "dando a sensação que cauciona aquilo que veio a público". Sobre a alegada estupefacção de Cavaco em relação à não recondução de Lobo Antunes, acha que isso não faz sentido. "Se o Presidente se sente escandalizado, é estranho. Estes lugares não são de nomeação presidencial". "Nem vitalícios", acrescenta
15.08.2009 - 09h07 Filomena Fontes
As notícias sobre uma eventual participação de assessores do Presidente da República na elaboração do programa do PSD ameaçam reacender o rastilho de discórdia entre o PS e Belém. "Se isso se confirmar, se Cavaco Silva autorizar, há uma clara interferência na campanha eleitoral", declarou ao PÚBLICO o deputado José Junqueiro, próximo de José Sócrates.
Na opinião de Junquireo, que ontem já Junqueiro tinha atacado, em declarações ao semanário Sol, uma alegada estratégia de Belém em concertação com a agenda do PSD de Manuela Ferreira Leite, "a Casa Civil do Presidente da República não pode ser parte" naquilo que é a estratégia dos sociais-democratas. Ao Sol o deputado insinuara mesmo que algumas notícias recentes, atribuídas a fontes da Presidência, mas não visaram do que "abafar a polémica das listas de deputados do PSD".
Também Vitalino Canas, membro da Comissão Política Nacional do PS e do núcleo duro do líder do PS, verbera as fugas de informação com origem na presidência e sobre as quais Cavaco Silva nada tem dito. "Poderia ter havido da parte do Presidente da República alguma referência que pusesse termo à especulação", disse Canas ao PÚBLICO.
Manifestando "desagrado", o ex-porta-voz socialista diz também que "este tipo de notícias não é habitual". "Não digo que fosse o Presidente da República, mas é de Belém que vêm as fugas de informação", continua, referindo-se ao caso da não-recondução de João Lobo Antunes no Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.
Para Junqueiro, tudo indica mesmo que terá havido uma vontade declarada "de criar um manto de nevoeiro" na sequência do mal-estar criado no PSD com a aprovação das listas de candidatos a deputados. "Há uma obrigação estrita do Presidente da República de vir dizer que nada tem a ver com isso", desafia o deputado socialista.
Sem pôr abertamente em causa a equidistância do PR em relação ao jogo partidário, também o deputado Vítor Baptista disse ontem que, ao ponto a que as coisas chegaram, se exigia uma tomada de posição por parte de Cavaco Silva. "Em política, as coisas são o que parecem", atira, censurando o recente desabafo do Presidente sobre os muitos diplomas que teve que teve de levar para análise em período de férias.
"A declaração do jipe não caiu bem. Encerra em si uma crítica política a um dos órgãos de soberania, já para não dizer ao Governo", disse Vítor Baptista ao PÚBLICO. O deputado considera que nem são precisos mais exemplos para se concluir que "há uma excessiva intervenção, que não é desejável nem saudável" em véspera de actos eleitorais e pede que Cavaco "se redobre em cuidados" para que a isenção não possa merecer qualquer tipo de dúvidas.
Vitalino Canas, contudo, acredita que, como instituição, a Presidência da República "tem já um lastro consolidado de equidistância e neutralidade em relação a campanhas e ao jogo político-partidário". "Seria negativo que fosse alterado com o actual Presidente", adverte, embora considere que Cavaco "está numa situação difícil" até pela circunstância de ser Manuela Ferreira Leite a presidir ao PSD. "Toda a gente compreende que, nesta fase eleitoral, a sua simpatia vai para outro lado", nota.
Também Vítor Ramalho, um soarista que apoia Sócrates, é de opinião que as notícias sobre o caso Lobo Antunes acabam por comprometer o Presidente, uma vez que, "como não desmentiu", deixou que terceiros se pronunciassem, "dando a sensação que cauciona aquilo que veio a público". Sobre a alegada estupefacção de Cavaco em relação à não recondução de Lobo Antunes, acha que isso não faz sentido. "Se o Presidente se sente escandalizado, é estranho. Estes lugares não são de nomeação presidencial". "Nem vitalícios", acrescenta
Vitor mango- Pontos : 118271
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Socialistas próximos de José Sócrates lançam forte ataque a Cavaco Silva
Estamos a viver tempos difíceis. O actual presidente da república nunca deixou de pensar como primeiro ministro sendo de notar que durante a sua campanha eleitoral sempre se apresentou como alguém que pretendia obrigar o governo a mudar de rumo, isto é, que pretendia que o governo fosse um fantoche nas suas mãos. Já nessa altura eu escrevi que Cavaco Silva estava a dizer que ia fazer aquilo que não podia, se fosse eleito, em virtude de ele não ser o chefe do governo.
