Autárquicas 2009 - resultados eleitorais
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Autárquicas 2009 - resultados eleitorais
PS ganha terreno nas autárquicas
PSD mantém-se como a maior força autárquica, mas perde 19 câmaras. Socialistas conquistam 22 novas autarquias e conseguem o melhor resultado de sempre nas eleições locais com a liderança de 131 municípios
A noite autárquica começou com declarações de vitória de todos os lados, acabou com PS e PSD em nervoso miudinho à espera dos resultados de Lisboa. A balança pendeu para o PS: António Costa repete o mandato na capital, conseguindo a maioria no executivo camarário. No Porto, Rui Rio, à frente da coligação PSD/CDS, consegue nova maioria absoluta.
Numas eleições fortemente polarizadas entre o PS e o PSD, os sociais-democratas mantêm-se como o partido com maior número de presidências de câmara. Mas com uma descida assinalável face às últimas autárquicas: dos 157 municípios ganhos em 2005 o PSD cai agora para 138 (116 a título individual, as restantes em coligação com o CDS/PP).
À hora de fecho desta edição, quando estavam por decidir dois municípios, os socialistas contavam 131 autarquias - um número que nunca tinham alcançado antes. Em número de votos o PS passou a barreira dos dois milhões. O que se traduz em mais 22 câmaras e 918 mandatos - mais 67 do que os obtidos há quatro anos e acima dos 868 conseguidos pelos sociais-democratas (incluindo as coligações).
A CDU fica agora com 28 câmaras, menos quatro do que em 2005 (o que equivale ao pior resultado de sempre da coligação, registado em 2001). Entre as perdas contam-se Beja (ganha pelo PS, com maioria absoluta), Marinha Grande ou Sines, num total de sete municípios. Em sentido inverso, os comunistas ganharam três autarquias.
Já o CDS manteve a liderança em Ponte de Lima, agora já sem Daniel Campelo, mantendo a título individual uma única presidência de câmara. Nas coligações com o PSD, os centristas garantem a presença na liderança de 22 municípios. O BE mantém-se também com uma câmara: repetiu a vitória em Salvaterra de Magos, mas viu frustrada a eleições de vereadores em Lisboa e no Porto.
Entre as capitais de distrito, a grande surpresa foi Leiria, onde a social-democrata Isabel Damasceno cedeu o lugar a Raul Castro (PS). Além de Beja, também Faro mudou de mãos, com Macário Correia (PSD) a vencer o socialista José Apolinário por 126 votos. Outra reviravolta aconteceu nos Açores, onde pela primeira vez o PS conquistou a maioria das câmaras no arquipélago.
Entre as candidaturas independentes, houve sortes muito diferentes. Isaltino Morais em Oeiras e Valentim Loureiro em Gondomar voltaram a obter expressivas vitórias (embora Valentim tenha perdido a maioria absoluta). Fátima Felgueiras viu-se afastada pela coligação PSD/CDS. Em Matosinhos Narciso Miranda perdeu para Guilherme Pinto (PS). Avelino Ferreira Torres também ficou pelo caminho.
DN
PSD mantém-se como a maior força autárquica, mas perde 19 câmaras. Socialistas conquistam 22 novas autarquias e conseguem o melhor resultado de sempre nas eleições locais com a liderança de 131 municípios
A noite autárquica começou com declarações de vitória de todos os lados, acabou com PS e PSD em nervoso miudinho à espera dos resultados de Lisboa. A balança pendeu para o PS: António Costa repete o mandato na capital, conseguindo a maioria no executivo camarário. No Porto, Rui Rio, à frente da coligação PSD/CDS, consegue nova maioria absoluta.
Numas eleições fortemente polarizadas entre o PS e o PSD, os sociais-democratas mantêm-se como o partido com maior número de presidências de câmara. Mas com uma descida assinalável face às últimas autárquicas: dos 157 municípios ganhos em 2005 o PSD cai agora para 138 (116 a título individual, as restantes em coligação com o CDS/PP).
À hora de fecho desta edição, quando estavam por decidir dois municípios, os socialistas contavam 131 autarquias - um número que nunca tinham alcançado antes. Em número de votos o PS passou a barreira dos dois milhões. O que se traduz em mais 22 câmaras e 918 mandatos - mais 67 do que os obtidos há quatro anos e acima dos 868 conseguidos pelos sociais-democratas (incluindo as coligações).
