Novo Governo alemão promete baixar impostos
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Novo Governo alemão promete baixar impostos
Novo Governo alemão promete baixar impostos
por PATRÍCIA VIEGAS
Hoje
Merkel chegou a acordo com os liberais sobre programa do Executivo - que toma posse na quarta-feira.
Quase um mês depois das eleições legislativas alemãs, democratas- -cristãos e liberais chegaram ontem a acordo para formar Governo e apresentaram um programa onde a medida mais sonante é uma redução de impostos no valor de 24 mil milhões de euros, a contar já de Janeiro de 2010. Isto apesar do défice orçamental do país e da crise económica que este enfrenta - a mais grave em meio século.
O Executivo Angela Merkel II, que toma posse quarta-feira, vai "reduzir a carga fiscal sobre as famílias e reformar os impostos para as empresas e sobre as heranças", explicou a chanceler alemã, citada pelas agências internacionais. Numa conferência de imprensa conjunta, em Berlim, com o líder dos liberais, Guido Westerwelle, a chefe da coligação de centro-direita admitiu, porém, que as negociações "nem sempre foram fáceis". Os liberais queriam uma redução da carga fiscal em 35 mil milhões, mas o acordo ficou por menos.
A difícil tarefa de equilibrar o corte nos impostos com o défice orçamental ficará nas mãos de um homem de confiança da chanceler, Wolfgang Schäuble, que no anterior Executivo de Grande Coligação entre democratas-cristãos e sociais-democratas era responsável pela pasta do Interior. Aí ficou conhecido pela sua dureza, nomeadamente na rejeição de presos uigures de Guantánamo.
"Ele terá de assegurar que a despesa progride mais devagar do que o Produto Interno Bruto", disse Westerwelle, numa altura em que cada alemão deve já ao exterior cerca de 20 mil euros e em que o Governo espera baixar o défice dos actuais 5%. O regresso ao crescimento virá em 2010, segundo as previsões do Executivo. O acordo de coligação ontem firmado prevê, segundo a AFP, que Schaüble seja o único ministro com direito de veto.
O líder dos liberais do FDP será o vice-chanceler e o ministro dos Negócios Estrangeiros, recuperando uma pasta que tradicionalmente ficava para o seu partido. Westerwelle já confirmou que pretende pedir aos americanos que retirem as ogivas nucleares que ainda têm na Alemanha - um número que os especialistas situam entre as dez e as 20. O liberal conseguiu também que o novo Governo deixasse a porta aberta à entrada da Turquia à UE, depois de a chanceler Merkel, da CDU, ter várias vezes sublinhado que preferia "uma parceria privilegiada" para o país de maioria muçulmana. No que respeita ao Afeganistão, a coligação de centro-direita não fixa calendário para uma retirada dos 4200 soldados naquele país, deixando cair, assim, o plano apresentado antes das eleições pelo ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Frank-Walter Steinmeier. O programa do novo Governo prefere sublinhar, em vez disso, um maior empenho na formação das forças de segurança afegãs.
As decisões difíceis em termos militares ficarão nas mãos de Karl-Theodor zu Guttenberg, da CSU, a congénere bávara da CDU. Anglófono apresentado como conhecedor das questões transatlânticas, Guttenberg, de 37 anos, entrou para o Executivo Angela Merkel I no início deste ano para ocupar o cargo de ministro da Economia - pasta que passa agora para as mãos de Rainer Brüderle, de 64 anos, também ele vindo dos liberais.
Após quatro anos a governar coligada com os sociais-democratas numa Grande Coligação, Merkel conseguiu obter no escrutínio de 27 de Setembro uma maioria CDU/CSU-FDP. Apesar de ser a primeira chanceler feminina, eleita como a mulher mais poderosa do mundo pela revista Forbes, tem no seu segundo Executivo menos duas mulheres. Num total de 15 ministros, há apenas quatro, quando antes havia seis.
Além dos impostos e da política externa e de defesa, há medidas importantes a assinalar no acordo de coligação nas áreas da saúde, da família e da energia. A revisão do sistema de financiamento da saúde vai ser feita por uma comissão especial até 2011, os pais que ficarem em casa com os filhos nos primeiros anos de vida receberão um bónus mensal e as centrais nucleares serão mantidas.
