Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
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Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Em 9 de novembro de 1938 ocorreu a Noite dos Vidros Quebrados, considerada uma prédvia do Holocausto
EFE
BERLIM - A comunidade judaica da Alemanha lamentou nesta segunda-feira, 9 de novembro, o fato de as celebrações pelo 20º aniversário da queda do Muro de Berlim ofuscarem a chamada Noite dos Vidros Quebrados, ocorrida em 9 de novembro de 1938 e que marcou o início da destruição de sinagogas em todo o país por nazistas.
"A alegria perante o 20º aniversário da queda do muro se sobrepôs este ano à lembrança dos 'pogroms'", lamentou a presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, Charlotte Knobloch, perante o impacto midiático do 9 de novembro de 1989.
O dia de hoje tem na Alemanha um caráter ambivalente, já que marca as comemorações da noite mais celebrada de sua história recente e também os "pogroms", considerados uma prévia do Holocausto.
Trata-se, por um lado, da noite mais negra, a de 1938, em que centenas de sinagogas foram queimadas em todo o país e, pelo outro, da mais celebrada, a de 1989, em que pela primeira vez milhares de berlinenses cruzaram do leste para o oeste.
A confluência de fatos fez que, após a reunificação, não se tenha dado à data da queda do muro categoria de feriado nacional. Em seu lugar, foi institucionalizado como tal 3 de outubro de 1990, quando se assinou o Tratado de Unificação.
O pianista argentino-israelense Daniel Barenboim que abrirá a chamada Festa da Liberdade perante o Portão de Brandeburgo, se referiu hoje à confluência entre as datas, para ele símbolo do que mais "monstruoso" e mais "formoso" se viveu na capital alemã.
"Parece que os sinos da história soam com facilidade na Alemanha em 9 de novembro", disse Barenboim.
Para o show no Portão de Brandeburgo, Barenboim escolheu um repertório composto por músicas de Wagner e Beethoven, assim como "A survivor from Warschaw", de Arnold Schoenberg em memória das vítimas do Holocausto, e "Es ist, als habe einer die Fenster ausgestossen" ("É como se alguém tivesse aberto as janelas"), de Friedrich Goldman.
O presidente alemão, Horst Koehler, também se referiu à coincidência de datas, que qualificou de "ligadas entre si", já que de ambas é preciso extrair as "lições da história".
O ator austríaco Klaus Maria Brandauer dedicará aos "pogroms" uma leitura poética esta noite em Berlim, ao término dos atos no Portão de Brandeburgo.
Na Noite dos Vidros Quebrados, foram queimadas mais de mil sinagogas em todo o país, das quais quase 300 foram reduzidas a cinzas. Cerca 7.500 comércios de judeus foram destruídos e mais de mil de pessoas morreram vítimas da repressão nazista.
No dia seguinte, começou a deportação dos primeiros 30 mil judeus a campos de concentração.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Na Noite dos Vidros Quebrados, foram queimadas mais de mil sinagogas em todo o país, das quais quase 300 foram reduzidas a cinzas. Cerca 7.500 comércios de judeus foram destruídos e mais de mil de pessoas morreram vítimas da repressão nazista.
O Cordeiro do anatanho é Hoje o Lobo esfomeado e capaz de fazer pior que um alto muro ãgarrar em varios F14 e matar dcfrianaças ONU e tudo o que o chateie na sua fe religiosa
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Vitor mango escreveu:
judeu com o Missal ja que nao acredita la muito bem nas ligaçoes Muro Moises alem paraiso
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
manos manas e maricas ( que teem pela lei igual direitos cito BE
O que o mango quer demonstrar é que tao fanaticos sao os judeus como os arabes
Só que os Judeus armados ate aos dentes acharam que matando esfolando com armas modernas uns milheres de arabes a coisa ficava Boa e segura
Só que os tiros se voltaram contra eles
Hoje estao nitidamente da defensiva e os arabes da palestina verificaram finalmente a estupidez dos homens bomba
Ambos viram os erros do passado e os Judas teem agora um bom simbolo da sua fraqueza
UM dos muros mais altos contruidos para separar POVOS
E é por isso meus queridos que a judiaria anda numa azafama a tentar explicar que os Muros é para plantar couve
Pois
So que o mal esta feito e nem o sao jagodes os salva de terem demosntrado que sao tao FDP como os SS que afaiaram os gazes para manadr 4 ou 5 milhoes de ...para os anjinhos
Mango jamais e jamais apoiara FDP que me etentem veneder religiao e Moral ou MURAL
lermbro que o Unco post cortado pelo Expresso ao mango foi quando coloquei Cristaos de joelhos em fatima e declarei solenmente que aquilo era paganismo e nao religiao
Religião é dar e nada pedir em Volta
Foi asim que Jesus Cristo morreu pregado numa cruz Traido pelos " amigos "
O Preto americanoi deveria ler bem a historia antes de andar metido com o netamiado
Ainda o pregam numa cruz e lhe roubam os trocados do bolso e cozinham o cao de agua Tuga para salsinhas coucjé
O que o mango quer demonstrar é que tao fanaticos sao os judeus como os arabes
Só que os Judeus armados ate aos dentes acharam que matando esfolando com armas modernas uns milheres de arabes a coisa ficava Boa e segura
Só que os tiros se voltaram contra eles
Hoje estao nitidamente da defensiva e os arabes da palestina verificaram finalmente a estupidez dos homens bomba
Ambos viram os erros do passado e os Judas teem agora um bom simbolo da sua fraqueza
UM dos muros mais altos contruidos para separar POVOS
E é por isso meus queridos que a judiaria anda numa azafama a tentar explicar que os Muros é para plantar couve
Pois
So que o mal esta feito e nem o sao jagodes os salva de terem demosntrado que sao tao FDP como os SS que afaiaram os gazes para manadr 4 ou 5 milhoes de ...para os anjinhos
Mango jamais e jamais apoiara FDP que me etentem veneder religiao e Moral ou MURAL
lermbro que o Unco post cortado pelo Expresso ao mango foi quando coloquei Cristaos de joelhos em fatima e declarei solenmente que aquilo era paganismo e nao religiao
Religião é dar e nada pedir em Volta
Foi asim que Jesus Cristo morreu pregado numa cruz Traido pelos " amigos "
O Preto americanoi deveria ler bem a historia antes de andar metido com o netamiado
Ainda o pregam numa cruz e lhe roubam os trocados do bolso e cozinham o cao de agua Tuga para salsinhas coucjé
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
O Preto americanoi deveria ler bem a historia antes de andar metido com o netamiado
Ainda o pregam numa cruz e lhe roubam os trocados do bolso e cozinham o cao de agua Tuga para salsinhas coucjé
Vitor mango
Tssssssssssssssss!
Ó Mango!
Olhe que é capaz de estar bem mais seguro Obama, que os seus amigos mascarados.
Chegando a hora da verdade, não são os clubismos, que vão resolver, mas os argumentos válidos de uma e outra parte. Telhados de vidro ambos têm, não se iluda e nunca se esqueça de que política... será sempre política.
De resto, vá vendo o que se está a passar no Irão e retire daí as ilações devidas... não as que o seu asco rançoso prefere, mas as reais, as iniludíveis, bem demonstrativas do BASTA, que os subjugados sofredores querem dar ao fundamentalismo.-
E quando o conseguirem, porque é o que vai acontecer, mais dia, menos hora, logo veremos onde vão parar as suas odes aos coitadinhos...
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Dou-lhe 50 % de razaoJoão Ruiz escreveu:O Preto americanoi deveria ler bem a historia antes de andar metido com o netamiado
Ainda o pregam numa cruz e lhe roubam os trocados do bolso e cozinham o cao de agua Tuga para salsinhas coucjé
Vitor mango
Tssssssssssssssss!
Ó Mango!
Olhe que é capaz de estar bem mais seguro Obama, que os seus amigos mascarados.
Chegando a hora da verdade, não são os clubismos, que vão resolver, mas os argumentos válidos de uma e outra parte. Telhados de vidro ambos têm, não se iluda e nunca se esqueça de que política... será sempre política.
De resto, vá vendo o que se está a passar no Irão e retire daí as ilações devidas... não as que o seu asco rançoso prefere, mas as reais, as iniludíveis, bem demonstrativas do BASTA, que os subjugados sofredores querem dar ao fundamentalismo.-
E quando o conseguirem, porque é o que vai acontecer, mais dia, menos hora, logo veremos onde vão parar as suas odes aos coitadinhos...