A CDU fica agora com 28 câmaras, menos quatro do que em 2005 (o que equivale ao pior resultado de sempre da coligação, registado em 2001). Entre as perdas contam-se Beja (ganha pelo PS, com maioria absoluta), Marinha Grande ou Sines, num total de sete municípios. Em sentido inverso, os comunistas ganharam três autarquias.
Já o CDS manteve a liderança em Ponte de Lima, agora já sem Daniel Campelo, mantendo a título individual uma única presidência de câmara. Nas coligações com o PSD, os centristas garantem a presença na liderança de 22 municípios. O BE mantém-se também com uma câmara: repetiu a vitória em Salvaterra de Magos, mas viu frustrada a eleições de vereadores em Lisboa e no Porto.
Entre as capitais de distrito, a grande surpresa foi Leiria, onde a social-democrata Isabel Damasceno cedeu o lugar a Raul Castro (PS). Além de Beja, também Faro mudou de mãos, com Macário Correia (PSD) a vencer o socialista José Apolinário por 126 votos. Outra reviravolta aconteceu nos Açores, onde pela primeira vez o PS conquistou a maioria das câmaras no arquipélago.
Entre as candidaturas independentes, houve sortes muito diferentes. Isaltino Morais em Oeiras e Valentim Loureiro em Gondomar voltaram a obter expressivas vitórias (embora Valentim tenha perdido a maioria absoluta). Fátima Felgueiras viu-se afastada pela coligação PSD/CDS. Em Matosinhos Narciso Miranda perdeu para Guilherme Pinto (PS). Avelino Ferreira Torres também ficou pelo caminho.
DN
Última edição por João Ruiz em Qui Out 15, 2009 11:50 am, editado 1 vez(es)
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Autárquicas 2009 - resultados eleitorais
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A noite eleitoral do PS
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/10/a-noite-eleitoral-do-ps.htm
A noite eleitoral do PS
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/10/a-noite-eleitoral-do-ps.htm
Joao Ruiz- Pontos : 32035
A noite eleitoral do PSD
A noite eleitoral do PSD
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/10/a-noite-eleitoral-do-psd.htm
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/10/a-noite-eleitoral-do-psd.htm
Joao Ruiz- Pontos : 32035
António Costa conquista maioria absoluta em Lisboa
António Costa conquista maioria absoluta em Lisboa e destaca que o "caminho era unir"
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/10/antonio-costa-conquista-maioria-absoluta-em-lisboa-e-destaca-que-o-caminho-era-unir.htm
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/10/antonio-costa-conquista-maioria-absoluta-em-lisboa-e-destaca-que-o-caminho-era-unir.htm
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Jardim diz que resultados "falam por si"
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Jardim diz que resultados "falam por si"
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/10/jardim-diz-que-resultados-falam-por-si.htm
Jardim diz que resultados "falam por si"
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/10/jardim-diz-que-resultados-falam-por-si.htm
Joao Ruiz- Pontos : 32035
No discurso de vitória, Rui Rio desafiou o Governo a olhar mais para o Norte
No discurso de vitória, Rui Rio desafiou o Governo a olhar mais para o Norte
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/10/no-discurso-de-vitoria-rui-rio-desafiou-o-governo-a-olhar-mais-para-o-norte.htm
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/10/no-discurso-de-vitoria-rui-rio-desafiou-o-governo-a-olhar-mais-para-o-norte.htm
Joao Ruiz- Pontos : 32035
No discurso da vitória em Gaia, Luis Filipe Menezes pediu a saída da líder do PSD antes do final de mandato
No discurso da vitória em Gaia, Luis Filipe Menezes pediu a saída da líder do PSD antes do final de mandato
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/10/no-discurso-da-vitoria-em-gaia-luis-filipe-menezes-pediu-a-saida-da-lider-do-psd-antes-do-final-de-m.htm
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Portugal-2009/2009/10/no-discurso-da-vitoria-em-gaia-luis-filipe-menezes-pediu-a-saida-da-lider-do-psd-antes-do-final-de-m.htm
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Vitória do PSD brilha pouco face à recuperação do PS
Vitória do PSD brilha pouco face à recuperação do PS
Hoje
As eleições autárquicas de ontem deram apenas meia vitória ao PSD de Manuela Ferreira Leite, que vê o PS recuperar terreno no número de câmaras, vencer em vereadores e até em número de votos.
