O último herói brasileiro
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O último herói brasileiro
O último herói brasileiro
por SUSANA SALVADOR
Hoje
O Governo do Brasil acaba de inscrever o nome deste guerreiro guaraní, morto em 1756, no Livro dos Heróis da Pátria. É o primeiro indígena a figurar na lista onde há apenas outros dez nomes
Uma flecha portuguesa e um disparo espanhol foram, segundo reza a lenda, os responsáveis pela morte de Sepé Tiaraju, a 7 de Fevereiro de 1756. O líder dos guaranis de São Miguel das Missões, que lutou contra os colonizadores, tornou-se esta semana no último herói brasileiro. O primeiro de origem indígena a figurar no Livro dos Heróis da Pátria, que tem só mais dez nomes.
"Esse reconhecimento tem um grande significado porque Sepé sempre foi ignorado pelos brasileiros e pela História, porque representa a resistência dos índios à ocupação das suas terras, uma luta ainda hoje vigente", disse à EFE Jackson António Lopes, coordenador do Conselho Missionário Indígena.
Tiaraju nasceu num dos povoados jesuítas dos Sete Povos das Missões - São Miguel, património da Humanidade da UNESCO desde 1983 - , sendo baptizado com o nome cristão de José. Ficou contudo mais conhecido por Sepé devido às suas características de guerreiro, combatente e estrategista, acabando a liderar a chamada Guerra Guaranítica.
Portugal e Espanha tinham assinado o Tratado de Madrid em 1750, segundo o qual os portugueses entregariam a chamada Colónia de Sacramento (no actual Uruguai) aos espanhóis, em troca do território ocupado pelas Sete Missões de São Miguel (que hoje se encontra no estado do Rio Grande do Sul).
Nessa região, viviam milhares de índios guaranis (30 mil, segundo as estimativas) que tinham sido evangelizados pelos jesuítas e que foram obrigados a abandonar as suas terras, que ocupavam há 150 anos. Além do território, os portugueses estavam interessados no gigantesco rebanho de gado, o maior das Américas, que era mantido pelos índios.
Contudo, estes não cederam sem antes dar luta. Sepé Tiaraju acabou por não resistir ao ataque conjunto das tropas portuguesas e espanholas. Três dias depois da sua morte, 1500 índios foram dizimados na Batalha de Caiboaté e os restantes expulsos das suas terras. Mas o nome de Sepé não foi esquecido, sendo o guerreiro visto por muitos como um santo - diz-se que durante a batalha a sua imagem surgia por todo o lado a incentivar os outros guaranis. 250 anos após a sua morte foi reconhecido como herói do Rio Grande do Sul e agora de todo o Brasil.
DN
por SUSANA SALVADOR
Hoje
O Governo do Brasil acaba de inscrever o nome deste guerreiro guaraní, morto em 1756, no Livro dos Heróis da Pátria. É o primeiro indígena a figurar na lista onde há apenas outros dez nomes
Uma flecha portuguesa e um disparo espanhol foram, segundo reza a lenda, os responsáveis pela morte de Sepé Tiaraju, a 7 de Fevereiro de 1756. O líder dos guaranis de São Miguel das Missões, que lutou contra os colonizadores, tornou-se esta semana no último herói brasileiro. O primeiro de origem indígena a figurar no Livro dos Heróis da Pátria, que tem só mais dez nomes.
"Esse reconhecimento tem um grande significado porque Sepé sempre foi ignorado pelos brasileiros e pela História, porque representa a resistência dos índios à ocupação das suas terras, uma luta ainda hoje vigente", disse à EFE Jackson António Lopes, coordenador do Conselho Missionário Indígena.
Tiaraju nasceu num dos povoados jesuítas dos Sete Povos das Missões - São Miguel, património da Humanidade da UNESCO desde 1983 - , sendo baptizado com o nome cristão de José. Ficou contudo mais conhecido por Sepé devido às suas características de guerreiro, combatente e estrategista, acabando a liderar a chamada Guerra Guaranítica.
Portugal e Espanha tinham assinado o Tratado de Madrid em 1750, segundo o qual os portugueses entregariam a chamada Colónia de Sacramento (no actual Uruguai) aos espanhóis, em troca do território ocupado pelas Sete Missões de São Miguel (que hoje se encontra no estado do Rio Grande do Sul).
Nessa região, viviam milhares de índios guaranis (30 mil, segundo as estimativas) que tinham sido evangelizados pelos jesuítas e que foram obrigados a abandonar as suas terras, que ocupavam há 150 anos. Além do território, os portugueses estavam interessados no gigantesco rebanho de gado, o maior das Américas, que era mantido pelos índios.
Contudo, estes não cederam sem antes dar luta. Sepé Tiaraju acabou por não resistir ao ataque conjunto das tropas portuguesas e espanholas. Três dias depois da sua morte, 1500 índios foram dizimados na Batalha de Caiboaté e os restantes expulsos das suas terras. Mas o nome de Sepé não foi esquecido, sendo o guerreiro visto por muitos como um santo - diz-se que durante a batalha a sua imagem surgia por todo o lado a incentivar os outros guaranis. 250 anos após a sua morte foi reconhecido como herói do Rio Grande do Sul e agora de todo o Brasil.
DN
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