Quanto ao Irao é evidente que o POVO POVO e especialm,ente a juventude tera o seu 25 de Abril
mas
isso em nada vai modificar a causa que defende perante o Roubo dos judeus aos palestianos
lembro que os Iranianos sao Persas
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Dou-lhe 50 % de razao
Quanto ao Irao é evidente que o POVO POVO e especialm,ente a juventude tera o seu 25 de Abril
mas
isso em nada vai modificar a causa que defende perante o Roubo dos judeus aos palestianos
lembro que os Iranianos sao Persas
Ai vai modificar, vai, Mango! Olá se vai! E tudo o que tiver cheiro a sharia...
A designação de iranianos ou persas radica apenas em questões históricas e não políticas (se é que política não existe em tudo)
Pérsia (do latim Persia, através do grego antigo Περσίς ou Persís) é oficialmente admitido como um sinónimo para Irão, embora esta última se tenha tornado mais usual no Ocidente, depois de 1935.
O país sempre foi chamado "Irão" (Terra dos Arianos), pelo seu povo, embora durante séculos tenha sido referido pelos europeus como Pérsia (de Pars ou Fars, uma província no sul do Irã), principalmente devido aos escritos dos historiadores gregos.
Em 1935, o governo especificou que o país deveria ser chamado Irão; entretanto, em 1959, ambos os nomes passaram a ser admitidos. No uso corrente, o termo Pérsia costuma ser reservado para referir o Império Persa, numa ou mais de suas diversas fases históricas (século VII a.C.–1935 d.C.), fundado originalmente por um grupo étnico (os persas) a partir da cidade de Anshan, no que é hoje a província iraniana de Fars, e governado por dinastias sucessivas (persas ou estrangeiras), que controlavam o Planalto Iraniano e os territórios adjacentes.
Os correlativos adjectivo, substantivo e gentílico persa podem referir-se, entre outros, a:
(adj.) de ou pertencente ao Irão ou à antiga Pérsia; (s.m.) o natural ou habitante do Irão ou da antiga Pérsia;
(adj.) de ou pertencente ao grupo étnico persa;
(s.m.) a língua persa, seja o persa antigo, o persa médio (pálavi), ou, ainda, o persa moderno (pársi).(Wikipédia)
Irão ou Pérsia, logo que país livre da pata clerical e tornado democrático, terá uma postura totalmente diferente da que ora o radicalismo religioso impõe.
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Mas qual roubo, Mango? Se se refere aos territórios extra-fronteiras 1948, lembro-lhe que depois de uma guerra, o vencedor tem certos direitos, entre eles a ocupação de território, dependendo das causas e resultados do conflito. E quem se meteu nesses trablhos, foram os árabes, os perdedores. E é claro que, quanto mais tentarem forçar a nota, pior será.
Mango, contra a realidade, é difíclil lutar, muito mais se, de um dos lados existe um propósito de extermínio, com que ninguém, em seu perfeito juizo e que se reclame de defensor dos Direitos do Homem poderá concordar! Os palestinianos são os únicos culpados e vítimas da sua própria estupidez.
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Mas qual roubo, Mango? Se se refere aos territórios extra-fronteiras 1948, lembro-lhe que depois de uma guerra, o vencedor tem certos direitos, entre eles a ocupação de território, dependendo das causas e resultados do conflito. E quem se meteu nesses trablhos, foram os árabes, os perdedores. E é claro que, quanto mais tentarem forçar a nota, pior será.
Pois Pois
So que a ONU que deu o pais á judiaria nao reconheceu essas conquistas nem mesmo OS tribunais internacionais
Vitor mango- Pontos : 118184
C
Robert Fisk
A grande guerra pela Civilizaçao
Se eu agarrar neste buke e o arremessar á tola dum gajo ...o gajo cam,baleia e cai ka porrada
EStou á ler ás mijas este bruto calhamaço onde tutti de tutti é descrito do que se tem passado nesta area do Medio Oriente ~Sejamos Claros
Iraque e Irao movi,ementaram e movimentam-se por uma sociedade fechada regida e sanguinária onde os religiosos manda querem e abusam
Só que antes deles esteve la o XA da Persia que era apoiadao pelops americanos e matavam a seu bel prazer quem o chateav e com uma madame esposa que tinha 12.000 pares de sapatos
Ele CHA usou e abusou toda a força que a Cia lhe dava
O Povo nao aguentou a pressão e foi facil um mistico a coçar o umbigo em Paris ir ate ao Irao e ficar la a comandar os religiosos
Portantop caro RUIZ
O mango sabe ler e aqui para nós o Viriato mque é quem me empresta os bukes e que le mais do que eu ...e nao só ... ate esteve a representar um ministerio junto dos Iranianos enquanto os dois ( embaixador Irao mamavam umas xantolas
Roberto Fisk faz o favor de3 ior ao Google verificar que nao é comentador de paleios
Ele andou junto a tudo o que era conflito conversou com o Ben ladden e com toda a Misteria desta vasta area de sangue suor e porras
Repito Novamente
Foi a Onu que largou os arabes na palestina sem perguntar aos habitanmtes locais que iam no fole
Haviam no terreno apenas e so 80.000 judeus ( posso meter aqui as palavras do churchill in memorias
E Grito mais uma vez
O Terror e suicidas começam exactamente aqui na palestina numa revolta de tudo o que era Palestinao e depois arabe porque nao foram ouvidos nem achado about
A reentrada de Judeus na Palestina teve causa Biblicas ( THORAS para ser mais certo ) invocando um estatuto religioso ja que o Judeu não é nem nunca pode ser raça ja que nada nops ADN coça por aí
O mango jamais e jamais teve qualquer interesse nas duas religiões que se equivalem no fanatismo religiuoso com a unica diferença que os arabes nao podendo arranjar naifas atiram pedras aos tanques de naifas
Os Judeus adquirem e teem tanta arma que ja nem cabem em israel
Ora a guera do Vietname de depois a do Iraque veio provocar que invadir um pais é canaj
canja
O dificil e fazer a ocupaçao no tereno e olhar olho no olho o inimigo
Ai a derrota foi total
No lado da palestina os judeus mantem um campo de concentraçao barragens muros muretos e Moussad em todas as esquinas vai para 60 anos e a guerra cada vez é mais complexa e delicada para os judeus pese embora a sua capacidade de matar mais depressa
Por ultimo
O buque tem 1230 folhas
A grande guerra pela Civilizaçao
Se eu agarrar neste buke e o arremessar á tola dum gajo ...o gajo cam,baleia e cai ka porrada
EStou á ler ás mijas este bruto calhamaço onde tutti de tutti é descrito do que se tem passado nesta area do Medio Oriente ~Sejamos Claros
Iraque e Irao movi,ementaram e movimentam-se por uma sociedade fechada regida e sanguinária onde os religiosos manda querem e abusam
Só que antes deles esteve la o XA da Persia que era apoiadao pelops americanos e matavam a seu bel prazer quem o chateav e com uma madame esposa que tinha 12.000 pares de sapatos
Ele CHA usou e abusou toda a força que a Cia lhe dava
O Povo nao aguentou a pressão e foi facil um mistico a coçar o umbigo em Paris ir ate ao Irao e ficar la a comandar os religiosos
Portantop caro RUIZ
O mango sabe ler e aqui para nós o Viriato mque é quem me empresta os bukes e que le mais do que eu ...e nao só ... ate esteve a representar um ministerio junto dos Iranianos enquanto os dois ( embaixador Irao mamavam umas xantolas
Roberto Fisk faz o favor de3 ior ao Google verificar que nao é comentador de paleios
Ele andou junto a tudo o que era conflito conversou com o Ben ladden e com toda a Misteria desta vasta area de sangue suor e porras
Repito Novamente
Foi a Onu que largou os arabes na palestina sem perguntar aos habitanmtes locais que iam no fole
Haviam no terreno apenas e so 80.000 judeus ( posso meter aqui as palavras do churchill in memorias
E Grito mais uma vez
O Terror e suicidas começam exactamente aqui na palestina numa revolta de tudo o que era Palestinao e depois arabe porque nao foram ouvidos nem achado about
A reentrada de Judeus na Palestina teve causa Biblicas ( THORAS para ser mais certo ) invocando um estatuto religioso ja que o Judeu não é nem nunca pode ser raça ja que nada nops ADN coça por aí
O mango jamais e jamais teve qualquer interesse nas duas religiões que se equivalem no fanatismo religiuoso com a unica diferença que os arabes nao podendo arranjar naifas atiram pedras aos tanques de naifas
Os Judeus adquirem e teem tanta arma que ja nem cabem em israel
Ora a guera do Vietname de depois a do Iraque veio provocar que invadir um pais é canaj
canja
O dificil e fazer a ocupaçao no tereno e olhar olho no olho o inimigo
Ai a derrota foi total
No lado da palestina os judeus mantem um campo de concentraçao barragens muros muretos e Moussad em todas as esquinas vai para 60 anos e a guerra cada vez é mais complexa e delicada para os judeus pese embora a sua capacidade de matar mais depressa
Por ultimo
O buque tem 1230 folhas
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Robert Fisk
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Robert Fisk (Maidstone, Reino Unido, 12 de julho de 1946) é um premiado jornalista inglês, correspondente no Oriente Médio do jornal britânico The Independent. Fisk vive em Beirute, onde mora há mais de 25 anos.
