Declaração do Presidente da República
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Vitor mango
ricardonunes
BUFFA General Aladeen
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Declaração do Presidente da República
Declaração do Presidente da República
Presidência da República, 29 de Setembro de 2009
1. Durante a campanha eleitoral foram produzidas dezenas de declarações e notícias sobre escutas, ligando-as ao nome do Presidente da República e, no entanto, não existe em nenhuma declaração ou escrito do Presidente qualquer referência a escutas ou a algo com significado semelhante.
Desafio qualquer um a verificar o que acabo de dizer.
E tudo isto sendo sabido que a Presidência da República é um órgão unipessoal e que só o Presidente da República fala em nome dele ou então os seus chefes da Casa Civil ou da Casa Militar.
2. Porquê toda aquela manipulação?
Transmito-vos, a título excepcional, porque as circunstâncias o exigem, a minha interpretação dos factos.
Outros poderão pensar de forma diferente. Mas os portugueses têm o direito de saber o que pensou e continua a pensar o Presidente da República.
Durante o mês de Agosto, na minha casa no Algarve, quando dedicava boa parte do meu tempo à análise dos diplomas que tinha levado comigo para efeitos de promulgação, fui surpreendido com declarações de destacadas personalidades do partido do Governo exigindo ao Presidente da República que interrompesse as férias e viesse falar sobre a participação de membros da sua casa civil na elaboração do programa do PSD (o que, de acordo com a informação que me foi prestada, era mentira).
E não tenho conhecimento de que no tempo dos presidentes que me antecederam no cargo, os membros das respectivas casas civis tenham sido limitados na sua liberdade cívica, incluindo contactos com os partidos a que pertenciam.
Considerei graves aquelas declarações, um tipo de ultimato dirigido ao Presidente da República.
3. A leitura pessoal que fiz dessas declarações foi a seguinte (normalmente não revelo a leitura pessoal que faço de declarações de políticos, mas, nas presentes circunstâncias, sou forçado a abrir uma excepção).
Pretendia-se, quanto a mim, alcançar dois objectivos com aquelas declarações:
Primeiro: Puxar o Presidente para a luta político-partidária, encostando-o ao PSD, apesar de todos saberem que eu, pela minha maneira de ser, sou particularmente rigoroso na isenção em relação a todas as forças partidárias.
Segundo: Desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos.
Foi esta a minha leitura e, nesse sentido, produzi uma declaração durante uma visita à aldeia de Querença, no concelho de Loulé, no dia 28 de Agosto.
4. Muito do que depois foi dito ou escrito envolvendo o meu nome interpretei-o como visando consolidar aqueles dois objectivos.
Incluindo as interrogações que qualquer cidadão pode fazer sobre como é que aqueles políticos sabiam dos passos dados por membros da Casa Civil da Presidência da República.
Incluindo mesmo as interrogações atribuídas a um membro da minha Casa Civil, de que não tive conhecimento prévio e que tenho algumas dúvidas quanto aos termos exactos em que possam ter sido produzidas.
Mas onde está o crime de alguém, a título pessoal, se interrogar sobre a razão das declarações políticas de outrem?
Repito, para mim, pessoalmente, tudo não passava de tentativas de consolidar os dois objectivos já referidos: colar o Presidente ao PSD e desviar as atenções.
5. E a mesma leitura fiz da publicação num jornal diário de um e-mail, velho de 17 meses, trocado entre jornalistas de um outro diário, sobre um assessor do gabinete do Primeiro-Ministro que esteve presente durante a visita que efectuei à Madeira, em Abril de 2008.
Desconhecia totalmente a existência e o conteúdo do referido e-mail e, pessoalmente, tenho sérias dúvidas quanto à veracidade das afirmações nele contidas.
Não conheço o assessor do Primeiro-Ministro nele referido, não sei com quem falou, não sei o que viu ou ouviu durante a minha visita à Madeira e se disso fez ou não relatos a alguém.