Nas capitais de distrito, aliás, o PSD fica com mais uma capital de distrito que os socialistas, mas com três dessas nove a serem conquistadas em coligação com o CDS. Foi, portanto, com a muleta centrista que os sociais-democratas conseguiram reclamar vitória.
Mas quase nenhuma das vitórias reclamadas ontem foram inteiramente reais. José Sócrates ainda não logrou ganhar mais autarquias - pese embora o melhor resultado de sempre do partido em eleições locais; os comunistas voltam a perder câmaras, entre as quais Beja; os centristas não conseguem catapultar para aqui os bons resultados das legislativas; e o Bloco permanece irrelevante, até mesmo no quadro da esquerda.
DN
Hoje
As eleições autárquicas de ontem deram apenas meia vitória ao PSD de Manuela Ferreira Leite, que vê o PS recuperar terreno no número de câmaras, vencer em vereadores e até em número de votos.
Nas capitais de distrito, aliás, o PSD fica com mais uma capital de distrito que os socialistas, mas com três dessas nove a serem conquistadas em coligação com o CDS. Foi, portanto, com a muleta centrista que os sociais-democratas conseguiram reclamar vitória.
Mas quase nenhuma das vitórias reclamadas ontem foram inteiramente reais. José Sócrates ainda não logrou ganhar mais autarquias - pese embora o melhor resultado de sempre do partido em eleições locais; os comunistas voltam a perder câmaras, entre as quais Beja; os centristas não conseguem catapultar para aqui os bons resultados das legislativas; e o Bloco permanece irrelevante, até mesmo no quadro da esquerda.
DN
Joao Ruiz- Pontos : 32035
«É preciso sangue novo.»
.
«É preciso sangue novo.»
Distrito de Bragança
Firmino Cordeiro quer demissão de Adão Silva
Adão Silva devia colocar o lugar de presidente da distrital de Bragança do PSD à disposição e dessa forma provocar eleições antecipadas. Quem defende essa ideia é Firmino Cordeiro, da concelhia do PSD de Alfândega da Fé, por considerar que o líder distrital laranja tem de assumir a sua responsabilidade na derrota dos sociais-democratas nas recentes eleições autárquicas.
Para Firmino Cordeiro, o facto do PSD ter perdido duas câmaras para o PS, em particular a de Alfândega da Fé, onde foi provocada uma divisão interna, é o resultado de uma má estratégia assumida por Adão Silva. Aquele membro da concelhia de Alfândega do PSD não tem dúvidas que se João Carlos Figueiredo tivesse sido novamente candidato, vencia as eleições.
O PSD no distrito de Bragança partia com uma maioria e saiu com uma igualdade no número de câmaras. Isso tem um rosto e o Dr. Adão Silva tem de assumir que também errou. E Alfândega da Fé tem de assumir que também errou, porque havia um candidato escolhido. Arsénio Pereira fez um bom trabalho mas agarrou na criança tarde de mais.”
Devido a esta derrota, Firmino Cordeiro entende que Adão Silva devia assumir a responsabilidade de um mau resultado e colocar o lugar de líder distrital à disposição e provocar eleições.
“Devia publicamente vir dizer que está o flanco aberto para que a própria comissão política distrital caia. Isto é próprio da política. Temos de estar ao serviço dos eleitores. É preciso sangue novo.”
O próprio Firmino Cordeiro admite que possa vir a liderar uma lista para a concelhia social-democrata naquele concelho.
“Começo a ter essa percepção que, dentro de várias pessoas que poderiam assumir essa posição, eu próprio também o poderei fazer. Estou numa fase final de ponderação.”
Firmino Cordeiro pondera candidatar-se ao cargo de presidente da concelhia do PSD de Alfândega da Fé, mas antes espera que Adão Silva assuma a derrota do partido nas últimas autárquicas e coloque o lugar de líder distrital à disposição.
Adão Silva recusou comentar as palavras de Firmino Cordeiro.
Recorde-se que Firmino Cordeiro é presidente da associação dos jovens agricultores de Portugal, filiou-se no PSD de Alfândega da Fé, em 2007, após ter deixado de ser militante do CDS-PP, partido pelo qual foi candidato à câmara de Macedo, nas eleições autárquicas de 2005, tendo também liderado os populares naquele concelho.
Brigantia, 2009-11-05
«É preciso sangue novo.»
