Em Israel, casas terão de ter filtros contra ataques químicos
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Em Israel, casas terão de ter filtros contra ataques químicos
Em Israel, casas terão de ter filtros contra ataques químicos
Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Os filtros serão obrigatórios nas novas construções
O governo de Israel anunciou, nesta quinta-feira, a obrigatoriedade da
instalação de filtros contra eventuais ataques químicos em todas as
novas construções do país.
A decisão do
governo se baseia no pressuposto de que, em uma próxima guerra, todo o
território do país poderá estar ameaçado por mísseis químicos.
Os
filtros deverão ser instalados nos chamados "quartos seguros" das
casas. A construção de um espaço seguro em cada apartamento, com
paredes reforçadas e portas e janelas de ferro, se tornou obrigatória
em Israel desde a primeira Guerra do Golfo, em 1991.
A
instalação de filtros nos apartamentos custará no mínimo 7 mil shekels
(a moeda local), o equivalente a cerca de R$3,5 mil reais. Mas os mais
sofisticados poderão ser ainda mais caros e chegar custar a dezenas de
milhares de shekels.
A obrigatoriedade da instalação dos filtros deverá gerar um aumento no preço de novos imóveis.
Preocupação
Nos
últimos dias, o governo de Israel tomou algumas decisões que indicam
uma preocupação sobre possíveis ataques com armamentos
não-convencionais contra o país
De acordo
com o vice-ministro da Defesa, Matan Vilnai, “identificamos a ameaça de
armas químicas principalmente da direção da Síria”.
“Não
podemos assumir o risco, pois os danos podem ser grandes e nos
preparamos para todos os cenários possíveis”, afirmou Vilnai.
Na
semana passada, o governo também decidiu distribuir máscaras de gás a
todos os habitantes do país. A distribuição será feita por intermédio
das agências dos correios.
As autoridades
determinaram ainda a aceleração da fabricação das máscaras e verbas
adicionais foram direcionadas para a intensificação da produção.
A operação de distribuição das máscaras deverá começar em fevereiro.
Segundo o jornal Haaretz,
a decisão se baseia em uma preocupação com uma “possível escalada nas
diversas frentes” - Síria, Hezbollah, Hamas e Irã - que poderá envolver
o lançamento de mísseis contra Israel.
Precaução
Essa
não é a primeira vez que o governo israelense decide distribuir
máscaras de gás para a população. Essa medida já foi tomada em duas
ocasiões anteriores.
A primeira ocorreu no
final de 1990, antes da primeira Guerra do Golfo, quando havia um risco
iminente de ataques iraquianos contra Israel.
Durante
aquela guerra, o Iraque lançou cerca de 45 mísseis contra Israel, a
maioria deles atingiu a região de Tel Aviv. Embora nenhum míssil
químico tenha atingido o país durante o conflito, a população usou as
máscaras durante um mês e meio.
A segunda distribuição ocorreu antes da invasão do Iraque pelas tropas americanas, em 2003, mesmo sem ataques contra Israel.
Além do risco de ataques químicos, o governo israelense tambem se prepara para possíveis ataques com armas biológicas.
Na próxima semana será realizada a maior simulação de um ataque biológico da história do país.
O
exercício será realizado nas grandes cidades do centro de Israel – Tel
Aviv, Ramat Gan e Holon – e testará a atuação do sistema de saúde, do
Comando da Retaguarda e das forças de salvamento no caso de um desastre
biológico.
Durante a atividade, as equipes
deverão simular o atendimento a uma grande quantidade de pessoas
supostamente expostas às armas biológicas.
Os hospitais públicos e as clínicas dos diversos serviços de saúde do país deverão participar das simulações.
Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Os filtros serão obrigatórios nas novas construções
O governo de Israel anunciou, nesta quinta-feira, a obrigatoriedade da
instalação de filtros contra eventuais ataques químicos em todas as
novas construções do país.
A decisão do
governo se baseia no pressuposto de que, em uma próxima guerra, todo o
território do país poderá estar ameaçado por mísseis químicos.
Os
filtros deverão ser instalados nos chamados "quartos seguros" das
casas. A construção de um espaço seguro em cada apartamento, com
paredes reforçadas e portas e janelas de ferro, se tornou obrigatória
em Israel desde a primeira Guerra do Golfo, em 1991.
A
instalação de filtros nos apartamentos custará no mínimo 7 mil shekels
(a moeda local), o equivalente a cerca de R$3,5 mil reais. Mas os mais
sofisticados poderão ser ainda mais caros e chegar custar a dezenas de
milhares de shekels.
A obrigatoriedade da instalação dos filtros deverá gerar um aumento no preço de novos imóveis.
Preocupação
Nos
últimos dias, o governo de Israel tomou algumas decisões que indicam
uma preocupação sobre possíveis ataques com armamentos
não-convencionais contra o país
De acordo
com o vice-ministro da Defesa, Matan Vilnai, “identificamos a ameaça de
armas químicas principalmente da direção da Síria”.
“Não
podemos assumir o risco, pois os danos podem ser grandes e nos
preparamos para todos os cenários possíveis”, afirmou Vilnai.
Na
semana passada, o governo também decidiu distribuir máscaras de gás a
todos os habitantes do país. A distribuição será feita por intermédio
das agências dos correios.
As autoridades
determinaram ainda a aceleração da fabricação das máscaras e verbas
adicionais foram direcionadas para a intensificação da produção.
A operação de distribuição das máscaras deverá começar em fevereiro.
Segundo o jornal Haaretz,
a decisão se baseia em uma preocupação com uma “possível escalada nas
diversas frentes” - Síria, Hezbollah, Hamas e Irã - que poderá envolver
o lançamento de mísseis contra Israel.
Precaução
Essa
não é a primeira vez que o governo israelense decide distribuir
máscaras de gás para a população. Essa medida já foi tomada em duas
ocasiões anteriores.
A primeira ocorreu no
final de 1990, antes da primeira Guerra do Golfo, quando havia um risco
iminente de ataques iraquianos contra Israel.
Durante
aquela guerra, o Iraque lançou cerca de 45 mísseis contra Israel, a
maioria deles atingiu a região de Tel Aviv. Embora nenhum míssil
químico tenha atingido o país durante o conflito, a população usou as
máscaras durante um mês e meio.
A segunda distribuição ocorreu antes da invasão do Iraque pelas tropas americanas, em 2003, mesmo sem ataques contra Israel.
Além do risco de ataques químicos, o governo israelense tambem se prepara para possíveis ataques com armas biológicas.
Na próxima semana será realizada a maior simulação de um ataque biológico da história do país.
O
exercício será realizado nas grandes cidades do centro de Israel – Tel
Aviv, Ramat Gan e Holon – e testará a atuação do sistema de saúde, do
Comando da Retaguarda e das forças de salvamento no caso de um desastre
biológico.
Durante a atividade, as equipes
deverão simular o atendimento a uma grande quantidade de pessoas
supostamente expostas às armas biológicas.
Os hospitais públicos e as clínicas dos diversos serviços de saúde do país deverão participar das simulações.
Vitor mango- Pontos : 118178
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