Sobre mim próprio teria pouco a relatar que não fosse de todos conhecido. E por isso não atribuí qualquer importância à sua presença quando soube que tinha acompanhado a minha visita à Madeira.
6. A primeira interrogação que fiz a mim próprio quando tive conhecimento da publicação do e-mail foi a seguinte: “porque é que é publicado agora, a uma semana do acto eleitoral, quando já passaram 17 meses”?
Liguei imediatamente a publicação do e-mail aos objectivos visados pelas declarações produzidas em meados de Agosto.
E, pessoalmente, confesso que não consigo ver bem onde está o crime de um cidadão, mesmo que seja membro do staff da casa civil do Presidente, ter sentimentos de desconfiança ou de outra natureza em relação a atitudes de outras pessoas.
7. Mas o e-mail publicado deixava a dúvida na opinião pública sobre se teria sido violada uma regra básica que vigora na Presidência da República: ninguém está autorizado a falar em nome do Presidente da República, a não ser os seus chefes da Casa Civil e da Casa Militar. E embora me tenha sido garantido que tal não aconteceu, eu não podia deixar que a dúvida permanecesse.
Foi por isso, e só por isso, que procedi a alterações na minha Casa Civil.
8. A segunda interrogação que a publicação do referido e-mail me suscitou foi a seguinte: “será possível alguém do exterior entrar no meu computador e conhecer os meus e-mails? Estará a informação confidencial contida nos computadores da Presidência da República suficientemente protegida?”
Foi para esclarecer esta questão que hoje ouvi várias entidades com responsabilidades na área da segurança. Fiquei a saber que existem vulnerabilidades e pedi que se estudasse a forma de as reduzir.
9. Um Presidente da República tem, às vezes, que enfrentar problemas bem difíceis, assistir a graves manipulações, mas tem que ser capaz de resistir, em nome do que considera ser o superior interesse nacional. Mesmo que isso lhe possa causar custos pessoais. Para mim Portugal está primeiro.
O Presidente da República não cede a pressões nem se deixa condicionar, seja por quem for.
Foi por isso que entendi dever manter-me em silêncio durante a campanha eleitoral.
Agora, passada a disputa eleitoral, e porque considero que foram ultrapassados os limites do tolerável e da decência, espero que os portugueses compreendam que fui forçado a fazer algo que não costumo fazer: partilhar convosco, em público, a interpretação que fiz sobre um assunto que inundou a comunicação social durante vários dias sem que alguma vez a ele eu me tenha referido, directa ou indirectamente.
E sabendo todos que a Presidência da República é um órgão unipessoal e que, sobre as suas posições, só o Presidente se pronuncia.
Uma última palavra quero dirigir aos portugueses: podem estar certos de que, por maiores que sejam as dificuldades, estarei aqui para defender os superiores interesses de Portugal.
Desafio qualquer um a verificar o que acabo de dizer.
E tudo isto sendo sabido que a Presidência da República é um órgão unipessoal e que só o Presidente da República fala em nome dele ou então os seus chefes da Casa Civil ou da Casa Militar.
2. Porquê toda aquela manipulação?
Transmito-vos, a título excepcional, porque as circunstâncias o exigem, a minha interpretação dos factos.
Outros poderão pensar de forma diferente. Mas os portugueses têm o direito de saber o que pensou e continua a pensar o Presidente da República.
Durante o mês de Agosto, na minha casa no Algarve, quando dedicava boa parte do meu tempo à análise dos diplomas que tinha levado comigo para efeitos de promulgação, fui surpreendido com declarações de destacadas personalidades do partido do Governo exigindo ao Presidente da República que interrompesse as férias e viesse falar sobre a participação de membros da sua casa civil na elaboração do programa do PSD (o que, de acordo com a informação que me foi prestada, era mentira).
E não tenho conhecimento de que no tempo dos presidentes que me antecederam no cargo, os membros das respectivas casas civis tenham sido limitados na sua liberdade cívica, incluindo contactos com os partidos a que pertenciam.
Considerei graves aquelas declarações, um tipo de ultimato dirigido ao Presidente da República.