Durante algum tempo pareceu remeter-se à sua função presidencial mas nos últimos tempos, não deixou de fazer remoques às Leis que publicava com as quais por uma ou outra razão não concordava, lançando na opinião pública a ideia de que estava contrariado ao publicá-las.
Com o estatuto dos Açores as coisas atingiram níveis tais que quase só faltou dissolver a AR, quando poderia ter resolvido o problema duma forma simples invocando o parecer do Tribunal Constitucional como acabou por acontecer posteriormente a pedido do PSD.
No caso do negócio da PT com a TVI, seguiu atrás da sua amiga de partido Ferreira Leite, tornando praticamente impossível um negócio que poderia ter criado uma multinacional de grande peso e não dizendo nada quando a ONGOING se posicionou para comprar a TVI, levando para os seus quadros José Eduardo Moniz que, era suposto, continuar na TVI se a PT a tivesse adquirido.
As peripécias do BPN e do seu amigo Dias Loureiro nunca ficaram completamente esclarecidas, porque Dias Loureiro era um homem de confiança a toda a prova.
Vem agora falar sobre João Lobo Antunes, outro conselheiro seu. Mais valia estar calado, tanto mais que a presidência não mete aqui palha nem estopa.
Já chega de azedar a política.
Durante algum tempo pareceu remeter-se à sua função presidencial mas nos últimos tempos, não deixou de fazer remoques às Leis que publicava com as quais por uma ou outra razão não concordava, lançando na opinião pública a ideia de que estava contrariado ao publicá-las.
Com o estatuto dos Açores as coisas atingiram níveis tais que quase só faltou dissolver a AR, quando poderia ter resolvido o problema duma forma simples invocando o parecer do Tribunal Constitucional como acabou por acontecer posteriormente a pedido do PSD.
No caso do negócio da PT com a TVI, seguiu atrás da sua amiga de partido Ferreira Leite, tornando praticamente impossível um negócio que poderia ter criado uma multinacional de grande peso e não dizendo nada quando a ONGOING se posicionou para comprar a TVI, levando para os seus quadros José Eduardo Moniz que, era suposto, continuar na TVI se a PT a tivesse adquirido.
As peripécias do BPN e do seu amigo Dias Loureiro nunca ficaram completamente esclarecidas, porque Dias Loureiro era um homem de confiança a toda a prova.
Vem agora falar sobre João Lobo Antunes, outro conselheiro seu. Mais valia estar calado, tanto mais que a presidência não mete aqui palha nem estopa.
Já chega de azedar a política.
Vagueante- Pontos : 1698
Re: Socialistas próximos de José Sócrates lançam forte ataque a Cavaco Silva
Este E O preco QUE O Presidente paga, POR SER ingenuo!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: Socialistas próximos de José Sócrates lançam forte ataque a Cavaco Silva
RONALDO ALMEIDA escreveu:Este E O preco QUE O Presidente paga, POR SER ingenuo!
Ingénuo????????????????
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Socialistas próximos de José Sócrates lançam forte ataque a Cavaco Silva
[quote="João Ruiz"]
Ingénuo????????????????
[/quote
COM SOCIALISTA, tem que se ter MAO FORTE! E olho por olho. Nao se podem fazer acordos verbais. Nao se pode dar nada MOLE!
RONALDO ALMEIDA escreveu:Este E O preco QUE O Presidente paga, POR SER ingenuo!
Ingénuo????????????????
[/quote
COM SOCIALISTA, tem que se ter MAO FORTE! E olho por olho. Nao se podem fazer acordos verbais. Nao se pode dar nada MOLE!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
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