Pessoas pobres, lugares pobres, saúde pobre. Territórios amplificadores do risco na Área Metropolitana de Lisboa
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Pessoas pobres, lugares pobres, saúde pobre. Territórios amplificadores do risco na Área Metropolitana de Lisboa
Pessoas pobres, lugares pobres, saúde pobre. Territórios amplificadores do risco na Área Metropolitana de Lisboa
Resumo
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_estudos&ESTUDOSest_boui=72955723&ESTUDOSmodo=2
2009
Autor: Helena Nogueira
Resumo
Este estudo promove uma abordagem dinâmica e inclusiva das determinantes da saúde na Área Metropolitana de Lisboa, integrando determinantes de níveis distintos (individuais e contextuais), que actuam por diferentes mecanismos (directos e indirectos).
Para além da identificação dos principais factores de risco para a saúde, previamente divulgados num número anterior desta revista, revelamse agora as áreas de maior risco. Os resultados mostram que é possível identificar iniquidades nas condições de vida quotidianas, que possuem um impacte negativo na saúde, e que estão, muitas vezes, subjacentes à privação socioeconómica.
Mas mostram também que os espaços do quotidiano podem emergir como territórios de risco para a saúde, amplificando o efeito debilitador de alguns atributos individuais. Conclui-se que é possível identificar as determinantes sociais da saúde e o modo como estas se agrupam formando territórios de vulnerabilidade e risco para a saúde.
Conclui-se ainda que a melhoria dos níveis de saúde é possível através de políticas integrativas, intersectorias e estratégicas, direccionadas não apenas aos indivíduos mas também aos seus espaços de vida: reduzir a pobreza individual, reduzir a privação dos lugares; reduzir as iniquidades no acesso e na utilização dos recursos, promover a coesão territorial e social; transformar territórios de risco em territórios promotores de saúde.
Para além da identificação dos principais factores de risco para a saúde, previamente divulgados num número anterior desta revista, revelamse agora as áreas de maior risco. Os resultados mostram que é possível identificar iniquidades nas condições de vida quotidianas, que possuem um impacte negativo na saúde, e que estão, muitas vezes, subjacentes à privação socioeconómica.
Mas mostram também que os espaços do quotidiano podem emergir como territórios de risco para a saúde, amplificando o efeito debilitador de alguns atributos individuais. Conclui-se que é possível identificar as determinantes sociais da saúde e o modo como estas se agrupam formando territórios de vulnerabilidade e risco para a saúde.
Conclui-se ainda que a melhoria dos níveis de saúde é possível através de políticas integrativas, intersectorias e estratégicas, direccionadas não apenas aos indivíduos mas também aos seus espaços de vida: reduzir a pobreza individual, reduzir a privação dos lugares; reduzir as iniquidades no acesso e na utilização dos recursos, promover a coesão territorial e social; transformar territórios de risco em territórios promotores de saúde.
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_estudos&ESTUDOSest_boui=72955723&ESTUDOSmodo=2
Última edição por BUFFA em Sex Set 04, 2009 10:41 am, editado 1 vez(es)
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Pessoas pobres, lugares pobres, saúde pobre. Territórios amplificadores do risco na Área Metropolitana de Lisboa
Em PDF, o estudo realizado por Helena Nogueira:
http://www.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=72955946&att_display=n&att_download=y
http://www.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=72955946&att_display=n&att_download=y
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Re: Pessoas pobres, lugares pobres, saúde pobre. Territórios amplificadores do risco na Área Metropolitana de Lisboa
Mafra, Montijo e Palmela perigosos para a saúde
04 Agosto 2009
DN
04 Agosto 2009
Os concelhos de Mafra, Montijo e Palmela têm um elevado número de freguesias que representam um risco máximo para a saúde. Falta-lhes serviços de saúde e infra-estruturas desportivoa e culturais, os equipamentos escolares estão degradados e as acessibilidades são más, segundo um estudo sobre pobreza e saúde, publicado ontem na revista de Estudos Demográficos do Instituto Nacional de Estatística (INE).
São más notícias para os residentes naqueles concelhos, mas Helena Nogueira, a autora do estudo, fez uma análise ao nível da freguesia, o que significa que nem todos os munícipes têm razões de queixa. E nem todos os que têm casa nos concelhos de baixo risco podem considerar que têm as condições ideais, embora a maioria tenha mais hipóteses de ter uma vida saudável. É o caso de quem reside no concelhos do Seixal, Odivelas, Cascais, Sesimbra e Oeiras, que têm maioritariamente freguesias consideradas de risco mínimo ou moderado.