3. A leitura pessoal que fiz dessas declarações foi a seguinte (normalmente não revelo a leitura pessoal que faço de declarações de políticos, mas, nas presentes circunstâncias, sou forçado a abrir uma excepção).
Pretendia-se, quanto a mim, alcançar dois objectivos com aquelas declarações:
Primeiro: Puxar o Presidente para a luta político-partidária, encostando-o ao PSD, apesar de todos saberem que eu, pela minha maneira de ser, sou particularmente rigoroso na isenção em relação a todas as forças partidárias.
Segundo: Desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos.
Foi esta a minha leitura e, nesse sentido, produzi uma declaração durante uma visita à aldeia de Querença, no concelho de Loulé, no dia 28 de Agosto.
4. Muito do que depois foi dito ou escrito envolvendo o meu nome interpretei-o como visando consolidar aqueles dois objectivos.
Incluindo as interrogações que qualquer cidadão pode fazer sobre como é que aqueles políticos sabiam dos passos dados por membros da Casa Civil da Presidência da República.
Incluindo mesmo as interrogações atribuídas a um membro da minha Casa Civil, de que não tive conhecimento prévio e que tenho algumas dúvidas quanto aos termos exactos em que possam ter sido produzidas.
Mas onde está o crime de alguém, a título pessoal, se interrogar sobre a razão das declarações políticas de outrem?
Repito, para mim, pessoalmente, tudo não passava de tentativas de consolidar os dois objectivos já referidos: colar o Presidente ao PSD e desviar as atenções.
5. E a mesma leitura fiz da publicação num jornal diário de um e-mail, velho de 17 meses, trocado entre jornalistas de um outro diário, sobre um assessor do gabinete do Primeiro-Ministro que esteve presente durante a visita que efectuei à Madeira, em Abril de 2008.
Desconhecia totalmente a existência e o conteúdo do referido e-mail e, pessoalmente, tenho sérias dúvidas quanto à veracidade das afirmações nele contidas.
Não conheço o assessor do Primeiro-Ministro nele referido, não sei com quem falou, não sei o que viu ou ouviu durante a minha visita à Madeira e se disso fez ou não relatos a alguém.
Sobre mim próprio teria pouco a relatar que não fosse de todos conhecido. E por isso não atribuí qualquer importância à sua presença quando soube que tinha acompanhado a minha visita à Madeira.
6. A primeira interrogação que fiz a mim próprio quando tive conhecimento da publicação do e-mail foi a seguinte: “porque é que é publicado agora, a uma semana do acto eleitoral, quando já passaram 17 meses”?
Liguei imediatamente a publicação do e-mail aos objectivos visados pelas declarações produzidas em meados de Agosto.
E, pessoalmente, confesso que não consigo ver bem onde está o crime de um cidadão, mesmo que seja membro do staff da casa civil do Presidente, ter sentimentos de desconfiança ou de outra natureza em relação a atitudes de outras pessoas.
7. Mas o e-mail publicado deixava a dúvida na opinião pública sobre se teria sido violada uma regra básica que vigora na Presidência da República: ninguém está autorizado a falar em nome do Presidente da República, a não ser os seus chefes da Casa Civil e da Casa Militar. E embora me tenha sido garantido que tal não aconteceu, eu não podia deixar que a dúvida permanecesse.
Foi por isso, e só por isso, que procedi a alterações na minha Casa Civil.
8. A segunda interrogação que a publicação do referido e-mail me suscitou foi a seguinte: “será possível alguém do exterior entrar no meu computador e conhecer os meus e-mails? Estará a informação confidencial contida nos computadores da Presidência da República suficientemente protegida?”
Foi para esclarecer esta questão que hoje ouvi várias entidades com responsabilidades na área da segurança. Fiquei a saber que existem vulnerabilidades e pedi que se estudasse a forma de as reduzir.