[editar] Biografia
Filho de um ex-soldado britânico da Primeira Guerra Mundial, Robert Fisk estudou jornalismo na Inglaterra e Irlanda. Trabahou como correspondente internacional na Irlanda - cobrindo os acontecimentos no Ulster - e Portugal. Em 1976, foi convidado por seu editor no The Times para substituir o correspondente do jornal no Oriente Médio. Fisk trabalhou para o The Times até 1988, quando se mudou para o The Independent - após uma discussão com seus editores sobre a modificação de seus artigos, sem seu consentimento.
Robert Fisk cobriu a guerra civil do Líbano (iniciada em 1975), a invasão soviética de Afeganistão (1979), a guerra Irã-Iraque (1980-1988), a invasão israelense do Líbano (1982), a guerra civil na Argélia, as guerras dos Balcãs e a Primeira (1990-1991) e a Segunda Guerra do Golfo Pérsico (2003). Fisk notabiliza-se também pela cobertura ao conflito israelo-palestino. Ele é um defensor da causa palestina e do diálogo dos países árabes e do Irã com Israel.
Considerado como um dos maiores especialistas nos conflitos do Oriente Médio, Fisk contribuiu para divulgar internacionalmente os massacres na guerra civil argelina e nos campos de refugiados libaneses de Sabra e Chatila, os assassinatos de Saddam Hussein, as represálias israelenses durante a Intifada palestina e as atividades ilegais do governo dos Estados Unidos no Afeganistão e Irak. Fisk também entrevistou Osama bin Laden, líder da rede terrorista Al-Qaeda, em 1993 (no Sudão) e 1997 (no Afeganistão).
Robert Fisk é o correspondente estrangeiro britânico mais premiado. Ele recebeu o Prêmio Correspondente Internacional Britânico do Ano sete vezes (as últimas em 1995 e 1996). Também ganhou o Prêmio à Imprensa da Anistia Internacional no Reino Unido em 1998 e 2000.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Robert Fisk (Maidstone, Reino Unido, 12 de julho de 1946) é um premiado jornalista inglês, correspondente no Oriente Médio do jornal britânico The Independent. Fisk vive em Beirute, onde mora há mais de 25 anos.
[editar] Biografia
Filho de um ex-soldado britânico da Primeira Guerra Mundial, Robert Fisk estudou jornalismo na Inglaterra e Irlanda. Trabahou como correspondente internacional na Irlanda - cobrindo os acontecimentos no Ulster - e Portugal. Em 1976, foi convidado por seu editor no The Times para substituir o correspondente do jornal no Oriente Médio. Fisk trabalhou para o The Times até 1988, quando se mudou para o The Independent - após uma discussão com seus editores sobre a modificação de seus artigos, sem seu consentimento.
Robert Fisk cobriu a guerra civil do Líbano (iniciada em 1975), a invasão soviética de Afeganistão (1979), a guerra Irã-Iraque (1980-1988), a invasão israelense do Líbano (1982), a guerra civil na Argélia, as guerras dos Balcãs e a Primeira (1990-1991) e a Segunda Guerra do Golfo Pérsico (2003). Fisk notabiliza-se também pela cobertura ao conflito israelo-palestino. Ele é um defensor da causa palestina e do diálogo dos países árabes e do Irã com Israel.
Considerado como um dos maiores especialistas nos conflitos do Oriente Médio, Fisk contribuiu para divulgar internacionalmente os massacres na guerra civil argelina e nos campos de refugiados libaneses de Sabra e Chatila, os assassinatos de Saddam Hussein, as represálias israelenses durante a Intifada palestina e as atividades ilegais do governo dos Estados Unidos no Afeganistão e Irak. Fisk também entrevistou Osama bin Laden, líder da rede terrorista Al-Qaeda, em 1993 (no Sudão) e 1997 (no Afeganistão).
Robert Fisk é o correspondente estrangeiro britânico mais premiado. Ele recebeu o Prêmio Correspondente Internacional Britânico do Ano sete vezes (as últimas em 1995 e 1996). Também ganhou o Prêmio à Imprensa da Anistia Internacional no Reino Unido em 1998 e 2000.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Considerado como um dos maiores especialistas nos conflitos do Oriente Médio, Fisk contribuiu para divulgar internacionalmente os massacres na guerra civil argelina e nos campos de refugiados libaneses de Sabra e Chatila, os assassinatos de Saddam Hussein, as represálias israelenses durante a Intifada palestina e as atividades ilegais do governo dos Estados Unidos no Afeganistão e Irak. Fisk também entrevistou Osama bin Laden, líder da rede terrorista Al-Qaeda, em 1993 (no Sudão) e 1997 (no Afeganistão).
Robert Fisk é o correspondente estrangeiro britânico mais premiado. Ele recebeu o Prêmio Correspondente Internacional Britânico do Ano sete vezes (as últimas em 1995 e 1996). Também ganhou o Prêmio à Imprensa da Anistia Internacional no Reino Unido em 1998 e 2000.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Vitor mango escreveu:Mas qual roubo, Mango? Se se refere aos territórios extra-fronteiras 1948, lembro-lhe que depois de uma guerra, o vencedor tem certos direitos, entre eles a ocupação de território, dependendo das causas e resultados do conflito. E quem se meteu nesses trablhos, foram os árabes, os perdedores. E é claro que, quanto mais tentarem forçar a nota, pior será.
Pois Pois
So que a ONU que deu o pais á judiaria nao reconheceu essas conquistas nem mesmo OS tribunais internacionais
A ONU não deu o que quer que seja! Teve de reconhecer o país independente, tempos depois.
No início de 1947, o governo britânico, percebendo o encargo político e económico que estava a ser o conflito na Palestina, decidiu acabar com o Mandato, declarando que era incapaz de chegar a uma solução aceitável para ambos os lados, árabes e judeus.
A recém-criada Organização das Nações Unidas recomendou a aplicação do Plano de partição da Palestina, aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas através da Resolução 181, de 29 de Novembro de 1947, propondo a divisão do país em dois Estados, um árabe e um judeu. Segundo esta proposta, a cidade de Jerusalém teria um estatuto de cidade internacional - um corpus separatum - administrada pelas Nações Unidas para evitar um possível conflito sobre o seu estatuto. A Agência Judaica aceitou o plano, embora nunca tivesse afirmado que limitaria o futuro Estado judaico à área proposta pela Resolução 181. A 30 de Novembro de 1947 a Alta Comissão Árabe rejeitou o plano, na esperança de que o assunto fosse revisto e uma proposta alternativa apresentada. Nesta altura, a Liga Árabe não considerava ainda uma intervenção armada na Palestina, à qual se opunha a Alta Comissão Árabe.
No dia seguinte à rejeição do plano, o conflito armado estendeu-se a toda a Palestina. As organizações paramilitares sionistas, em especial o Haganah e os voluntários internacionais que se lhes juntaram, iniciaram o que David Ben Gurion chamou de "defesa agressiva", na qual qualquer ataque árabe seria respondido de forma decisiva, com destruição do lugar, expulsão dos seus moradores e captura da posição. Em Março de 1948 foi colocado em prática o Plano Dalet, com o objectivo de capturar aldeias, bairros e cidades árabes. No mês seguinte, dois importantes acontecimentos geraram ondas de choque através da Palestina e de todo o mundo árabe: A morte de Abd al-Qader al-Husseini defendendo a aldeia árabe de Al-Qastar, e o massacre da aldeia de Deir Yassin, perpetrado pelo Irgun e pelo Stern Gang. Estes acontecimentos levaram os países árabes, reunidos na Liga Árabe, a considerar uma intervenção na Palestina com os seus exércitos regulares. A economia árabe-palestina desmoronou e 250 000 árabes-palestinos fugiram ou foram expulsos.
