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Reformistas contra conservadores: mais um episódio de violência num filme que está para durar

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Mensagem por Vitor mango Ter Dez 08, 2009 8:45 am

Reformistas contra conservadores: mais um episódio de violência num filme que está para durar


por Gonçalo Venâncio, Publicado em 08 de Dezembro de 2009 | Actualizado há 19 horas





No
"Dia do Estudante", oposição do Irão voltou a medir forças com Mahmoud
Ahmadinejad. Fracturas cada vez mais expostas no regime teocrático


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Reformistas contra conservadores no Irão














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"As quatro equipas de futebol iraniano - nomeadamente o Esteqlal, o
Zobe Ahan, Sepahan e o Mes de Kerman - descobriram segunda-feira que
têm adversários muito duros na Taça dos Campeões Asiáticos." Nas
agências noticiosas iranianas, é o futebol a dominar os cabeçalhos.
Isto, ao mesmo tempo que Teerão estava em convulsão, mergulhada em mais
uma vaga de protestos contra a ortodoxia de Mahmoud Ahmadinejad. Sobre
os acontecimentos na capital, pouco ou nada se lê nos media iranianos,
sinalizando a crescente opacidade do regime teocrático liderado por
Ahmadinejad.

Por
maior que seja o esforço, continuam a haver muitas forças fora do
controlo do regime. Mesmo cortando as ligações à internet - idem para
os telemóveis - e mesmo fazendo alarde às ameaças de "violenta
repressão" sobre os manifestantes, milhares de estudantes desafiaram a
polícia anti-motim e as milícias Bassij e saíram ontem às ruas de
Teerão exigindo a cabeça de Mahmoud Ahmadinejad. "Morte ao ditador" e
"Não tenham medo" foram as frases de ordem no dia em que se assinalou o
'Dia Nacional do Estudante', data que passou a integrar o calendário
iraniano depois da Revolução Islâmica de 1979. Neste dia são lembrados
três jovens assassinados em 1953, à porta da Universidade de Teerão,
pelas forças de segurança do Xá Reza Pahlavi.

Largos milhares
de polícias reagiram à bastonada e tentaram dispersar a multidão com
gás lacrimogéneo. Na web, alguns iranianos relatavam tiros dados para o
ar na Praça da Palestina e uma dezena de detenções.

Mais do
que uma efeméride, o "Dia do Estudante" voltou a assinalar divergências
políticas insanáveis seis meses depois das eleições presidenciais, um
processo eleitoral visto como fraudulento entre largas franjas da
população iraniana. "Vocês combatem o povo nas ruas, mas estão
constantemente a perder a vossa dignidade perante o povo", disse Mir
Hossein Mousavi, o líder do "movimento verde", de pendor reformista,
derrotado por Ahmadinejad a 12 de Junho. Em tom provocador, Mousavi
questionou directamente o regime: "Mesmo que silenciem todas as
universidades, o que é que vão fazer com toda a sociedade?"

Depois
do escrutínio que renovou o mandato de Ahmadinejad à frente da
República Islâmica, Teerão assistiu às maiores manifestações desde a
Revolução Islâmica. Pelo menos 36 pessoas morreram durante os
confrontos - a oposição fala em 72- e foram feitas várias centenas de
detenções políticas.

As implicações na estrutura de poder
iraniana são profundas e imprevisíveis. A ponto de alguns analistas
falarem no risco de implosão da república fundada pelo ayatollah
Khomeini. Mais do que um combate latente entre Ahmadinejad e Mir
Hossein Mousavi, há hoje um choque claro entre elites religiosas
conservadoras e reformistas, que está a abalar os pilares da teocracia.
De um lado, um presidente populista, ideologicamente empedernido e
frugal - mesmo depois de eleito, em 2005, Ahmadinejad continuou a
conduzir o seu Peugeot 504 de 1977. Do outro, Mousavi e, sobretudo, Ali
Akbar Rafsanjani, um dos homens mais ricos do mundo e mais poderosos na
hierarquia clérical - preside ao conselho de peritos -, símbolo de um
establishment pós-revolucionário que Ahmadinejad não hesita em rotular
de "corrupto".

"Há um Irão diferente depois das eleições de 12
de Junho. Algumas figuras principais do regime desertaram e o número de
conservadores à volta da liderança é cada vez mais pequeno", assinala
Geneive Abdo, um analista político iraniano citado pela 'Bloomberg'.

De
fora, a percepção é semelhante. Israel orgulha-se disso e esquece o
discurso diplomático para não deixar passar em claro mais um episódio
que sacudiu o maior inimigo regional. "Durante o último ano, o Irão
perdeu muita legitimidade na comunidade internacional. Boa parte da
população iraniana nutre grande animosidade contra o regime. Isto é um
activo valioso para Israel", palavras de Benjamin Netanyahu. Pouco
afoito em comentários, perante o Knesset, parlamento israelita, o
primeiro-ministro israelita pediu aos Estados Unidos para amplificarem
o uso do Twitter e de outras redes sociais na disputa contra o Irão. "A
possibilidade de usar a internet e o Twitter contra o regime iraniano é
uma possibilidade extraordinária para os Estados Unidos."

Ontem,
tal como nos dias quentes de Junho, o Twitter foi utilizado como arma
política contra o regime: "Hoje, os estudantes hastearam a bandeira do
Irão sem o símbolo islâmico. Nós somos Irão", escreveu 'Oxford girl',
uma exilada iraniana. Fica a certeza de que, os movimentos de oposição
não estão numa fase transitória e fazem parte da dinâmica política
interna. "As pessoas estão nisto no longo prazo", diz Abdo.







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