9. Um Presidente da República tem, às vezes, que enfrentar problemas bem difíceis, assistir a graves manipulações, mas tem que ser capaz de resistir, em nome do que considera ser o superior interesse nacional. Mesmo que isso lhe possa causar custos pessoais. Para mim Portugal está primeiro.
O Presidente da República não cede a pressões nem se deixa condicionar, seja por quem for.
Foi por isso que entendi dever manter-me em silêncio durante a campanha eleitoral.
Agora, passada a disputa eleitoral, e porque considero que foram ultrapassados os limites do tolerável e da decência, espero que os portugueses compreendam que fui forçado a fazer algo que não costumo fazer: partilhar convosco, em público, a interpretação que fiz sobre um assunto que inundou a comunicação social durante vários dias sem que alguma vez a ele eu me tenha referido, directa ou indirectamente.
E sabendo todos que a Presidência da República é um órgão unipessoal e que, sobre as suas posições, só o Presidente se pronuncia.
Uma última palavra quero dirigir aos portugueses: podem estar certos de que, por maiores que sejam as dificuldades, estarei aqui para defender os superiores interesses de Portugal.
Aníbal Cavaco Silva
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Declaração do Presidente da República
29 de Setembro de 2009, 20:21
Lisboa, 29 Set (Lusa) - O Presidente da República, Cavaco Silva, acusou hoje "destacados personalidades do partido do Governo" de manipulação e de tentarem colar o presidente ao PSD com o objectivo de desviar as atenções, mas garantiu que não se deixa condicionar nem cede a pressões.
SMA/RBF.
Lusa/fim
Lisboa, 29 Set (Lusa) - O Presidente da República, Cavaco Silva, acusou hoje "destacados personalidades do partido do Governo" de manipulação e de tentarem colar o presidente ao PSD com o objectivo de desviar as atenções, mas garantiu que não se deixa condicionar nem cede a pressões.
SMA/RBF.
Lusa/fim
ricardonunes- Pontos : 3302
Re: Declaração do Presidente da República
isto é um caso para os detectives de avental ......
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Cavaco endoidou
Cavaco endoidou
Corre á boca pequena que CS se encontra doente. Nunca valorizei isso mas hoje começo a crer que sim. Acusar o Publico e José Manuel Fernandes de serem parceiros estratégicos do PS é de quem delira. Porque as bocas mandadas por Junqueiro e Vitalino pura e simplesmente foram retiradas do site oficial do PSD. E pouca ou nenhuma importância tiveram nesse caso. A importância foi dada pelo Público, quando evocando fontes de Belém (e o seu director confirmou há 15 dias na TV), haviam as ditas escutas. E que foram de imediato aproveitadas por Manuela Ferreira Leite e Paulo Portas como tópico de campanha. Cavaco inverteu tudo. Eu, para doentes com asfixia mental, só tenho comiseração. Perder tempo com isso não tenciono fazer. Talvez um ou outro copy que possam ser mais explicativos.
Corre á boca pequena que CS se encontra doente. Nunca valorizei isso mas hoje começo a crer que sim. Acusar o Publico e José Manuel Fernandes de serem parceiros estratégicos do PS é de quem delira. Porque as bocas mandadas por Junqueiro e Vitalino pura e simplesmente foram retiradas do site oficial do PSD. E pouca ou nenhuma importância tiveram nesse caso. A importância foi dada pelo Público, quando evocando fontes de Belém (e o seu director confirmou há 15 dias na TV), haviam as ditas escutas. E que foram de imediato aproveitadas por Manuela Ferreira Leite e Paulo Portas como tópico de campanha. Cavaco inverteu tudo. Eu, para doentes com asfixia mental, só tenho comiseração. Perder tempo com isso não tenciono fazer. Talvez um ou outro copy que possam ser mais explicativos.
Viriato- Pontos : 16657
Re: Declaração do Presidente da República
E agora, Cavaco?
Suceda o que suceder até ao termo do seu mandato Cavaco Silva ficará na história da democracia portuguesa como o pior dos Presidentes da República, pela primeira vez se ouviu falar em renúncia e muito provavelmente será o primeiro Presidente da República a não se recandidatar ao um segundo mandato.