David Ben-Gurion discursa, em 14 de Maio de 1948, na Declaração do Estado de Israel com um retrato de Theodor Herzl ao fundo.Em 14 de Maio de 1948, um dia antes do fim do Mandato Britânico, a Agência Judaica proclamou a independência, nomeando o país de Israel. No dia seguinte, cinco países árabes - Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque, invadiram Israel, iniciando a Guerra árabe-israelense de 1948. Marrocos, Sudão, Iêmen e Arábia Saudita também enviaram tropas para ajudar os invasores.
Após um ano de combates, um cessar-fogo foi declarado e uma fronteira temporária, conhecida como Linha Verde, foi estabelecida. Os territórios anexados da Jordânia tornaram-se conhecidos como Cisjordânia e Jerusalém Oriental, o Egito assumiu o controle da Faixa de Gaza. Israel foi admitido como membro das Nações Unidas em 11 de maio de 1949.(Wikipédia)
Como vê Mango, a História é bem diferente das afirmações gratuitas que se fazem e justifica (concorde-se ou não), a dureza de Israel, bem como a cautela que põe, nas suas decisões.
As organizações e Tribunais Internacionais não reconhecem as conquistas? Bem, avisadols foram do que seria feito e também os não vi tentarem impedir tais acontecimentos...
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Esqueceu-se de varias coisas
Os Ingleses cavaram perante o Terror dos Judeus que colocaram bombas por todo o lado
Depois na ONU os ingleses abstiveram-se como Pilatos
Indique-me um so pais
Um so pais que reconheça as fronteiras pos 1967 ou a cidade de jeruslame como Judaica
sde o fizer tem um premio
Os Ingleses cavaram perante o Terror dos Judeus que colocaram bombas por todo o lado
Depois na ONU os ingleses abstiveram-se como Pilatos
Indique-me um so pais
Um so pais que reconheça as fronteiras pos 1967 ou a cidade de jeruslame como Judaica
sde o fizer tem um premio
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Deixe lá o Robert Fisk, que também conheço e o seu calhamaço e não misture as estações.
O Irão, actualemnte, é um estado islâmico, que vai implodir e livrar-se da pata clerical, para bem do Médio Oriente. O Xá será reabilitado.
Israel é, no momento, a única democracia da zona, mas tem de defender-se com unhas e dentes do seu vizinho exterminador.
O povo palestino é vítima da sua própria insensatez, iou melhor da estupidez dos seus fracos dirigentes e do fundamentalismo Hamasico
Todo o conteúdo de livros, não directamente ligado ao tema em discussão, é puro folclofre, que nada adianta, não passando de mera opinião subjectiva, que pode radicar em muitas formas de interpretar.
O Irão, actualemnte, é um estado islâmico, que vai implodir e livrar-se da pata clerical, para bem do Médio Oriente. O Xá será reabilitado.
Israel é, no momento, a única democracia da zona, mas tem de defender-se com unhas e dentes do seu vizinho exterminador.
O povo palestino é vítima da sua própria insensatez, iou melhor da estupidez dos seus fracos dirigentes e do fundamentalismo Hamasico
Todo o conteúdo de livros, não directamente ligado ao tema em discussão, é puro folclofre, que nada adianta, não passando de mera opinião subjectiva, que pode radicar em muitas formas de interpretar.
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
João Ruiz escreveu:Deixe lá o Robert Fisk, que também conheço e o seu calhamaço e não misture as estações.
O Irão, actualemnte, é um estado islâmico, que vai implodir e livrar-se da pata clerical, para bem do Médio Oriente. O Xá será reabilitado.
Israel é, no momento, a única democracia da zona, mas tem de defender-se com unhas e dentes do seu vizinho exterminador.
O povo palestino é vítima da sua própria insensatez, iou melhor da estupidez dos seus fracos dirigentes e do fundamentalismo Hamasico
Todo o conteúdo de livros, não directamente ligado ao tema em discussão, é puro folclofre, que nada adianta, não passando de mera opinião subjectiva, que pode radicar em muitas formas de interpretar.
sao tao fanaticos que ate teem a maior colinia de judeus
nada mais nada menos que 30.000
Quantos Iranianos tem Israel ?
3\4 da populaçao que nao é judaica sao parias tee3m um estatuto de cao vadio
E por essa razao e so por essa os arabes nao aceitam nem o mundo apoia um Estado Judaico
Meu caro Houve ja uma declaraçao universal dos direitos do Homerm que um gajo nasce livre e nao kuk voltado para Meca ou a pila limada á la mode judaica
sao esses os valores que o mango defende
A Liberdade de tudo tutti kuanto ter direito no lugar onde nasceu a escolher a religiao que quizer e nada de imposiçoes
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Como é ser judeu no Irã
10 de Abril de 2008 às 20h 00m · Jessica · Arquivado sob Geral
Na República islâmica do presidente anti-sionista Mahmou Ahmadinejad, vivem atualmente cerca de 30 mil judeus. Esta comunidade, que goza da liberdade de culto é até mesmo representada no Parlamento - por um único deputado.
Lucie Geffroy
Leituras e cantos se sucedem, formando uma leve cacofonia. Ouve-se a batida da porta da sinagoga, ao sabor das entradas e saídas das crianças. Do lado das mulheres, à esquerda, ouvem-se sussurros animadíssimos entre duas recitações murmuradas. Do lado dos homens, à direita, sorrisos e saudações com as mãos são trocados na menor oportunidade.
Então, chega o momento em que duas poltronas são instaladas uma na frente da outra, diante do estrado central. A assembléia inteira se mantém em silêncio. O bebê é colocado na posição sentada, sobre os joelhos de seu pai. Não longe deles, o “mohel” (que pratica a circuncisão) prepara os seus acessórios: uma faca, um frasco e pedaços de algodão. A multidão aglutina-se em volta deles. Armado de uma pequena faca de dois gumes, o mohel se debruça sobre o sexo do recém-nascido, enquanto um homem, em pé, enxuga a testa suada do jovem pai, que está ocupado a controlar as gesticulações do seu filho. Câmeras de vídeo e de telefones celulares são erguidas em direção à cena.
Alguns minutos mais tarde, em meio aos gritinhos estridentes das mulheres, o bebê aparece acima da platéia, carregado pelos braços erguidos do seu pai. Os cantos em hebraico ressoam sob o teto alto da sinagoga. Numa sala contígua, um aparador está repleto de ensopados, de saladas e de peixes grelhados. E o pai, em meio aos seus comensais, serve a quem quiser fartas doses de uísque e de vodca!
Discurso contra Israel
Esta cerimônia de circuncisão está sendo realizada na grande sinagoga Yusef Abad, em pleno centro de Teerã, a capital da anti-sionista República Islâmica do Irã. É difícil imaginar que este lugar, que mais se parece com um prédio administrativo, situado no coração de um bairro residencial, acolhe toda semana centenas de judeus de Teerã.
Afinal, a alguns quarteirões de lá, sobre os muros da capital, todos podem ler slogans arrasadores tais como “Down with Israel” (”Vamos acabar com Israel”). Disseminado no Irã desde a revolução islâmica de 1979, o discurso antiisraelense tem se mostrado ainda mais insistente agora que Mahmoud Ahmadinejad ascendeu à presidência do país. Em outubro de 2005, alguns meses depois da sua eleição, retomando declarações feitas pelo aiatolá Khomeini, Ahmadinejad conclamou a “riscar do mapa o Estado de Israel”, que ele comparou com um “tumor”.
Algumas semanas mais tarde, ele afirmou que os ocidentais “inventaram o mito do massacre dos judeus”. Então, o regime dos mulás organizou um concurso “internacional” de caricaturas sobre o tema da Shoah. Mais tarde, nos dias 11 e 12 de dezembro de 2006, o mundo inteiro assistiu, incrédulo, a uma enésima provocação da presidência iraniana: a organização em Teerã de uma conferência sobre o Holocausto, para a qual havia sido convidada a quase-totalidade dos negacionistas (pessoas que questionam a veracidade de fatos históricos como este) do planeta.
Durante dois dias, eles se dedicaram a questionar as provas do genocídio dos judeus pela Alemanha nazista e a fazer do sionismo o produto de uma gigantesca impostura. Desde então, não se passa um mês sequer sem que declarações de um gosto duvidoso venham ilustrar a nova estratégia iraniana de demonização dos judeus e de Israel.
Contudo, a comunidade judaica iraniana, que inclui cerca de 30 mil membros, é a mais importante do Oriente Médio - fora do Estado hebraico. Com mais de 2.700 anos de existência, ela é também a mais antiga diáspora judaica viva do mundo. Assim como acontece na maior parte dos países muçulmanos, ela compartilha com a comunidade cristã o estatuto de minoria protegida (”dhimmis”), reservado aos fiéis que acreditam no Livro sagrado.
