Eleições na Alemanha, uma questão de parceiros
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Eleições na Alemanha, uma questão de parceiros
Eleições na Alemanha, uma questão de parceiros
por PATRÍCIA VIEGAS
Hoje
Mais de 62 milhões de eleitores alemães vão hoje às urnas para decidir a cor do Governo que se instalará em Berlim nos próximos quatro anos. As sondagens apontam para uma vitória da chanceler, a democrata-cristã Angela Merkel. A maior incógnita é saber quem será o seu parceiro de coligação - ou novamente os sociais-democratas liderados pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Frank Steinmeier, ou os liberais, que desde 1998 estão afastados do Executivo
Angela Merkel vai manter-se como líder da Alemanha, a confirmar-se no resultado das eleições de hoje a vitória que as sondagens há muito anunciam para os democratas-cristãos. A única incógnita que ainda pode existir é a de saber quem serão os seus parceiros de coligação: os liberais ou, novamente, os sociais-democratas.
O desejo da chanceler é que o seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU), consiga uma maioria juntamente com os liberais do Partido Liberal Democrata (FDP), depois de há quatro anos ter sido obrigada a coligar-se com o Partido Social--Democrata (SPD). A reedição desta fórmula é o maior objectivo do rival de Merkel - o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, pois sabe que sociais-democratas e Verdes, seus ex-aliados, estão longe de uma maioria.
O espírito da grande coligação de bloco central povoou, aliás, toda a campanha eleitoral. Ao ponto de alguns politólogos alemães ousarem atribuir-lhe as culpas pelo número extraordinariamente elevado de eleitores indecisos a muito poucos dias da realização das legislativas. O eleitorado alemão, dizem, quase deixou de conseguir distinguir entre CDU e SPD, partidos que ao longo de quatro anos foram forjando compromissos e aprovando centenas de leis - entre as quais as que permitiram a ratificação final pelo país do Tratado de Lisboa.
O debate televisivo entre Merkel e Steinmeier - o único, aliás, que aceitaram fazer - foi de tal forma aborrecido que alguns jornais chamaram-lhe "dueto em vez de duelo". O chefe da diplomacia, vice-chanceler e candidato social-democrata ainda ensaiou algumas tentativas de distanciamento, frisando que o seu partido defende o salário mínimo, o encerramento das centrais nucleares e a retirada das forças militares alemãs do Afeganistão. A chanceler e candidata dos democratas-cristãos tentou depois disso desvendar alguns aspectos da vida privada em entrevistas, falando do segundo marido ou da juventude passada na ex-Alemanha de Leste. Isto foi lido como uma tentativa de transformar em trunfo uma elevada popularidade individual que sobreviveu até à crise financeira. O alvo seriam os milhões de eleitores ainda indecisos.
Os únicos episódios que agitaram a campanha foram protagonizados por actores externos ou por partidos que nem sequer têm a hipótese de ultrapassar a barreira dos cinco pontos percentuais, a qual permite a entrada na câmara baixa do Parlamento alemão, o Bundestag. O terrorista Bekkay Harrach,, alemão de origem marroquina, nascido em Bona, ameaçou que iria haver atentados terroristas na Alemanha, a seguir às eleições, caso as tropas não saiam do Afeganistão. O Partido Nacional-Democrata (NPD) enviou ordens de deportação falsas a políticos de origem estrangeira, tendo isso obrigado a polícia a fazer buscas nos seus escritórios. Mas esta não foi a única ousadia cometida pelos neonazis que, na fronteira com a Polónia, pôs cartazes a apelar ao fim do que diz ser uma invasão dos polacos.
DN
por PATRÍCIA VIEGAS
Hoje
Mais de 62 milhões de eleitores alemães vão hoje às urnas para decidir a cor do Governo que se instalará em Berlim nos próximos quatro anos. As sondagens apontam para uma vitória da chanceler, a democrata-cristã Angela Merkel. A maior incógnita é saber quem será o seu parceiro de coligação - ou novamente os sociais-democratas liderados pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Frank Steinmeier, ou os liberais, que desde 1998 estão afastados do Executivo
Angela Merkel vai manter-se como líder da Alemanha, a confirmar-se no resultado das eleições de hoje a vitória que as sondagens há muito anunciam para os democratas-cristãos. A única incógnita que ainda pode existir é a de saber quem serão os seus parceiros de coligação: os liberais ou, novamente, os sociais-democratas.
O desejo da chanceler é que o seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU), consiga uma maioria juntamente com os liberais do Partido Liberal Democrata (FDP), depois de há quatro anos ter sido obrigada a coligar-se com o Partido Social--Democrata (SPD). A reedição desta fórmula é o maior objectivo do rival de Merkel - o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, pois sabe que sociais-democratas e Verdes, seus ex-aliados, estão longe de uma maioria.
O espírito da grande coligação de bloco central povoou, aliás, toda a campanha eleitoral. Ao ponto de alguns politólogos alemães ousarem atribuir-lhe as culpas pelo número extraordinariamente elevado de eleitores indecisos a muito poucos dias da realização das legislativas. O eleitorado alemão, dizem, quase deixou de conseguir distinguir entre CDU e SPD, partidos que ao longo de quatro anos foram forjando compromissos e aprovando centenas de leis - entre as quais as que permitiram a ratificação final pelo país do Tratado de Lisboa.
O debate televisivo entre Merkel e Steinmeier - o único, aliás, que aceitaram fazer - foi de tal forma aborrecido que alguns jornais chamaram-lhe "dueto em vez de duelo". O chefe da diplomacia, vice-chanceler e candidato social-democrata ainda ensaiou algumas tentativas de distanciamento, frisando que o seu partido defende o salário mínimo, o encerramento das centrais nucleares e a retirada das forças militares alemãs do Afeganistão. A chanceler e candidata dos democratas-cristãos tentou depois disso desvendar alguns aspectos da vida privada em entrevistas, falando do segundo marido ou da juventude passada na ex-Alemanha de Leste. Isto foi lido como uma tentativa de transformar em trunfo uma elevada popularidade individual que sobreviveu até à crise financeira. O alvo seriam os milhões de eleitores ainda indecisos.
Os únicos episódios que agitaram a campanha foram protagonizados por actores externos ou por partidos que nem sequer têm a hipótese de ultrapassar a barreira dos cinco pontos percentuais, a qual permite a entrada na câmara baixa do Parlamento alemão, o Bundestag. O terrorista Bekkay Harrach,, alemão de origem marroquina, nascido em Bona, ameaçou que iria haver atentados terroristas na Alemanha, a seguir às eleições, caso as tropas não saiam do Afeganistão. O Partido Nacional-Democrata (NPD) enviou ordens de deportação falsas a políticos de origem estrangeira, tendo isso obrigado a polícia a fazer buscas nos seus escritórios. Mas esta não foi a única ousadia cometida pelos neonazis que, na fronteira com a Polónia, pôs cartazes a apelar ao fim do que diz ser uma invasão dos polacos.
DN
Joao Ruiz- Pontos : 32035
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