Pela primeira vez um Presidente da Republico interferiu num processo eleitoral, isto depois de os seus assessores terem sido acusados de se terem envolvido desde as eleições directas que escolheram a ainda líder do PSD até à elaboração do mini programa eleitoral do PSD, uma forma desastrada de Ferreira Leite aderir ao SIMPLEX.
Nunca se ouviu falar tanto de assessores, nunca se ouviu falar com tanta frequência de “fontes anónimas de Belém”, nunca as comunicações oficiais de um Presidente ou a substituição de assessores chegaram aos jornais através de fontes anónimas. Cavaco confundiu a Presidência da República com um gabinete pessoal e em vez de servir o cargo tem-se servido dele para gerir a democracia em função dos seus objectivos políticos pessoais.
É o grande respeito que os portugueses têm pela Presidência da República que justifica que Cavaco Silva não tenha explicado de forma cabal o seu negócio de acções da SLN. A desculpa de que se realizou antes de se candidatar ao cargo não é suficiente, o diploma de Sócrates é bem mais antigo e houve investigações por parte do Ministério Público.
É nossa obrigação preservar a dignidade da instituição Presidência da República e, se for necessário, ajudar Cavaco a terminar o mandato com dignidade, não tanto pela sua mas sim pela do cargo para que foi eleito. Mas isso não signifique que como político esteja dispensado de esclarecer as dúvidas que os seus negócios familiares ou sobre as actividades políticas dos seus assessores.
Cavaco disse que ia fazer perguntas porque as questões de segurança são importantes. Talvez tenha razão, mas foram os portugueses que o elegeram e não lhe cabe apenas fazer perguntas, também deve responder às perguntas dos concidadãos que os elegeram.
Cavaco deve dizer aos portugueses s é ou não verdade que ganhou muito dinheiro com um lote de acções cujo preço de compra e de venda foi fixado por Oliveira e Costa, foram da bolsa. Seria interessante saber se os preços fixados para as acções correspondiam ao valor da SLN ou se foi fixado de forma a proporcionar lucros acima do razoável. Seria igualmente interessante saber quem comprou as acções ao preço que foram vendidas. Cavaco deve esclarecer se ele ou algum dos seus familiares teve mais negócios ou relações profissionais com a SLN ou o BPN.
Depois de tudo o que se passou seria interessante saber tudo sobre as actividades dos seus assessores que tenham ultrapassado os limites do que se espera de um assessor do Presidente, tendo em conta os limites constitucionais à actividade do Presidente da República. Fernando Lima foi o único assessor envolvido em actividades conspirativas ou outros assessores, para além de se envolverem nas actividades do PSD, usaram o seu cargo para prejudicar o Governo da República?
O Jumento
Suceda o que suceder até ao termo do seu mandato Cavaco Silva ficará na história da democracia portuguesa como o pior dos Presidentes da República, pela primeira vez se ouviu falar em renúncia e muito provavelmente será o primeiro Presidente da República a não se recandidatar ao um segundo mandato.
Pela primeira vez um Presidente da Republico interferiu num processo eleitoral, isto depois de os seus assessores terem sido acusados de se terem envolvido desde as eleições directas que escolheram a ainda líder do PSD até à elaboração do mini programa eleitoral do PSD, uma forma desastrada de Ferreira Leite aderir ao SIMPLEX.
Nunca se ouviu falar tanto de assessores, nunca se ouviu falar com tanta frequência de “fontes anónimas de Belém”, nunca as comunicações oficiais de um Presidente ou a substituição de assessores chegaram aos jornais através de fontes anónimas. Cavaco confundiu a Presidência da República com um gabinete pessoal e em vez de servir o cargo tem-se servido dele para gerir a democracia em função dos seus objectivos políticos pessoais.
É o grande respeito que os portugueses têm pela Presidência da República que justifica que Cavaco Silva não tenha explicado de forma cabal o seu negócio de acções da SLN. A desculpa de que se realizou antes de se candidatar ao cargo não é suficiente, o diploma de Sócrates é bem mais antigo e houve investigações por parte do Ministério Público.