Distrito de Bragança
Firmino Cordeiro quer demissão de Adão Silva
Adão Silva devia colocar o lugar de presidente da distrital de Bragança do PSD à disposição e dessa forma provocar eleições antecipadas. Quem defende essa ideia é Firmino Cordeiro, da concelhia do PSD de Alfândega da Fé, por considerar que o líder distrital laranja tem de assumir a sua responsabilidade na derrota dos sociais-democratas nas recentes eleições autárquicas.
Para Firmino Cordeiro, o facto do PSD ter perdido duas câmaras para o PS, em particular a de Alfândega da Fé, onde foi provocada uma divisão interna, é o resultado de uma má estratégia assumida por Adão Silva. Aquele membro da concelhia de Alfândega do PSD não tem dúvidas que se João Carlos Figueiredo tivesse sido novamente candidato, vencia as eleições.
O PSD no distrito de Bragança partia com uma maioria e saiu com uma igualdade no número de câmaras. Isso tem um rosto e o Dr. Adão Silva tem de assumir que também errou. E Alfândega da Fé tem de assumir que também errou, porque havia um candidato escolhido. Arsénio Pereira fez um bom trabalho mas agarrou na criança tarde de mais.”
Devido a esta derrota, Firmino Cordeiro entende que Adão Silva devia assumir a responsabilidade de um mau resultado e colocar o lugar de líder distrital à disposição e provocar eleições.
“Devia publicamente vir dizer que está o flanco aberto para que a própria comissão política distrital caia. Isto é próprio da política. Temos de estar ao serviço dos eleitores. É preciso sangue novo.”
O próprio Firmino Cordeiro admite que possa vir a liderar uma lista para a concelhia social-democrata naquele concelho.
“Começo a ter essa percepção que, dentro de várias pessoas que poderiam assumir essa posição, eu próprio também o poderei fazer. Estou numa fase final de ponderação.”
Firmino Cordeiro pondera candidatar-se ao cargo de presidente da concelhia do PSD de Alfândega da Fé, mas antes espera que Adão Silva assuma a derrota do partido nas últimas autárquicas e coloque o lugar de líder distrital à disposição.
Adão Silva recusou comentar as palavras de Firmino Cordeiro.
Recorde-se que Firmino Cordeiro é presidente da associação dos jovens agricultores de Portugal, filiou-se no PSD de Alfândega da Fé, em 2007, após ter deixado de ser militante do CDS-PP, partido pelo qual foi candidato à câmara de Macedo, nas eleições autárquicas de 2005, tendo também liderado os populares naquele concelho.
Brigantia, 2009-11-05
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
PS e PSD devem milhões a fornecedores
PS e PSD devem milhões a fornecedores
por HUGO FILIPE COELHO
Hoje
Atraso no pagamento de subvenções estatais deixa PS, PSD e CDS com corda na garganta. Dívidas ascendem a milhões.
O atraso no pagamento das subvenções relativas às campanhas para as eleições autárquicas está a deixar os partidos com a corda na garganta com empréstimos à banca e dívidas no valor de milhões de euros a fornecedores.
A situação arrasta-se desde o final do ano passado e fontes da contabilidade partidária classificam-na de "desesperada".
Amadeu Pires, director-geral do PS, disse ao DN que "o partido está no limite das forças". Os socialistas gastaram perto de 20 milhões de euros na campanha para as autarquias, em Outubro. Meio ano depois, continuam por pagar perto de dez milhões de euros - o restante foi saldado através de donativos ou empréstimos bancários.
O problema também afecta o PSD e CDS. O secretário-geral adjunto dos sociais-democratas, Matos Rosa, disse ao DN que o partido foi obrigado e pedir um empréstimo para saldar às dívidas mais urgentes aos fornecedores, mas ainda falta pagar uma grande parte da dívida. Fonte dos centristas revelou que as contas estão saldadas, mas para isso o partido teve de se endividar com a banca.
Os partidos garantem que apresentaram as suas contas no Parlamento há um mais de mês e não compreendem a razão do atraso no pagamento, até porque o dinheiro foi afectado no Orçamento de 2009. O DN contactou membros do Conselho de Administração da Assembleia da República - órgão deve dar luz verde ao pagamento do subsídio - e da secretaria-geral, mas não conseguiu obter esclarecimentos a tempo do fecho da edição.
Em Portugal, as subvenções estatais são a principal fonte de financiamento dos partidos - muito à frente dos donativos. Mas a lei de financiamento dos partidos é considerada demasiado complexa e difícil de aplicar e o pagamento, que cabe à Assembleia da República, é moroso.