Com o título "Pessoas pobres, lugares pobres, saúde pobre", a geógrafa analisou as condições de vida na Área Metropolitana de Lisboa. A partir de várias fontes de informação e com base em 18 indicadores - ambiente, emprego, educação, desporto, transportes, lazer, apoios, segurança, entre outros - identificou as freguesias menos e mais saudáveis. E parte de uma primeira evidência, que é: "pessoas pobres têm mais probabilidade de residir em áreas de privação e a interacção entre pobreza individual e privação da área resulta numa saúde mais pobre, em comportamentos menos saudáveis e num aumento das desigualdades de saúde".
O concelho de Mafra é o que tem um maior número de freguesias com risco máximo para a saúde (35,5%), seguindo-se o Montijo (25%) e Palmela (20%). Também no centro de Lisboa (15,1%) e no de Almada (9,1%) existem situações que a autora considera perigosas, mas os maiores problemas encontram-se na periferia.
"À medida que o referido espaço urbano saudável dá lugar ao centro ou às periferias, a capacidade de promover e proporcionar saúde vai diminuindo, aumentando em contrapartida o número e a gravidade das situações de maior risco", diz Helena Nogueira. E dá os exemplos dos concelhos de Azambuja e Alcochete, que não apresentam situações gritantes, "mas o risco, moderado ou elevado, surge na maioria ou até na totalidade da área concelhia". Também em Azambuja, Vila Franca de Xira e Alcochete encontramos localidades mais vulneráveis.
São os espaços urbanos intermédios, localizados entre as áreas de maiores e menores centralidades, aqueles que revelam maiores fragilidades, já que são pouco qualificados e funcionam como "corredores". Os resultados "sugerem que este espaço pode funcionar não como «corredor», no sentido de passagem e esvaziamento, mas como «galeria», possibilitando acumulação e concentração de vantagens", sublinha a geógrafa.
São más notícias para os residentes naqueles concelhos, mas Helena Nogueira, a autora do estudo, fez uma análise ao nível da freguesia, o que significa que nem todos os munícipes têm razões de queixa. E nem todos os que têm casa nos concelhos de baixo risco podem considerar que têm as condições ideais, embora a maioria tenha mais hipóteses de ter uma vida saudável. É o caso de quem reside no concelhos do Seixal, Odivelas, Cascais, Sesimbra e Oeiras, que têm maioritariamente freguesias consideradas de risco mínimo ou moderado.
Com o título "Pessoas pobres, lugares pobres, saúde pobre", a geógrafa analisou as condições de vida na Área Metropolitana de Lisboa. A partir de várias fontes de informação e com base em 18 indicadores - ambiente, emprego, educação, desporto, transportes, lazer, apoios, segurança, entre outros - identificou as freguesias menos e mais saudáveis. E parte de uma primeira evidência, que é: "pessoas pobres têm mais probabilidade de residir em áreas de privação e a interacção entre pobreza individual e privação da área resulta numa saúde mais pobre, em comportamentos menos saudáveis e num aumento das desigualdades de saúde".
O concelho de Mafra é o que tem um maior número de freguesias com risco máximo para a saúde (35,5%), seguindo-se o Montijo (25%) e Palmela (20%). Também no centro de Lisboa (15,1%) e no de Almada (9,1%) existem situações que a autora considera perigosas, mas os maiores problemas encontram-se na periferia.
"À medida que o referido espaço urbano saudável dá lugar ao centro ou às periferias, a capacidade de promover e proporcionar saúde vai diminuindo, aumentando em contrapartida o número e a gravidade das situações de maior risco", diz Helena Nogueira. E dá os exemplos dos concelhos de Azambuja e Alcochete, que não apresentam situações gritantes, "mas o risco, moderado ou elevado, surge na maioria ou até na totalidade da área concelhia". Também em Azambuja, Vila Franca de Xira e Alcochete encontramos localidades mais vulneráveis.
São os espaços urbanos intermédios, localizados entre as áreas de maiores e menores centralidades, aqueles que revelam maiores fragilidades, já que são pouco qualificados e funcionam como "corredores". Os resultados "sugerem que este espaço pode funcionar não como «corredor», no sentido de passagem e esvaziamento, mas como «galeria», possibilitando acumulação e concentração de vantagens", sublinha a geógrafa.
DN
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
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