É nossa obrigação preservar a dignidade da instituição Presidência da República e, se for necessário, ajudar Cavaco a terminar o mandato com dignidade, não tanto pela sua mas sim pela do cargo para que foi eleito. Mas isso não signifique que como político esteja dispensado de esclarecer as dúvidas que os seus negócios familiares ou sobre as actividades políticas dos seus assessores.
Cavaco disse que ia fazer perguntas porque as questões de segurança são importantes. Talvez tenha razão, mas foram os portugueses que o elegeram e não lhe cabe apenas fazer perguntas, também deve responder às perguntas dos concidadãos que os elegeram.
Cavaco deve dizer aos portugueses s é ou não verdade que ganhou muito dinheiro com um lote de acções cujo preço de compra e de venda foi fixado por Oliveira e Costa, foram da bolsa. Seria interessante saber se os preços fixados para as acções correspondiam ao valor da SLN ou se foi fixado de forma a proporcionar lucros acima do razoável. Seria igualmente interessante saber quem comprou as acções ao preço que foram vendidas. Cavaco deve esclarecer se ele ou algum dos seus familiares teve mais negócios ou relações profissionais com a SLN ou o BPN.
Depois de tudo o que se passou seria interessante saber tudo sobre as actividades dos seus assessores que tenham ultrapassado os limites do que se espera de um assessor do Presidente, tendo em conta os limites constitucionais à actividade do Presidente da República. Fernando Lima foi o único assessor envolvido em actividades conspirativas ou outros assessores, para além de se envolverem nas actividades do PSD, usaram o seu cargo para prejudicar o Governo da República?
O Jumento
Viriato- Pontos : 16657
Discurso do PR pode ser «mau prenúncio» sobre cooperação entre Belém e São Bento
Discurso do PR pode ser «mau prenúncio» sobre cooperação entre Belém e São Bento
Mário Bettencourt Resendes, comentador da TSF, considera que após o discurso em que Cavaco Silva acusou o PS de o tentar envolver na luta partidária, as palavras do Presidente da República podem ser um mau prenúncio sobre a cooperação futura entre Belém e São Bento.
Mário Bettencourt Resendes, comentador da TSF, diz esperar que a cooperação institucional entre Belém e São Bento sobreviva ao discurso de Cavaco com «alguma saúde»
Numa comunicação ao país, o Chefe de Estado acusou «destacadas personalidades do partido do Governo» de manipulação e de tentarem colar o Presidente da República ao PSD com o objectivo de desviar as atenções.
«É uma critica grave e compreende-se que na sua reacção ao discurso do Presidente, o PSD tenha lamentado» que Cavaco Silva «não tenha, em devido tempo, dado conta ao país dessa sua leitura dos acontecimentos», disse Mário Bettencourt Resendes.
Para o comentador da TSF, o discurso do Chefe de Estado foi de «intervenção aberta no campo da luta politico-partidária».
Trata-se de «um mau prenúncio para o período que aí vem, que vai implicar uma relação intensa entre o Presidente da República e o futuro governo provavelmente minoritário do PS», avisou.
«Esperemos que a cooperação institucional» entre Belém e São Bento «sobreviva a este discurso com alguma saúde», reforçou Mário Bettencourt Resendes.
Mário Bettencourt Resendes, comentador da TSF, considera que após o discurso em que Cavaco Silva acusou o PS de o tentar envolver na luta partidária, as palavras do Presidente da República podem ser um mau prenúncio sobre a cooperação futura entre Belém e São Bento.
Mário Bettencourt Resendes, comentador da TSF, diz esperar que a cooperação institucional entre Belém e São Bento sobreviva ao discurso de Cavaco com «alguma saúde»
Numa comunicação ao país, o Chefe de Estado acusou «destacadas personalidades do partido do Governo» de manipulação e de tentarem colar o Presidente da República ao PSD com o objectivo de desviar as atenções.