Na última proposta de alteração à lei do financiamento partidário estavam previstos mecanismos para acelerar o pagamento desses subsídios. Só que o diploma foi vetada pelo presidente Cavaco Silva e o problema continua por resolver com consequências graves, não apenas para os partidos, mas também para os fornecedores, espalhados pelo país, alguns dos quais em dificuldades.
Uma empresa contactada pelo DN revelou que acordou com o PS que previa o pagamento do total da dívida a 90 dias. Mas seis meses depois - 180 dias - das eleições para as autarquias ainda não viram a cor do dinheiro.
Amadeu Pires explicou que, embora seja sempre dado o número de contribuinte do partido, nas eleições autárquicas os candidatos e as suas direcções de campanha lidam directamente com as empresas. O director-geral socialista disse que não há nenhuma directiva para que se façam acordos para adiar o pagamento, mas não excluiu que tenha sido feitos acordos para pagamento a prazo.
Pires revelou que as subvenções pelas eleições europeias, em Maio, e pelas legislativas, em Setembro, já foram pagas há algum tempo. Mas com as autárquicas o atraso está a ser maior do que previsto. O dirigente disse que "espera receber o dinheiro ainda esta semana e têm tudo preparado para fazer as transferências."
In DN
por HUGO FILIPE COELHO
Hoje
Atraso no pagamento de subvenções estatais deixa PS, PSD e CDS com corda na garganta. Dívidas ascendem a milhões.
O atraso no pagamento das subvenções relativas às campanhas para as eleições autárquicas está a deixar os partidos com a corda na garganta com empréstimos à banca e dívidas no valor de milhões de euros a fornecedores.
A situação arrasta-se desde o final do ano passado e fontes da contabilidade partidária classificam-na de "desesperada".
Amadeu Pires, director-geral do PS, disse ao DN que "o partido está no limite das forças". Os socialistas gastaram perto de 20 milhões de euros na campanha para as autarquias, em Outubro. Meio ano depois, continuam por pagar perto de dez milhões de euros - o restante foi saldado através de donativos ou empréstimos bancários.
O problema também afecta o PSD e CDS. O secretário-geral adjunto dos sociais-democratas, Matos Rosa, disse ao DN que o partido foi obrigado e pedir um empréstimo para saldar às dívidas mais urgentes aos fornecedores, mas ainda falta pagar uma grande parte da dívida. Fonte dos centristas revelou que as contas estão saldadas, mas para isso o partido teve de se endividar com a banca.
Os partidos garantem que apresentaram as suas contas no Parlamento há um mais de mês e não compreendem a razão do atraso no pagamento, até porque o dinheiro foi afectado no Orçamento de 2009. O DN contactou membros do Conselho de Administração da Assembleia da República - órgão deve dar luz verde ao pagamento do subsídio - e da secretaria-geral, mas não conseguiu obter esclarecimentos a tempo do fecho da edição.
Em Portugal, as subvenções estatais são a principal fonte de financiamento dos partidos - muito à frente dos donativos. Mas a lei de financiamento dos partidos é considerada demasiado complexa e difícil de aplicar e o pagamento, que cabe à Assembleia da República, é moroso.
Na última proposta de alteração à lei do financiamento partidário estavam previstos mecanismos para acelerar o pagamento desses subsídios. Só que o diploma foi vetada pelo presidente Cavaco Silva e o problema continua por resolver com consequências graves, não apenas para os partidos, mas também para os fornecedores, espalhados pelo país, alguns dos quais em dificuldades.
Uma empresa contactada pelo DN revelou que acordou com o PS que previa o pagamento do total da dívida a 90 dias. Mas seis meses depois - 180 dias - das eleições para as autarquias ainda não viram a cor do dinheiro.
Amadeu Pires explicou que, embora seja sempre dado o número de contribuinte do partido, nas eleições autárquicas os candidatos e as suas direcções de campanha lidam directamente com as empresas. O director-geral socialista disse que não há nenhuma directiva para que se façam acordos para adiar o pagamento, mas não excluiu que tenha sido feitos acordos para pagamento a prazo.
Pires revelou que as subvenções pelas eleições europeias, em Maio, e pelas legislativas, em Setembro, já foram pagas há algum tempo. Mas com as autárquicas o atraso está a ser maior do que previsto. O dirigente disse que "espera receber o dinheiro ainda esta semana e têm tudo preparado para fazer as transferências."
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
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