Marrocos e EUA negoceiam uma solução para Haidar
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Marrocos e EUA negoceiam uma solução para Haidar
Marrocos e EUA negoceiam uma solução para Haidar
por LUMENA RAPOSOHoje
Marrocos e EUA negoceiam uma solução para Haidar
Parlamento Europeu cancela debate sobre activista sarauí para não prejudicar negociações entre Rabat e Washington. Chefe da diplomacia espanhola diz-se confiante sobre uma resolução da crise. Sem o Rei marroquino perder a face.
O Rei Mohamed VI, para quem um Sara marroquino previne o terrorismo na região, enviou dois homens da sua total confiança aos EUA para negociar uma solução para a crise de Aminatu Haidar, revelou o diário El País na sua edição de ontem. O mesmo jornal, que cita fontes diplomáticas ligadas às conversações, avançou que estas tiveram início na terça-feira no Departamento de Estado e no Conselho Nacional de Segurança dos EUA.
O embaixador de Espanha nos EUA não participa nas reuniões de Washington, mas tem sido mantido ao corrente do seu conteúdo. Conseguir o fim da greve de fome de Haidar e o seu regresso a casa, em El Aiún, a capital do Sara Ocidental, é o objectivo das negociações em causa. Sem Marrocos e o Rei perderem a face.
As negociações são, portanto, sensíveis. Daí não surpreender que Mohamed VI tenha enviado uma delegação, não só de alto nível mas da sua máxima confiança: o deputado seu amigo e ex-director de gabinete, Fouad Alí el Himma, e Yassin Mansouri, o chefe dos serviços secretos marroquinos que actuam no exterior (DGED) e o homem que melhor conhece o conflito do Sara Ocidental.
Em Washington estarão a ser negociadas "fórmulas imaginativas" para a crise, tais como Rabat autorizar o regresso de Haidar sem passaporte. Mas, antes, alguém da sua família, residente em Marrocos ou no Sara, e invocando razões humanitárias faria um apelo à clemência de Mohamed VI. Outra "fórmula imaginativa" seria levar Haidar e os filhos, com documentos da ONU, para um terceiro país de onde regressaria um mês depois a El Aiún. Com uma condição: nada de declarações no regresso.
Desconhece-se o quanto Aminatu Haidar conhece estas "fórmulas imaginativas", mas ontem o chefe da diplomacia de Madrid afirmou ao Parlamento espanhol estar confiante quanto a uma solução em breve. "O Governo continua a trabalhar, a cada hora, para encontrar uma solução definitiva. Esperamos em breve anunciar essa decisão", disse Miguel Moratinos, reconhecendo que Rabat avisou Madrid da expulsão de Haidar na noite anterior a fazê-lo.
Ontem também, o Parlamento Europeu (PE) optou por não votar uma resolução sobre Haidar para não prejudicar as negociações entre Marrocos e os EUA. O pedido para cancelar a votação foi feito pelo líder do grupo socialista, o alemão Martin Shultz, e apoiado pelo líder do Partido Popular, Joseph Daul. "Ao longo do dia de hoje haverá uma solução para a situação de Aminatu Haidar", disse Shultz, justificando que falara domingo com o chefe da diplomacia de Marrocos e "fiquei com a impressão de que hoje Haidar terminará a sua greve de fome. Por isso precisamos de discrição".
Para os Verdes e outras forças de esquerda, a decisão do PE não tem fundamento e só quis evitar qualquer beliscadura a Marrocos
por LUMENA RAPOSOHoje
Marrocos e EUA negoceiam uma solução para Haidar
Parlamento Europeu cancela debate sobre activista sarauí para não prejudicar negociações entre Rabat e Washington. Chefe da diplomacia espanhola diz-se confiante sobre uma resolução da crise. Sem o Rei marroquino perder a face.
O Rei Mohamed VI, para quem um Sara marroquino previne o terrorismo na região, enviou dois homens da sua total confiança aos EUA para negociar uma solução para a crise de Aminatu Haidar, revelou o diário El País na sua edição de ontem. O mesmo jornal, que cita fontes diplomáticas ligadas às conversações, avançou que estas tiveram início na terça-feira no Departamento de Estado e no Conselho Nacional de Segurança dos EUA.
O embaixador de Espanha nos EUA não participa nas reuniões de Washington, mas tem sido mantido ao corrente do seu conteúdo. Conseguir o fim da greve de fome de Haidar e o seu regresso a casa, em El Aiún, a capital do Sara Ocidental, é o objectivo das negociações em causa. Sem Marrocos e o Rei perderem a face.
As negociações são, portanto, sensíveis. Daí não surpreender que Mohamed VI tenha enviado uma delegação, não só de alto nível mas da sua máxima confiança: o deputado seu amigo e ex-director de gabinete, Fouad Alí el Himma, e Yassin Mansouri, o chefe dos serviços secretos marroquinos que actuam no exterior (DGED) e o homem que melhor conhece o conflito do Sara Ocidental.
Em Washington estarão a ser negociadas "fórmulas imaginativas" para a crise, tais como Rabat autorizar o regresso de Haidar sem passaporte. Mas, antes, alguém da sua família, residente em Marrocos ou no Sara, e invocando razões humanitárias faria um apelo à clemência de Mohamed VI. Outra "fórmula imaginativa" seria levar Haidar e os filhos, com documentos da ONU, para um terceiro país de onde regressaria um mês depois a El Aiún. Com uma condição: nada de declarações no regresso.
Desconhece-se o quanto Aminatu Haidar conhece estas "fórmulas imaginativas", mas ontem o chefe da diplomacia de Madrid afirmou ao Parlamento espanhol estar confiante quanto a uma solução em breve. "O Governo continua a trabalhar, a cada hora, para encontrar uma solução definitiva. Esperamos em breve anunciar essa decisão", disse Miguel Moratinos, reconhecendo que Rabat avisou Madrid da expulsão de Haidar na noite anterior a fazê-lo.
Ontem também, o Parlamento Europeu (PE) optou por não votar uma resolução sobre Haidar para não prejudicar as negociações entre Marrocos e os EUA. O pedido para cancelar a votação foi feito pelo líder do grupo socialista, o alemão Martin Shultz, e apoiado pelo líder do Partido Popular, Joseph Daul. "Ao longo do dia de hoje haverá uma solução para a situação de Aminatu Haidar", disse Shultz, justificando que falara domingo com o chefe da diplomacia de Marrocos e "fiquei com a impressão de que hoje Haidar terminará a sua greve de fome. Por isso precisamos de discrição".
Para os Verdes e outras forças de esquerda, a decisão do PE não tem fundamento e só quis evitar qualquer beliscadura a Marrocos
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