«É uma critica grave e compreende-se que na sua reacção ao discurso do Presidente, o PSD tenha lamentado» que Cavaco Silva «não tenha, em devido tempo, dado conta ao país dessa sua leitura dos acontecimentos», disse Mário Bettencourt Resendes.
Para o comentador da TSF, o discurso do Chefe de Estado foi de «intervenção aberta no campo da luta politico-partidária».
Trata-se de «um mau prenúncio para o período que aí vem, que vai implicar uma relação intensa entre o Presidente da República e o futuro governo provavelmente minoritário do PS», avisou.
«Esperemos que a cooperação institucional» entre Belém e São Bento «sobreviva a este discurso com alguma saúde», reforçou Mário Bettencourt Resendes.
LJSMN- Pontos : 1769
Re: Declaração do Presidente da República
Viriato escreveu:Cavaco endoidou
Corre á boca pequena que CS se encontra doente. Nunca valorizei isso mas hoje começo a crer que sim. Acusar o Publico e José Manuel Fernandes de serem parceiros estratégicos do PS é de quem delira. Porque as bocas mandadas por Junqueiro e Vitalino pura e simplesmente foram retiradas do site oficial do PSD. E pouca ou nenhuma importância tiveram nesse caso. A importância foi dada pelo Público, quando evocando fontes de Belém (e o seu director confirmou há 15 dias na TV), haviam as ditas escutas. E que foram de imediato aproveitadas por Manuela Ferreira Leite e Paulo Portas como tópico de campanha. Cavaco inverteu tudo. Eu, para doentes com asfixia mental, só tenho comiseração. Perder tempo com isso não tenciono fazer. Talvez um ou outro copy que possam ser mais explicativos.
Mas "aquilo" foi o discurso dum Presidente da República?
Eu sei lá! Também havia portugueses que gostavam dos discurso do Almirante Tomás.
Mas eu dei uma volta pelos sítios noticiosos do costume e parece que ninguém reparou num detalhe essencial: afinal o PR estava preocupado com a segurança, sim, mas a ameaça não vinha de São Bento. Vinha de "hackers" obscuros, escondidos numa cave mal iluminada e com a atmosfera poluída pelo fumo de cigarros de má qualidade.
And here's to you, Mr. Aníbalon (Desculpa lá, Paul. A métrica não batia certa)
Jesus loves you more than you will know (Wo, wo, wo)
God bless you please, Mr. Aníbalon
Heaven holds a place for those who pray
(Hey, hey, hey...hey, hey, hey)
We'd like to know a little bit about you for our files
We'd like to help you learn to help yourself
Look around you, all you see are sympathetic eyes
Stroll around the grounds until you feel at home
And here's to you, Mr. Aníbalon
Jesus loves you more than you will know (Wo, wo, wo)
God bless you please, Mr. Aníbalon
Heaven holds a place for those who pray
(Hey, hey, hey...hey, hey, hey)
Hide it in a hiding place where no one ever goes
Put it in your pantry with your cupcakes
It's a little secret, just the Belem bugging affair
Most of all, you've got to hide it from the kids
Coo, coo, ca-choo, Mr. Aníbalon
Jesus loves you more than you will know (Wo, wo, wo)
God bless you please, Mr. Aníbalon
Heaven holds a place for those who pray
(Hey, hey, hey...hey, hey, hey)
Sitting on a sofa on a Sunday afternoon
Going to the candidates debate
Laugh about it, shout about it
When you've got to choose
Ev'ry way you look at it, you lose
Where have you gone, Chris Ronaldo-oh
A lonely nation turns its lonely eyes to you (Woo, woo, woo)
What's that you say, Mr. Aníbalon
Joltin' Chris has left and gone away
(Hey, hey, hey...hey, hey, hey)
LJSMN- Pontos : 1769
Re: Declaração do Presidente da República
Não me digam que hoje fugiu mais alguém de uma enfermaria do Júlio de Matos ..... ????