Reconhecidos como integrantes de uma minoria religiosa, os judeus estão livres para praticarem seu culto nas suas sinagogas, para celebrarem seus casamentos, etc. Mas eles não gozam dos mesmos direitos que os muçulmanos (entre outros, os que dizem respeito aos direitos de herança) e não podem aceder a empregos nas altas esferas da administração pública ou no exército.
Açougues kosher
“Nós praticamos a nossa religião em toda serenidade e nada nos falta”, declara Farhad Aframian, o jovem redator-chefe da revista judaica “Ofogh-Bina”. “Nós temos cerca de vinte sinagogas em Teerã, além de escolas judaicas, de creches para as nossas crianças mais novas, de alguns açougues kosher (em conformidade com os preceitos judaicos), do nosso próprio hospital, etc. No interior das nossas sinagogas, as pessoas fazem o que querem. O governo não nos incomoda. Nós temos até mesmo o direito de consumir álcool para as necessidades das nossas cerimônias!”.
Nas ruas de Teerã, o visitante se depara muito raramente com judeus trajando um solidéu. A maior parte dentre eles o usa pouco antes de entrar na sinagoga. Além disso, as mulheres judias, mesmo se elas se diferenciam geralmente por meio de roupas sedosas e coloridas, respeitam estritamente o código relativo ao vestuário que é imposto pela lei islâmica, trajando o lenço e o “mantô” que esconde as formas femininas. Será este um sinal de desconfiança?
“Nós não queremos chamar as atenções sobre nós. Nós sabemos que a nossa discrição é uma condição para a nossa relativa liberdade”, responde Arash Abaie, 36 anos, um professor de religião judaica, dono de uma editora de livros em hebraico e leitor na sinagoga Yusef Abad. Em sua opinião, não há nenhuma contradição importante no fato de ser judeu em terra de Islã. “Não existem guetos ou bairros exclusivamente judeus no Irã. Nós estamos integrados e não sentimos hostilidade alguma por parte dos nossos compatriotas”, prossegue. “É importante saber também que nós, judeus do Irã, nos definimos em primeiro lugar e acima de tudo como iranianos”.
Contudo, é difícil imaginar, ainda assim, que as declarações negacionistas e as múltiplas provocações do presidente Ahmadinejad possam ter deixado os judeus iranianos indiferentes. Por intermédio do porta-voz Moris Motamed, o seu único representante no Parlamento, a comunidade judaica condenou oficialmente essas afirmações. Quando Mahmoud Ahmadinejad questionou a existência do Holocausto, dois anos atrás, o deputado organizou uma coletiva de imprensa para protestar publicamente contra essas declarações.
Na ocasião, ele afirmou que o Holocausto é um fato histórico verídico e que todo questionamento desta tragédia humana constitui um insulto para todos os judeus do mundo. Entretanto, para Moris Motamed, estas provocações não representam uma ameaça direta para com a comunidade. “Ahmadinejad nada mais faz do que retomar o discurso dos seus predecessores. Logo nos dias que se seguiram à revolução, Khomeini fez explicitamente a distinção entre os sionistas e os judeus, dizendo: ‘Nós respeitamos o judaísmo, mas nós desprezamos o sionismo’. Os slogans que nós ouvimos ainda atualmente têm como alvo Israel na sua condição de potência ocupante. Eles não são anti-semitas e não nos alvejam. Esta diferenciação é fundamental para nós”, clama Moris Motamed.
Ele não esconde que já lhe ocorreu em várias oportunidades de apoiar publicamente o povo palestino, quando ele considera isso necessário. Além disso, a Associação Judaica de Teerã, conforme ela mesma lembra no seu panfleto de apresentação, andou protestando regularmente contra “os crimes do regime israelense e as violações dos direitos humanos para com os palestinos”.
Distanciamento
Contudo, não é menos verdadeiro que havia evidentemente uma segunda intenção anti-semita no fato de organizar um concurso de caricaturas sobre o tema da Shoah ou na negação do Holocausto. “Nós não somos ingênuos. As provocações de Ahmadinejad visam a justificar a designação de Israel como inimigo externo. Isso lhe permite desviar as atenções das pessoas em relação aos problemas internos”, analisa o deputado, impassível. Esta luta contra o “regime sionista usurpador”, que constitui a pedra angular da política externa do país, é também uma maneira de atrair para si as simpatias dos países árabes da região, com o objetivo de fazer do Irã a maior potência do Oriente Médio.
As declarações presidenciais tampouco comovem a população além do normal. Moses, 51 anos, que trabalha como gerente de uma loja de têxteis prefere levar isso na brincadeira. “O que vocês querem? Deixem-no falar! Ele é um ditador. Ele é louco. Todo mundo sabe disso. Para nós, o que ele pode vir a dizer não muda nada”. “Já faz muitos anos que nós ouvimos os mesmos discursos; a gente nem presta mais atenção ao que eles dizem. Isso faz parte do cenário”, comenta Robin, um estudante de inglês. Este distanciamento pode ser explicado, segundo Arash, pelo pouco interesse que suscitam estas questões específicas. “Os judeus do Irã não costumam se meter a fazer política. Aqui, é muito difícil encontrar livros a respeito da história do Holocausto. De tal forma que até mesmo os judeus iranianos não têm uma grande consciência da Shoah. Esta tragédia não os diz respeito pessoalmente”. O Yom Ha Shoah, que relembra o Holocausto, é uma das poucas festas do calendário hebraico que não são celebradas no Irã.
A necessidade (ou a obrigação) que os seus membros têm de se integrarem juntos é uma característica desta comunidade. Em todo caso, este é um dos objetivos reivindicados pela Organização das Mulheres Judias, fundada já faz sessenta anos, que é a mais antiga associação judaica do Irã.
“Nós organizamos regularmente concertos, e ainda conferências abertas para todas as confissões, de modo a incentivar os intercâmbios com uma maioria de pessoas”, sublinha Marjan Yashayayi, que é membro ativa da organização e diretora da biblioteca da Associação Judaica de Teerã. “E nós temos muito orgulho por constatar que há muito mais universitários muçulmanos do que judeus que vêm consultar e emprestar os nossos livros sobre a religião e a cultura hebraicas”.
Da mesma forma, apesar da existência de escolas judaicas, muitas são as famílias que preferem inscrever os seus filhos nas escolas muçulmanas, de maneira que eles possam se integrar melhor e aprender as bases do Islã. Tanto mais que no concurso de entrada na universidade, cada aluno, qualquer que seja a sua confissão, deve passar uma prova de “ciências islâmicas”. Portanto, para não ficar a ver navios na hora de responder a uma pergunta sobre a data da morte do sétimo imame, mais vale ter freqüentado um colégio muçulmano.
Contudo, à medida que a conversa vai se estendendo, os judeus iranianos que nós encontramos se arriscam a se queixar. “Não é tão fácil assim ser judeu no Irã”, afirma Esther. “A minha irmã era chefe de equipe numa companhia farmacêutica de mais de 200 empregados. Ela estava prestes a se tornar gerente - todos os funcionários estavam de acordo com isso. No último momento, a diretoria lhe enviou uma nota explicando que se ela quisesse o cargo, ela teria de se converter à religião muçulmana. Uma vez que ela recusou, eles lhe pediram para se demitir”.
Vínculos econômicos
Daniela, 13 anos, freqüenta um colégio muçulmano. Ela explica, por sua vez, que de vez em quando, certos alunos a chamam de “inimiga” “É verdade que em certos casos, a nossa religião constitui um obstáculo. Mas o nosso destino é muito mais invejável que o dos bahaïs, por exemplo”, reconhece Marjan, fazendo referência aos 350 mil seguidores da fé bahaï, uma dissidência do Islã que surgiu no século 19. “A situação dos judeus do Irã não é pior que a de outras minorias”, confirma Parvaneh Vahidmanesh, que está preparando um doutorado e um livro sobre a história dos judeus no Irã.
“Uma minoria perseguida, os bahaïs são proibidos de celebrarem o seu culto. Os judeus, que geralmente são comerciantes, engenheiros ou médicos, gozam de mais poderes e de riquezas do que os cristãos e os zoroastristas. Eles têm a sorte de terem desenvolvido vínculos econômicos com os muçulmanos e de contarem com ajudas da diáspora americana e israelense”.
“Terminantemente proibido viajar para Israel”
Apesar da ruptura dos laços diplomáticos entre o Irã e Israel, os judeus iranianos mantêm algumas relações com o Estado hebraico. Sobretudo por intermédio da família. Muitos deles têm um primo, um tio, um irmão ou avôs que vivem em Tel-Aviv ou em Jerusalém, uma vez que por ocasião da fundação do Estado de Israel, em 1948, e depois durante a revolução de 1979, uma parte muito importante da comunidade judaica do Irã emigrou.