DN
por PATRÍCIA VIEGAS
Hoje
Merkel chegou a acordo com os liberais sobre programa do Executivo - que toma posse na quarta-feira.
Quase um mês depois das eleições legislativas alemãs, democratas- -cristãos e liberais chegaram ontem a acordo para formar Governo e apresentaram um programa onde a medida mais sonante é uma redução de impostos no valor de 24 mil milhões de euros, a contar já de Janeiro de 2010. Isto apesar do défice orçamental do país e da crise económica que este enfrenta - a mais grave em meio século.
O Executivo Angela Merkel II, que toma posse quarta-feira, vai "reduzir a carga fiscal sobre as famílias e reformar os impostos para as empresas e sobre as heranças", explicou a chanceler alemã, citada pelas agências internacionais. Numa conferência de imprensa conjunta, em Berlim, com o líder dos liberais, Guido Westerwelle, a chefe da coligação de centro-direita admitiu, porém, que as negociações "nem sempre foram fáceis". Os liberais queriam uma redução da carga fiscal em 35 mil milhões, mas o acordo ficou por menos.
A difícil tarefa de equilibrar o corte nos impostos com o défice orçamental ficará nas mãos de um homem de confiança da chanceler, Wolfgang Schäuble, que no anterior Executivo de Grande Coligação entre democratas-cristãos e sociais-democratas era responsável pela pasta do Interior. Aí ficou conhecido pela sua dureza, nomeadamente na rejeição de presos uigures de Guantánamo.
"Ele terá de assegurar que a despesa progride mais devagar do que o Produto Interno Bruto", disse Westerwelle, numa altura em que cada alemão deve já ao exterior cerca de 20 mil euros e em que o Governo espera baixar o défice dos actuais 5%. O regresso ao crescimento virá em 2010, segundo as previsões do Executivo. O acordo de coligação ontem firmado prevê, segundo a AFP, que Schaüble seja o único ministro com direito de veto.
O líder dos liberais do FDP será o vice-chanceler e o ministro dos Negócios Estrangeiros, recuperando uma pasta que tradicionalmente ficava para o seu partido. Westerwelle já confirmou que pretende pedir aos americanos que retirem as ogivas nucleares que ainda têm na Alemanha - um número que os especialistas situam entre as dez e as 20. O liberal conseguiu também que o novo Governo deixasse a porta aberta à entrada da Turquia à UE, depois de a chanceler Merkel, da CDU, ter várias vezes sublinhado que preferia "uma parceria privilegiada" para o país de maioria muçulmana. No que respeita ao Afeganistão, a coligação de centro-direita não fixa calendário para uma retirada dos 4200 soldados naquele país, deixando cair, assim, o plano apresentado antes das eleições pelo ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Frank-Walter Steinmeier. O programa do novo Governo prefere sublinhar, em vez disso, um maior empenho na formação das forças de segurança afegãs.
As decisões difíceis em termos militares ficarão nas mãos de Karl-Theodor zu Guttenberg, da CSU, a congénere bávara da CDU. Anglófono apresentado como conhecedor das questões transatlânticas, Guttenberg, de 37 anos, entrou para o Executivo Angela Merkel I no início deste ano para ocupar o cargo de ministro da Economia - pasta que passa agora para as mãos de Rainer Brüderle, de 64 anos, também ele vindo dos liberais.
Após quatro anos a governar coligada com os sociais-democratas numa Grande Coligação, Merkel conseguiu obter no escrutínio de 27 de Setembro uma maioria CDU/CSU-FDP. Apesar de ser a primeira chanceler feminina, eleita como a mulher mais poderosa do mundo pela revista Forbes, tem no seu segundo Executivo menos duas mulheres. Num total de 15 ministros, há apenas quatro, quando antes havia seis.
Além dos impostos e da política externa e de defesa, há medidas importantes a assinalar no acordo de coligação nas áreas da saúde, da família e da energia. A revisão do sistema de financiamento da saúde vai ser feita por uma comissão especial até 2011, os pais que ficarem em casa com os filhos nos primeiros anos de vida receberão um bónus mensal e as centrais nucleares serão mantidas.
DN
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