Vai lá tomar os comprimidos, Samdokas, vá .... tocándar .... à minha frente.
Ai ..... esta gente só me dá preocupações ......
tá lá ? .... fala do Júlio de Matos ?????
O gaju tá aki .... no Vagueando .....!!!
.... não confundam, porque há vários.
O gaju tá aki .... no Vagueando .....!!!
.... não confundam, porque há vários.
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Declaração do Presidente da República
BUFFA escreveu:tá lá ? .... fala do Júlio de Matos ?????
O gaju tá aki .... no Vagueando .....!!!
.... não confundam, porque há vários.
ui ui , vou-me por a milhas k eu tenho um ar muito suspeito!!!
Terminator- Pontos : 2544
Re: Declaração do Presidente da República
Terminator escreveu:
ui ui , vou-me por a milhas k eu tenho um ar muito suspeito!!!
... é melhor .... é ..... ... este local está a ficar perigoso e vulnerável .....
PS - Pode haver escutas .......
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: Declaração do Presidente da República
Nós, portugueses, temos um vício terrível: calamo-nos quando devíamos falar, falamos quando devíamos estar calados, raramente acertamos uma.
Não estou a usar o plural em sentido retórico. Disse "nós" porque estou a dizer "eu também".
É tempo de voltar ao essencial. O Povo falou. Como muitas vezes acontece, a sua resposta foi confusa. Em vez de afastar as dúvidas, acentuou-as. Em vez de apresentar caminhos simples, criou uma situação que, sabêmo-lo bem demais, não vai produzir as soluções mobilizadoras de que o País necessita. Não interessa, é assim que funciona a democracia representativa: delegamos, pelo voto, a quota-parte do poder soberano que é nosso, em quem nos represente.
Mas a seguir temos que nos calar. Eu vou fazê-lo. Enquanto a próxima solução governativa não estiver encontrada, não vou voltar a fazer comentários a respeito da situação política do País.
É tempo de voltar ao essencial.
Eram vinte mais uns cinco,
No mês cinco menos um,
Do ano de todas as saudades
Tantas vezes vinte cinco.
Vinte cinco vezes se abriu
A madrugada, de cinco em cinco cantaram
Os girassóis e mais cinco raios de esperança
Desfiados noutros vinte raios de Sol.
Ouvi-lhe o grito recém-nascido
Vinte cinco ais de vida
Que se quer e não se sabe,
Que se guarda no silêncio e tarda,
Como tardavam as vinte cinco
Notas do seu canto.
Ai amor, como é feio o mostrengo
Pálido, trémulo no seu medo.
Tanto nos feriu, tantos vinte cinco.
Anda, vamos pintá-lo de flores humildes
Rosas do povo, vermelho brejeiro.
Uns cinco mais vinte viemos
E de mais cinco ruas saímos,
Povo descoberto
Naquela praça tão estreita
Onde dantes só cabia multidão.
Ai amor, como riem os teus olhos
Verdes mais rubros, do rubor do Sonho.
Rubro apenas, nas covinhas do teu rosto
Uma, duas, cinco, todas
Como os teus beijos, vinte cinco, só?
Não se contam, os beijos dão-se
Um a um, aos vinte cinco, todos
E todos ficam por dar.
Hoje são vinte e mais cinco,
Mais todos os vinte cinco d'amanhã.
Olha amor, por detrás daquela janela,
Como se tapa o mostrengo feio.
Tanto se escondeu, tanto nos ocultou
Até nada mais lhe restar
Pr'a além duma cela de carcereiro.
O mostrengo foi-se e as ruas são Povo.
A preto-e-branco bailam as memórias
naquelas esquinas, cor do arco-íris.
Como brilham os olhos todos!
Assim brilham as estrelas todas no teu brilho.
Ai amor, como cantam os teus lábios!
Amanhã são um mais cinco
E mais vinte, o primeiro.
Mas hoje são nossas
Todas as ruas do mundo.
Vinte Cinco - Paco, aka Sam, aka... Ninguém que interesse
LJSMN- Pontos : 1769
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