Kamran, que é pai de três filhos, é comerciante em Ispahan. Três das suas irmãs moram em Jerusalém. Ele vai visitá-las todos os anos. “Está escrito com grande destaque no nosso passaporte: ‘é terminantemente proibido viajar para Israel’. Portanto, para visitarmos a nossa família, nós precisamos passar por Chipre ou pela Turquia e, em Jerusalém, as autoridades emitem para nós um visto sobre uma folha destacada”, conta.
“As minhas irmãs ligam regularmente para mim e nós comunicamos muito por e-mail. Elas se preocupam em saber como as coisas andam para nós aqui, principalmente desde que Ahmadinejad está no poder. É verdade que durante o governo Khatami [o presidente anterior, reformista, que governou de 1997 a 2005], a gente se sentia mais à vontade, mais livre para se expressar. Mas eu as tranqüilizo: por enquanto, nós não temos muito do que nos queixar”.
Naquela noite de sexta-feira, às vésperas do sabá, toda a pequena família está reunida. Na sala de estar, o televisor está ligado e mostra o programa em persa da Rádio Israel, apresentado por iranianos de Jerusalém. O filho primogênito, Jonathan, 23 anos, é também um leitor assíduo do “Jerusalem Post” e do “Haaretz”, os quais ele consulta on-line para, segundo ele, se informar do que está acontecendo em Israel.
Da mesma forma que muitos jovens da sua idade, ele não quer se contentar com os jornais iranianos, que, na sua maioria, estão submetidos à censura. Um estudante de informática, Jonathan se sente bem integrado. Mais tarde, durante a noite, ele emitirá ainda assim algumas reservas: “Na qualidade de judeus, nós sabemos que profissionalmente encontraremos obstáculos. Nenhum de nós pode esperar fazer carreira no exército ou tornar-se um alto-funcionário. Nem pretender conseguir um cargo de advogado ou de magistrado. Então, uma vez que os veículos de comunicação, as editoras ou o setor da educação são completamente islamizados, a maioria dentre nós prefere se orientar rumo a setores mais neutros, tais como a engenharia, a medicina, a farmácia”.
Contudo, por nada neste mundo Jonathan partiria para viver em Israel (”Eu amo o meu país e eu teria medo demais dos atentados”), mas ele compreende que certos iranianos tenham esta vontade. No final de dezembro, um grupo de cerca de quarenta imigrantes judeus, auxiliados financeiramente pela Agência Judaica, desembarcou em Tel-Aviv diante das objetivas das câmeras e das máquinas fotográficas de dezenas de jornalistas. A Agência Judaica declarou então que estes homens e mulheres haviam deixado o seu país por causa de um anti-semitismo crescente. É difícil saber ao certo onde pára a verdade e onde começa a manipulação política, comenta Arash, que, entretanto, constata que eventos desta natureza, amplamente repercutidos pelos meios de comunicação iranianos, só fazem piorar a imagem dos judeus no Irã.
Em novembro de 2007, o “Guardian” havia dado conta de “um número crescente de emigrações de judeus do Irã para Israel, por causa das tensões crescentes entre os dois países”, e citava o exemplo de Benyamin, um jovem professor de hebraico que teria sido ameaçado de morte por ser suspeitado de espionagem a serviço de Israel.
Entre provocação e tolerância
O próprio Moris Motamed reconhece que, volta e meia, as tensões internacionais provocam confusões até mesmo na vida cotidiana dos judeus iranianos. Em Shiraz, no sul do país, durante o verão de 2006, em plena guerra entre Israel e o Hizbollah, organização esta apoiada por Teerã, uma loja mantida por judeus, por exemplo, foi alvo de um atentado com bomba, perpetrado por um grupo de muçulmanos extremistas.
Nesta cidade conhecida pelo seu conservadorismo, a desconfiança em relação aos jornalistas se faz sentir de uma maneira muito mais nítida do que em Teerã. Aliás, esta não foi a primeira vez que Shiraz tornou-se palco de incidentes graves. Nesta cidade, até hoje, a recordação do “caso dos treze judeus” está viva nas mentes. Em 2000, treze estudantes e professores de religião judeus haviam sido presos e encarcerados por “espionagem em proveito da entidade sionista”. Eles só vieram a ser libertados alguns anos mais tarde, como resultado de uma importante mobilização internacional.
Benyamin, que fora um destes treze prisioneiros, e que nós encontramos em Ispahan, hoje é rabino. Ele nos explica de antemão que não quer falar novamente deste acontecimento, preferindo se contentar em nos fazer visitar o banho das abluções da principal sinagoga de Ispahan. No que vem a ser mais um sintoma da ambigüidade da situação da comunidade judaica do Irã, entre provocações, humilhações e tolerância.
“Há séculos e mais séculos que no Irã, os judeus e os muçulmanos vivem juntos, respeitando uns aos outros. Se compararmos com o que aconteceu na história mundial é possível afirmar que nós estamos nos saindo até que bem”, resume Marjan. “No fundo deles mesmos, muitos judeus iranianos esperam representar um modelo para os palestinos e os israelenses. Nós somos provas vivas de que é possível viver em paz, apesar das diferenças. Seria legal se você pudesse colocar isso no seu artigo”, havia insistido Marjan. Dito e feito.
Atendendo ao seu pedido, ou por iniciativa nossa, nós alteramos os nomes de algumas das pessoas entrevistadas.
Fonte: Le Monde
10 de Abril de 2008 às 20h 00m · Jessica · Arquivado sob Geral
Na República islâmica do presidente anti-sionista Mahmou Ahmadinejad, vivem atualmente cerca de 30 mil judeus. Esta comunidade, que goza da liberdade de culto é até mesmo representada no Parlamento - por um único deputado.
Lucie Geffroy
Leituras e cantos se sucedem, formando uma leve cacofonia. Ouve-se a batida da porta da sinagoga, ao sabor das entradas e saídas das crianças. Do lado das mulheres, à esquerda, ouvem-se sussurros animadíssimos entre duas recitações murmuradas. Do lado dos homens, à direita, sorrisos e saudações com as mãos são trocados na menor oportunidade.
Então, chega o momento em que duas poltronas são instaladas uma na frente da outra, diante do estrado central. A assembléia inteira se mantém em silêncio. O bebê é colocado na posição sentada, sobre os joelhos de seu pai. Não longe deles, o “mohel” (que pratica a circuncisão) prepara os seus acessórios: uma faca, um frasco e pedaços de algodão. A multidão aglutina-se em volta deles. Armado de uma pequena faca de dois gumes, o mohel se debruça sobre o sexo do recém-nascido, enquanto um homem, em pé, enxuga a testa suada do jovem pai, que está ocupado a controlar as gesticulações do seu filho. Câmeras de vídeo e de telefones celulares são erguidas em direção à cena.
Alguns minutos mais tarde, em meio aos gritinhos estridentes das mulheres, o bebê aparece acima da platéia, carregado pelos braços erguidos do seu pai. Os cantos em hebraico ressoam sob o teto alto da sinagoga. Numa sala contígua, um aparador está repleto de ensopados, de saladas e de peixes grelhados. E o pai, em meio aos seus comensais, serve a quem quiser fartas doses de uísque e de vodca!
Discurso contra Israel
Esta cerimônia de circuncisão está sendo realizada na grande sinagoga Yusef Abad, em pleno centro de Teerã, a capital da anti-sionista República Islâmica do Irã. É difícil imaginar que este lugar, que mais se parece com um prédio administrativo, situado no coração de um bairro residencial, acolhe toda semana centenas de judeus de Teerã.
Afinal, a alguns quarteirões de lá, sobre os muros da capital, todos podem ler slogans arrasadores tais como “Down with Israel” (”Vamos acabar com Israel”). Disseminado no Irã desde a revolução islâmica de 1979, o discurso antiisraelense tem se mostrado ainda mais insistente agora que Mahmoud Ahmadinejad ascendeu à presidência do país. Em outubro de 2005, alguns meses depois da sua eleição, retomando declarações feitas pelo aiatolá Khomeini, Ahmadinejad conclamou a “riscar do mapa o Estado de Israel”, que ele comparou com um “tumor”.
