Obama considera que oposição à reforma da saúde não é racista
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Obama considera que oposição à reforma da saúde não é racista
Obama considera que oposição à reforma da saúde não é racista
Presidente protagoniza hoje ofensiva mediática em defesa da sua política para o sector, dando entrevistas a cinco cadeias de TV.
Barack Obama admite que muitos contestam a sua figura devido à cor da pele e à sua origem afro- -americana, mas defende que o argumento racial não é o aspecto decisivo na oposição de vários sectores da sociedade ao seu projecto de reforma do sistema de saúde.
O inquilino da Casa Branca contraria assim a tese do antigo presidente Jimmy Carter que, na passada semana, defendeu que boa parte da contestação ao plano de saúde defendido pela presente Administração assentava em argumentos racistas. As palavras de Obama foram divulgadas ontem e constituem extractos de entrevistas a cinco das principais cadeias televisivas americanas a serem transmitidas hoje de manhã.
Para Obama, a pedra de toque da contestação ao seu plano é de carácter político. "As coisas que foram ditas a propósito [do antigo presidente] Franklin D. Roosevelt são muito parecidas com aquilo que está a ser dito sobre as minhas política - que ele era um socialista, que ele era um comunista", disse Obama.
As críticas que lhe são dirigidas, insistiu o Presidente, resultam de "um antigo debate que percorre a história deste país e que assume um carácter mais virulento em épocas de transição ou quando o Presidente em exercício procura concretizar mudanças importantes".
O Presidente tentou desmontar as principais críticas dirigidas ao plano de saúde, desde a necessidade de aumentar impostos ao fantasma de maior intervenção estatal. Sobre o primeiro ponto, Obama assegurou que não subirá o escalão de impostos daqueles que ganham menos de 250 mil dólares por ano (170 mil euros). Quanto ao segundo ponto, recordou que, além das críticas a Roosevelt, o próprio Ronald Reagan foi criticado pela expansão do papel do Estado na sociedade americana. A importância de uma corrente "antigoverno", admitiu o Presidente, "sempre existiu" nos EUA e sempre mostrou grande desconfiança "sobre o envolvimento estatal na economia do país".
Obama irá surgir na ABC, NBC, CBS, CNN e na principal cadeia hispânica, a Univision, numa demonstração clara da importância que atribui à aprovação do seu plano de saúde. Este investimento mediático estava ontem a ser analisado como um risco para Obama, que "pode começar a cansar as pessoas" - dizia um analista republicano.
A única estação de maior audiência que fica de fora é a FoxNews por Obama não a considerar mais do que "instrumento de ataque" às suas políticas. A Fox está associada às posições dos republicanos e a grande maioria dos seus comentadores integra ou está próxima deste partido.
Um estudo da Universidade de Towson divulgado ontem mostrava que, até agora, Obama concedeu 124 entrevistas escritas, televisivas e radiofónicas, ou seja, três vezes mais do que George W. Bush no mesmo período de tempo.
Além da política da saúde, o Presidente falará sobre a situação no Afeganistão e o modo como as autoridades de saúde americanas estão a enfrentar a gripe A.
DN
Presidente protagoniza hoje ofensiva mediática em defesa da sua política para o sector, dando entrevistas a cinco cadeias de TV.
Barack Obama admite que muitos contestam a sua figura devido à cor da pele e à sua origem afro- -americana, mas defende que o argumento racial não é o aspecto decisivo na oposição de vários sectores da sociedade ao seu projecto de reforma do sistema de saúde.
O inquilino da Casa Branca contraria assim a tese do antigo presidente Jimmy Carter que, na passada semana, defendeu que boa parte da contestação ao plano de saúde defendido pela presente Administração assentava em argumentos racistas. As palavras de Obama foram divulgadas ontem e constituem extractos de entrevistas a cinco das principais cadeias televisivas americanas a serem transmitidas hoje de manhã.
Para Obama, a pedra de toque da contestação ao seu plano é de carácter político. "As coisas que foram ditas a propósito [do antigo presidente] Franklin D. Roosevelt são muito parecidas com aquilo que está a ser dito sobre as minhas política - que ele era um socialista, que ele era um comunista", disse Obama.
As críticas que lhe são dirigidas, insistiu o Presidente, resultam de "um antigo debate que percorre a história deste país e que assume um carácter mais virulento em épocas de transição ou quando o Presidente em exercício procura concretizar mudanças importantes".
O Presidente tentou desmontar as principais críticas dirigidas ao plano de saúde, desde a necessidade de aumentar impostos ao fantasma de maior intervenção estatal. Sobre o primeiro ponto, Obama assegurou que não subirá o escalão de impostos daqueles que ganham menos de 250 mil dólares por ano (170 mil euros). Quanto ao segundo ponto, recordou que, além das críticas a Roosevelt, o próprio Ronald Reagan foi criticado pela expansão do papel do Estado na sociedade americana. A importância de uma corrente "antigoverno", admitiu o Presidente, "sempre existiu" nos EUA e sempre mostrou grande desconfiança "sobre o envolvimento estatal na economia do país".
Obama irá surgir na ABC, NBC, CBS, CNN e na principal cadeia hispânica, a Univision, numa demonstração clara da importância que atribui à aprovação do seu plano de saúde. Este investimento mediático estava ontem a ser analisado como um risco para Obama, que "pode começar a cansar as pessoas" - dizia um analista republicano.
A única estação de maior audiência que fica de fora é a FoxNews por Obama não a considerar mais do que "instrumento de ataque" às suas políticas. A Fox está associada às posições dos republicanos e a grande maioria dos seus comentadores integra ou está próxima deste partido.
Um estudo da Universidade de Towson divulgado ontem mostrava que, até agora, Obama concedeu 124 entrevistas escritas, televisivas e radiofónicas, ou seja, três vezes mais do que George W. Bush no mesmo período de tempo.
Além da política da saúde, o Presidente falará sobre a situação no Afeganistão e o modo como as autoridades de saúde americanas estão a enfrentar a gripe A.
DN
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