Algumas semanas mais tarde, ele afirmou que os ocidentais “inventaram o mito do massacre dos judeus”. Então, o regime dos mulás organizou um concurso “internacional” de caricaturas sobre o tema da Shoah. Mais tarde, nos dias 11 e 12 de dezembro de 2006, o mundo inteiro assistiu, incrédulo, a uma enésima provocação da presidência iraniana: a organização em Teerã de uma conferência sobre o Holocausto, para a qual havia sido convidada a quase-totalidade dos negacionistas (pessoas que questionam a veracidade de fatos históricos como este) do planeta.
Durante dois dias, eles se dedicaram a questionar as provas do genocídio dos judeus pela Alemanha nazista e a fazer do sionismo o produto de uma gigantesca impostura. Desde então, não se passa um mês sequer sem que declarações de um gosto duvidoso venham ilustrar a nova estratégia iraniana de demonização dos judeus e de Israel.
Contudo, a comunidade judaica iraniana, que inclui cerca de 30 mil membros, é a mais importante do Oriente Médio - fora do Estado hebraico. Com mais de 2.700 anos de existência, ela é também a mais antiga diáspora judaica viva do mundo. Assim como acontece na maior parte dos países muçulmanos, ela compartilha com a comunidade cristã o estatuto de minoria protegida (”dhimmis”), reservado aos fiéis que acreditam no Livro sagrado.
Reconhecidos como integrantes de uma minoria religiosa, os judeus estão livres para praticarem seu culto nas suas sinagogas, para celebrarem seus casamentos, etc. Mas eles não gozam dos mesmos direitos que os muçulmanos (entre outros, os que dizem respeito aos direitos de herança) e não podem aceder a empregos nas altas esferas da administração pública ou no exército.
Açougues kosher
“Nós praticamos a nossa religião em toda serenidade e nada nos falta”, declara Farhad Aframian, o jovem redator-chefe da revista judaica “Ofogh-Bina”. “Nós temos cerca de vinte sinagogas em Teerã, além de escolas judaicas, de creches para as nossas crianças mais novas, de alguns açougues kosher (em conformidade com os preceitos judaicos), do nosso próprio hospital, etc. No interior das nossas sinagogas, as pessoas fazem o que querem. O governo não nos incomoda. Nós temos até mesmo o direito de consumir álcool para as necessidades das nossas cerimônias!”.
Nas ruas de Teerã, o visitante se depara muito raramente com judeus trajando um solidéu. A maior parte dentre eles o usa pouco antes de entrar na sinagoga. Além disso, as mulheres judias, mesmo se elas se diferenciam geralmente por meio de roupas sedosas e coloridas, respeitam estritamente o código relativo ao vestuário que é imposto pela lei islâmica, trajando o lenço e o “mantô” que esconde as formas femininas. Será este um sinal de desconfiança?
“Nós não queremos chamar as atenções sobre nós. Nós sabemos que a nossa discrição é uma condição para a nossa relativa liberdade”, responde Arash Abaie, 36 anos, um professor de religião judaica, dono de uma editora de livros em hebraico e leitor na sinagoga Yusef Abad. Em sua opinião, não há nenhuma contradição importante no fato de ser judeu em terra de Islã. “Não existem guetos ou bairros exclusivamente judeus no Irã. Nós estamos integrados e não sentimos hostilidade alguma por parte dos nossos compatriotas”, prossegue. “É importante saber também que nós, judeus do Irã, nos definimos em primeiro lugar e acima de tudo como iranianos”.
Contudo, é difícil imaginar, ainda assim, que as declarações negacionistas e as múltiplas provocações do presidente Ahmadinejad possam ter deixado os judeus iranianos indiferentes. Por intermédio do porta-voz Moris Motamed, o seu único representante no Parlamento, a comunidade judaica condenou oficialmente essas afirmações. Quando Mahmoud Ahmadinejad questionou a existência do Holocausto, dois anos atrás, o deputado organizou uma coletiva de imprensa para protestar publicamente contra essas declarações.
Na ocasião, ele afirmou que o Holocausto é um fato histórico verídico e que todo questionamento desta tragédia humana constitui um insulto para todos os judeus do mundo. Entretanto, para Moris Motamed, estas provocações não representam uma ameaça direta para com a comunidade. “Ahmadinejad nada mais faz do que retomar o discurso dos seus predecessores. Logo nos dias que se seguiram à revolução, Khomeini fez explicitamente a distinção entre os sionistas e os judeus, dizendo: ‘Nós respeitamos o judaísmo, mas nós desprezamos o sionismo’. Os slogans que nós ouvimos ainda atualmente têm como alvo Israel na sua condição de potência ocupante. Eles não são anti-semitas e não nos alvejam. Esta diferenciação é fundamental para nós”, clama Moris Motamed.
Ele não esconde que já lhe ocorreu em várias oportunidades de apoiar publicamente o povo palestino, quando ele considera isso necessário. Além disso, a Associação Judaica de Teerã, conforme ela mesma lembra no seu panfleto de apresentação, andou protestando regularmente contra “os crimes do regime israelense e as violações dos direitos humanos para com os palestinos”.
Distanciamento
Contudo, não é menos verdadeiro que havia evidentemente uma segunda intenção anti-semita no fato de organizar um concurso de caricaturas sobre o tema da Shoah ou na negação do Holocausto. “Nós não somos ingênuos. As provocações de Ahmadinejad visam a justificar a designação de Israel como inimigo externo. Isso lhe permite desviar as atenções das pessoas em relação aos problemas internos”, analisa o deputado, impassível. Esta luta contra o “regime sionista usurpador”, que constitui a pedra angular da política externa do país, é também uma maneira de atrair para si as simpatias dos países árabes da região, com o objetivo de fazer do Irã a maior potência do Oriente Médio.
As declarações presidenciais tampouco comovem a população além do normal. Moses, 51 anos, que trabalha como gerente de uma loja de têxteis prefere levar isso na brincadeira. “O que vocês querem? Deixem-no falar! Ele é um ditador. Ele é louco. Todo mundo sabe disso. Para nós, o que ele pode vir a dizer não muda nada”. “Já faz muitos anos que nós ouvimos os mesmos discursos; a gente nem presta mais atenção ao que eles dizem. Isso faz parte do cenário”, comenta Robin, um estudante de inglês. Este distanciamento pode ser explicado, segundo Arash, pelo pouco interesse que suscitam estas questões específicas. “Os judeus do Irã não costumam se meter a fazer política. Aqui, é muito difícil encontrar livros a respeito da história do Holocausto. De tal forma que até mesmo os judeus iranianos não têm uma grande consciência da Shoah. Esta tragédia não os diz respeito pessoalmente”. O Yom Ha Shoah, que relembra o Holocausto, é uma das poucas festas do calendário hebraico que não são celebradas no Irã.
A necessidade (ou a obrigação) que os seus membros têm de se integrarem juntos é uma característica desta comunidade. Em todo caso, este é um dos objetivos reivindicados pela Organização das Mulheres Judias, fundada já faz sessenta anos, que é a mais antiga associação judaica do Irã.
“Nós organizamos regularmente concertos, e ainda conferências abertas para todas as confissões, de modo a incentivar os intercâmbios com uma maioria de pessoas”, sublinha Marjan Yashayayi, que é membro ativa da organização e diretora da biblioteca da Associação Judaica de Teerã. “E nós temos muito orgulho por constatar que há muito mais universitários muçulmanos do que judeus que vêm consultar e emprestar os nossos livros sobre a religião e a cultura hebraicas”.
Da mesma forma, apesar da existência de escolas judaicas, muitas são as famílias que preferem inscrever os seus filhos nas escolas muçulmanas, de maneira que eles possam se integrar melhor e aprender as bases do Islã. Tanto mais que no concurso de entrada na universidade, cada aluno, qualquer que seja a sua confissão, deve passar uma prova de “ciências islâmicas”. Portanto, para não ficar a ver navios na hora de responder a uma pergunta sobre a data da morte do sétimo imame, mais vale ter freqüentado um colégio muçulmano.
Contudo, à medida que a conversa vai se estendendo, os judeus iranianos que nós encontramos se arriscam a se queixar. “Não é tão fácil assim ser judeu no Irã”, afirma Esther. “A minha irmã era chefe de equipe numa companhia farmacêutica de mais de 200 empregados. Ela estava prestes a se tornar gerente - todos os funcionários estavam de acordo com isso. No último momento, a diretoria lhe enviou uma nota explicando que se ela quisesse o cargo, ela teria de se converter à religião muçulmana. Uma vez que ela recusou, eles lhe pediram para se demitir”.
Vínculos econômicos
Daniela, 13 anos, freqüenta um colégio muçulmano. Ela explica, por sua vez, que de vez em quando, certos alunos a chamam de “inimiga” “É verdade que em certos casos, a nossa religião constitui um obstáculo. Mas o nosso destino é muito mais invejável que o dos bahaïs, por exemplo”, reconhece Marjan, fazendo referência aos 350 mil seguidores da fé bahaï, uma dissidência do Islã que surgiu no século 19. “A situação dos judeus do Irã não é pior que a de outras minorias”, confirma Parvaneh Vahidmanesh, que está preparando um doutorado e um livro sobre a história dos judeus no Irã.
“Uma minoria perseguida, os bahaïs são proibidos de celebrarem o seu culto. Os judeus, que geralmente são comerciantes, engenheiros ou médicos, gozam de mais poderes e de riquezas do que os cristãos e os zoroastristas. Eles têm a sorte de terem desenvolvido vínculos econômicos com os muçulmanos e de contarem com ajudas da diáspora americana e israelense”.
“Terminantemente proibido viajar para Israel”
Apesar da ruptura dos laços diplomáticos entre o Irã e Israel, os judeus iranianos mantêm algumas relações com o Estado hebraico. Sobretudo por intermédio da família. Muitos deles têm um primo, um tio, um irmão ou avôs que vivem em Tel-Aviv ou em Jerusalém, uma vez que por ocasião da fundação do Estado de Israel, em 1948, e depois durante a revolução de 1979, uma parte muito importante da comunidade judaica do Irã emigrou.
Kamran, que é pai de três filhos, é comerciante em Ispahan. Três das suas irmãs moram em Jerusalém. Ele vai visitá-las todos os anos. “Está escrito com grande destaque no nosso passaporte: ‘é terminantemente proibido viajar para Israel’. Portanto, para visitarmos a nossa família, nós precisamos passar por Chipre ou pela Turquia e, em Jerusalém, as autoridades emitem para nós um visto sobre uma folha destacada”, conta.
“As minhas irmãs ligam regularmente para mim e nós comunicamos muito por e-mail. Elas se preocupam em saber como as coisas andam para nós aqui, principalmente desde que Ahmadinejad está no poder. É verdade que durante o governo Khatami [o presidente anterior, reformista, que governou de 1997 a 2005], a gente se sentia mais à vontade, mais livre para se expressar. Mas eu as tranqüilizo: por enquanto, nós não temos muito do que nos queixar”.
Naquela noite de sexta-feira, às vésperas do sabá, toda a pequena família está reunida. Na sala de estar, o televisor está ligado e mostra o programa em persa da Rádio Israel, apresentado por iranianos de Jerusalém. O filho primogênito, Jonathan, 23 anos, é também um leitor assíduo do “Jerusalem Post” e do “Haaretz”, os quais ele consulta on-line para, segundo ele, se informar do que está acontecendo em Israel.
Da mesma forma que muitos jovens da sua idade, ele não quer se contentar com os jornais iranianos, que, na sua maioria, estão submetidos à censura. Um estudante de informática, Jonathan se sente bem integrado. Mais tarde, durante a noite, ele emitirá ainda assim algumas reservas: “Na qualidade de judeus, nós sabemos que profissionalmente encontraremos obstáculos. Nenhum de nós pode esperar fazer carreira no exército ou tornar-se um alto-funcionário. Nem pretender conseguir um cargo de advogado ou de magistrado. Então, uma vez que os veículos de comunicação, as editoras ou o setor da educação são completamente islamizados, a maioria dentre nós prefere se orientar rumo a setores mais neutros, tais como a engenharia, a medicina, a farmácia”.
Contudo, por nada neste mundo Jonathan partiria para viver em Israel (”Eu amo o meu país e eu teria medo demais dos atentados”), mas ele compreende que certos iranianos tenham esta vontade. No final de dezembro, um grupo de cerca de quarenta imigrantes judeus, auxiliados financeiramente pela Agência Judaica, desembarcou em Tel-Aviv diante das objetivas das câmeras e das máquinas fotográficas de dezenas de jornalistas. A Agência Judaica declarou então que estes homens e mulheres haviam deixado o seu país por causa de um anti-semitismo crescente. É difícil saber ao certo onde pára a verdade e onde começa a manipulação política, comenta Arash, que, entretanto, constata que eventos desta natureza, amplamente repercutidos pelos meios de comunicação iranianos, só fazem piorar a imagem dos judeus no Irã.
Em novembro de 2007, o “Guardian” havia dado conta de “um número crescente de emigrações de judeus do Irã para Israel, por causa das tensões crescentes entre os dois países”, e citava o exemplo de Benyamin, um jovem professor de hebraico que teria sido ameaçado de morte por ser suspeitado de espionagem a serviço de Israel.
Entre provocação e tolerância
O próprio Moris Motamed reconhece que, volta e meia, as tensões internacionais provocam confusões até mesmo na vida cotidiana dos judeus iranianos. Em Shiraz, no sul do país, durante o verão de 2006, em plena guerra entre Israel e o Hizbollah, organização esta apoiada por Teerã, uma loja mantida por judeus, por exemplo, foi alvo de um atentado com bomba, perpetrado por um grupo de muçulmanos extremistas.
Nesta cidade conhecida pelo seu conservadorismo, a desconfiança em relação aos jornalistas se faz sentir de uma maneira muito mais nítida do que em Teerã. Aliás, esta não foi a primeira vez que Shiraz tornou-se palco de incidentes graves. Nesta cidade, até hoje, a recordação do “caso dos treze judeus” está viva nas mentes. Em 2000, treze estudantes e professores de religião judeus haviam sido presos e encarcerados por “espionagem em proveito da entidade sionista”. Eles só vieram a ser libertados alguns anos mais tarde, como resultado de uma importante mobilização internacional.
Benyamin, que fora um destes treze prisioneiros, e que nós encontramos em Ispahan, hoje é rabino. Ele nos explica de antemão que não quer falar novamente deste acontecimento, preferindo se contentar em nos fazer visitar o banho das abluções da principal sinagoga de Ispahan. No que vem a ser mais um sintoma da ambigüidade da situação da comunidade judaica do Irã, entre provocações, humilhações e tolerância.
“Há séculos e mais séculos que no Irã, os judeus e os muçulmanos vivem juntos, respeitando uns aos outros. Se compararmos com o que aconteceu na história mundial é possível afirmar que nós estamos nos saindo até que bem”, resume Marjan. “No fundo deles mesmos, muitos judeus iranianos esperam representar um modelo para os palestinos e os israelenses. Nós somos provas vivas de que é possível viver em paz, apesar das diferenças. Seria legal se você pudesse colocar isso no seu artigo”, havia insistido Marjan. Dito e feito.
Atendendo ao seu pedido, ou por iniciativa nossa, nós alteramos os nomes de algumas das pessoas entrevistadas.
Fonte: Le Monde
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Na República islâmica do presidente anti-sionista Mahmou Ahmadinejad, vivem atualmente cerca de 30 mil judeus. Esta comunidade, que goza da liberdade de culto é até mesmo representada no Parlamento - por um único deputado.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
“Há séculos e mais séculos que no Irã, os judeus e os muçulmanos vivem juntos, respeitando uns aos outros. Se compararmos com o que aconteceu na história mundial é possível afirmar que nós estamos nos saindo até que bem”, resume Marjan. “No fundo deles mesmos, muitos judeus iranianos esperam representar um modelo para os palestinos e os israelenses. Nós somos provas vivas de que é possível viver em paz, apesar das diferenças. Seria legal se você pudesse colocar isso no seu artigo”, havia insistido Marjan. Dito e feito.
Vitor mango- Pontos : 118184
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Vitor mango escreveu:Esqueceu-se de varias coisas
Os Ingleses cavaram perante o Terror dos Judeus que colocaram bombas por todo o lado
Depois na ONU os ingleses abstiveram-se como Pilatos
Indique-me um so pais
Um so pais que reconheça as fronteiras pos 1967 ou a cidade de jeruslame como Judaica
sde o fizer tem um premio
Ó Mango!
Não está aqui em causa um reconhecimento, mas resultados de uma guerra, que Israel não procurou. Se os árabes têm tido o bom senso de não guerrearem Israel, porque disso não necessitavam, não haveria ´hoje territórios ocupados, nem conflito.
Além disso, Israel foi muito claro, avisando que ocuparia todas as terras vencidas, não podendo, portanto, a outra parte reclamar-se de enganada.
Logo, qualquer reconhecimento internacional está fora de questão, se também as ditas organizações não foram capazes de obviar ao conflito.
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Judeus lamentam que festas pelo Muro ofusquem tragédia
Quando ler todo o artigo que postou, porque gosto de saber como e por quê respondo, eu volto ao assunto, ok?
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
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